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Por Raíssa Delphim, da Redação

O 5G é a quinta e mais nova geração de internet móvel, que começou a ser implementada em alguns países em 2019, ainda que de forma limitada. A rede se destaca pela promessa de velocidade 100 vezes maior que a rede 4G, de até 10 Gb/s em condições ideais. As definições para a estruturação da tecnologia demoraram cerca de 34 meses, enquanto sua implementação teve início nos Estados Unidos, ainda em 2018.

No Brasil, a rede chegou primeiro nas capitais e vem sendo expandida para outras localidades de acordo com editais da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações). Uma das grandes dúvidas dos usuários é sobre o suporte dos smartphones ao 5G. Atualmente, a maior parte dos modelos novos já são vendidos com suporte à tecnologia, mas é preciso estar atento. Esta matéria do TechTudo mostra os requisitos para usar a rede 5G no celular. A seguir, conheça as dúvidas mais comuns sobre o tema.

iPhone 13 Pro é compatível com 5G — Foto: Rubens Achilles/TechTudo
iPhone 13 Pro é compatível com 5G — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

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O TechTudo reúne abaixo nove questões importantes para entender melhor a tecnologia 5G. No índice a seguir, confira os tópicos que serão abordados nesta lista.

  1. O que é 5G e para que serve?
  2. O que será possível com as redes 5G?
  3. Como e onde funciona a rede 5G?
  4. Quais dispositivos utilizarão a rede 5G
  5. Como saber se seu celular é 5G
  6. Qual é a velocidade máxima da rede 5G?
  7. Compatibilidade e implementação
  8. Frequências e disponibilidade no Brasil

O que é 5G e para que serve?

O 5G é o padrão tecnológico para rede móvel mais recente e sucessor do 4G. As características da tecnologia indicam altas taxas de transmissão de dados e tempo de resposta menor. Além da utilização básica, no dia a dia dos usuários, a grande diferença em relação às evoluções anteriores está na capacidade de atender a diferentes aplicações, principalmente dentro do que é chamado de Internet das Coisas (IoT).

Assim, o 5G pretende dar suporte à esta revolução tecnológica que tem como objetivo conectar itens usados no dia a dia, como eletrodomésticos, meios de transporte, tênis, roupas e até maçanetas, às redes de computadores. Além disso, com o 5G, o IoT pode ser expandido para áreas como telemedicina, segurança pública, educação à distância e outras.

Acesso a rede 5G pode ser feito em celulares mais atuais — Foto: Katarina Bandeira/TechTudo
Acesso a rede 5G pode ser feito em celulares mais atuais — Foto: Katarina Bandeira/TechTudo

O que será possível com as redes 5G?

Antes mesmo da implementação do 5G, alguns critérios foram pautados pela GSMA, uma organização internacional formada por mais de 1200 operadoras de rádio, internet e telefonia móvel. As "normas" usam como base comparativa o comportamento que é visto no 4G.

Entre os critérios estão: a preocupação com o consumo de energia, que deve ser até 90% menor que nas redes 4G; menores tempos de conexão entre aparelhos móveis, com números inferiores a 5 milissegundos (no 4G a latência é de 30 ms); maior quantidade de conexões por área, podendo ser de 50 até 100 vezes superior ao que é visto no 4G; entre outras.

Mapa do 5G pelo app Speedtest — Foto: Thássius Veloso/TechTudo
Mapa do 5G pelo app Speedtest — Foto: Thássius Veloso/TechTudo

Como e onde funciona a rede 5G?

O 5G é propagado por meio de ondas de rádio, assim como as redes móveis das gerações anteriores. A diferença, neste caso, é a cobertura proporcionada pela quinta geração em relação às antecessoras, que pode ser espelhada entre 600 e 700 MHz, 26 e 28 Ghz e 38 e 42 GHz.

Além disso, a implementação da tecnologia deu origem a três tipos diferentes de 5G: o 5G DSS funciona na mesma frequência – ou seja, o “caminho” no ar – do 4G e exige menos para ser executado. Mais avançado, o 5G NSA trafega numa frequência diferente, mas parte da sua infraestrutura depende de equipamentos que também funcionam no 4G. Já o 5G SA (ou 5G puro) é completamente independente, com uma estrutura própria. É possível entender as diferenças entre as redes nesta matéria do TechTudo.

Para saber quais são os locais em que a rede 5G já está disponível no Brasil, confira a lista com mais de 280 cidades que receberam autorização da Anatel para ter a tecnologia. Além disso, um mapa permite fazer a consulta por cidade e operadora. Saiba como usar a funcionalidade neste tutorial.

Quais dispositivos utilizarão a rede 5G

A expectativa é de que o 5G seja, inicialmente, focado em smartphones, já que ainda é uma tecnologia com preços pouco acessíveis. Conforme o valor de utilização reduzir, dispositivos como eletrodomésticos e aparelhos vestíveis também devem se conectar à rede. A tendência a longo prazo é de que o 5G substitua as redes residenciais de Wi-Fi.

Internet 5G é mais veloz que 4G — Foto:  SOPA Images/Getty Images
Internet 5G é mais veloz que 4G — Foto: SOPA Images/Getty Images

É importante ter em mente que celulares vendidos sem indicação de compatibilidade com o 5G permanecerão assim. Se não há esta informação na caixa do aparelho, no nome do modelo ou no site da fabricante, é provável que o smartphone não seja compatível. Smartphone 4G não podem ser "convertidos" em um aparelho que receba a nova rede móvel. Para quem ainda tem dúvidas, é possível confirmar se o modelo pode se conectar ao 5G nas configurações de rede do celular.

No iPhone (iOS), vá em Ajustes > Celular > Opções de Dados Celulares > Voz e Dados. Neste menu, é exibida uma lista das redes de internet disponíveis para o aparelho. Já em celulares Android, o caminho é semelhante: é preciso acessar Configurações > Conexões > Redes Móveis e verificar a lista das gerações de internet compatíveis.

Qual é a velocidade máxima da rede 5G?

O 5G pode atingir velocidades até 100 vezes mais rápidas que seu antecessor, o 4G. Isso significa uma velocidade máxima de download de 20 Gbps (gigabits por segundo). Em contrapartida, o 4G atinge os 100 Mbps (megabits por segundo).

O tempo de resposta para os envios de dados pela rede também é melhor. Chamado de latência, o intervalo de comunicação fica entre 1 e 5 milissegundos (ms), enquanto no 4G o tempo fica em torno de 20 a 30 ms. Na prática, estas velocidades melhoram o tempo de upload e também a experiência em jogos e apps de realidade virtual ou aumentada.

Redes 5G podem ser até 50 vezes mais rápidas que conexões 4G — Foto: Lucas Mendes/TechTudo
Redes 5G podem ser até 50 vezes mais rápidas que conexões 4G — Foto: Lucas Mendes/TechTudo

Compatibilidade e implementação

O novo padrão 5G complementa outra regra técnica da tecnologia divulgada pela 3GPP em dezembro de 2017. Antes, o consórcio referia-se às especificações técnicas necessárias para que fabricantes criassem modens, dispositivos de transmissão e outros equipamentos. No entanto, o novo documento determina as especificações finais das redes de quinta geração.

Por isso, produtos 5G já em circulação em alguns mercados, baseados na documentação publicada anteriormente, funcionam nas estruturas 4G de operadoras e não atingem o potencial total da nova geração de redes móveis.

A expectativa é de que o 5G substitua o 4G de forma progressiva, convivendo com a tecnologia antiga por algum tempo, assim como aconteceu entre o 4G e 3G. Isso vale não só para a área de cobertura, mas também para dispositivos: os celulares, tablets e até notebooks com suporte a redes 5G serão compatíveis com padrões antigos.

Frequências e disponibilidade no Brasil

As redes de quinta geração dependem de faixas de frequência de rádio. Tal qual aconteceu com o 4G e o 3G, será necessário que governos eventualmente desobstruam o espectro. Na sequência, as operadoras devem realizar os investimentos necessários para implementar a tecnologia no país, como já vem sendo feito.

Atualmente, o 5G exige as faixas de frequência 3,5, 26 e 40 GHz. No entanto, a mais baixa, com 3,5 GHz, destina-se a alguns serviços de transmissão de TV-RO (das antenas parabólicas). A implementação da quinta geração pode esbarrar em limitações técnicas em diversas regiões do Brasil, por isso é tão importante a interferência da Anatel para reorganizar a distribuição destas faixas.

Colaborou Filipe Garrett

Com informações Samsung, Venture Beat e Anatel

Veja também: 5G no Brasil: tudo que você precisa saber!

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