Boa sorte para quem quer alcançar a Nvidia em chips para IA
Empresa gasta menos que concorrentes em infraestrutura e já está testando um novo chip
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Quando um concorrente seu afirma que precisa de US$ 7 trilhões (R$ 34,64 trilhões) para acompanhar o seu ritmo, você sabe que está em uma boa posição. O domínio da Nvidia sobre chips usados para inteligência artificial levou Sam Altman, da OpenAI, a estabelecer essa meta ambiciosa no início deste mês.
A demanda por chips de IA continua superando a oferta. Isso se reflete na previsão da Nvidia de que as vendas no trimestre atual atingirão um recorde de US$ 24 bilhões (R$ 118,76 bilhões) —três vezes mais do que no ano passado.
Os lucros trimestrais que a Nvidia divulgou na quarta-feira (21) foram classificados por alguns comentaristas como um referendo sobre IA. Não é esse o caso. Os usuários finais ainda estão se familiarizando com as ferramentas de IA. A extensão de seu impacto ainda está em debate.
Em vez disso, os ganhos da Nvidia mostram a força dos gastos com infraestrutura por empresas e países determinados a não ficarem para trás enquanto a IA ainda está em desenvolvimento.
Se você viu os ganhos de outras empresas de tecnologia, já saberia disso. Amazon, Alphabet (dona do Google) e Microsoft, todos clientes da Nvidia, disseram que os gastos de capital aumentariam.
Mark Zuckerberg, da Meta (dona do Facebook, WhatsApp e Instagram), foi ainda mais longe. Em janeiro, ele declarou que sua empresa teria 350 mil chips de IA H100 da Nvidia até o final do ano.
A Nvidia não especifica o preço deles, mas estima-se que sejam de até US$ 40 mil cada. Mesmo que a Meta tenha pago a metade disso, significaria US$ 7 bilhões (R$ 34,64 bilhões). Esse tipo de demanda compensa o fato de que a intervenção do governo dos EUA reduziu as vendas da Nvidia para a China.
Como a Nvidia projeta chips em vez de fabricá-los, as margens brutas são altas, em 76%. Enquanto os gastos com infraestrutura em outras empresas estão em alta, o aumento dos próprios gastos da Nvidia é modesto em comparação com o crescimento da receita.
Portanto, o fluxo de caixa das atividades operacionais para o quarto trimestre foi de US$ 11,5 bilhões (R$ 56,91 bilhões), acima dos pouco mais de US$ 2 bilhões (R$ 9,89 bilhões) do ano anterior. A Nvidia pode estar pensando em maneiras de usar isso em fusões e aquisições.
As empresas querem uma maior autonomia em chips de IA. Mas mudar o status quo será caro. O SoftBank precifica seu plano rival de chips de IA em US$ 100 bilhões (R$ 494,84 bilhões). Empresas como Alphabet estão desenvolvendo seus próprios chips, mas ainda dependem dos processadores gráficos da Nvidia, ou GPUs.
Startups de hardware de IA bem financiadas estão lutando para avançar, diz a empresa de pesquisa em tecnologia Omdia. Ela aponta que as operações de fusões e aquisições no setor são relativamente baixas.
Enquanto os concorrentes tentam alcançar, a Nvidia já anunciou que está trabalhando em seu próximo chip de IA de próxima geração —o B100. É possível que, como um novo iPhone, os clientes adiem os planos de compra até o lançamento do novo chip. Por outro lado, a alta demanda por chips existentes sugere que eles continuarão a aceitar o que puderem obter.
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