Editado por Fábio Zanini, espaço traz notícias e bastidores da política. Com Guilherme Seto e Danielle Brant
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O militar da reserva Laércio Vergílio afirmou em depoimento à Polícia Federal que a prisão do ministro Alexandre de Moraes (Supremo Tribunal Federal) seria "necessária para volta da normalidade institucional e a harmonia entre os Poderes".
A minuta de golpe investigada pela PF previa a prisão de Moraes e a realização de novas eleições.
Vergílio se apresentou no depoimento como general de brigada, mas, segundo o Exército, ele é coronel. Apenas o salário é equivalente ao de general, por ter obtido o benefício da patente superior ao ir para a reserva, em 2000.
O oficial faria parte do grupo de oficiais que usavam a patente militar para tentar instigar outros núcleos a apoiarem ações que mantivessem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
O depoimento transcreve um áudio enviado pelo general da reserva ao ex-major Ailton Gonçalves Moraes Barros no qual ele diz que "nas portarias que tiverem que ser assinada (sic), tem que ser dada a missão ao comandante da Brigada de Operações Especiais de Goiânia de prender o Alexandre de Moraes no domingo, na casa dele, como ele faz com todo mundo."
À PF, ele disse não sabe dizer como se daria uma suposta prisão do ministro "porque estava na reserva desde 2000", e nega ter participado de qualquer monitoramento ou vigilância de Moraes.
O militar da reserva também disse que não havia nenhum planejamento de golpe de estado, mas afirmou que estava sendo organizada uma "operação especial" que "seria uma fase posterior e que tudo deveria ser realizado dentro da lei e da ordem embasado juridicamente com base na Constituição Federal, principalmente com os argumento apresentados pelo jurista Ives Gandra Martins."
Segundo ele, essa operação especial seria para implementar a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) temporariamente até que a "normalidade constitucional se reestabelecesse".
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