Contra fuga de reservistas, Rússia deixa de emitir passaportes para convocados
Medida busca impedir êxodo após mobilização anunciada por Putin para a Guerra da Ucrânia
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A Rússia anunciou nesta quarta-feira (28) que não vai mais expedir passaportes para pessoas convocadas para atender a mobilização militar determinada em meio à Guerra da Ucrânia. A medida esboça uma resposta ao êxodo de reservistas e outros homens elegíveis ao serviço.
Segundo o Kremlin, será negada a concessão do documento a cidadãos russos que foram convocados para o conflito. A medida busca conter o esvaziamento do contingente militar de Moscou —que teve um estopim após o anúncio do recrutamento por Vladimir Putin, há uma semana.
A medida se soma a outro anúncio, este do governo do encrave separatista russo da Ossétia do Norte, que impõe restrições à passagem de veículos russos que tentarem deixar o país.
"Não teremos capacidade de assegurar a ordem e a segurança, caso esse fluxo continue a crescer", disse Serguei Menialo, governador de Ossétia do Norte, pontuando que o banimento não se aplica a turistas, moradores e a cidadãos da Geórgia —um dos destinos mais populares entre os milhares que têm tentado deixar a Rússia.
Autoridades do território anunciaram ainda que será erguido um centro provisório para recrutamento de reservistas que estiverem de passagem para fugir da mobilização.
O êxodo da última semana fez as passagens aéreas —já escassas dado o isolamento imposto a Moscou— multiplicarem de preço, de modo que muitos russos tiveram de recorrer às vias terrestres.
Imagens de satélite registraram filas quilométricas de carros nas fronteiras com Geórgia e Mongólia, e o fluxo também se intensificou na divisa com a Finlândia. O Kremlin chegou a admitir erros na abrangência da mobilização, mas não descartou a possibilidade de ordenar o fechamento das fronteiras para conter a diáspora.
Com AFP e Reuters
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters