Soundcore Life Dot 2: testamos o fone Anker com até 100 horas de bateria

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O Life Dot 2 não traz um perfil chamativo e tampouco tem foco na estética: o modelo é bastante funcional, trazendo um botão de cada lado para controlar a reprodução e receber chamadas, além de ponteiras de diferentes opções de ponteiras de silicone. Dessa forma, o usuário pode escolher aquela que proporciona o melhor encaixe, o que também pode ser feito com uma haste totalmente maleável (e que, da mesma forma, aparece em mais unidades).

Essa característica ajuda no encaixe e se mostra determinante para não deixar o fone cair do ouvido durante uma corrida ou na hora de malhar. Durante os testes, nem mesmo exercícios mais intensos fizeram os earbuds cair, o que só chegou perto de acontecer por conta do suor.

O estojo carregador, por sua vez, é bem robusto, pelo menos mais que outra opções no mercado. Apesar disso, vale lembrar que a marca promete uma bateria potente, o que vai demandar espaço disponível para o componente. A case e o fone vêm na cor preta e trazem detalhes com a logo da linha Soundcore, uma espécie de “d” que lembra o “b” presente em fones da Beats.

A reprodução do Soundcore Life Dot 2 foi um dos pontos que mais chamou atenção durante os testes. Por ser do tipo intra-auricular, há um bom isolamento que permite perceber detalhes da música sem problemas. A Anker aponta para a presença de drivers dinâmicos de 8 mm, tamanho comum em acessórios TWS, mas não traz informações quanto à faixa de frequência suportada (fala apenas em “40% mais graves” e “100% mais agudos”).

Na prática, as faixas mais baixas se destacaram mais que as altas, mas nada que comprometesse a experiência. No geral, o modelo deve servir muito bem àqueles que curtem músicas com batidas bem marcadas, mas não fica para trás em estilos mais calmos, por exemplo. Para um fone intermediário, o desempenho foi bem interessante.

Se comparado ao Galaxy Buds+ da Samsung, por exemplo, que aparece em faixa de preço parecida, o Life Dot 2 vai mal em termos de funcionalidades. O fone da gigante sul-coreana permite configurar diversas funções via app, enquanto o acessório da Anker não possui integração com o app Soundcore da marca. É o que acontece com outro rival citado, o JBL Tune 215TWS, por exemplo.

Os recursos disponíveis aqui são bem simples: o usuário pode controlar a reprodução, receber chamadas de voz e até mesmo ativar o assistente de voz diretamente pelo fone. Também é possível ouvir músicas em um dos fones de forma independente, e o pareamento via Bluetooth acontece de forma rápida. No mais, a certificação IPX5 para resistência a água e suor é outro recurso que merece destaque, já que permite seu uso esportivo sem preocupações.

Segundo a Anker, são 100 horas de reprodução, somadas as cargas disponíveis nos earbuds e no estojo carregador. Durante os testes do TechTudo, foram necessárias algumas semanas para precisar plugar a case na tomada. Os dois lados do fone, por exemplo, tiveram bateria suficiente para enfrentar um dia inteiro de trabalho sem problemas. A marca aponta 8 horas como o máximo para ouvir músicas apenas nos earbuds.

Além disso, o dispositivo tem carregamento rápido: a marca promete 90 minutos de música após cerca de 10 minutos dentro do estojo. Dessa forma, é muito difícil que o usuário fique na mão na hora de praticar exercícios, por exemplo, já que basta guardar os fones por um tempo antes de sair.

O Soundcore Life Dot 2 custa R$ 449,90 na Amazon. É o preço mais baixo encontrado no varejo nacional por enquanto, mas, ainda assim, é um pouco mais alto em relação aos dois rivais já citados por aqui. O Galaxy Buds+, da Samsung, custa a partir de R$ 415 no e-commerce, enquanto o JBL Tune 215TWS sai a, pelo menos, R$ 367.

Considerados os valores, o usuário precisa colocar na balança os pontos positivos de cada um deles. O modelo da Anker é mais recente e traz uma bateria pouco comum entre fones totalmente sem fio. Para se ter uma ideia, o Samsung oferece até 22 horas de reprodução, enquanto o JBL vai a 25 horas. Portanto, o tempo longe da tomada garantido pelo Life Dot 2 é 4x maior.

Outro ponto que precisa ser levado em conta é a oferta de recursos, que dá bastante vantagem para o Galaxy Buds+. Seu contra, aqui, é o tempo de mercado: o modelo da Samsung foi lançado no início de 2020, e já tem um sucessor direto a caminho: o Galaxy Buds 2, além de “primos” como o Galaxy Buds Live e o Galaxy Buds Pro, opções um pouco mais caras, mas com melhorias importantes.

O JBL, assim como o modelo da Anker, também é simples e não se destaca nesse sentido. E é outro relativamente recente, sendo um rival de peso para o Life Dot 2.

Pelas boas horas de música sem parar e com qualidade de som interessante para um modelo intermediário, além de bom encaixe para praticar exercícios físicos, o acessório da Anker justifica o valor um pouco mais alto frente aos rivais. Mas, se ter mais carga disponível no estojo não for tão interessante assim para você, pode valer mais a pena pagar um pouco menos para ter mais recursos ou, no caso do JBL, uma proposta bem parecida com a do Life Dot 2.

Nota de transparência: Amazon e TechTudo mantêm uma parceria comercial. Ao clicar no link da loja, o TechTudo pode ganhar uma parcela das vendas ou outro tipo de compensação. Os preços mencionados podem sofrer variação e a disponibilidade dos produtos está sujeita aos estoques.