Jogos de arcade
Publicidade

Por Bruno Magalhães, para o TechTudo


Alex Kidd in Miracle World DX é um remake do clássico Alex Kidd in Miracle World, protagonizado pelo mascote homônimo da SEGA que marcou os anos 80 no Master System. O game tem versões para PC (Steam), PlayStation 4 (PS4), PlayStation 5 (PS5), Xbox One, Xbox Series X/S e Nintendo Switch. O novo jogo está sendo desenvolvido pelo time espanhol Jankenteam, fundado exclusivamente para dar vida ao projeto, e será lançado pela Merge Games em 24 de junho de 2021.

O título tem o objetivo de não apenas resgatar a experiência do jogo de plataforma original de 1986, mas também de expandir todo o seu universo com fases inéditas e melhorias de gameplay. O TechTudo teve a oportunidade de experimentar uma versão de desenvolvimento do jogo para desbravar três das suas fases. As impressões são positivas e devem agradar os fãs que aguardam o retorno de Alex Kidd já há três décadas.

Alex Kidd in Miracle World DX é remake do clássico do Master System, com lançamento para 24 de junho — Foto: Divulgação/Merge Games
Alex Kidd in Miracle World DX é remake do clássico do Master System, com lançamento para 24 de junho — Foto: Divulgação/Merge Games

Onde encontrar jogos antigos para download? Tire suas dúvidas no Fórum do TechTudo

Belos gráficos em pixel art que dão nova caracterização ao clássico

Logo de início, o que mais salta aos olhos é o quão vibrante o jogo está. Os desenvolvedores apostam na estética em pixel art com animações de altíssima qualidade, tendência entre as produções indie. Embora isso valha para os personagens, os cenários são os que mais saem beneficiados desta nova direção artística, pois estão carregados de detalhes e efeitos de iluminação que eram impossíveis nos anos 80.

Além disso, é possível trocar todo o estilo gráfico a qualquer momento durante a jogatina, com o pressionar de um único botão, de modo a simular o Alex Kidd in Miracle World original. Essa opção ressalta como tudo está mais cheio de vida e permite aos fãs matar a curiosidade em tempo real para analisar o que mudou. Só é preciso tomar cuidado, pois há um efeito de transição que esconde por um breve instante o que acontece na tela — e isso pode provocar acidentes.

Alex Kidd in Miracle World DX tem um cuidado especial com os cenários, que dão nova vida ao clássico — Foto: Divulgação/Merge Games
Alex Kidd in Miracle World DX tem um cuidado especial com os cenários, que dão nova vida ao clássico — Foto: Divulgação/Merge Games

Otimizações de interface e gameplay

A mérito de curiosidade, existia um grande problema na época do Master System: o botão de pausa ficava no próprio console, e não no controle. Isso obrigava o jogador a se levantar para selecionar algum dos itens coletados durante a jogatina. Até apertar o botão, era muito fácil ser atingido por um inimigo e até mesmo tomar um game over.

Alex Kidd in Miracle World DX, naturalmente, traz otimizações muito bem-vindas. A principal delas diz respeito ao próprio menu de itens, pois os jogadores agora podem selecioná-los livremente em um menu rápido, navegando entre eles e equipando sem a necessidade de pausar.

Alex Kidd in Miracle World DX segue desafiador e exige tomadas rápidas de decisão — Foto: Divulgação/Merge Games
Alex Kidd in Miracle World DX segue desafiador e exige tomadas rápidas de decisão — Foto: Divulgação/Merge Games

Os fãs também podem esperar uma jogabilidade mais responsiva, mas não se deixem enganar: a movimentação segue escorregadia assim como no título original e pode levar um tempo até se acostumar. Os cenários ocasionalmente trazem caminhos estreitos com inimigos, exigindo uma boa dose de precisão ou até mesmo a busca por uma rota alternativa.

Os icônicos fantasminhas que saem dos blocos com pontos de interrogação ainda são um desafio intenso, mesmo 30 anos depois. Não são raros os momentos em que o jogador deve ponderar se vale o risco de invocar o inimigo, invulnerável aos ataques do protagonista. O método para se desvencilhar segue o mesmo, no entanto: basta correr o suficiente para que ele saia da tela e desapareça.

Alex Kidd in Miracle World se destacava pelo uso de veículos em fases específicas e isso está de volta no remake — Foto: Divulgação/Merge Games
Alex Kidd in Miracle World se destacava pelo uso de veículos em fases específicas e isso está de volta no remake — Foto: Divulgação/Merge Games

Além da fase inicial, a demonstração que o TechTudo teve acesso trouxe dois segmentos com veículos, que diferenciavam Alex Kidd nos anos 80. Na loja, que aparece no início de alguns estágios, era possível comprar uma moto ou uma espécie de helicóptero para passar pelos desafios com maior facilidade.

Havia, ainda, outros itens que vêm diretamente do jogo original, como um que garante invencibilidade por alguns segundos, uma máquina que invoca pequenos clones para acertar inimigos e um Anel do Poder, que dispara projéteis em linha reta.

A versão trouxe ainda uma breve luta contra o boss Gooseka, um dos capangas do tirano Janken, O Grande. O vilão desafia Alex Kidd a uma partida de Pedra, Papel e Tesoura para dar prosseguimento à jornada. É curioso notar que a mesma combinação do clássico do Master System, que começa com pedra seguida por tesoura, ainda funciona para passar pelo vilão sem complicações.

Alex Kidd in Miracle World DX traz legendas em português do Brasil — Foto: Reprodução/Bruno Magalhães
Alex Kidd in Miracle World DX traz legendas em português do Brasil — Foto: Reprodução/Bruno Magalhães

Localização em português do Brasil

É inegável que Alex Kidd marcou presença na infância de muitos brasileiros. A grande responsável por isso foi a TecToy, parceira comercial da SEGA que cuidou da distribuição de sucessos como Master System 2 e 3 que já continham o jogo na memória.

Na época, alguns títulos da SEGA já começavam a ser localizados para o português, a exemplo de Phantasy Star, mas Alex Kidd acabou de fora. Isso muda com o lançamento de Alex Kidd in Miracle World DX, cuja desenvolvedora já anunciou que será lançado com legendas em português do Brasil.

O remake promete trazer mais linhas de diálogo do que o jogo original e, pela demonstração, a localização não decepciona. A única exceção é a opção “Resume” do menu de pausa, que foi traduzida para “Currículo do jogo” em vez de “Retomar”. Vale notar, no entanto, que este é um problema que pode ser corrigido facilmente até a chegada da versão final.

A estética do Alex Kidd clássico ainda tem o seu charme e pode ser acessada com o toque de um botão — Foto: Reprodução/Bruno Magalhães
A estética do Alex Kidd clássico ainda tem o seu charme e pode ser acessada com o toque de um botão — Foto: Reprodução/Bruno Magalhães

Conclusão

A desenvolvedora Jankenteam traz Alex Kidd de volta com elementos nostálgicos e estética pixel art. No entanto, ainda há espaço para adicionar algumas animações extras para o protagonista, incluindo alguma característica para caso o jogador fique muito tempo parado ou na beirada de uma plataforma. São pequenos detalhes que colaboram para deixar um jogo mais carismático.

Apesar disso, prevalecem grandes expectativas para acompanhar as fases inéditas e potenciais novidades que venham a ser adicionadas até o lançamento. Vale lembrar que os fãs mais rígidos também podem experienciar o jogo original através do Modo Clássico, com lutas de chefes, diálogos, fases e funções iguais às do Master System.

Quer comprar jogos, consoles e PCs com desconto? Conheça o Compare TechTudo

Cinco games amados pelos fãs, mas que ficaram sem suas continuações

Cinco games amados pelos fãs, mas que ficaram sem suas continuações

Mais recente Próxima Qual a história de Subway Surfers? Conheça significado, quem criou e mais
Mais do TechTudo