Julio Wiziack é editor do Painel S.A. e está na Folha desde 2007, cobrindo bastidores de economia e negócios. Foi repórter especial e venceu os prêmios Esso e Embratel, em 2012
BNDES deixou de ganhar R$ 34 bilhões com venda de ações de Vale e Petrobras
Levantamento é forma de blindar banco de ofensiva política para venda de ações e justifica investimento em companhias
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O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) fez as contas e descobriu que, se a gestão de Jair Bolsonaro não tivesse vendido as ações da Vale e da Petrobras, o banco teria em caixa hoje R$ 34 bilhões para financiar empresas.
Sob Lula, o presidente do banco, Aloizio Mercadante, interrompeu esse processo de venda de papéis de empresas da BNDESPar, braço de investimento do banco.
Em 2023, somente com as ações da Petrobras mantidas na carteira foi possível manter R$ 5,7 bilhões no caixa, mais que o dobro do que está sendo direcionado para linhas de crédito para empresas de pequeno e médio porte.
Esses valores se referem, basicamente, aos dividendos pagos pelas empresas ao acionista.
Hoje, diante das restrições orçamentárias, o governo tenta criar mecanismos para fomentar o crescimento das empresas a partir de fundos setoriais, que servirão de aval para que elas tomem crédito junto ao BNDES ou a bancos comerciais.
No entanto, há pressões de setores empresariais e dentro do Congresso para que o banco venda sua carteira de ações para poder realizar mais empréstimos, a exemplo do que ocorreu no governo passado.
Além disso, o banco vem sofrendo críticas por dedicar R$ 8 bilhões para investimentos em empresas.
Porém, diferentemente das gestões de governos passados do PT, esse dinheiro irá para fundos de investimentos que, em conjunto com bancos privados, comprarão ações de companhias.
Segundo Mercadante, não haverá um centavo de dinheiro do Tesouro nesse processo e o BNDES será dono de cotas do fundo e não detentor direito de ações das companhias investidas.
Com Diego Felix
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