Jogos de terror
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Por , da Redação


The Last of Us 2 Remastered será lançado no PlayStation 5 (PS5) na próxima sexta-feira (19). Na remasterização, a Naughty Dog traz, além de gráficos e desempenho melhorados, conteúdo extra sobre o game, incluindo um novo modo roguelike com os personagens. A história, entretanto, continua exatamente a mesma e narra a história de vingança protagonizada por Ellie e Abby.

Com preço sugerido de R$ 249,50, a versão causou polêmica no anúncio, visto que o game original é recente e que, por isso, não há como fazer melhorias drásticas em termos de gráfico e gameplay. Contudo, para quem já tem o game comprado e pode pagar apenas R$ 49,90 para atualizar, o cenário pode ser mais promissor do que se imagina. Confira, a seguir, as impressões do TechTudo sobre o game.

The Last of Us Part II Remastered se destaca com o novo modo roguelike, o No Return, que tem chefes como o Baiacu — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins
The Last of Us Part II Remastered se destaca com o novo modo roguelike, o No Return, que tem chefes como o Baiacu — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins

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A história de The Last of Us Part II Remastered

The Last of Us Parte II traz eventos passados cerca de cinco anos após o final do primeiro game da franquia. Na trama, Joel e Ellie, agora jovem adulta, vivem uma vida pacata com outros sobreviventes em Jackson, mas há algo estranho na relação dos dois. Tudo muda, no entanto, quando um acontecimento traumático vira a vida dos personagens de cabeça para baixo. É quando Ellie, imersa em uma sede de vingança, abandona a calmaria do acampamento e parte em uma jornada mortal rumo à Seattle.

É importante deixar claro que o jogo trata de uma remasterização, o que é bem diferente de um remake como o de Resident Evil 4 (2023) por exemplo. Ao contrário de remakes, que podem reimaginar obras inteiras, remasterizar nada mais é do que atualizar gráficos, iluminação, texturas e, por vezes, algumas mecânicas. Portanto, se há alguém esperando ver novo conteúdo in-game, fases, personagens ou desfechos diferentes, é bom conter as expectativas – a história do jogo é exatamente a mesma, mantendo todas as polêmicas e brilhantismo pela qual ficou conhecida. Não à toa, é possível importar o save direto do PlayStation 4 (PS4) e reaproveitar todos os troféus obtidos.

The Last of Us Parte II Remastered tem a mesma história da versão original de 2020 — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins
The Last of Us Parte II Remastered tem a mesma história da versão original de 2020 — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins

Gráficos e desempenho

The Last of Us Part II foi lançado em 2020, no final da geração do PlayStation 4 e aproveitando tudo de mais potente que o console da Sony poderia oferecer na época. Por isso, mesmo na versão original, o game já era considerado uma das referências de melhores gráficos da geração. O gap de pouco mais de três anos entre o original e o Remastered não foi o suficiente para elevar os visuais a um novo patamar – algo que aconteceu com o remaster da TLOU Parte 1, em minha opinião. O jogo tem, sim, sombras mais densas, texturas mais detalhadas e até mesmo efeitos que parecem ray-tracing em algumas partes. Entretanto, a maioria das mudanças gráficas são melhorias pontuais que só os mais entusiastas vão notar de verdade.

O desempenho, por outro lado, já é um aprimoramento mais interessante a ser considerado. Na nova versão, o game roda no modo fidelidade com resolução 4K nativa e 30 fps, ou no performance a 1440p e upscaling para 4K e 60 fps. Há, também, compatibilidade VRR e taxa de quadros ilimitada para TVs com esse suporte. Além disso, os tempos de loading caíram drasticamente (o que, talvez, tenha sido o melhor aprimoramento da versão) e o feedback háptico com o Dualsense está ativo. No original de PS4, The Last of Us Part II já rodava com taxas de atualização mais altas no PS5, mas até então, os features do controle não eram aproveitados. Dessa vez, é possível sentir a pressão nos gatilhos, o coice nas armas e até os diferentes tipos de terrenos em que os personagens pisam.

Os gráficos mudaram pouco em relação à versão original, mas o desempenho melhorou — Foto: Reprodução/Luiza M/ Martins
Os gráficos mudaram pouco em relação à versão original, mas o desempenho melhorou — Foto: Reprodução/Luiza M/ Martins

Conteúdo extra

The Last of Us Part II Remastered traz uma série de conteúdos extras pensados em garantir uma experiência ainda mais personalizada para os jogadores. A começar pela enorme quantidade de skins de cada personagens, que podem ser aproveitadas durante a campanha ou no modo Sem Volta, do qual falaremos com mais detalhes adiante.

As novas skins permitem mudar aparência de personagens e itens, tanto na campanha quanto no roguelike  — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins
As novas skins permitem mudar aparência de personagens e itens, tanto na campanha quanto no roguelike — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins

Há diversas mudas de roupa para cada um deles – algumas, inclusive, relacionadas à série de TV da HBO Max, sucesso inspirado no jogo que já tem sua segunda temporada confirmada. Além delas, também há modificadores de jogo e filtros específicos para mudar completamente a experiência visual do game.

Dentre as novidades, há um modo para tocar violão livremente com Joel, Ellie ou Gustavo Santaolalla, músico responsável pela trilha sonora do game. Além disso, há um modo Speedrun onde os jogadores podem tentar finalizar a história no menor tempo que conseguirem. As opções de acessibilidade foram expandidas e, além delas, o Modo Foto do game também ficou mais parecido com o de The Last of Us Part I – o que eu, que escrevo essa matéria, particularmente adorei.

O game permite tocar violão com vários personagens, além de alterar a aparência deles — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins
O game permite tocar violão com vários personagens, além de alterar a aparência deles — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins

Entretanto, o que mais se destaca em relação ao conteúdo extra é a disponibilização de três fases que foram cortadas do game com comentários dos desenvolvedores. O jogador pode caminhar por elas livremente, ainda que não tenham animações prontas e nem mesmo sons – afinal, todas são alfas. Contudo, essa é uma experiência interessantíssima para quem curte desenvolvimento de jogos e, evidentemente, para os fãs de The Last of Us como franquia.

Passeando por cada cenário, é possível ativar os comentários de desenvolvedores que explicam o que queriam fazer naquele momento e o tipo de sentimento que desejavam evocar nos jogadores. Eles explicam, também, por que os momentos foram cortados e como eles poderiam impactar na experiência de cada um. Por mais que seja algo bem rápido, definitivamente vale a pena conferir. Para além das fases em si, há vídeos e até mesmo QR code de um podcast onde nomes como Neil Druckmann, co-diretor da Naughty Dog, e Halley Gross, roteirista do game, participam.

O jogador pode se movimentar pelas fase alfa do game e ativar os comentários nos balões pelos cenários  — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins
O jogador pode se movimentar pelas fase alfa do game e ativar os comentários nos balões pelos cenários — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins

Sem Volta, o novo modo roguelike

O modo Sem Volta (No Return) é, certamente, o grande chamariz do remaster – e o que, na minha opinião, justifica a atualização. No geral, o roguelike é bem divertido e traz algumas boas horas a mais de conteúdo para quem já finalizou o jogo. A dinâmica é bem simples: os jogadores devem, antes de tudo, escolher se querem participar de uma sessão padrão (cujas regras são aplicadas pelo jogo) ou personalizada (onde o jogador consegue montar as fases de acordo com suas preferências).

Uma vez feito isso, ele escolhe o personagem que deseja jogar – e cada um deles têm atribuições e estilos diferentes de gameplay. No início, só estão disponíveis Ellie e Abby, mas conforme o player joga e vence, personagens como Dina, Jesse, Tommy, Joel, Lev, Yara, Mel e Manny vão sendo desbloqueados.

Os personagens de início são Ellie e Abby, mas é possível liberar os demais  — Foto: Divulgação/PlayStation Blog
Os personagens de início são Ellie e Abby, mas é possível liberar os demais — Foto: Divulgação/PlayStation Blog

Depois de escolhido, o jogador vai até um quadro para selecionar o encadeamento de fases que vai fazer. Funciona, inclusive, de um jeito parecido com o indie Cult of The Lamb – o player vê as possibilidades que têm e seleciona as que considera mais interessantes para ele. As variáveis incluem o tipo de dinâmica da fase, que pode ser caçada, onde o jogador sobrevive por determinado tempo, ou ataque, onde não há tempo, mas os inimigos vêm em ondas.

Além disso, também é preciso considerar os cenários, que são diversificados, e recursos, que são os mesmos da campanha: peças para armas, remédios para habilidades e as inéditas moedas, que permitem que o player compre recursos entre uma fase e outra. Há, além disso, momentos onde o personagem é acompanhado por um companion.

O quadro de encadeamento de fases define a rota do jogador até o chefe; é possível escolher a partir de recursos e recompensas — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins
O quadro de encadeamento de fases define a rota do jogador até o chefe; é possível escolher a partir de recursos e recompensas — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins

Dito isso, a dinâmica está criada: o jogador deve sobreviver às fases para acumular recursos, fazer upgrades no personagem e ficar mais forte até chegar ao chefe final. A cada vez que joga, o player cumpre desafios que fazem com que mais personagens e modos de jogo sejam disponibilizados.

Se morrer entre as fases, tudo está perdido e ele precisa começar do zero mais uma vez. Há como competir por resultados melhores com os amigos por meio dos placares de líderes. No geral, a estrutura do roguelike funciona muito bem e é extremamente divertida, sobretudo para quem curte o combate do game.

É possível fazer upgrades de armas, habilidades de personagem e comprar novos itens no armário de mercado ao fim de cada fase — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins
É possível fazer upgrades de armas, habilidades de personagem e comprar novos itens no armário de mercado ao fim de cada fase — Foto: Reprodução/Luiza M. Martins

Tudo isso faz com que a experiência com The Last of Us Part II Remastered, ao meu ver, seja grata – sobretudo para quem paga pela atualização, e não pelo jogo completo. É algo interessante para quem, como eu, é fã de franquia e gostaria de aproveitar mais daquele universo.

Evidentemente, o remaster surfa na onda da série da HBO Max e se justifica, também, por questões de marketing pelo interesse na marca. Mas para quem tem um PlayStation 5 e deseja reviver a experiência com mais poder de fogo, vale a pena dar uma chance.

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