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A Apple comprou a DarwinAI, uma startup canadense especializada em uso de Inteligência Artificial (IA) em sistemas móveis. A informação foi publicada pelo jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, na última quinta-feira (14). O negócio foi fechado no começo de 2024 e permaneceu em segredo até ser confirmado por comunicado oficial da gigante de Cupertino, o qual foi emitido depois de a empresa ser questionada pela matéria original. A Apple, porém, não revelou o seu propósito para a aquisição.

Como especula o site MacRumors, a empresa deve acelerar o processo para incluir recursos de IA já no iOS 18 e no macOS 15, a próxima geração dos seus principais sistemas operacionais. Isso deve impactar o uso do iPhone 16, que tende a ser anunciado em setembro deste ano, e de futuros modelos de MacBook. A aquisição mostra que a Apple está correndo para apresentar uma resposta ao Galaxy AI, conjunto de ferramentas de IA exclusivo de celulares Samsung que foi lançado em janeiro.

iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max lado a lado — Foto: Mariana Saguias/TechTudo
iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max lado a lado — Foto: Mariana Saguias/TechTudo

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De acordo com a reportagem da Bloomberg, a DarwinAI conseguiu desenvolver um sistema de IA menor e mais eficiente, que pode funcionar diretamente no dispositivo da pessoa, sem a necessidade de acesso constante à Internet ou recursos de nuvem. A Apple teria se interessado pelas questões de segurança e privacidade que isso representa.

Segundo o texto do MacRumors, a Apple já estaria testando formas de aplicar a IA generativa em suas ferramentas, como integração com a Siri, Apple Music, mensagens e até atalhos. Informações precisas de como isso vai acontecer ainda não foram reveladas e, portanto, devemos esperar um anúncio oficial.

Corrida pelo mercado de IA generativa

A aquisição da DarwinAI mostra que a Apple corre para tentar alcançar outras empresas que estão bem à frente no desenvolvimento e aplicação de IA, como a Microsoft, que já disponibilizou o Copilot em notebooks com Windows 11. O sistema usa recursos do algoritmo da inteligência artificial da OpenAi, o ChatGPT, que está em um estágio bem avançado de desenvolvimento e é uma das mais famosas e utilizadas no mundo.

No mercado mobile, a Samsung, maior concorrente global da Apple, demonstra estar à frente no desenvolvimento de IA e já liberou a tecnologia Galaxy AI para modelos das linhas Galaxy S24 e Galaxy S23, e dos dobráveis Galaxy Z Flip 5 e Galaxy Z Fold 5. Com isso, os donos desses celulares têm acesso a tradução simultânea de chamadas, chat inteligente, edição de fotos generativa, entre outros recursos.

Demonstração de recursos do Galaxy AI, inteligência artificial da Samsung — Foto: Divulgação/Samsung
Demonstração de recursos do Galaxy AI, inteligência artificial da Samsung — Foto: Divulgação/Samsung

Apesar de a Apple não divulgar abertamente como vai utilizar os aplicativos de IA, o CEO da empresa, Tim Cook, já deu declarações para a imprensa internacional exaltando os benefícios da tecnologia. Ele também explicou como a companhia vem introduzindo esses algoritmos aos poucos, em suas atualizações mais recentes.

Em novembro, o executivo declarou ao TechCrunch que a Apple não costuma rotular tais recursos como “IA”, mas que algumas funções do tipo estão presentes desde o iOS 17. É o caso da “Voz Pessoal”, que cria automaticamente uma voz virtual que se assemelha à do próprio usuário, para atender ligações e criar respostas curtas quando o dono do celular não puder responder.

Voz Pessoal complementa funções de acessibilidade do iOS 17 — Foto: Divulgação/Apple
Voz Pessoal complementa funções de acessibilidade do iOS 17 — Foto: Divulgação/Apple

Já em fevereiro de 2024, segundo matéria do MacRumors, Tim Cook declarou, durante a reunião anual com os acionistas, que o uso de Inteligência Artificial nas plataformas da Apple deve “abrir novos caminhos” e “desbloquear oportunidades transformadoras para os nossos usuários”.

Com informações de Bloomberg, MacRumors (1, 2) e TechCrunch (1,2)

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