Siga a folha

Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012

Descrição de chapéu Chuvas no Sul

FecomercioSP diz que enchentes no Sul afetarão a economia nacional

Entidade avalia que danos para os setores da economia serão muito maiores que o do rompimento da barragem de Brumadinho

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

As perdas causadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul terão mais impacto do que as do rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho (MG), e serão percebidas por todos os setores da economia, segundo a FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo.

Segundo a entidade, na tragédia em Minas Gerais, houve uma queda de 0,2% do PIB brasileiro, em 2019. Em valores atuais, isso representa R$ 20 bilhões.

Região central de São Leopoldo, município da região metropolitana de Porto Alegre, completamente alagada - Pedro Ladeira - 08.mai.24/Folhapress

"No Rio Grande do Sul, é muito provável, infelizmente, que os danos causados tenham impacto ainda maior para o PIB nacional," disse em nota.

Itens como arroz –o Rio Grande do Sul é o maior produtor do país–, derivados do leite e frutas como uva, pêssego e maçã já compõem a lista de itens que devem encarecer por conta da catástrofe.

No caso do arroz, mesmo com mais de 80% da safra já ter sido colhida, ainda não é possível saber se os estoques foram atingidos e se o restante da safra foi perdido.

No caso dos derivados do leite, a estimativa é de que os alagamentos dos últimos dias tenham levado o rebanho à morte.

Os animais sobreviventes ingeriram água sem qualidade e isso deve gerar impactos na produção subsequente do leite.

Além disso, os bloqueios de rodovias —inundadas ou destruídas— também serão um problema para a logística e escoamento dos produtos produzidos na região.

"A paralisação da indústria local, seja para o atendimento às famílias, seja por outros fatores, pode levar à falta de suprimentos de inúmeras outras indústrias que utilizam o aço, por exemplo, como matéria-prima", diz a FecomercioSP.

No turismo, além dos efeitos imediatos com a interrupção de viagens locais, o aeroporto Salgado Filho ficará fechado até o fim do mês, com voos cancelados até que as operações sejam restabelecidas. O aeroporto é responsável por 3% da movimentação de passageiros pelo Brasil.

Com Diego Felix

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas