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Reportagem

Dudu Guerreiro volta aclamado em noite de vitória

Na década de 1990, Palmeiras e Juventude tinham o mesmo patrocinador, a Parmalat, depois denunciada pela Operação Mãos Limpas, na Itália, por lavagem de dinheiro.

Então, a cada vez que os dois times se enfrentavam, alguém levantava suspeita sobre resultados combinados, o que, de fato, jamais aconteceu. Mas era aquela história da mulher de César, que não basta ser honesta, precisa parecer honesta.

Hoje, na casa verde, até os 35 minutos, parecia que os dois times combinaram jogar em câmera lenta, exceção feita a cabeceio de Raphael Veiga e outra jogada entre ele e Estêvão, os dois melhores momentos do primeiro tempo, além de um, bizarro, em que Gilberto teve tudo para fazer 1 a 0 e esqueceu a bola nos pés de Murilo.

Depois do 35º minuto houve até bola no travessão mandada por Flaco López, embora ele estivesse em impedimento.

O Palmeiras até ameaçou uma, duas, três vezes, mas com pouca transpiração e nenhuma inspiração.

Weverton teve de fazer duas defesas apenas, mas mais difíceis que as feitas por Gabriel.

Abel Ferreira deve ter falado poucas e boas no intervalo porque, assim que o segundo tempo começou, Flaco quase abriu o marcador.

E, aos 3 minutos, o argentino subiu no terceiro andar e cumprimentou com cabeceio perfeito um cruzamento mais que perfeito de Veiga para fazer 1 a 0.

Estava reestabelecida a realidade na casa verde, sem tempo de sofrer.

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Mas durou pouco, porque o Palmeiras estava em ritmo de lei do menor esforço e, aos 18, tomou gol, acredite, de lateral, com casquinha no primeiro poste e cabeceio final de Erick Farias: 1 a 1.

Imediatamente três jogadores entraram: Rony, Piquerez e Moreno, nos lugares de Menino, Fabinho e Vanderlan.

E não é que, cinco minutos depois, Erick Farias quase virou, em grande defesa de Weverton?

Pronto! Havia sofrimento na casa verde.

O Verdão foi à luta, Veiga enfiou de três dedos para Flaco e deu de casquinha para Estêvão, pela esquerda, bater firme e recolocar o time na frente: 2 a 1.

Dudu entrou aos 32 minutos, sob o coro de Dudu Guerreiro, para não deixar dúvida de que a torcida perdoou a traição do bom filho que à casa torna depois de dez meses ausente.

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Pena que Estêvão, logo após mandar um tirambaço na trave, sentiu problema muscular e teve de ser trocado por Mayke. Vê-lo com Dudu seria interessante.

E não é que num rolo armado por Dudu e Zé Rafael, o meia ficou com a bola e passou para Mayke ter apenas de cutucar para a rede: 3 a 1, aos 37. E fim de papo.

Fim de papo em termos, porque, aos 40, Weverton precisou fazer duas defesas dificílimas em seguida.

O Palmeiras segue na vice-liderança, a apenas um ponto do Flamengo.

Reportagem

Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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