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Descrição de chapéu chuva

Sobe para seis o número de mortes causadas pelo temporal no Rio de Janeiro

Previsão é de mais chuva forte nesta quarta (8); ainda há risco de alagamentos e deslizamentos

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Rio de Janeiro

As chuvas que atingiram o Rio de Janeiro nesta terça (7) causaram ao menos seis mortes no estado.

Na capital, uma criança de dois anos e um idoso foram vítimas de desabamentos, na Chácara do Céu e no Catete, respectivamente.

Em Niterói, uma mulher, 31, foi vítima de um choque elétrico.

Em São Gonçalo, região metropolitana, uma jovem de 22 anos foi vítima de um desabamento e um homem foi arrastado pela correnteza.

Já em Saquarema, na Região dos Lagos, um jovem de 27 anos foi atingido por um raio.

Funcionários da prefeitura trabalham nesta quarta (8) em ruas afetadas pela chuva no Rio - @Prefeitura_Rio no twitter

Os números foram atualizados em entrevista coletiva concedida pelo governador Claúdio Castro na noite desta quarta (8), no Palácio Guanabara, nas Laranjeiras, zona sul do Rio. "Foi uma chuva muito forte. No Rio de Janeiro, em quatro horas choveu 70% do esperado para o mês de fevereiro. Quero me solidarizar com as famílias pelas tristes perdas", disse.

A Prefeitura de São Gonçalo confirmou a morte de um jovem no morro da Coruja, no bairro Neves, após um deslizamento. O município encontra-se em estágio de alerta e abriu 11 pontos de apoio para a população após o acionamento de sirenes em nove localidades.

Na capital, o idoso José Diniz, 82, estava dentro de casa no morro Santo Amaro, no Catete (zona sul), quando uma contenção de pedra desceu, atingindo o imóvel.

A informação foi confirmada pelo subprefeito da região, Flávio Valle. Segundo ele, o morador chegou a ser socorrido e levado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. A Defesa Civil interditou a área e acionou a Georio, que avaliaria riscos de novas quedas de barreira.

Na terça, uma criança de dois anos e um homem de 27 morreram no estado. A menina foi vítima de um desabamento na comunidade da Chácara do Céu, na Tijuca (zona norte), e o jovem morreu depois de ser atingido por um raio no município de Saquarema, na Região dos Lagos.

De acordo com o Alerta Rio, a capital ainda pode enfrentar pancadas de chuva de intensidade moderada a forte a qualquer hora desta quarta (8). Em todo estado, ainda há risco de alagamentos e deslizamentos.

O Rio amanheceu a quarta-feira em estágio de mobilização, o segundo em uma escala de cinco. A cidade chegou a ativar o estágio de alerta, o quarto em gravidade, na noite de terça, tamanho o impacto causado pelo temporal. A última vez que a cidade chegou a esse nível havia sido em 1º de abril de 2022.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), voltou a pedir que a população evite se deslocar nos momentos de chuva nesta quarta.

"Nós devemos ter mais chuva hoje, a cidade já voltou ao estágio de normalidade, mas óbvio que a chuva de ontem carregou muito lixo, provocou bolsões d'água, alagamento, entupimento de galerias. Então com a chuva de hoje a gente pode voltar a ter problemas. Evite se deslocar no momento de chuva forte, fique atento às informações", disse.

Paes ainda fez um alerta para que que os moradores deixem suas casas quando as sirenes tocarem. O acionamento das sirenes indica perigo de deslizamento, e as pessoas devem se deslocar para os pontos de apoio estabelecidos pela Defesa Civil. Somente nesta terça foram acionadas 113 sirenes na cidade.

"Na maior parte das vezes, quando tocar a sirene, nada vai acontecer, mas você está em risco. Então, por precaução, para salvar vidas, atenda a esse apelo", reiterou o prefeito.

Segundo o Alerta Rio, a previsão é de mais pancadas de chuva nesta quarta até o período da tarde. À noite ainda pode chover, mas com menos intensidade e de forma isolada.

De acordo com a Defesa Civil estadual, a capital, as regiões metropolitana e serrana e as baixadas litorâneas apresentam risco geológico alto e muito alto nesta quarta. Niterói, São Gonçalo, Cachoeiras de Macacu, Maricá, Rio de Janeiro, Nova Friburgo e Saquarema são pontos de atenção para deslizamentos.

"Seguimos monitorando as condições meteorológicas e os níveis pluviométricos e enviando alertas para os municípios", informou o órgão.

Estragos

Conforme balanço atualizado no início da tarde desta quarta, os bombeiros atenderam cerca de 300 ocorrências relacionadas às chuvas desde as 17h de terça, incluindo 105 ocorrências de alagamentos e inundações, 70 salvamentos de pessoas presas ou ilhadas, 82 cortes de árvores e 37 desabamentos ou deslizamentos.

O Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) registrou uma média de 130 mm de chuva na capital. Em apenas quatro horas nesta terça, choveu 70% do esperado para todo o mês de fevereiro. Em alguns bairros, no entanto, o volume ultrapassou o previsto para o mês.

O temporal também causou diversos problemas em instituições de ensino. A água invadiu o prédio da UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), deixando funcionários e estudantes ilhados na unidade Maracanã. A instituição informou que a programação de aulas e provas está mantida nesta quarta.

Já o Colégio Pedro 2º determinou a suspensão das aulas nas unidades da capital nesta quarta, por medida de segurança.

A chuva que atingiu o Rio nesta terça também alagou a cozinha da ONG Rio de Paz, que fica no Jacarezinho, na zona norte, destruindo alimentos que seriam usados na produção de quentinhas para famílias que precisam de ajuda. Cerca de 300 quentinhas são entregues às quartas, e a ONG divulgou um Pix para quem quiser contribuir com a compra de alimentos: pix@riodepaz.org.

A menos de dez dias do Carnaval, o Sambódromo, na região central do Rio, também ficou alagado. A água já havia sido escoada na manhã desta quarta.

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