Apple Intelligence: tudo o que você precisa saber sobre a IA do iPhone

A Apple Intelligence também será integrada à Siri, que ganhará novas funcionalidades e promete ficar mais eficiente com o uso da IA. Vale lembrar que, além desta ferramenta, os usuários de produtos Apple também poderão utilizar o ChatGPT diretamente em seus dispositivos, já que a empresa agora tem uma parceria com a OpenAI. A seguir, confira o guia completo que explica tudo o que você precisa saber sobre a Apple Intelligence.

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A Apple Intelligence é a ferramenta de inteligência artificial desenvolvida para o iPhone, iPad e Mac. A função é definida pela empresa como uma inteligência pessoal, capaz de combinar modelos de IA generativa para compreender e auxiliar os pedidos dos usuários de maneira personalizada e eficiente. A função vai, entre outras novidades, priorizar notificações na tela do celular, compreender padrões de escrita para criar textos de forma automática e aumentar as possibilidades de integração entre aplicativos.

O recurso chegará aos aparelhos junto com os novos sistemas operacionais iOS 18, iPadOS 18, macOS Sequoia no segundo semestre desse ano. Em um primeiro momento, a Apple Intelligence só poderá ser usada em dispositivos configurados em inglês. Porém, em 2025, a ferramenta deve ser disponibilizada em outros idiomas.

A Apple Intelligence vai ser disponibilizada gratuitamente para iPhones, iPads e Macs topo de linha mais recentes — smartphones com chip A17 e computadores, notebooks e tablets com chip da série M. Isso acontece devido à tecnologia da IA, que exigirá um grande desempenho dos aparelhos da marca, o que não seria possível com processadores mais limitados. Confira, abaixo, a lista completa dos dispositivos contemplados pela inteligência artificial da Apple.

iPhone

• iPhone 15 Pro Max
• iPhone 15 Pro

iPad

• iPad Pro
• iPad Air

Mac

• MacBook Air
• MacBook Pro
• iMac
• Mac mini
• Mac Studio
• Mac Pro

Segundo a Apple, a privacidade e a segurança dos usuários são uma prioridade da marca, portanto, o uso da inteligência artificial em seus aparelhos respeitará esses princípios. Dessa forma, a empresa garante que os dados dos usuários não serão coletados para a realização dos comandos. De acordo com a empresa, a maioria das instruções enviadas à IA poderão ser processadas no próprio dispositivo, utilizando modelos de linguagem que podem ser armazenados no hardware dos celulares, tablets e computadores.

No entanto, isso não significa que a empresa irá limitar o poder da IA em seus aparelhos. Para realizar tarefas que demandem maior poder de processamento, a Apple afirma que será usada uma tecnologia de computação em nuvem privada, chamada Private Cloud Compute, para acessar modelos de linguagem capazes de lidar com dados mais complexos. Esses modelos ficam armazenados em servidores externos da Apple Silicon, monitorados pela companhia.

Segundo a empresa, ao receber uma solicitação, a Apple Intelligence irá avaliar o nível de complexidade da ação. Se for algo mais simples, o processamento será feito no próprio dispositivo, e, caso seja algo mais complicado, a tarefa será direcionada ao Private Cloud Compute, que receberá apenas os dados necessários para a conclusão do pedido para o sistema de nuvem. De acordo com a empresa, essas informações não ficarão armazenadas na nuvem e nem serão visíveis para a Apple, sendo usadas apenas para atender às solicitações dos usuários.

A Apple Intelligence vai trazer diversas funcionalidades de IA importantes para o sistema. Os usuários poderão utilizar a nova tecnologia para reescrever, resumir ou revisar textos em apps, incluindo Mail, Notas, Páginas e aplicativos de terceiros. Com essa funcionalidade, será possível receber as melhores palavras para cada ocasião, como um convite ou apresentação, além de ter opções de estrutura de frases e a revisão gramatical.

Além disso, outra grande novidade é o recurso que resumirá e agrupará notificações importantes, tanto na tela de bloqueio, como na caixa de entrada do e-mail, por exemplo. Dessa forma, um compacto personalizado será exibido para o usuário, o que permitirá que ele se mantenha sempre atualizado. Ainda, a função Reduce Interruptions vai sinalizar apenas as notificações que podem precisar de atenção imediata, como a entrega de um trabalho ou buscar alguém em um lugar específico.

A Apple Intelligence também permitirá que os usuários gravem, transcrevam e resumam áudios com os aplicativos Notas e Telefone. Em chamadas telefônicas, porém, todos os participantes serão notificados sobre a gravação da conversa. Ao fim, a Apple Intelligence gerará um resumo para recuperar os pontos-chave.

Já na galeria, será possível editar imagens para retirar objetos indesejados por comando de voz ou escrito, além da possibilidade de criação de imagens para ajudar os usuários a se comunicarem e se expressarem de novas maneiras. Também será possível procurar imagens específicas na galeria com comandos de texto.

Os usuários também poderão criar os próprios emojis com o Genmoji. A novidade permitirá que ícones exclusivos sejam criados para representar momentos e sentimentos únicos em uma conversa. Por fim, usando a função Memories, será possível criar um filme a partir de uma descrição, onde a inteligência artificial irá selecionar as melhores fotos e vídeos com base no que foi pedido e irá criar uma narrativa.

Com a alimentação da Apple Intelligence, a interação com a Siri, assistente pessoal da Apple, será mais natural, robusta e útil. A assistente virtual deverá conseguir tornar as tarefas diárias mais simples, a partir de comandos em forma de texto ou de voz. Vale destacar que, durante a apresentação do recurso na WWDC 2024, foi demonstrado que a Siri conseguirá agora compreender as solicitações pelo seu contexto, e não apenas pelas palavras ditas. Portanto, a compreensão da inteligência sobre comandos deve ser mais assertiva.

Segundo a Apple, a Siri poderá dar total suporte ao usuário e responder a milhares de perguntas sobre como fazer algo no iPhone, iPad e Mac. Além disso, ela também poderá programar mensagens de texto, entendendo o contexto do que é dito, quais apps devem ser usados e para quais contatos devem ser enviadas. Dessa forma, a Siri deve entender, por exemplo, quando um usuário pedir que "envie as fotos do churrasco de sábado para Victor".

A assistente virtual também poderá executar ações dentro de outros apps, como tirar fotos e compartilhar o registro com amigos, automaticamente. A inteligência ainda será capaz de fazer pesquisas no dispositivo para atender a pedidos que envolvam mais de um aplicativo, sem que o usuário diga necessariamente onde estão as informações necessárias para que a assistente responda à solicitação. No exemplo dado pela Apple, será possível perguntar à Siri "quando o avião da mamãe vai pousar", e apenas esperar pela resposta completa e correta.

A Apple fechou parceria com a OpenAI e agora integrará o acesso ao ChatGPT com os sistemas iOS 18, iPadOS 18 e macOS Sequoia. Assim, usuários poderão acessar o chatbot nativamente em dispositivos da marca, aproveitando de sua capacidade avançada de interpretação e geração de conteúdo em texto e imagem. A ferramenta poderá ser usada de maneira automática por meio da Siri, que sinalizará a possibilidade de integração com o ChatGPT em momentos oportunos, a depender do comando. Caso o usuário deseje usar o chatbot da OpenAI, a Siri então enviará sua solicitação para a ferramenta e depois retornará com a resposta do comando diretamente para o usuário.

O ChatGPT ainda estará disponível em ferramentas de escrita da Apple, para ajudar os usuários a gerarem conteúdos. Com a função Compose, será possível acessar as ferramentas de imagem do ChatGPT para gerar imagens e complementar criativamente os textos produzidos.

Assim como no caso da Apple Intelligence, o uso do ChatGPT nos aparelhos da marca seguirá regras de privacidade. De acordo com a Apple, a OpenAI não terá acesso ao endereço IP dos dispositivos e não armazenará nenhum comando. Os dados só serão compartilhados com o ChatGPT caso o usuário escolha fazer login na plataforma, o que não é necessário para ter acesso aos recursos do chatbot.

Galaxy AI é a inteligência artificial dos dispositivos da linha Galaxy da Samsung, e inevitavelmente sofreu comparações com a novidade da Apple. Diferentemente da Apple Intelligence, a Galaxy AI não possui uma ferramenta própria que possa gerar imagens, e para isso utiliza o Gemini Google. Quando se trata de edição de fotos, no entanto, a concorrente sul-coreana passa a frente da Apple, com um sistema que permite maior liberdade na hora de remover, posicionar e redimensionar fotos ou objetos que estão nela.

Outro ponto de destaque da Apple Intelligence é a privacidade do usuário e a possibilidade de usar o contexto pessoal para realizar tarefas, enquanto o recurso da Samsung traz diversas funções para aprimorar a comunicação e a produtividade. Quanto às assistentes virtuais, a Siri foi integrada ao Apple Intelligence a ao ChatGPT, o que permite realizar diversas ações entre diferentes apps, compreender o contexto exibido entre outras funções. Já a Bixby da Samsung, atualmente ativa apenas alguns recursos com comandos de voz.

Quando se trata de transcrições, resumos e chamadas, a Apple Intelligence pode gravar e oferecer um resumo dos pontos mais importantes, já a Galaxy AI, tem a opção de traduzir ligações em tempo real e possui 13 idiomas disponíveis.

Ainda é cedo para determinar qual das duas inteligências artificiais é melhor, até porque a Apple Intelligence ainda nem está disponível no mercado, mas fica claro que as duas potências do mercado de celulares devem se manter no topo e em constante comparação pelos próximos anos.

Com informações de Apple (2), TechCrunch, MacRumors, CNET.