0% found this document useful (0 votes)
31 views8 pages

Performance Analysis of Different Friction Models in The Numerical Simulation of The Isothermal Forging Process

Finite element analysis is a powerful tool for the design and optimization of mechanical forming processes. To achieve accurate results, a precise knowledge of the fundamental process parameters is required. In this context, this work analyzes the influence of several friction models in the numerical simulation of isothermal forging processes for a commercial aluminum alloy. Using the commercial software FORGE NxT 2.0, the friction models of, Tresca, Coulomb-Tresca and the Viscoplastico(Norton)

Uploaded by

IJAERS JOURNAL
Copyright
© © All Rights Reserved
We take content rights seriously. If you suspect this is your content, claim it here.
Available Formats
Download as PDF, TXT or read online on Scribd
0% found this document useful (0 votes)
31 views8 pages

Performance Analysis of Different Friction Models in The Numerical Simulation of The Isothermal Forging Process

Finite element analysis is a powerful tool for the design and optimization of mechanical forming processes. To achieve accurate results, a precise knowledge of the fundamental process parameters is required. In this context, this work analyzes the influence of several friction models in the numerical simulation of isothermal forging processes for a commercial aluminum alloy. Using the commercial software FORGE NxT 2.0, the friction models of, Tresca, Coulomb-Tresca and the Viscoplastico(Norton)

Uploaded by

IJAERS JOURNAL
Copyright
© © All Rights Reserved
We take content rights seriously. If you suspect this is your content, claim it here.
Available Formats
Download as PDF, TXT or read online on Scribd
You are on page 1/ 8

International Journal of Advanced Engineering Research

and Science (IJAERS)


Peer-Reviewed Journal
ISSN: 2349-6495(P) | 2456-1908(O)
Vol-9, Issue-11; Nov, 2022
Journal Home Page Available: https://ijaers.com/
Article DOI: https://dx.doi.org/10.22161/ijaers.911.43

Performance analysis of different friction models in the


numerical simulation of the isothermal forging process
Análise do desempenho de diferentes modelos de atrito na
simulação numérica do processo de forjamento isotérmico
Thomas Gomes dos Santos1, Diego Rafael Alba2, André Rosiak1, Lirio Schaeffer1
1Metal Forming Inovation Center CBCM – Federal University of Rio Grande do Sul UFRGS, Porto Alegre, Brasil
2Institute for Metal Forming Technology IFU – University of Stuttgart, Stuttgart, Germany

Received: 21 Oct 2022, Abstract— Finite element analysis is a powerful tool for the design and
Received in revised form: 09 Nov 2022, optimization of mechanical forming processes. To achieve accurate
results, a precise knowledge of the fundamental process parameters is
Accepted: 16 Nov 2022,
required. In this context, this work analyzes the influence of several
Available online: 22 Nov 2022 friction models in the numerical simulation of isothermal forging
©2022 The Author(s). Published by AI processes for a commercial aluminum alloy. Using the commercial
Publication. This is an open access article software FORGE NxT 2.0, the friction models of, Tresca, Coulomb-Tresca
and the Viscoplastico(Norton) friction model were considered and their
under the CC BY license
results compared to forging experiments of an axisymmetric geometry.
(https://creativecommons.org/licenses/by/4.0/).
The objective is to evaluate which of these friction models is more
Keywords— Finite element analysis, Hot appropriate to simulate the process. Hot forging experiments were
forging, IFUM, Friction models. performed and the most relevant numerical results for the process final
Palavras-chave— Análise em elementos geometry, consumed energy, forming strength and temperature were
finitos, Forjamento a quente, IFUM, Modelos compared with the experimental results.
Resumo— A análise em elementos finitos é uma poderosa ferramenta
de atrito.
para o projeto e otimização dos processos de conformação mecânica.
Para atingir resultados com exatidão é necessário um conhecimento
preciso dos parâmetros fundamentais de processo. Neste contexto, este
trabalho analisa a influência de diversos modelos de atrito na simulação
numérica dos processos de forjamento isotérmico para uma liga
comercial de alumínio. Utilizando o software comercial FORGE NxT 2.0,
os modelos de atrito de, Tresca, Coulomb-Tresca e o modelo de atrito
Viscoplastico(Norton) foram considerados e seus resultados comparados
à experimentos de forjamento de uma geometria axissimétrica. O objetivo
é avaliar qual destes modelos de atrito se demonstra mais apropriado
para simular o processo. Experimentos de forjamento a quente foram
executados e os resultados numéricos mais relevantes para o processo
geometria final, energia consumida, força de conformação e temperatura
foram comparados com os resultados experimentais.

I. INTRODUÇÃO que resultados precisos sejam atingidos, existe uma


A simulação numérica em processos de conformação é considerável dependência de que os parâmetros de entrada
uma ferramenta indispensável para redução de custos. Para das simulações estejam em consonância com o
comportamento real do processo.

www.ijaers.com Page | 358


Santos T.G., Alba D.R. and Schaeffer L. International Journal of Advanced Engineering Research and Science, 9(11)-2022

Entretanto, devido a dificuldade em modelar isotérmico de um flange de geometria axissimétrica. Os


corretamente tais parâmetros, engenheiros e pesquisadores diferentes modelos serão incorporados no software de
utilizam simplificações as quais podem levar a resultados simulação em elementos finitos Forge NxT 2.0 e serão
imprecisos. Dentre os parâmetros de entrada que possuem comparados os valores experimentas de força de
grande influencia podemos citar as condiçoes de atrito na conformação e temperatura com os resultados obtidos por
interface entre geratriz e matriz. É evidente que a simulação numérica para cada um dos modelos de atrito
formulação considerada para este parâmetro influencia considerados.
profundamente a correta predição da deformação do
material, energia de conformação, desgaste, entre outros. Os
II. MODELOS DE ATRITO
efeitos das condições de contorno de atrito nas simulações
dos processos de conformação de mecânica são o foco de 3.1. Modelos de Atrito para processos de
diversos estudos, onde um grande número de modelos foi Forjamento
proposto e evoluíram ao longo do tempo. A teoria de adesão determina que a tensão de
Santos et al [1] estudou a deformação no processo de cisalhamento máxima na interface de contato entre o
conformação de uma pá de turbina considerando uma material e a ferramenta é a tensão limite de elasticidade do
condição interfacial sem atrito. Os resultados atingidos material em cisalhamento puro. Entretanto, sabe-se que nos
demonstraram-se bastante aquém da situação real de processos de conformação mecânica a tensão de contato
processo assim como encontrado por Alba et al [2]. O atrito entre o material e a ferramenta pode superar este valor.
em cálculos numéricos de processos de conformação tem Assim, verifica-se pela Figura 1 que uma vez atingida a
sido tradicionalmente descrito usando o modelo de atrito de tensão de escoamento em cisalhamento (κ) do material, um
Coulomb-Amontons [3]. aumento no valor da tensão normal (σN) implica na
A principal desvantagem deste modelo é que a tensão de diminuição do atrito (τa) [7]. Nesse caso, em que altas
cisalhamento por atrito é superestimada assim que a tensões de contato estão envolvidas, o atrito deve ser
resistência ao cisalhamento do material k é excedida. O contabilizado pela Equação 1.
modelo do fator de atrito [3] foi desenvolvido para remediar
esse déficit. Entretanto, este modelo falha em descrever o
estado da tensão de atrito para baixos valores de tensão.
Desta forma, Orowan[4] propôs combinar ambos os
modelos – Coulomb e Tresca – e utilizá-lo para descrever o
atrito nos processos de conformação dos metais.
Atualmente, este é o modelo mais difundido e apresenta
resultados satisfatórios.
No intuito de descrever de maneira realística o estado de
atrito nas simulações, novos modelos são propostos e
incluem fatores não antes considerados. Dentre estes
parâmetros podemos citar como exemplos a velocidade de
deslizamento, pressão de contato e temperatura. Assim,
Behrens[5] recentemente propos um novo modelo de atrito Fig. 1: Modelo de atrito de Tresca.
denominado IFUM em consideração ao Instituto de
Conformação dos Metais e Equipamentos de Conformação
𝜏𝑎 = 𝑚 ∗ 𝑘 (1)
dos Metais (Institut für Umformtechnik und
Umformmaschinen - IFUM) [6]. Este modelo incorpora Esta alternativa para contabilizar o atrito determina que
uma função referente a velocidade de deslizamento entre as a tensão de cisalhamento devida ao atrito é independente da
superfícies da matriz e geratriz, bem como considera a tensão de contato entre as superfícies e é conhecida como
tensão de atrito como dependente do estado local de tensões lei de Prandtl [8]. Os valores limites para o fator de atrito
e da deformação plástica da geratriz em função da (m), são: m=0 quando não existe atrito e m=1 para
temperatura e taxa de deformação. condições de aderência. Sempre que as tensões de contato
são muito elevadas, onde o coeficiente de atrito, μ, deixa de
Neste trabalho, o modelo de atrito Viscoplastico(IFUM)
ser significativo, a lei de Prandtl deve ser aplicada [8]. No
é comparado aos modelos mais difundidos em simulações
entanto, sua utilização em situações com tensões de contato
do processo de conformação mecânica, ou seja, Tresca e o
reduzidas pode levar a estimativas exageradas do valor da
modelo de Orowan. O objeto de estudo será o forjamento
tensão de cisalhamento devido ao atrito aplicado em

www.ijaers.com Page | 359


Santos T.G., Alba D.R. and Schaeffer L. International Journal of Advanced Engineering Research and Science, 9(11)-2022

processos de conformação nos quais a pressão normal de −1 𝑣𝑟𝑒𝑙 2


( )
contato atinge um valor muito maior que a tensão de 𝑓(𝑣𝑟𝑒𝑙 ) = 𝑒𝑥𝑝 2 𝐶 (4)
escoamento da peça. Os processos de forjamento e extrusão O principal atributo deste modelo é a capacidade de
são exemplos onde são assumidos altos valores de pressão. distinguir entre tensões de contato baixas e altas, ou seja,
Por outro lado, a utilização deste modelo esbarra na entre deformação plástica e elástica. Esta distinção ocorre,
dificuldade de o atrito não depender do estado de tensões na principalmente, devido a consideração da velocidade de
interface. Nesse caso as tensões de atrito na interface são deslizamento e tensões instantâneas locais para o cálculo da
superestimadas em processos com baixas tensões normais tensões tangencial de atrito. Resultados experimentais
[9]. indicaram altas velocidades de deslizamento resultam numa
Desta forma, afim de suprimir as desvantagens de cada menor influência na tensão de atrito. Desta forma, o
um dos modelos previamente propostos, Orowan [4] propôs parâmetro C é utilizado para ajustar a influência da
uma combinação dos modelos de Coulomb e Tresca. A velocidade de deslizamento sobre a tensão de atrito.
Figura 2 representa graficamente o modelo enquanto que a Considerando este fator, espera-se um modelamento mais
Equação 2 o descreve em termos de suas variáveis. realístico do processo a ser estudado [13]. A Figura 3
Usualmente, os valores do coeficiente de atrito (µ) variam representa a curva a qual relaciona os valores de velocidade
entre 0 e 0,5 e o valor do fator de atrito (m) varia entre 0 e de deslizamento para a função peso considerando diferente
0,577 dependendo do critério de escoamento considerado. valores de C (1<=C>=150). Assim, com o aumento dos
valores de C, a influência da velocidade de deslizamento na
tensão de atrito decresce [13].

Fig. 2: Modelo de atrito de Orowan.

Fig. 3: Influencia do parâmetro C sobre a função peso da


𝜏𝑎 = 𝜇 ∗ 𝜎𝑁 se velocidade de deslizamento
(𝜇 ∗ 𝜎𝑁 < 𝑚 ∗ 𝑘)𝜏𝑎 = 𝑚 ∗ 𝑘 se
(𝜇 ∗ 𝜎𝑁 ≥ 𝑚 ∗ 𝑘) (2) III. MATERIAIS E METODOS
Posteriormente, diversos modelos de atrito modificados 3.1. Ensaios de compressão do anel
foram propostos com o intuito de contabilizar as mudanças Ensaios de compressão do anel foram conduzidos da
locais de tensão e propriedades do material durante liga de alumínio ISO EN 6082. A liga 6082 apresenta bom
processos de conformação de metais sólidos. Dentre estes desempenho para processos de conformação a quente, com
modelos, podemos citar os trabalhos de Doege e Bederna uma gama de aplicações principalmente na fabricação de
[10], Shaw, Bay and Wanheim [11]e Neumaier [12]. componentes automotivos. Sua composição química foi
O modelo de atito IFUM, proposto por Behrens 2011, obtida através de espectrometria de massa e é apresentada
foi desenvolvido para operações de forjamento a quente. A na Tabela 1.
tensão de atrito é dada pela Equação 3. Tabela: 1
−|𝜎𝑁 |
𝜎𝑒𝑞 𝜎𝑒𝑞 𝜎𝑦 M M Out
𝜏𝑎 = 𝑚 [(1 − 𝜎𝑦
) ∗ 𝜎𝑁 + 𝑘 ∗ 𝜎𝑦
(𝑎 − 𝑒𝑥𝑝 )] ∗ Al Si Fe
n g
Zn Cr Ti Cu
ros
97, 1,1 0,2 0,4 0,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,03
𝑓(𝑣𝑟𝑒𝑙 ) (3)
29 42 56 88 23 11 05 39 13 31
As dimensões dos corpos de prova seguem a geometria
Onde a função peso da velocidade de deslizamento canônica, 6:3:2, proposta para o ensaio de compressão do
(ꬵ(νrel) é apresentada conforme Equação 4. anel e podem ser visualizadas na Figura 1.

www.ijaers.com Page | 360


Santos T.G., Alba D.R. and Schaeffer L. International Journal of Advanced Engineering Research and Science, 9(11)-2022

medidas com o auxílio de um micrômetro centésimal. Para


garantir uma maior precisão, uma média de três medidas em
regiões diferentes eram realizadas.
3.2. Forjamento isotérmico
Com o intuito de realizar um comparativo entre
simulação numérica e processo real, experimentos de
forjamento isotérmico foram executados. Para isso, a
geometria de estudo é apresentada na Figura 6a. Escolheu-
se um flange axissimétrico devido a sua grande difusão em
Fig. 4: Dimensões em milimetros dos corpos de prova
aplicações industrias e facilidade de análise via elementos
para o ensaio de compressão do anel.
finitos. A geratriz utilizada para os experimentos de
forjamento é apresentada na Figura 6b.
Para os ensaios, uma máquina de Ensaio Universal com
capacidade de 600 kN foi utilizada. Os testes foram
realizados a velocidade constante de 5 mm/s. Bases planas
com diâmetro de 155 mm fabricadas em Aço de Trabalho a
Quente AISI-H13 com dureza próxima a 55 HRC foram
utilizadas como matrizes para os experimentos. O
procedimento de lubrificação incluía uma cuidadosa
limpeza das matrizes, pulverização do lubrificante, uma
mistura de grafite e água, sobre as faces planas da matriz
previamente aquecidas a 350°C. Posteriormente, os corpos
de prova aquecidos a 350°C eram posicionados sobre as
matrizes e imediatamente realizado sua compressão. Com o
intuito de realizar experimentos similares as condições de
forjamento isotérmico, um dispositivo de isolamento foi
utilizado reduzir a perda térmica durante a o
Fig. 6: Geometrias de estudo, dimensões em mm, (a)
posicionamento e a compressão, Figura 5.
forma final do flange axissimétrico; (b) geratriz cilíndrica

O material utilizado para os experimentos de forjamento


serão os mesmos utilizados nos experimentos de ensaio de
compressão do anel em temperatura. Sendo ambos a liga de
alumínio ISO EN 6082 conforme previamente apresentado
na Tabela 1.
As matrizes de forjamento compostas de aço AISI H13
com dureza de aproximadamente 55HRC. Figura 7 mostra
uma vista em corte da matriz superior e inferior, bem como,
o canal para saída de gás, a cavidade dos pinos guias, o canal
de rebarba e uma representação da peça idealizada. Para os
experimentos de forjamento, a matriz de forjamento foi pré-
aquecida a 350°C através de cartuchos de aquecimento
presentes na matriz.

Fig. 5: Ilustração do dispositivo de isolamento termico.

As reduções empregadas foram de 30% e 60% da altura


inicial do corpo de prova. Para cada redução, 3 corpos de
prova foram ensaiados com o intuito de prover maior
confiabilidade para os dados experimentais. Antes e após
dos experimentos, as dimensões dos corpos de prova eram

www.ijaers.com Page | 361


Santos T.G., Alba D.R. and Schaeffer L. International Journal of Advanced Engineering Research and Science, 9(11)-2022

Fig. 7: Representação geometrias do processo de


forjamento.
Fig.8: Geometria seccionada utilizada nos modelo
numerico.
As geratrizes foram mantidas em um recipiente
contendo grafite em pó e aquecidas a uma temperatura de
350°C por trinta minutos em um forno de resistência A Equação 5 e 6 representa a curva de escoamento
elétrica. Para os experimentos de forjamento da peça segundo a proposição de Hensel-Spittel para a liga de
utilizou-se a prensa hidráulica da marca FKL, a qual possui alumínio ISO EN 6082. As unidades tanto dos valores de
capacidade de força de 6000 kN e velocidade de avanço de kf0, como de kf, são MPa. Ademais, a Tabela 2 descreve os
5 mm/s. outros parâmetros de entrada para o modelo.
Durante o experimento de forjamento isotérmico, a 𝑘𝑓0 = 64,46 (5)
força aplicada durante o processo foi aquisitada para −0,00006
posterior comparação com os modelos numéricos. Para isto, 𝑘𝑓 = 250,98 ∙ 𝑒 −0,00321∙𝑇 ∙ 𝜑 0,10584 ∙ 𝑒 𝜑 ∙ (1 +
−0,00168∙𝑇
utilizou-se uma célula de carga, sendo o sinal adquirido pelo 𝜑) ∙ 𝑒 0,11905∙𝜑 ∙ 𝜑̇ 0,00024 (6)
aparelho Spider 8, da empresa HBM e tratado pelo software
Catman Express. O deslocamento da prensa foi monitorado
por um extensômetro de contato, tipo LVDT, o qual também Tabela 2: Dados utilizados nos modelos numéricos.
foi acoplado ao Spider 8 e tratado pelo mesmo software. Tamanho da malha 1 mm
2.3. Simulação numérica em elementos finitos Tetraédrico –
Tipo de elemento
isoparamétrico – 4+1 nós
Para a simulações numéricas do processo de forjamento
isotérmico, o software Forge NxT 2.0 foi utilizado e foram Número de elementos 46665 elementos
consideradas condições de contorno mais próximas dos Temperatura inicial da
350°C
experimentos, Tabela 2. A simulação numérica foi dividida geratriz
em duas partes: a primeira considera a perda de calor devido Temperatura inicial das
350°C
a retirada da geratriz do forno até o posicionamento nas matrizes
matrizes; a segunda simulação considera a deformação da Temperatura ambiente 30°C
geratriz. Com o intuito de diminuir o esforço computacional
Coeficiente de troca de calor
o modelo adotado foi 3D-elastoplástico onde as matrizes 50 W/m2.K
por convecção
foram consideradas corpos rígidos. As dimensões do corpo
Coeficiente de troca de calor
de prova seguem as apresentadas na Figura 6. Ademais, 20000 W/m2.K
por condução
devido a simetria axissimétrica, somente uma seção de 30°
do processo real foram simulados. A Figura 8 mostra o Emissividade 0.88
modelo criado µ, m=determinados.
Atrito
C= 1 e 150.
Tipo de prensa Hidráulica

www.ijaers.com Page | 362


Santos T.G., Alba D.R. and Schaeffer L. International Journal of Advanced Engineering Research and Science, 9(11)-2022

Velocidade da prensa 5 mm/s

IV. RESULTADOS
3.1. Ensaios de compress o do anel
Com os experimentos de compressão do anel realizados
podemos então determinar suas deformações e relações,
Figura 9.

Fig. 10: Curvas de calibração de atrito para o modelo de


Tresca.

Fig. 9: Anéis deformados a 350ºC a) deformação de 30%


em altura e,b) deformação de 60% em altura.

Os valores obtidos pelo ensaio de compressão do anel


podem serem observados na Tabela 3. Estes foram
utilizados para a determinação dos coeficientes de atrito
para os modelos de atrito de Tresca e de atrito combinado
Figuras 10 e 11.
Tabela 3. Relações geométricas obtidas pelo ensaio de
compressão do anel.
Cp inicial Cp1_30 Cp2_60
h 6,00 4,45 2,85 Fig. 11: Curvas de calibração de atrito para o modelo de
Area int 63,25 60,26 52,16 atrito combinado.
Area ext 252,50 324,19 426,71 Com os experimentos de compressão do anel foi
possível determinar os valores dos parâmetros para os
Dint 8,97 8,76 8,15
diferentes modelos de atrito, na Tabela 4, é possível
Dext 17,93 20,32 23,31
observar os valores obtidos.
Relações de redução
Tabela.4: Valores dos parâmetros de atrito determinados.
(hi-h0)/hi 25,83 52,50
Modelo de
(di-d0)/di 2,67 9,46 Parâmetro Valores
atrito
(Di-D0)/Di -12,87 -29,49
Tresca
ṁ - Fator de atrito ṁ = 0,057
(simples)

Orowan µ - Coeficiente e µ = 0,451; ṁ =


(combinado) ṁ - Fator de atrito 0,19

IFUM Alpha = 0,157; P


Alpha e P
(viscoplastico) = 0,15

Com os valores dos parâmetros conhecidos foi possível


então através de modelagem por elementos finitos ser
realizado experimentos de forjamento utilizando os
parâmetros conhecidos onde os valores de força final de
forjamento foi comparado ao valor final no experimento

www.ijaers.com Page | 363


Santos T.G., Alba D.R. and Schaeffer L. International Journal of Advanced Engineering Research and Science, 9(11)-2022

físico de forjamento. Os valores de força de forjamento


obtidos tanto pelo experimento físico quanto para os
diferentes modelos de atrito podem ser observados nas
Figuras 12 e 13.

Fig. 13: Análise dos valores de; a) força de forjamento


final e b) do erro relativo percentual entre os modelos de
Fig. 12: Valores de força pelo Tempo obtidos para os
atrito estudados.
experimentos, físico e numéricos.

ACKNOWLEDGEMENTS
V. CONCLUSÕES
Este trabalho foi apoiado pelo Conselho Nacional de
Através dos ensaios de compressão do anel a quente foi
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq),
possível determinar os parâmetros dos diferentes modelos
Processo n°142162/2019-1.
de atrito a quente para o forjamento do flange.
Nos experimentos de forjamento foi observado que nos
modelos de atrito simples e viscoplastico obtiveram REFERENCES
resultados mais próximos quando comparado com o valor [1] Santos, L. H.; Schaeffer, L.; Cézar, J. L. Fabricação de pás
de força de forjamento no experimento físico. de turbinas Pelton por processo de forjamento a frio. Anais
da 20ª Conferencia Internacional de Forjamento - Brasil.
O modelo de atrito simples apresentou o pior Porto Alegre: 2016.
desempenho ao subestimar o valor da força de forjamento [2] Alba, D.R., Santos, T.G. and Schaeffer, L. 2018. Otimização
em mais de 80ton. em elementos finitos para definição do fator de atrito através
Dentre os três modelos de atrito o modelo de atrito de ensaios de compressão de anéis. 22nd International
Forging Conference – Brazil. 38 SENAFOR.
simples e o modelo de atrito visco plástico foram os que
[3] .Schey, J. Metal Deformation Processes: Friction and
obtiveram menores diferenças entre o valor da força de
Lubrication; Dekker/Pergamon: New York, 1979.
forjamento. [4] Orowan, E., 1943, “The Calculation of Roll Pressure in Hot
Devido ao modelos de atrito simples e viscoplástico and Cold Flat Rolling,” Proc. Inst. Mech. Eng., 150(1), pp.
apresentarem boa similaridade ficando ambos com uma 140–167.10.1243/PIME_PROC_1943_150_025_02
diferença menor que 5% da força de forjamento [5] Behrens, B.- A.; Bouguecha, A.; Hadifi, T.; Mielke, J.;
Kazhai, M.: Personal communication, November 2012
experimental, não há uma definição clara entre o mais [6] Behrens, Bernd-Arno & Bouguecha, Anas & Lüken, I. &
indicado. Porém cave ressaltar que o modelo de atrito Mielke, J. & Bistron, M.. (2014). Tribology in Hot Forging.
viscoplástico leva maior vantagem em relação ao modelo de Comprehensive Materials Processing. 5. 211-234.
10.1016/B978-0-08-096532-1.00538-0.
atrito simples devido às suas limitações.
[7] Altan, T.; Vazquez, V. Numerical Process Simulation for
Tool and Process Design in Bulk Metal Forming. Ann. CIRP
1996, 45 (2), 599–615.
[8] Brito, A.M.G., Análise Teórico-Experimental dos Processos
de Expansão, Redução e Inversão de Extremidades de Tubos
de Parede Fina em Matriz. Tese (Doutorado) – Programa de
Pós-Graduação em Engenharia de Minas, Metalúrgica e de
Materiais – PPGEM Universidade Federal do Rio Grande do
Sul – UFRGS.
[9] Alves, M.L. Modelação Numérica e Análise Experimental de
Operações de Forjamento. IST/UTL, 2004. Tese (Doutorado)

www.ijaers.com Page | 364


Santos T.G., Alba D.R. and Schaeffer L. International Journal of Advanced Engineering Research and Science, 9(11)-2022

– Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de


Lisboa, Portugal
[10] Doege E, Bederna C (1996) Analysis of boundary stresses
and temperatures in hot massive forming. Prod Eng 3(2)
[11] Bay, N., and Wanheim, T., 1976, “Real Area of Contact and
Friction Stress at High Pressure Sliding Contact,” Wear,
38an(2), pp. 201–20910.1016/0043-1648(76)90069-7.
[12] Neumaier, T. Zur Optimierung der Verfahrensauswahl von
Kalt-, Halbwarm- und Warmmassivumformverfahren. Dr.-
Ing. Dissertation, Universität Hannover, 2003
[13] Behrens, Bernd-Arno & Bouguecha, Anas & Hadifi, Tarik &
Mielke, Jens. (2011). Advanced friction modeling for bulk
metal forming processes. Production Engineering. 5.
10.1007/s11740-011-0344-8.

www.ijaers.com Page | 365

You might also like