A presença de certificações de resistência à água está cada vez mais comum entre os celulares. No entanto, ainda há muita confusão a respeito das nomenclaturas utilizadas pelas fabricantes, que geram dúvidas nos consumidores. Confira a seguir alguns mitos e verdades sobre esse tipo de proteção.
Primeiramente, vale ressaltar que a maioria dos smartphones são equipados com as certificações IP67 ou IP68. Isso quer dizer que boa parte desses dispositivos são resistentes a respingos de água ou possuem restrições quanto ao tempo e profundidade que podem ficar submersos. Deste modo, tais celulares não são totalmente “à prova d’água”, como alguns podem pensar.
Os danos são sempre cobertos pela garantia
MITO. Pode parecer contraditório, mas o fato de um smartphone vir equipado com certificação de resistência à água não significa que a garantia irá cobri-lo caso ele sofra algum acidente. A Apple é uma das empresas que deixa claro que os danos provocados por água ou outros líquidos no iPhone não serão cobertos pela garantia.
Por este motivo, é importante que o consumidor leia atentamente as recomendações de uso do fabricante. Caso a empresa tenha feito alguma propaganda exaltando a característica de resistência à água e, posteriormente, se recusado a consertar ou trocar um aparelho danificado por líquidos, o dono do smartphone pode tentar recorrer ao Código de Defesa do Consumidor — visto que a situação pode ser enquadrada como publicidade enganosa.
É totalmente permitido nadar
MITO. É comum ver comerciais de pessoas na piscina com um smartphone. No entanto, nadar com o celular pode não ser uma boa ideia, já que movimentos muito rápidos podem ser responsáveis por romper a barreira de proteção do produto. Se desejar tirar fotos na piscina, o ideal é mantê-lo relativamente parado, sem realizar movimentos bruscos. Jatos de água muito fortes como o de mangueiras, pressurizadores e até mesmo torneiras também podem ser suficientes para danificar o dispositivo.
Celulares podem ficar completamente submersos
MITO. Como afirmado anteriormente, as certificações mais comuns presentes em smartphones resistentes à água são a IP67 e IP68. Ambas as proteções garantem submersão por até 30 minutos, sendo que na IP67 a profundidade máxima é de 1 metro, enquanto que no IP68 é de 1,5 metro.
Mergulhar o dispositivo a uma profundidade maior do que a especificada pela fabricante pode fazer danificar os componentes internos, já que o aparelho receberá uma pressão hidrostática (aquela exercida pela água) maior do que a que ele foi projetado para suportar.
Smartphone com tela quebrada perde resistência
VERDADE. Caso a tela do seu celular tenha trincado ou rachado, você deve mantê-lo o mais longe possível da água. Mesmo que o dano pareça inofensivo, uma minúscula fissura no display já é suficiente para permitir que gotículas de água tenham acesso aos componentes eletrônicos sensíveis do aparelho. Essa lógica também vale para o vidro de proteção da câmera do aparelho. Se ela rachar, seu smartphone não está protegido. A perda da resistência à água pode permanecer, inclusive, caso o usuário realize a troca do display, principalmente se ela ocorreu em uma assistência não autorizada pela fabricante.
Colocar o celular no arroz ajuda a secá-lo
DEPENDE. Provavelmente você já tentou salvar algum gadget colocando-o num pote com arroz após algum acidente com água. Segundo especialistas, o arroz cru ajuda a absorver a umidade do aparelho e isso pode ser uma boa opção caso você tenha abusado demais do smartphone resistente à água na piscina, por exemplo. No entanto, isso vai depender de quais peças foram atingidas e o tempo que o dispositivo ficou submerso.
O mecanismo acima pode resolver o problema em algumas situações. Caso o aparelho apresente algum mal funcionamento após contato com líquidos, o ideal é não perder muito tempo com soluções caseiras e levar o aparelho imediatamente para uma assistência técnica autorizada. Aqui no TechTudo já falamos sobre dicas de experts para recuperar um smartphone caso ele tenha caído na água.
O celular não deve ser levado ao mar
VERDADE. Como dito anteriormente, as principais certificações presentes em smartphones resistentes à água são a IP67 e IP68. Elas permitem proteção apenas contra o contato com água doce. A água salgada do mar é extremamente nociva ao dispositivo, já que o sal pode corroer as peças do aparelho. Outros líquidos como bebidas alcoólicas, soluções químicas, reagentes de cosmético e afins também podem danificar o produto.