Os principais tipos de câmeras fotográficas que existem no mercado

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Confira neste guia as principais características e diferenças entre os tipos de câmeras fotográficas existentes no mercado. O conteúdo está dividido da seguinte forma:

1. Câmeras compactas (point-and-shoot)
2. Câmeras superzoom (bridge)
3. Câmeras mirrorless
4. Câmeras DSLR
5. Câmeras de ação
6. Câmeras instantâneas
7. Câmeras analógicas
8. Outros tipos de câmeras fotográficas
9. A velha polêmica: câmeras profissionais, semi-profissionais e intermediárias
10. Smartphones com câmeras avançadas
11. Conclusão

A principal característica das câmeras compactas, como o nome já indica, é o seu tamanho reduzido. Geralmente, elas são fáceis de operar, em especial com a ajuda dos modos de cena, que ajustam a configuração do equipamento automaticamente. Por esse motivo, inclusive, elas também são chamadas de "point-and-shoot" (apontar e clicar). Trata-se de um modelo mais prático e portátil.

Nessa categoria de câmera, há ainda as "super compactas", que possuem dimensões ainda mais reduzidas, e permitem que você leve sua câmera para todo lugar discretamente. Alguns modelos oferecem alta resolução e recursos extras (como as câmeras à prova d'água) a preços razoáveis.

Há também as "compactas avançadas", possuem muitos recursos semelhantes aos das câmeras DSLR, como o modo "manual", bom desempenho em ambientes mal iluminados, alta velocidade e boa performance na captura de vídeos Full HD progressivos.

O preço das câmeras compactas varia de acordo com as funcionalidades oferecidas. Modelos razoáveis podem ser encontrados por R$ 1.000, já equipamentos avançados por mais de R$ 5.000. O número de opções disponíveis nessa categoria é imenso, e confunde até os mais experientes. O segredo é focar na funcionalidade que você precisa, com alta resolução, bom desempenho em ambientes escuros, à prova d'água, estabilização de vídeo, entre outros, e abrir mão de recursos que não farão tanta falta.

As câmeras superzoom (ou bridge) têm "cara de profissional", oferecem zoom poderoso (por isso o nome), além da possibilidade de ajustes manuais de velocidade, sensibilidade (ISO) e abertura. O formato do corpo da câmera ainda permite que a ótica seja explorada de maneira semelhante às câmeras DSLR, mas claro, com algumas limitações: lentes fixas, aberturas limitadas e sensores pequenos.

Como as lentes das superzoom são fixas, é preciso utilizar adaptadores e soluções improvisadas para obter cliques "diferentes". Há adaptadores que "transformam" a lente fixa em "lente olho de peixe", por exemplo, mas a qualidade não é a mesma de uma câmera DSLR com este tipo de lente.

Alguns modelos possuem lentes com abertura máxima limitada, o que implica numa performance regular em ambientes escuros. Os modelos que oferecem grande abertura, como a f/2.8, fazem ótimos cliques nesses ambientes, mesmo sem utilização do flash.

A portabilidade das superzoom não é lá das melhores. Elas são menores que as DSLR, mas mesmo assim chamam a atenção, e carregá-las pode ser um pequeno incômodo para quem não está acostumado a andar com a "tralha fotográfica". Diversos modelos com boa resolução e zoom potente podem ser encontrados por valores atrativos. Mas se o preço ultrapassar o valor de uma DSLR de entrada básica, avalie se não é mais interessante investir nessa outra opção.

Prosseguindo com a lista de tipos de câmeras fotográficas, estão as mirrorless ("sem espelho"), que recebem este nome justamente por não possuírem o espelho posicionado à frente do sensor que envia a imagem para o viewfinder. Como consequência, elas não possuem viewfinder óptico como as SLRs, ou seja, não é possível ver o que a lente está enxergando exatamente. Mas será que você realmente precisa do visor?

O monitor LCD atende a grande maioria dos usuários e alguns modelos contam com o viewfinder eletrônico, que também gera imagens de qualidade, e alguns modelos que não possuem viewfinder contam com visores eletrônicos opcionais.

Mas quais são as vantagens de se retirar o tal espelho da câmera? O espelho precisa ser levantado para que a imagem chegue ao sensor, e seu movimento faz barulho e pode até movimentar a câmera, fazendo com que a imagem fique "microscopicamente" borrada. Quanto menos componentes, mas barata fica a câmera — e é uma peça a menos que pode estragar.

A remoção do espelho foi um dos fatores que permitiram a redução do corpo da câmera. As "mirrorless compactas" possuem o corpo mais fino e são consideravelmente mais leves do que as DSLRs, além de oferecer ajustes manuais e permitirem a troca de lentes.

As mirrorless com corpo "estilo DSLR" são um pouco maiores, mas mesmo assim bem menores que as tradicionais DSLR.

O preço das mirrorless é competitivo, próximo ao valor das compactas avançadas e das DSLRs de entrada. É uma questão de opção e desapego (das funções que não são relevantes para você).

Já mencionadas ao longo deste guia, as câmeras DSLR são as mais indicadas para quem deseja ingressar no mundo da fotografia manual. A Nikon D7500, por exemplo, é uma DSLR que possui um bom desempenho tanto na captura de imagens quanto em filmagem. Como ela é um modelo relativamente antigo, pode ser encontrada a preços mais acessíveis.

AS DSLR são câmeras que utilizam um sistema de espelho interno que reflete a luz para um visor óptico. Assim, elas permitem que o fotógrafo veja exatamente o que está sendo capturado pela lente. Além disso, elas são conhecidas pela qualidade de imagem, pelo controle manual avançado e pela variedade de lentes intercambiáveis.

As câmeras DSLR são câmeras digitais ("D") em que a imagem "enxergada" pelas lentes é exatamente a mesma vista no viewfinder, por meio do seu jogo de espelhos "Single Lens Reflex SLR" (ao pé da letra, "reflexo de uma única lente").

Apesar desta ser a definição correta do termo "DSLR", muitas pessoas associam a sigla à possibilidade de trocar a lente da câmera, mas isto não tem nada a ver. As câmeras que permitem troca de lentes, possuem o sistema de "lentes intercambiáveis"; câmeras DSLR são as que permitem ao usuário ver exatamente o que as lentes estão enxergando.

Nas câmeras "não SLR", em alguns casos o viewfinder é independente da lente. Em outros casos, como nas mirrorless e nas superzoom, a imagem exibida no visor LCD ou no próprio viewfinder é gerada eletronicamente.

As câmeras mirrorless compactas, por exemplo, não oferecem "viewfinder óptico". Com acessórios específicos, é até possível ter algo semelhante a um viewfinder, mas o que o usuário verá, na verdade, é uma imagem capturada pela câmera e convertida no formato digital, como se fosse um "mini monitor".

A tendência é que todas as câmeras ofereçam monitores cada vez mais precisos, com melhor resolução e simulação do resultado final muito mais próximos do que será registrado pela câmera. O problema é que qualquer tela alimentada exibida pela câmera continuará consumindo bateria e isto diminui consideravelmente o tempo de utilização.

Dando andamento à lista de tipos de câmeras fotográficas, estão neste quinto tópico os modelos de ação. Estes equipamentos, por sua vez, possuem um sistema de estabilização avançado, que resultam em vídeos menos tremidos, nas condições mais adversas. Eles também oferecem boa velocidade, permitindo capturar diversas imagens por segundo em resolução máxima e fazer filmes com altas taxas de quadros progressivos (60 fps ou mais). Ainda, elas são pequenas, duráveis e à prova d'água.

As câmeras de ação são muito utilizadas em esportes radicais e, por isso, possuem boa resistência, boa portabilidade e uma série de acessórios e suportes para fixação, como a GoPro. Para ganhar em peso de performance, alguns modelos sacrificaram funcionalidades presentes em todas as câmeras digitais, como o monitor LCD para visualizar as imagens capturadas.

Se você tiver interesse em comprar esse tipo de câmera, é possível adquirir um monitor para acoplar ao equipamento posteriormente (acessório opcional). Vale ressaltar que as câmeras de ação são um formato bem aceito pelo público, e outras empresas além da GoPro têm se aventurado neste terreno lançando diferentes modelos, como a DJI e a Sony.

Como o próprio nome já indica, as câmeras instantâneas são aquelas em que a foto sai na hora — conhecidas popularmente como Polaroid. Esses equipamentos, após a captura de uma imagem, produzem fotografias impressas instantaneamente, sem a necessidade de processamento ou revelação adicional.

Essas câmeras são equipadas com um mecanismo interno que realiza o processo de revelação química dentro do próprio corpo da câmera. Assim, ele permite que a imagem seja impressa em papel fotográfico especial em questão de segundos. Vale destacar que esse tipo de equipamento era bastante popular nas décadas de 1970 e 1980. Apesar disso, nos últimos anos, ele tem ganhado cada vez mais usuários, em especial, devido ao seu aplo nostálgico.

Amplamento utilizadas durante o século XX, as câmeras analógicas são equipamentos que utilizam um processo químico para capturar e registrar imagens em filme fotográfico sensível à luz. O funcionamento básico desse modelo envolve a entrada de luz através da lente da câmera, que passa por um obturador e atinge o filme fotográfico, onde é registrada uma imagem latente. Após a captura da imagem, o filme é processado quimicamente em um laboratório fotográfico para revelar a imagem e criar uma cópia física em papel fotográfico.

Apesar de terem perdido espaço no mercado para os modelos digitais, as câmeras analógicas continuam sendo apreciadas por muitos fotógrafos até hoje devido à sua estética única, processo criativo, qualidade de imagem e durabilidade.

Além dos tipos de câmeras fotográficas citados até aqui (que são os principais), vale mencionar alguns outros modelos como:

• câmeras descartáveis: são equipamentos pré-carregados com filme e destinados a serem utilizados apenas uma vez. Após o uso, o filme é revelado e as fotos são impressas ou digitalizadas. Eles são convenientes para situações onde uma câmera permanente não é prática ou segura, e são comumente usadas em festas e eventos;
• câmeras 360 graus: também conhecidas como câmeras de vídeo panorâmicas, elas capturam imagens em todas as direções, permitindo uma visualização imersiva de 360 graus. Elas são frequentemente usadas para criar conteúdo de realidade virtual (VR) ou para fornecer visualizações interativas de locais, eventos ou atividades;
• câmeras 3D: estas, por sua vez, ão câmeras capazes de capturar imagens tridimensionais, proporcionando uma sensação de profundidade e volume. Elas são usadas em uma variedade de aplicações, incluindo filmes, jogos e mapeamento 3D;
• câmeras multifoco: também chamadas de câmeras de foco múltiplo, elas consistem em equipamentos que capturam imagens com diferentes pontos de foco em uma única tomada. Isso permite ajustar o foco da imagem após a captura, oferecendo maior flexibilidade durante a pós-produção.

O varejo não especializado foi quem mais contribuiu para o estabelecimento deste tipo de categorização. Usado sem segundas intenções, estas definições podem ajudar o usuário leigo a identificar os modelos mais básicos e fazer a escolha correta. Mas o que vemos, são tentativas de justificar o preço elevado de modelos com recursos limitados.

Procure não escolher uma câmera com base neste tipo de classificação. Quem comanda o clique é o fotógrafo, e o trabalho de um fotógrafo profissional não deixará de ser profissional se ele usar uma DSLR de entrada ou uma câmera de filme 35 mm.

Fotógrafo profissional é a pessoa que tem a fotografia como seu ofício, sendo que parte destes profissionais possuem uma vasta experiência e outros são iniciantes. Fotógrafo amador é a pessoa que tem a fotografia como um hobbie, que pode ser "levado a sério" ou não. Assim, podemos afirmar que existem fotógrafos amadores que entendem mais de fotografia que alguns profissionais menos experientes.

O que devemos considerar, é que as câmeras utilizadas por fotógrafos profissionais possuem uma estrutura e componentes mais resistentes, mais avançados, mais precisos e consequentemente mais caros. São equipamentos que devem suportar a jornada de oito horas diárias de trabalho do profissional, por exemplo. O valor destes equipamentos é alto, mas para profissionais, o valor do investimento se paga ao longo do tempo.

Quando o assuto é tirar fotos ou gravar vídeos, além das câmeras fotográficas, é válido mencionar os smartphones. Afinal, hoje em dia há diversos modelos que oferecem capturas de alta resolução e qualidade. É o caso, por exemplo, do Motorola Edge 30 Neo, Galaxy A54, Poco X5 Pro, Realme 11 Pro+ , Galaxy S23 Ultra e iPhone 15.

A melhor câmera, seja a de um equipamento específico ou a de um smartphone, é aquela que está com você no momento que deseja. Se você é um fotógrafo casual e não necessita de imagens em altíssima qualidade, seria um desperdício comprar uma câmera robusta, cheia de recursos. Às vezes, a câmera de um celular já pode ser suficiente.

Agora, independentemente de sua necessidade, não opte por uma câmera apenas pelo visual dela. Para fotografias cotidianas com portabilidade, prefira as compactas. Se você pode investir um pouco mais, melhor optar pelas compactas avançadas. Já se você pretende aprender mais sobre fotografia, as DSLR são a opção mais interessante.

Para os iniciantes que pretender fazer vídeos, as DSLR quem filmam em Full HD 30p com entrada de microfone externo também são uma boa pedida. Neste ponto os modelos Canon levam uma pequena vantagem, pois as lentes "IS STM" do kit possuem um motor de foco silencioso e alguns modelos básicos oferecem o "foco contínuo" para vídeo.

Antes que alguém dê o grito, outras câmeras, como as Nikon e Sony, por exemplo, também apresentaram evoluções consideráveis dos recursos de vídeo em seus modelos mais recentes: resolução, número de quadros progressivos (30p e 60p) em alta resolução e entrada para microfone externo. Mas o desempenho das lentes básicas do "kit" Canon é muito superior nos quesitos "foco automático" e "modo silencioso".

Existem também outras marcas que não foram citadas, como Fujifilm, Pentax, Leica, Panasonic, Hasselblad, Olympus, Samsung, entre outras. Mas, no Brasil a disponibilidade destes outros modelos ainda é limitada.

É importante ter em mente que câmeras são equipamentos confiáveis, mas possuem componentes extremamente sensíveis. Eventualmente uma visita à assistência pode ser necessária. Quem está pensando investir num equipamento de R$ 10.000 (ou mais), por exemplo, experimente entrar em contato com o suporte técnico do fabricante, antes de bater o martelo.

Se você não conseguir se decidir entre duas marcas, faça uma lista de todas as lentes e acessórios que você gostaria de adquirir ao longo de 3 anos. Pesquise os preços de cada item e compare o valor total do conjunto de cada marca. Opte pelo que apresentar melhor relação custo-benefício.

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