Na 27ª conferência sobre mudanças climáticas, a COP27 de Sharm el-Sheikh, no Egito, editores de 231 revistas de saúde da África apresentaram um relatório sobre o tema, também publicado no último número da revista médica Jama, editado pela Associação Médica Americana.

Lukoye Atwoli e colaboradores destacam a necessidade urgente de medidas para conter a crise climática e soluções para seus efeitos devastadores.

Referem que os riscos relacionados às alterações climáticas incluem inundações, períodos de secas, ondas de calor, redução da produção alimentar e redução na capacidade de trabalho das pessoas.

Citando relatório da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), explicam que a desnutrição no mundo aumentou em quase 50% desde 2012, além dos choques ambientais com graves danos à saúde mental.

Na revista Nature, Colin J. Carlson e colaboradores calculam que uma possível mudança global em todos os ambientes facilitará o surgimento de doenças anteriormente inexistentes em áreas limitadas ou exacerbação das já existentes.

Em locais de alta densidade populacional, a transmissão de vírus possivelmente terá facilidade de dispersão e poderá provocar surtos de doenças.

Essa transição, como também tem-se observado no Brasil, já pode estar em andamento, por isso a necessidade de medidas preventivas e vigilância nas regiões que estão passando por um rápido aquecimento.