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Bernardinho volta a ser técnico da seleção masculina de vôlei

Treinador multicampeão vai comandar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Paris

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São Paulo

O técnico Bernardinho, 64, está de volta à seleção masculina de vôlei. Responsável pelas campanhas que levaram o Brasil à medalha de ouro nas Olimpíadas de Atenas, em 2004, e do Rio, em 2016, ele irá comandar a equipe até os Jogos de Paris em 2024, anunciou a CBV (Confederação Brasileira de Vôlei).

Bernardinho vai comandar a seleção brasileira masculina nos Jogos de Paris - Kirill KUDRYAVTSEV - 12.abr.21/AFP

Coordenador das equipes masculinas do Brasil desde setembro, Bernardinho vai ocupar paralelamente a vaga deixada por Renan Dal Zotto logo após a classificação da seleção no torneio pré-olímpico. O então técnico pediu para se afastar alegando motivos de saúde.

"Voltei para contribuir. A decisão do Renan foi uma grande surpresa, mas respeito muito sua iniciativa de cuidar da saúde e da família. Ele fez um trabalho muito bom e deixou a seleção classificada para os Jogos Olímpicos", disse Bernardinho.

Também técnico do Sesc Flamengo na Superliga feminina, Bernardinho irá manter as três atuações simultaneamente. "Os trabalhos vão caminhar em paralelo, claro, mas só falarei sobre seleção quando a Superliga terminar", afirmou em entrevista ao site da CBV.

Bernardinho representará o país em Jogos Olímpicos pela oitava vez. Ele tem uma prata como jogador (Los Angeles-1984), dois bronzes como técnico da seleção feminina (Atlanta-1996 e Sydney-2000), e mais dois ouros (Atenas-2004 e Rio-2016) e duas pratas (Pequim-2008 e Londres-2012) como técnico da seleção masculina.

"Ele já estava atuando como coordenador das equipes masculinas adultas e de base, em um trabalho integrado que visa os Jogos de 2024, 2028 e 2032. Esse projeto continua, e neste momento, nada mais natural do que ele assumir. Fizemos o convite e ele aceitou o desafio de acumular os dois cargos até o fim do ciclo olímpico", detalhou o presidente da confederação Radamés Lattari.

Bernardinho havia deixado o comando da seleção após a medalha de ouro no Rio, em 2016. No atual ciclo olímpico, entre abril de 2021 e março de 2022, ele chegou a dirigir a equipe da França, país anfitrião dos próximos Jogos, mas pediu demissão alegando questões pessoais e a necessidade de estar mais perto da família.

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