Coleção Folha traz obra de Lévi-Strauss com clássicos ensaios de antropologia
Autor de 'Antropologia Estrutural', intelectual estudou indígenas brasileiros e renovou pensamento etnográfico
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A Coleção Folha Os Pensadores traz uma criação robusta e multifacetada de uma das mais importantes correntes de pensamento de nossa época. O estruturalismo francês está representado por "Antropologia Estrutural", de Claude Lévi-Strauss, sétimo volume da coleção.
Publicada em 1958, "Antropologia Estrutural" é uma reunião de 17 textos escritos pelo autor nas três décadas anteriores. O campo de interesses é vasto –linguagem e parentesco, organização social, magia e religião, arte, problemas de método e de ensino. Estão incluídos alguns dos ensaios mais célebres do pensador, como "História e Etnologia", "A Eficácia Simbólica" e "A Estrutura dos Mitos".
"Permitam, com este livro a ser publicado em 1958, ano do centenário de Émile Durkheim, que um discípulo inconstante renda homenagem à memória do fundador da 'Année Sociologique', ateliê prestigioso no qual a etnologia contemporânea recebeu parte de suas armas, e que relegamos ao silêncio e ao abandono, menos por ingratidão do que devido à triste certeza que temos de que a empresa atualmente excederia nossas forças", afirma Lévi-Strauss, na epígrafe da obra.
"Lévi-Strauss com certeza não é o primeiro, nem o único, a sublinhar o caráter estrutural dos fenômenos sociais, mas sua originalidade está em ser o primeiro a levar isso a sério e daí tirar, imperturbavelmente, todas as consequências", diz Jean Pouillon, em frase reproduzida no prefácio da obra. Foi nos Estados Unidos que Lévi-Strauss conheceu o linguista Roman Jakobson, a cujas teorias estruturalistas recorreu para renovar o método antropológico.
Nascido em Bruxelas –onde seu pai, pintor retratista, fazia um trabalho temporário–, Lévi-Strauss vinha de família judaica alsaciana. Seu avô materno foi rabino da sinagoga de Versalhes, e o bisavô Isaac, violinista, regente e compositor. Graduado em filosofia na Sorbonne, morou no Brasil e nos Estados Unidos antes de regressar à França, se consagrando com a publicação de obras como "Tristes Trópicos", "As Estruturas Elementares do Parentesco" e "Antropologia Estrutural".
O Brasil teve importância decisiva na trajetória de Lévi-Strauss. Com salário de 3.158 francos franceses, intermediados pelo consulado de seu país, ele chegou à capital paulista em 1935, para ministrar disciplinas de sociologia na Universidade de São Paulo.
Fundada em 25 de janeiro do ano anterior, a USP recrutava professores estrangeiros, que lecionavam em seu idioma nativo, davam aula de avental branco –para reforçar a ideia de que eram cientistas– e eram bastante rígidos na avaliação dos alunos. Além de Lévi-Strauss, vieram nomes que posteriormente se tornariam célebres, como o historiador Fernand Braudel e o sociólogo Roger Bastide, dentre muitos outros.
Em entrevista concedida, em 1998, aos 90 anos de idade, a Beatriz Perrone Moisés –professora do Departamento de Antropologia da USP, e tradutora deste volume da Coleção Folha Os Pensadores– , Lévi-Strauss recorda com carinho sua estadia no Brasil, desde o aroma de Santos, no litoral paulista, onde chegou, de navio, até o sabor da cachaça e da rapadura, e de seu apreço (posteriormente transformado em repulsa) pela atividade de caçador.
Ele avaliou então a atividade docente na USP. "Para jovens professores, que eram praticamente iniciantes na carreira universitária, era antes de mais nada uma oportunidade extraordinária e uma experiência única, porque, além de sermos novos na carreira, tínhamos viajado pouquíssimo, por causa dos exames, concursos e coisas desse tipo. De modo que, através de São Paulo, através do Brasil, era um pouco o mundo inteiro que se revelava, ou pelo menos uma face diferente do mundo."
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