COI está 'desesperado' por nova federação de boxe após debate de gênero
O COI (Comitê Olímpico Internacional) se disse desesperado por uma nova federação de boxe em meio ao conflito com a atual entidade em meio a disputa por gêneros de duas atletas em Paris-2024. A disputa entre o comitê e a Federação Internacional de Boxe é anterior a polêmica surgida nas Olimpíadas.
O desejo do COI por uma nova federação de boxe tem relação com acusações de má governança contra o presidente Umar Kremelev, oligarca russo ligado ao presidente russo, Vladimir Putin.
Sob o comando de Kemelev, um conservador na Rússia, a federação de boxe impediu argelina Imane Khelif e Lin You-Ying, de Taiwan, de participar do campeonato mundial de Boxe baseado em supostos testes de gênero.
Nos Jogos, no entanto, elas foram liberadas pelo critério de passaporte. Isso gerou controvérsia quando uma boxeadora italiana desistiu de lutar.
Na segunda-feira, a federação internacional de boxe deu uma caótica entrevista - na descrição de vários repórteres presentes - em que reforçou que as duas atletas eram homens. Mas se recusou a abrir com qualquer transparência os testes feitos em ambas que levaram a rejeição delas no campeonato mundial.
Diante dessa coletiva, o COI afirmou que é uma demonstração do estado de desorganização da federação de boxe. Esse foi a posição expressada pelo diretor de comunicação do COI, Mark Adams.
"Demonstra claramente que o boxe precisa de uma nova federação. Se você precisa que uma prova que IAB não pode controlar o esporte, olhe quem são os homens chaves de boxe que participaram da coletiva. Boxe é importante esporte olímpico porque tem um aspecto social em áreas não privilegiados.
Vai te dar uma ideia de porque estamos desesperados por uma nova federação. Organizamos boxe em Tóquio e Paris, e não somos federação. Queremos ver o boxe no programa, agora é com a comunidade se organizar para o esporte e atletas."
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