Redes sociais
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Por Júlio César Gonsalves, Para o TechTudo

"Quem criou o WhatsApp?" é a dúvida de muitos usuários que utilizam o aplicativo diariamente. O mensageiro, que está disponível para Android e iPhone (iOS) – além das versões WhatsApp Web e WhatsApp Business –, faz parte do grupo de redes sociais da Meta, empresa fundada por Mark Zuckerberg e dona do Instagram e Facebook.

Contudo, o que muitas pessoas não sabem é que nem sempre o cenário da empresa foi esse. O WhatsApp foi criado em 2009 pelos empreendedores Jan Koum e Brian Acton e vendido em 2014 por cerca de US$ 16 bilhões. A seguir, veja mais detalhes sobre a origem do WhatsApp, o mensageiro querido pelos brasileiros, e a história de seus criadores.

Mark Zuckerberg, CEO da Meta, é dono do WhatsApp, mas não criou o mensageiro — Foto: Reprodução/YouTube Harvard University
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, é dono do WhatsApp, mas não criou o mensageiro — Foto: Reprodução/YouTube Harvard University

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1. Quem criou o WhatsApp?

O WhatsApp foi criado por Jan Koum e Brian Acton, dois ex-funcionários do Yahoo!. Koum nasceu na Ucrânia e imigrou para os Estados Unidos quando tinha 16 anos. Ele conheceu Acton no Yahoo!, onde ambos trabalhavam como engenheiros de software. Em 2009, Koum e Acton deixaram o Yahoo! e fundaram o WhatsApp.

O aplicativo foi lançado em 2009 e rapidamente se tornou um dos aplicativos de mensagens instantâneas mais populares do mundo. Em 2014, o WhatsApp foi comprado pelo Facebook por cerca de US$ 16 bilhões.

2. Quem são Jan Koum e Brian Acton?

Jan Koum e Brian Acton são os programadores responsáveis pela criação do WhatsApp, em 2009. Koum é um empresário ucraniano que se mudou para os Estados Unidos quando tinha apenas 16 anos e cresceu como imigrante até chegar à faculdade. Na época, ele foi trabalhar como testador de segurança na Ernst & Young e, posteriormente, como engenheiro de infraestrutura no Yahoo!. Lá, conheceu aquele que seria seu parceiro de empreitada para a criação do WhatsApp: o programador de computadores e empresário norte-americano Brian Acton.

Formado em ciência da computação pela Universidade de Stanford, Brian Acton trabalhou em empresas de renome como Apple, Adobe e o já mencionado Yahoo!. Para investir no projeto do WhatsApp, Acton e Koum largaram seus empregos na empresa e se emprenharam por anos no projeto. A plataforma se popularizou a ponto de ser comprada pelo Facebook cinco anos após o lançamento.

Após a venda do WhatsApp para o Facebook, Acton atuou como presidente executivo até o ano de 2017, quando saiu para abrir sua própria fundação focada em privacidade e proteção de dados. Um fato curioso a respeito de Acton é que ele tentou emprego no Twitter e no Facebook em 2009, antes de criar o WhatsApp, mas foi rejeitado.

Jan Koum e Brian Actor são os fundadores originais do WhatsApp — Foto: Reprodução/Sequoia Capital
Jan Koum e Brian Actor são os fundadores originais do WhatsApp — Foto: Reprodução/Sequoia Capital

3. O lançamento e as primeiras versões do WhatsApp

A história de origem do WhatsApp começou quando Jan Koum comprou um iPhone, em 2009, e teve a ideia de criar um aplicativo que mostrasse os status ao lado dos nomes dos usuários. Na época, discutiu a ideia com Brian Acton e procuraram um desenvolvedor iOS chamado Igor Solomennikov para ajudar com alguns detalhes de programação. O lançamento do WhatsApp, em sua versão 1.0, trazia recursos de status e mensagens simples, e seu objetivo era ser uma plataforma sem anúncios, sem joguinhos nem truques.

Depois de uma pausa por problemas técnicos em junho de 2009, o WhatsApp adicionou o recurso de notificações push, o que impulsionou a popularidade. Esse novo lançamento, já na versão 2.0, o firmou como uma plataforma de mensagens instantâneas baseada na internet. Em outubro do mesmo ano, Acton convenceu cinco ex-colegas do Yahoo a investir US$ 250 mil na startup. Um mês depois, o WhatsApp foi lançado na Apple Store para iPhone, e ganhou suporte para BlackBerry, Symbian OS, Android e Windows OS nos dois anos seguintes.

Função "status" na primeira versão do WhatsApp — Foto: Divulgação/WhatsApp
Função "status" na primeira versão do WhatsApp — Foto: Divulgação/WhatsApp

O mensageiro se tornou popular e começou a ser usado como uma substituição ao serviço de SMS. Isso fez com que, em 2013, a Sequoia Capital, uma empresa de capital de risco, investisse US$ 8 milhões na startup, o que elevou o preço de mercado para US$ 1,5 bilhão. Por fim, em fevereiro de 2014, o Facebook adquiriu o WhatsApp por aproximadamente US$ 16 bilhões, introduzindo o WhatsApp for Business em 2017, que permitiu que os usuários criassem perfis comerciais.

Desde então, o WhatsApp continuou a crescer, oferecendo novas ferramentas, como status, emojis, figurinhas, chamadas de vídeo e ligações via Internet. O mensageiro já soma mais de 1,5 bilhão de usuários em 180 países. No Brasil, o app é, atualmente, a rede social mais utilizada pela população, de acordo com dados de 2023 da We Are Social.

4. A venda do WhatsApp

O WhatsApp foi vendido para o Facebook em fevereiro de 2014. Isso aconteceu por conta de dois motivos centrais: o primeiro deles é que a empresa de Zuckerberg viu no app um potencial concorrente para os seus negócios. O segundo era o fato de a compra ser uma oportunidade atrativa para trabalhar com uma lógica diferente em relação ao Facebook Messenger, chat da empresa na época.

Além disso, a aquisição permitiu ao Facebook obter uma grande a atenção do público-alvo. É válido informar, ainda, que WhatsApp forneceu dados valiosos que foram aproveitados pelo Facebook – o que começou a reverberar negativamente entre os criadores originais. Logo após a compra, o Facebook interferiu no modelo de negócios do WhatsApp e adicionou ferramentas como número de telefone verificado, status, imagem de exibição e frequência de uso.

 Mark Zuckerberg, CEO da Meta, não foi o criador do WhatsAPP   — Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo
Mark Zuckerberg, CEO da Meta, não foi o criador do WhatsAPP — Foto: Fabrício Vitorino/TechTudo

5. Onde estão Koum e Acton?

Os fundadores do WhatsApp, Jan Koum e Brian Acton, tiveram divergências com o Facebook em relação à monetização e integração do WhatsApp aos produtos da empresa. Isso porque a dupla de programadores sempre levava em consideração a privacidade e segurança da plataforma, o que os fez discordar sobre as atitudes da empresa de Zuckerberg em manipular as informações obtidas pelas redes.

Por isso, Koum renunciou ao seu cargo no conselho de administração do Facebook em 2018 e se dedica à filantropia desde então. Ele ficou conhecido por defender a privacidade e a criptografia online. Já seu companheiro de jornada, Brian Acton, também crítico da abordagem do Facebook em relação à privacidade e proteção de dados, começou uma política para que os usuários excluíssem suas contas no Facebook após o escândalo da Cambridge Analytica.

Posteriormente, Acton doou US$ 50 milhões para a Signal Foundation, uma organização sem fins lucrativos que desenvolve tecnologia de privacidade de código aberto.

Com informações de TIME, Gulf News, Feedough, The Guardian, CNBC e TechTudo

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