Segurança
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Por Gabriel Pereira (colaboração) e Ana Letícia Loubak (edição), para o TechTudo


Alguns hábitos muito comuns comprometem a segurança e privacidade dos seus dados na Internet. Ao aceitar todos os cookies de um site, usuários podem estar consentindo, sem saber, com o rastreamento do seu comportamento em outras páginas da web. Outra ação corriqueira e bastante danosa à segurança digital é a gravação de senhas e dados de cartão de crédito no navegador. Isso porque, se hackers conseguirem explorar brechas de segurança no browser, terão acesso fácil às informações. Felizmente existem alternativas mais inteligentes a esses hábitos prejudiciais. A seguir, o TechTudo lista seis práticas que você deve mudar agora para ter mais segurança.

Lista reúne seis maus hábitos que você deve mudar agora para ter mais segurança — Foto: Divulgação/Getty Images
Lista reúne seis maus hábitos que você deve mudar agora para ter mais segurança — Foto: Divulgação/Getty Images

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1. Trocar um navegador público por um privado

Navegadores públicos como Chrome e Firefox deixam a desejar quando o assunto é proteção à privacidade. Apesar de contarem com o modo anônimo, que não armazena dados como histórico de navegação e cookies, os browsers não protegem a identidade do usuário. Isso porque, mesmo na guia anônima, informações como endereço de IP continuam visíveis.

Tor é um exemplo de navegador privado que oferece anonimato e segurança — Foto: Reprodução/Getty Images
Tor é um exemplo de navegador privado que oferece anonimato e segurança — Foto: Reprodução/Getty Images

Nesse sentido, uma alternativa interessante e mais segura é o uso de navegadores privados. Softwares como Tor Browser e Brave Browser têm uma tecnologia capaz mascarar o IP do dispositivo, dificultando o rastreamento do usuário. Além disso, os navegadores também podem bloquear rastreadores de terceiros, anúncios e publicidades indesejadas.

2. Parar de aceitar todos os cookies sem ler e começar a observar as permissões

Cookies são arquivos criados por sites que contêm informações sobre o comportamento do visitante durante a navegação. Em geral, eles são usados para identificar o usuário, personalizar a página de acordo com o seu perfil ou para facilitar o transporte de dados entre as páginas de um mesmo site. Assim, você não precisa preencher e-mail e senha sempre que for entrar em uma conta, ou procurar por itens que você colocou anteriormente no carrinho de uma loja virtual, por exemplo.

Apesar de serem, na maioria das vezes, inofensivos, os cookies podem ser usados por sites para gravar informações sensíveis como nome, e-mail e telefone. Além disso, há os chamados "cookies de terceiros", que rastreiam o comportamento do usuário em outras páginas da web e usam esses dados para personalizar anúncios.

Por isso, o ideal é que os usuários leiam a política de cookies do site antes de aceitá-la. Geralmente, na notificação pop-up que solicita o aceite dos cookies, há um link que redireciona para a política de coleta e tratamento da informação. Leia o texto atentamente. Além disso, alguns sites oferecem a opção de controlar o que será coletado. Assim, você pode recusar cookies de marketing, por exemplo.

3. Trocar o login apenas com senha pela autenticação em dois fatores

As senhas alfanuméricas não são suficientes para proteger a sua conta de invasões. Isso porque elas podem ser facilmente descobertas ou quebradas com a ajuda de programas especializados. Para manter redes sociais, e-mails e contas bancárias a salvo de hackers e pessoas mal intencionadas, o ideal é utilizar a autenticação em dois fatores.

Aplicativos de autenticação proporcionam mais segurança às contas dos usuários — Foto: Marcela Franco/TechTudo
Aplicativos de autenticação proporcionam mais segurança às contas dos usuários — Foto: Marcela Franco/TechTudo

O recurso de segurança adiciona uma camada extra ao login, como código SMS, tokens gerados por aplicativos como Google Authenticator ou ligação. Dessa forma, mesmo que alguém possua a senha, não conseguirá entrar na conta do serviço, que exigirá o segundo fator de autenticação. Para ativar a verificação em dois fatores, basta procurar por essa opção na plataforma em questão. A maior parte dos serviços oferece o recurso.

4. Parar de gravar senhas no navegador e começar a usar um gerenciador de senhas

Salvar as senhas de redes sociais, Internet Banking, e-mails e outros serviços no navegador é um hábito comum entre os usuários que têm medo de esquecer os códigos ou querem poupar tempo. Acontece que, apesar de prática, essa atitude é bastante custosa para a segurança digital. Isso porque, se outras pessoas tiverem acesso ao computador, poderão facilmente entrar nas contas. Além do mais, criminosos podem explorar brechas de segurança no navegador e interceptar os dados.

Gerenciador de senhas do Google permite armazenar os códigos em um só lugar — Foto: Paulo Alves/TechTudo
Gerenciador de senhas do Google permite armazenar os códigos em um só lugar — Foto: Paulo Alves/TechTudo

Para evitar riscos, o recomendado é usar um gerenciador de senhas, software que funciona como um cofre virtual. Eles permitem guardar diferentes credenciais em um só local, o que favorece a criação de senhas fortes e diminui o risco de esquecê-las, já que a única palavra-chave que o usuário precisará memorizar é a senha mestra de acesso ao cofre.

5. Trocar o hábito de gravar o cartão de crédito no navegador pelo de usar carteiras digitais

Plataformas de e-commerce e de pagamento permitem cadastrar um cartão de crédito e salvá-lo para compras futuras, evitando que o comprador precise sempre repetir dados como nome, número do cartão, validade e código de segurança. Mas esse é outro hábito que, apesar de prático, pode colocar as informações financeiras do usuário em risco. Se os dados caírem em mãos erradas, pessoas mal intencionadas podem fazer uma série de transações sem o consentimento da vítima.

Carteira virtual do Google permite armazenar cartões de crédito de forma mais segura  — Foto: Marvin Costa/TechTudo
Carteira virtual do Google permite armazenar cartões de crédito de forma mais segura — Foto: Marvin Costa/TechTudo

Para evitar dores de cabeça, o indicado é usar carteiras virtuais como Google Pay. Esses aplicativos transformam os dados de cada cartão cadastrado em códigos de pagamento que autorizam a compra, trazendo praticidade e também segurança ao comprador, já que as informações são criptografadas.

6. Parar de logar em apps de banco usando redes Wi-Fi públicas e começar a usar dados móveis para fazer transações

Fazer login em aplicativos de banco usando redes Wi-Fi públicas pode comprometer a segurança das suas informações bancárias. Apesar de "quebrarem o galho" quando você está sem acesso à Internet, conexões de estabelecimentos como shoppings e restaurantes são mais vulneráveis, podendo ser usadas por hackers para coletar dados dos dispositivos conectados. Trocando em miúdos, acessar aplicativos bancários usando redes abertas acaba facilitando o roubo de dados pessoais e financeiros sigilosos.

Acessar aplicativos de banco usando redes Wi-Fi públicas pode colocar os dados do usuário em risco — Foto: Divulgação/Nubank
Acessar aplicativos de banco usando redes Wi-Fi públicas pode colocar os dados do usuário em risco — Foto: Divulgação/Nubank

Se você precisar acessar aplicativos de banco fora de uma rede Wi-Fi segura, use os dados móveis antes de abrir o app e iniciar operações. Caso isso não seja possível, instale e habilite uma VPN (rede virtual privada, na tradução da sigla para o português). A criptografia fornecida pela rede proporciona uma camada extra de segurança que dificulta a ação de cibercriminosos.

Com informações de Kaspersky, G1 e All Things Secure

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