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Relações Entre A Autistic Behavior Checklist (ABC) e o Perfil Funcional Da Comunicação No Espectro Autístico

This document summarizes a study that examined relationships between scores on the Autism Behavior Checklist (ABC) and functional communication profiles in children and adolescents with autism spectrum disorders. The study assessed 117 children and adolescents ages 2-16 attending language therapy. Results indicated negative correlations between ABC scores and communicative interaction and complexity. However, few correlations were found between the language subscale and other data, suggesting dissociation between the ABC description and diagnostic criteria for autism. The search for objective diagnostic criteria for autism spectrum subgroups remains a challenge.
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Relações Entre A Autistic Behavior Checklist (ABC) e o Perfil Funcional Da Comunicação No Espectro Autístico

This document summarizes a study that examined relationships between scores on the Autism Behavior Checklist (ABC) and functional communication profiles in children and adolescents with autism spectrum disorders. The study assessed 117 children and adolescents ages 2-16 attending language therapy. Results indicated negative correlations between ABC scores and communicative interaction and complexity. However, few correlations were found between the language subscale and other data, suggesting dissociation between the ABC description and diagnostic criteria for autism. The search for objective diagnostic criteria for autism spectrum subgroups remains a challenge.
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Pró-Fono Revista de Atualização Científica. 2008 abr-jun;20(2).

Relações entre a Autistic Behavior Checklist (ABC) e o perfil


funcional da comunicação no espectro autístico***

Relations between the Autistic Behavior Checklist (ABC) and the


functional communicative profile

Fernanda Dreux Miranda Fernandes*


Liliane Perroud Miilher**

*Fonoaudióloga. Professor Associado Abstract


do Curso de Fonoaudiologia da Backgroud: language and communication disorders are proposed as one of the three fundamental criteria
Faculdade de Medicina da
Universidade de São Paulo. Presidente
for the description or diagnosis of pervasive developmental disorders (PDD), along with social disabilities
da Sociedade Brasileira de and a narrow focus of interest. This way, the determination of simple procedures that can be used by
Fonoaudiologia. Endereço para health and education professionals to identify the persons that need specialized services is essential. The
correspondência: Autistic Behavior Checklist (ABC) is being used in several studies because it allows simple application and
R. Cipotânea, 51 - Campus Cidade
may be based on filmed behavior samples, interviews with parents or therapists. Its' results, on the other
Universitária - São Paulo - SP - CEP
05360-160 ([email protected]). side, had been tested for a few decades and been shown reliable. Aim: the general aim of this study is to
verify the possibility that the assessment of the relation between communicative profile and the ABC
**Fonoaudióloga. Mestranda em score contributes to the diagnostic process of persons with disorders of the autistic spectrum. Method:
Ciências da Reabilitação, Área de subjects were 117 children and adolescents with ages between 2 and 16 years attending language therapy.
Concentração Comunicação Humana da
Faculdade de Medicina da
Results: were statistically analyzed and indicated that there are negative correlations between the ABC
Universidade de São Paulo. scores and communicative interaction and complexity. The small amount of correlations between language
sub-scale and the other data suggest that there is a dissociation of the description provided by the ABC and
***Trabalho Realizado no Laboratório the criteria proposed by the DSM-IV and the ICD-10 to the diagnosis of autism. Conclusion: the search
de Investigação Fonoaudiologica nos for objective criteria to determine subgroups of the autistic spectrum remains a challenge.
Distúrbios do Espectro Autístico -
Departamento de Fonoaudiologia,
Key Words: Child; Language; Autistic Disorder.
Fisioterapia e Terapia Ocupacional da
Faculdade de Medicina da Resumo
Universidade de São Paulo (Fapesp Tema: as alterações de comunicação e linguagem têm sido propostas como um dos três elementos
Projeto 2005/04113-8).
fundamentais para a caracterização e o diagnóstico dos distúrbios globais do desenvolvimento
(DGD). A Autistic Behavior Checklist (ABC) tem sido utilizada em diversas pesquisas, pois possibilita
uma aplicação simples, que pode ser realizada a partir de amostras filmadas de comportamento,
entrevistas com pais ou terapeutas, e pode ser utilizada por profissionais das áreas da saúde e da
Artigo Original de Pesquisa educação. Objetivo: a proposta deste estudo envolve a verificação das correlações entre o perfil
Artigo Submetido a Avaliação por Pares
funcional da comunicação e as diferentes pontuações na ABC. O objetivo geral desta pesquisa é
identificar a possibilidade de contribuição da avaliação fonoaudiológica de crianças e adolescentes
Conflito de Interesse: não incluídos no espectro autístico a partir da verificação de relações entre seu desempenho
comunicativo e a pontuação obtida na ABC. Método: foram sujeitos desta pesquisa 117 crianças e
adolescentes, entre 2 e 16 anos de idade, já atendidos ou em atendimento no Laboratório de
Investigação Fonoaudiológica em Distúrbios Psiquiátricos da Infância do Curso de Fonoaudiologia da
Faculdade de Medicina da USP. Resultados: indicaram a existência de correlações negativas entre a
pontuação na ABC e a interatividade e complexidade da comunicação. As poucas correlações entre a
Recebido em 22.08.2007. sub-escala de linguagem e os outros dados sugerem a dissociação entre a descrição propiciada pela
Revisado em 9.05.2008.
ABC e os critérios sugeridos pelo DSM-IV e pela CID-10 para o diagnóstico de autismo. Conclusão:
Aceito para Publicação em 9.05.2008.
a busca de critérios objetivos para a determinação de sub-grupos no espectro autístico permanece um
desafio.
Palavras-Chave: Transtorno Autístico; Linguagem; Criança.

Referenciar este material como:


Fernandes FDM; Miilher LP. Relações entre a Autistic Behavior Checklist (ABC) e o perfil funcional da comunicação no espectro autístico. Pró-Fono Revista de
Atualização Científica. 2008 abr-jun;20(2):111-6.

Relações entre a Autistic Behavior Checklist (ABC) e o perfil funcional da comunicação no espectro autístico. 111
Pró-Fono Revista de Atualização Científica. 2008 abr-jun;20(2).

Introdução O desempenho em atividades funcionais de


comunicação foi o melhor indicador do desempenho
O conceito de espectro autístico tem sido futuro (19) num estudo que investigou os
proposto como uma forma de incluir os diversos progressos de crianças atendidas em escolas
distúrbios globais de desenvolvimento numa especializadas.
perspectiva articulada que inclui a complexa inter- A proposta deste estudo envolve a verificação
relação entre os diversos quadros clínicos, e não da hipótese de que é possível identificar
apenas sua justaposição (1) . As questões de correlações entre o perfil funcional da comunicação
linguagem relacionadas aos distúrbios de crianças e adolescentes com diagnósticos
psiquiátricos incluídos no espectro autístico foram psiquiátricos incluídos no espectro autístico e a
objeto de revisões anteriores (2-3) e descrições sua pontuação na ABC.
minuciosas (4).
As perspectivas mais atuais consideram que Objetivo
provavelmente há um componente genético
envolvido na origem dos quadros de autismo (5), O objetivo desta pesquisa é determinar a
que são considerados uma síndrome existência de correlações entre o perfil funcional
comportamental com sintomas variáveis de acordo da comunicação de crianças e adolescentes com
com a idade e intervenções (6). diagnósticos psiquiátricos incluídos no espectro
Um ponto importante dessa discussão é autístico e sua pontuação na ABC.
marcado também pelos critérios propostos pela
CID-10 e pelo DSM-IV, que indicam a necessidade Método
de “prejuízos qualitativos” em cada uma das
grandes áreas observadas. Essa observação refere- Sujeitos
se à grande variação fenotípica observada, em que
critérios de presença e/ou ausência de sintomas Foram sujeitos desta pesquisa 117 crianças e
não seriam suficientes para descrever cada caso adolescentes, entre 2 e 16 anos de idade, com média
clínico (7-8). Grande parte dos trabalhos envolvidos de 7,8 anos, atendidos ou em atendimento no
na descrição dos diferentes quadros clínicos Laboratório de Investigação Fonoaudiológica em
incluídos no espectro autístico enfatizam a Distúrbios Psiquiátricos da Infância do Curso de
necessidade de perspectivas multidisciplinares Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da USP
para o diagnóstico (9) . A busca de critérios e cujos pais ou responsáveis assinaram o termo de
diagnósticos mais apropriados tem gerado consentimento livre e esclarecido aprovado pela
diversos estudos (10-14). comissão de ética da instituição (Cappesq - 460/02).
A Autism Behavior Checklist (ABC) compõe
o Autism Screening Instrument for Educational Procedimentos
Planing (ASIEP) (15). Trata-se de uma escala de
comportamentos não adaptativos, criada para triar Foram analisadas as gravações em videotape
e indicar probabilidade de diagnóstico de autismo. realizadas durante os processos de coleta de dados
Foi validada no Brasil (16), e tem sido amplamente para as avaliações realizadas no Laboratório de
utilizada em contextos acadêmicos e institucionais. Investigação Fonoaudiológica nos Distúrbios
(Anexo). Entretanto, não há unanimidade quanto Psiquiátricos da Infância do Curso de
aos valores indicados nessa proposta, eles são Fonoaudiologia da Faculdade de Medicina da USP.
considerados altos demais, tendendo a não Essas gravações registram 30 minutos de
classificar uma proporção importante de situação de interação entre sujeito e fonoaudiólogo,
crianças (17). em situação de brincadeira com material escolhido
É importante destacar, principalmente, o fato pelo próprio sujeito.
de que crianças não verbais não pontuam nos itens As fitas foram analisadas pelo próprio
referentes à linguagem expressiva da subescala pesquisador, pelos fonoaudiólogos que avaliaram
linguagem e isso representa um viés importante cada um dos sujeitos e por um terceiro juiz (bolsista
para o diagnóstico. Isso levou diversos autores a de capacitação técnica), para garantir a
consideraram a ABC uma escala com alta fidedignidade dos resultados. Os dados foram
especificidade, ou seja, não inclui indivíduos não registrados em protocolo individual específico
autistas, mas com baixa sensibilidade, quer dizer, (Anexo) e sintetizados em planilhas digitais de
tende a não incluir muitos indivíduos dados.
autistas (13,15,17-18,23).

112 Fernandes e Miilher.


Pró-Fono Revista de Atualização Científica. 2008 abr-jun;20(2).

Para a aplicação do protocolo da ABC, os Resultados


dados foram complementados por entrevistas com
pais e terapeutas. No que diz respeito ao perfil funcional da
Para o estudo estatístico foi aplicada a análise comunicação, apenas as funções "Narrativa" e de
de correlação de spearman, com o objetivo de "Pedido de Consentimento" não figuram entre as mais
verificar o nível de relacionamento entre as freqüentemente expressadas por nenhum dos sujeitos.
variáveis, com nível de significância de 5%. A Tabela 1 mostra os valores referentes a cada
uma das sub-escalas e do escore total na ABC de
todo o grupo de sujeitos.
TABELA 1. Valores médios do escore de cada sub-escala e do escore total do A análise da correlação entre os aspectos
ABC. estudados foi realizada através da análise de
correlação de Spearman, e também utilizou índices
ES RE CO LG PS Total de significância de 5%.
A Tabela 2 mostra os resultados significativos
mínimo 0 0 0 0 0 0
da correlação entre o perfil funcional da comunicação
máximo 23 34 28 21 17 95
e os resultados da aplicação da ABC, em cada uma
média 3,17 14,07 7,01 6,76 6,04 37,07
das sub-escalas e em seu resultado total.
desvio padrão 3,88 6,52 6,54 5,01 4,2 17,54
A Tabela 3 apresenta os valores significativos
da correlação entre a pontuação total e em cada
Legenda: ES = estímulo sensorial; RE = relacionamento; CO = uso do corpo uma das sub-escalas da ABC e as funções
e objeto; LG = linguagem; PS = desenvolvimento pessoal-social. comunicativas expressadas com maior freqüência
pelos sujeitos deste estudo.

TABELA 2. Correlação entre os valores da ABC e o Perfil Funcional da Comunicação - significância.

ABC-ES ABC-RE ABC-CO ABC-LG ABC-PS ABC-Tot


atos-criança 0,003
atos / minuto 0,025 0,031
G 0,001 0,018 0,001 0,043 (-) 0,044 0,045
Vê 0,013 (-) 0,002 (-) 0,044
Vo
FI < 0,001 (-) 0,002 (-) 0,003 (-) 0,001 (-)
FNI < 0,001 0,001 0,006 0,001

Legenda: ABC = Autism Behavior Checklist; ES = estímulo sensorial; RE = relacionamento; CO = uso do corpo e objeto; LG =
linguagem; PS = desenvolvimento pessoal-social; tot = total, G = gestual; Vê = verbal; Vo = vocal; FI = funções interativas; FNI =
funções não-interativas; EC = espaço comunicativo.

TABELA 3. Correlação entre os valores da ABC e funções comunicativas - significância.

ABC-ES ABC-RE ABC-CO ABC-PS ABC-Tot


XP 0,009
NF 0,032 0,001 0,001
PA 0,044 (-)
PR 0,04
N 0,022 (-) 0,048 (-)
C < 0,001 (-) 0,006 (-) < 0,001 (-) 0,001 (-) < 0,001 (-)
E 0,033 (-)

Legenda: ABC: Autism Behavior Checklist; ES: estímulo sensorial; RE: relacionamento; CO: uso do corpo e objeto; LG: linguagem; PS:
desenvolvimento pessoal-social; tot: total; XP: exploratório; NF: não focalizada; PA: pedido de ação; PR: protesto; N: nomeação; C:
comentário; E: exibição.

Relações entre a Autistic Behavior Checklist (ABC) e o perfil funcional da comunicação no espectro autístico. 113
Pró-Fono Revista de Atualização Científica. 2008 abr-jun;20(2).

Discussão Conclusão

Foi possível observar que apenas as funções: O presente estudo propôs a determinação da
"Narrativa" e de "Pedido de Consentimento", não existência de correlações entre o perfil funcional da
figuram entre as mais freqüentes para nenhum dos comunicação de crianças e adolescentes com
sujeitos estudados. Ambas podem ser associadas diagnósticos psiquiátricos incluídos no espectro
à necessidade de meta-representação, pois autístico e sua pontuação na ABC. Genericamente
implicam em pelo menos alguma compreensão a os dados indicam correlações negativas entre a
respeito dos diversos papeis dos interlocutores. interatividade da comunicação e o uso do meio
Dessa forma, sua ausência pode estar relacionada verbal de comunicação e a pontuação nas sub-
às dificuldades de meta-representação e teoria da escalas de Estímulo Sensorial e de uso de Corpo e
mente, frequentemente associadas aos quadros do Objetos. Os resultados indicam proporcionalmente
espectro autístico (1,4,12). Ficaram evidentes também mais correlações entre os resultados totais e de cada
as grandes variações individuais mencionadas na sub-escala da ABC e os aspectos referentes à
literatura há várias décadas (11,14,19-20,23). interatividade da comunicação e aos meios
Na Tabela 1, a possibilidade de ausência de comunicativos utilizados do que ao uso de
pontuação em alguma das sub-escalas, por outro determinadas funções comunicativas. No que diz
lado, pode indicar dificuldades relativas à tradução respeito a cada uma das sub-escalas destaca-se a
e/ou à aplicação do protocolo. Embora se tenha ausência de correlações entre a sub-escala de
tentado controlar essa possibilidade através da Linguagem e as funções comunicativas. Por outro
utilização de material filmado, além de entrevistas lado, merece atenção também a correlação negativa
com pais e terapeutas (11,19-20), pode ser que o entre a pontuação em todas as sub-escalas, exceto
levantamento dos comportamentos apenas em a de Linguagem, da ABC e o uso da função de
termos de presença e ausência (8,21-22) tenha levado Comentário. Esses dados parecem indicar que há
todos a buscar identificar qualquer possibilidade correlações significativas entre a pontuação na ABC
de ocorrência de cada um dos comportamentos. e os resultados referentes ao perfil funcional da
Os dados da Tabela 2 indicam que as correlações comunicação, exceto no que se refere à sub-escala
do resultado total são positivas com o uso do meio de Linguagem. Seguramente isso constitui um forte
comunicativo gestual e com a expressão de funções argumento a favor da complementaridade entre a
menos interativas e negativas com as funções mais aplicação da ABC e a determinação do perfil
interativas. Ou seja, quanto melhor o perfil funcional funcional da comunicação de indivíduos do
da comunicação, menor a pontuação na escala ABC. espectro autístico.
Todas as correlações significativas do uso de O grande número de sujeitos desta pesquisa e o
funções interativas são negativas, enquanto as do fato de que todos eles tinham diagnósticos
uso de funções não interativas, é positiva. Esses psiquiátricos incluídos no espectro autístico,
dados podem indicar que há consistência na segundo os critérios propostos pela CID-10 ou pelo
associação entre o uso de funções não interativas e DSM-IV argumentam a favor dos estudos que
o diagnóstico no espectro autístico (10), embora esse questionam a validade da utilização da ABC como
não seja um critério da ABC. A correlação positiva critério diagnóstico para o autismo. Os resultados
entre o uso de comunicação verbal e a sub-escala de apóiam a noção de que há incompatibilidade entre a
linguagem (quanto mais comunicação verbal, mais descrição diagnóstica proposta pela ABC e os
alta a pontuação na ABC) parece confirmar a fraca critérios sugeridos pelo DSM-IV e pela CID-10.
relação entre ela e o diagnóstico de autismo já Nesse sentido, na ausência de diagnóstico
mencionada anteriormente (6,15). psiquiátrico, sugere-se que a aplicação da ABC
A ausência de correlações com a sub-escala de pode confirmar hipóteses diagnósticas mas não deve
linguagem, como verificado na Tabela 3, parece funcionar como um instrumento único de
indicar, mais uma vez, a fraca relação entre os itens determinação de encaminhamentos ou escolhas
dessa sub-escala e as alterações de linguagem terapêuticas.
observadas em indivíduos do espectro autístico (17).
Por outro lado, a correlação negativa com as funções
mais interativas e positivas com as menos interativas
sugere, novamente, a caracterização funcional das
alterações de linguagem no espectro autístico.

114 Fernandes e Miilher.


Pró-Fono Revista de Atualização Científica. 2008 abr-jun;20(2).

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Relações entre a Autistic Behavior Checklist (ABC) e o perfil funcional da comunicação no espectro autístico. 115
Pró-Fono Revista de Atualização Científica. 2008 abr-jun;20(2).

Anexo

III: Autism Behavior Checklist (ABC) (Krug et al., 1980).

Nome: SujeitoNo

Avaliador: Data:

ES RE CO LG PS
1. Gira em torno de si por longo período de tempo 4
2. Aprende uma tarefa, mas esquece rapidamente 2
3. Raramente atende a estímulos não verbais, sociais, ambientais 4
4. Ausência de respostas para solicitações verbais (vem cá, senta...) 1
5. Usa brinquedos inapropriadamente 2
6. Pobre uso na discriminação visual (fixa partes de objetos) 2
7. Ausência de sorriso social 2
8. Uso inadequado de pronomes (inversão pronominal) 3
9. Insiste em manter certos objetos consigo 3
10. Parece não escutar (suspeita-se de surdez) 3
11. Fala monótona e sem ritmo 4
12. Balança-se por longos períodos de tempo 4
13. Não estende o braço para ser pego (nem quando era bebê) 2
14. Reações fortes a mudanças no ambiente 3
15. Ausência de atenção ao seu nome 2
16. Gira em torno de si, balança as mãos 4
17. Ausência de reposta para expressão facial / sentimento dos outros 3
18. Raramente usa “sim” ou “não” 2
19. Habilidades em áreas específicas 4
20. Ausência de repostas a solicitações envolvendo referenciais espaciais 1
21. Sobressalto a som intenso 3
22. Balança as mãos 4
23. Intensos acessos de raiva ou birra 3
24. Evita ativamente o contato social 4
25. Resiste ao toque / a ser pego / a carinho 4
26. Não reage a estímulos dolorosos 3
27. Difícil ou rígido no colo (mesmo qdo bebê) 3
28. Flácido quando no colo 2
29. Aponta para indicar o objeto desejado 2
30. Anda nas pontas dos pés 2
31. Machuca os outros, mordendo, batendo... 2
32. Repete a mesma fresa muitas vezes 3
33. Não brinca de imitar outras crianças 3
34. Não pisca para luz forte nos olhos 1
35. Machuca-se mordendo-se, batendo a cabeça... 2
36. Não espera para ser atendido (quer as coisas imediatamente) 2
37. Não aponta mais que cinco objetos 1
38. Dificuldade em fazer amigos 4
39. Tapa os ouvidos para vários sons 4
40. Gira, bate objetos muitas vezes 4
41. Dificuldade no treino de toalete 1
42. Usa de 0 a 5 palavras / dia para indicar necessidades 2
43. Freqüentemente muito ansioso ou medroso 3
44. Franze sobrancelhas, cobre ou vira os olhos com luz natural 3
45. Não se veste sem ajuda 1
46. Repete constantemente as mesmas palavras ou sons 3
47. Olha através das pessoas 4
48. Repete perguntas e frases ditas por outras pessoas 4
49. Freqüentemente inconsciente dos perigos de situações do ambiente 2
50. Prefere manipular e ocupar-se com objetos inanimados 4
51. Toca, cheira ou lambe objetos do ambiente 3
52. Freqüentemente não reage visualmente à presença de pessoas 3
53. Repete seqüências complexas de comportamento 4
54. Destrutivo com seus brinquedos e coisas da família 2
55. Atraso no desenvolvimento identificado antes dos 30 meses 1
56. Usa mais de 15 e menos de 30 frases diárias para comunicar-se 3
57. Olha fixamente algo por longos períodos de tempo 4

116 Fernandes e Miilher.

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