Impressoras 3D
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Por Isabela Cabral, para o TechTudo


O mercado de impressoras 3D demonstra cada vez mais potencial. Esses equipamentos já produzem desde peças decorativas e pequenos componentes industriais até implantes cirúrgicos, casas e veículos. Com o aumento do interesse nas máquinas que imprimem objetos tridimensionais, surgem dúvidas sobre o tema. Os dispositivos demoram muito para imprimir? Quais materiais podem ser utilizados? Quão versáteis são esses aparelhos?

A tecnologia de impressão 3D provavelmente será parte importante do nosso futuro, mas talvez não da maneira que todos esperam. Confira, a seguir, uma lista de mitos e verdades sobre o assunto.

Veja como funciona uma impressora 3D

Veja como funciona uma impressora 3D

1. A impressão 3D é rápida?

Mito. A velocidade de trabalho das impressoras 3D de fato aumentou nos últimos anos, mas ainda assim esse é um método de fabricação mais lento que outros mais tradicionais, como fundição ou moldagem por injeção. Os equipamentos colocam camada por camada de material para dar forma a um objeto, o que pode levar muitas horas. Quanto mais detalhado o design, maior a demora na impressão.

Em grandes volumes ou quantidades, ainda não dá para competir com as tecnologias tradicionais. No entanto, se o objetivo é fazer um protótipo complexo, um produto único ou um pequeno objeto, a impressão 3D provavelmente será a opção mais veloz. As impressoras permitem uma complexidade praticamente livre no desenho do produto, sem custo ou tempo maior para criar um molde ou peça específica.

Impressora 3D Vulcan constrói casa em menos de 24 horas por R$ 33 mil — Foto: Divulgação/ICON
Impressora 3D Vulcan constrói casa em menos de 24 horas por R$ 33 mil — Foto: Divulgação/ICON

2. Diversos materiais podem ser usados na impressão 3D?

Verdade. Ao contrário do que alguns pensam, plásticos não são os únicos materiais utilizáveis em impressoras 3D. São sim os mais comuns, mas as máquinas também imprimem metais, resinas, madeiras, fibra de carbono e biomateriais. Na verdade, a impressão com metal é o campo que mais cresce na indústria. Além disso, cientistas e empresas estão desenvolvendo modelos capazes de operar com mais de um tipo de material, o que pode significar um avanço das aplicações da tecnologia.

3. Impressoras 3D podem produzir qualquer coisa?

Mito. A impressão 3D de fato revolucionou muitas áreas com a fabricação de carros, aviões, ferramentas, máquinas e até implantes e próteses. Porém, pensar que essa tecnologia pode produzir qualquer coisa é um erro. Sua aplicação só é uma alternativa prática em certas circunstâncias e os designs 3D não são algo fácil de criar, tampouco acessíveis a qualquer um. A impressão de casas, comida ou órgãos, por exemplo, é uma perspectiva interessante, mas atualmente esses tipos de produção ainda são raras ou limitadas a pesquisas científicas.

Local Motors criou um carro com uma impressora 3D — Foto: Reprodução/IMTS
Local Motors criou um carro com uma impressora 3D — Foto: Reprodução/IMTS

4. Existem diferentes técnicas de impressão 3D?

Verdade. Há vários tipos de impressoras 3D e cada um funciona de forma distinta. A modelagem por deposição fundida (FDM, na sigla em inglês) é um método em que um filamento de plástico que é depositado em camadas, enchendo a forma do modelo. Já na estereolitografia (SLA), um feixe laser controlado por computador se move e constrói a estrutura, camada por camada, a partir de um polímero líquido que endurece ao entrar em contato com a luz. Outro processo é a sinterização seletiva a laser (SLS), que usa metal em pó sinterizado para criar um objeto metálico sólido.

5. A impressão 3D é uma tecnologia recente?

Mito. Os primeiros conceitos e estudos sobre técnicas aditivas para a fabricação de objetos tridimensionais começaram na década de 1970 e, em 1984, o americano Charles Hull criou uma máquina de estereolitografia, a primeira impressora 3D. Em cerca de cinco anos, a tecnologia já havia sido copiada por diversas outras empresas. Entretanto, a impressão 3D só ganhou popularidade na última década porque os equipamentos se tornaram significantemente mais compactos e baratos.

Charles Hull (à esquerda) junto a um dos protótipos do que viria a ser a impressora 3D — Foto: Reprodução/UT-Austin
Charles Hull (à esquerda) junto a um dos protótipos do que viria a ser a impressora 3D — Foto: Reprodução/UT-Austin

6. Impressoras 3D estão cada vez mais baratas?

Verdade. Nos últimos anos, imprimir objetos se tornou sem dúvidas mais acessível. Conforme a tecnologia ficou mais famosa, a crescente demanda ajudou a reduzir os preços das máquinas. Impressoras 3D que podem ser usadas em casa por entusiastas a fim de experimentar chegam a sair por menos de R$ 800. Porém, equipamentos industriais usados para projetos de larga escala ainda são bastante caros.

7. Qualquer um pode ter uma impressora 3D em casa?

Mito. Apesar da queda nos preços, a ideia de popularização das impressoras 3D a um nível em que qualquer um possa ter a sua não parece provável tão cedo. Esses aparelhos, na forma atual, não são simples de operar, por mais que o usuário pegue um design pronto na Internet. Portanto, só alguns profissionais têm a habilidade e a necessidade de usá-los. Consumidores que eventualmente queiram determinadas peças podem usar serviços online que as produzem e entregam por encomenda.

Impressora 3D é leve e pode ser montada com facilidade — Foto: Reprodução/Kickstarter
Impressora 3D é leve e pode ser montada com facilidade — Foto: Reprodução/Kickstarter
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