Privacidade
Publicidade
Por , para TechTudo

Aplicativos espiões, ou spywares, são softwares que possibilitam monitorar outros dispositivos de maneira clandestina. Uma vez instalado no aparelho da vítima, um app espião pode ser usado para acessar dados sensíveis, como localização e senhas, além de permitir que o usuário viole a privacidade da outra pessoa, ativando microfones e câmeras, por exemplo, sem ser notado. Esses softwares costumam invadir dispositivos Android e iPhone (iOS) quando a vítima faz um download de arquivos de fontes inseguras, mas também podem ser instalados manualmente por pessoas mal intencionadas com acesso ao celular da vítima, como parceiros e familiares.

O uso de apps para monitorar dispositivos alheios sem autorização é considerado crime, com pena de reclusão e multa prevista no artigo 154-A do Código Penal. Além disso, tecnologia é altamente arriscada, não só para a vítima, como também para o espião, já que esse tipo de aplicativo não costuma contar com protocolos de segurança muito confiáveis. A seguir, entenda mais sobre os riscos e confira três motivos para não utilizar um aplicativo espião.

Aplicativos espiões são normalmente usados para monitorar cônjuges ou para controle parental; entenda riscos da prática — Foto: Divulgação/ Kapersky Lab
Aplicativos espiões são normalmente usados para monitorar cônjuges ou para controle parental; entenda riscos da prática — Foto: Divulgação/ Kapersky Lab

1. Vazamento de dados

O uso de aplicativos espiões pode gerar diversos problemas, e um dos seus principais é o vazamento de dados das vítimas. Os spywares conseguem acessar informações pessoais que podem ser usadas em roubos de identidade ou em casos de chantagem. Uma vez no dispositivo, o sistema pode visualizar logins, senhas, dados bancários e mídias do celular, como fotos e vídeos. Com os aplicativos, o espião também poderá ter controle total sobre o aparelho de celular, podendo até ligar a câmera e o microfone para fazer gravações e rastrear a localização exata do dispositivo.

Cibercriminosos podem vazar dados a partir de apps espiões — Foto: Divulgação/Getty Images
Cibercriminosos podem vazar dados a partir de apps espiões — Foto: Divulgação/Getty Images

Entretanto, os riscos também se aplicam aos próprios usuários dos apps, visto que boa parte dos aplicativos espiões são ilegais ou extra oficiais, ou seja, não têm informações confiáveis sobre sua procedência, nem fornecem uma regulamentação de segurança válida. Sendo assim, as informações dos espiões também podem ser coletadas por cibercriminosos.

2. Pode causar danos ao aparelho

Aplicativos espiões também podem causar danos ao aparelho de celular da vítima e do usuário. Funcionando ininterruptamente, os spywares podem aumentar o consumo de bateria do dispositivo, sobrecarregar o sistema operacional, consumir muitos dados móveis e até incorrer no superaquecimento do celular. Além disso, também podem ocorrer mudanças nas páginas iniciais de navegadores, e o recebimento de mensagens aleatórias de erros ao usar aplicativos nos quais nunca teve problemas antes.

O uso de aplicativo espião pode provocar danos graves ao aparelho da vítima e do usuário — Foto: Reprodução/Getty Images
O uso de aplicativo espião pode provocar danos graves ao aparelho da vítima e do usuário — Foto: Reprodução/Getty Images

3. Espionar celular alheio é crime

De acordo com Artigo 154-A do Código Penal, “Invadir dispositivo informático de uso alheio, conectado ou não à rede de computadores, com o fim de obter, adulterar ou destruir dados ou informações sem autorização expressa ou tácita do usuário do dispositivo ou de instalar vulnerabilidades para obter vantagem ilícita". Portanto, espionar um celular alheio sem consentimento é considerado crime, independentemente do motivo e de quem esteja espionando. A pena pode variar entre 2 e 5 anos de prisão e multa.

Utilizar aplicativos para espionar pessoas sem o seu consentimento é considerado crime; entenda. — Foto: Reprodução/Unsplash/Clint Patterson
Utilizar aplicativos para espionar pessoas sem o seu consentimento é considerado crime; entenda. — Foto: Reprodução/Unsplash/Clint Patterson

Caso vítima e autor tenham algum tipo de relação social ou profissional, a prática de espionagem será considerada crime a depender da intenção do ato e da existência, ou não, de um acordo prévio, ainda que apenas verbal, em que a vítima autorize o autor a acessar suas informações. Pais podem ter acesso à tecnologia para monitorar a atividade de filhos menores de idade, mas é preciso lembrar que o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê o direito à privacidade e a preservação da integridade dos menores.

Com informações de Jusbrasil, Karpersky e g1.

Veja também: 'Caí no golpe do Pix, e agora?' Veja o que fazer e como recuperar

'Caí no golpe do Pix, e agora?' Veja o que fazer e como recuperar

'Caí no golpe do Pix, e agora?' Veja o que fazer e como recuperar

Mais recente Próxima Descubra 5 coisas que a maioria dos sites sabem sobre você
Mais do TechTudo