0% found this document useful (0 votes)
210 views193 pages

Algebra Linear

The document is an introduction to linear algebra that provides: 1) Definitions of fundamental concepts like fields and matrices 2) Examples of solved exercises on topics like linear systems and vector spaces 3) Proposed exercises for students with solutions provided at the end The goal is to complement typical linear algebra textbooks by providing more examples and exercises.
Copyright
© © All Rights Reserved
We take content rights seriously. If you suspect this is your content, claim it here.
Available Formats
Download as PDF, TXT or read online on Scribd
0% found this document useful (0 votes)
210 views193 pages

Algebra Linear

The document is an introduction to linear algebra that provides: 1) Definitions of fundamental concepts like fields and matrices 2) Examples of solved exercises on topics like linear systems and vector spaces 3) Proposed exercises for students with solutions provided at the end The goal is to complement typical linear algebra textbooks by providing more examples and exercises.
Copyright
© © All Rights Reserved
We take content rights seriously. If you suspect this is your content, claim it here.
Available Formats
Download as PDF, TXT or read online on Scribd
You are on page 1/ 193

i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 1 #1


i i


ALGEBRA LINEAR
RESUMO DA TEORIA
71 EXERCICIOS RESOLVIDOS E 80 EXERCICIOS PROPOSTOS


CLAUDIA RIBEIRO SANTANA
Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
Departamento de Ciencias Exatas e Tecnologicas
- DCET
&
JOSEPH NEE ANYAH YARTEY
Universidade Federal da Bahia - UFBA
Departamento de Matematica - DMAT

2008

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 1 #2


i i

Para minhas queridas avos,


Maria de Lourdes Reis Ribeiro e Esmeralda Reis.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page i #3


i i

Sumario

Introduca o iii

1 Preliminares 1
1.1 Corpos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Matrizes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Exerccios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.4 Exerccios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.5 Apendice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28

2 Sistemas Lineares 31
2.1 Exerccios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
2.2 Exerccios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
2.3 Apendice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

3 Espacos Vetoriais 55
3.1 Exerccios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
3.2 Exerccios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
3.3 Apendice I . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86
3.4 Apendice II . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88

4 Transformacoes
Lineares 93
4.1 Exerccios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
4.2 Exerccios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 121
4.3 Apendice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 125

i
i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page ii #4


i i

4.4 Diagonalizaca o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 129


4.4.1 Exerccios Resolvidos . . . . . . . . . . . . . . 131
4.4.2 Formas Canonicas
de Jordan . . . . . . . . . . 140
4.4.3 Aplicacoes
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 144
4.4.4 Exerccios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . 158

5 Uma Aplicaca o do Teorema da Decomposica o Primaria 166


5.1 Exemplos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 168
5.2 Exerccios Propostos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172

6 Respostas dos Exerccios Propostos 174

7 Consideracoes
Finais 183

8 Bibliografia 185

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page iii #5


i i

Prefacio

O presente material e um dos frutos do projeto de extensao Home


Page de Matematica, que tem como objetivo principal a confecca o
de material didatico para o uso dos alunos e professores dos cursos
de Matematica e Ciencias da UESC.

Tendo em vista que os livros-textos classicos de Algebra Linear
estao muito bem escritos, nao ousamos fazer mais um livro-texto
com demonstracoes
de teoremas e proposicoes.
Nosso objetivo
foi preencher algumas lacunas deixadas por eles como, por exem-
plo, alguns resultados importantes na teoria quando trabalhados
em espacos vetoriais de dimensao finita podem ser estendidos para
dimensao infinita, e nos casos em que isto nao e possvel, contra-
exemplos foram citados.
Convem observar que este primeiro volume contempla somente
a teoria ate diagonalizaca o de operadores lineares. Para dinamizar a
leitura, fornecemos o resumo da teoria de forma logica,
sem demons-
tracoes,
passando para o coraca o do livro que sao os exerccios re-
solvidos que funcionam, na verdade, como exemplos, seguidos por
exerccios propostos, com resposta no final do livro, para que os
alunos ou professores sejam estimulados a pensar e tirar conclusoes

sobre pontos especficos da teoria.
Pelo fato de a maioria dos cursos introdutorios

de Algebra Linear
focar a teoria em espacos vetoriais de dimensao finita, iniciamos o

nosso estudo sobre o alicerce da Algebra Linear em dimensao finita,

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page iv #6


i i

que e o estudo de Matrizes.


No final de cada captulo, foram acrescentados apendices com a
complementaca o da teoria dada naquele captulo, ou entao somente
indicaca o de livros como sugestao de leitura, para os alunos que
estejam interessados em aprofundar seus conhecimentos.
Os teoremas, proposicoes,
ou seja, a teoria aqui apresentada tem
a sua versao geral num corpo K qualquer.
Acreditamos que o livro sera de grande utilidade e, num futuro
proximo,
desejamos ter a constataca o de que o foi de fato. Apreciem
a leitura.

Claudia Santana e Joseph Yartey.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 1 #7


i i

Captulo 1

Preliminares

1.1 Corpos
Definica o 1.1.1. Um conjunto K, nao vazio, e um corpo se, em K, pu-
dermos definir duas operaco es, denotadas por + (adica o) e (multiplicaca o),
satisfazendo as seguintes propriedades:

1. a + b = b + a, a, b K (propriedade comutativa).

2. a + (b + c) = (a + b) + c, a, b, c K (propriedade associativa).

3. Existe um elemento em K, denotado por 0 e chamado de elemento


neutro da adica o, que satisfaz 0 + a = a + 0 = a, a K.

4. Para cada a K, existe um elemento em K, denotado por a e,


chamado de oposto de a (ou inverso aditivo de a) tal que
a + (a) = (a) + a = 0.

5. a b = b a, a, b K (propriedade comutativa).

6. a (b c) = (a b) c, a, b, c K (propriedade associativa).

7. Existe um elemento em K denotado por 1 e chamado de elemento


neutro da multiplicaca o, tal que 1 a = a 1 = a, a K.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 2 #8


i i

Seca o 1 Corpos 2

8. Para cada elemento nao nulo a K, existe um elemento em K,


denotado por a1 e chamado de inverso multiplicativo de a, tal que
a a1 = a1 a = 1.

9. (a + b) c = a c + b c, a, b, c K (propriedade distributiva).

Notaca o: Para simplificar, vamos denotar ab para indicar o produto


a b.

Observaca o 1.1.2. Exemplos de Corpos


Q: Conjunto dos numeros
racionais; R: Conjunto dos numeros
reais; C:
Conjunto dos numeros
complexos
Exemplo de corpo nao-trivial:

Considere p N um numero primo. Q( p) = {a + b p | a, b Q}

e um subcorpo do corpo dos numeros
reais. Observemos que Q( p)
R, portanto basta mostrar que a adica o e multiplicaca o, definidas para os

numeros
reais, sao operaco es fechadas em Q( p).
De fato, sejam a, b, c e d Q

1. (a + b p) + (c + d p) = (a + c) + (b + d) p, portanto

(a + b p) + (c + d p) Q( p).

2. (a + b p) (c + d p) = (ac + bdp) + (ad + bc) p, portanto

(a + b p) (c + d p) Q( p).


Afirmacao: (a + b p) , 0 (a + b p)1 Q( p).

De fato, pelo metodo de racionalizaca o de denominadores temos



1 1 ab p ab p
= = Q( p)
a + b p a + b p a b p a2 b2 p

onde (a2 b2 p) , 0.

Logo, podemos concluir que Q( p) e um corpo.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 3 #9


i i

Seca o 1 Corpos 3


Observaca o 1.1.3. Toda a teoria de Algebra Linear abordada nos cursos

introdutorios tem sua versao mais geral em Algebra abstrata (Teoria de
grupos, aneis e corpos). Para os interessados em aprofundar seus conhe-

cimentos, sugerimos que facam cursos de Algebra oferecidos nos cursos de

Bacharelado e Licenciatura em Matematica, e os cursos de Algebra Linear
em Cursos de Verao que servem de nivelamento para a grande maioria dos
programas de Pos-graduaca o em Matematica do pas. Segue sugestao de
leitura, como orientaca o inicial:

de leitura
Sugestao

1. LANG, Serg. Estruturas Algebricas. Tradutor: Prof. Claudio R. W.


Abramo. Rio de Janeiro, Ao livro tecnico; Braslia, Instituto Nacional
do Livro, 1972.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 4 #10


i i

1.2 Matrizes
Definica o 1.2.1. Seja K um corpo. a K e dito escalar.

Definica o 1.2.2. Uma tabela com escalares dispostos em m linhas e n


colunas e dita matriz de ordem m n. Notaca o:

a11 a12 a1n

a a2n
21 a22

A = a31 a32 a3n = [aij ]mn

. .. .. ..
.. . . .


am1 am2 amn

onde aij e o termo que esta na linha i e coluna j.

Definica o 1.2.3. Matrizes especiais: Seja A = [aij ]mn

1. A e dita matriz nula se aij = 0 i, j.

2. A e dita matriz coluna se n = 1.

3. A e dita matriz linha se m = 1

4. A e dita matriz quadrada se n = m

Observaca o 1.2.4. Quando n = m = 1, A e dita matriz escalar.

Definica o 1.2.5. Matrizes quadradas especiais: Seja A = [aij ]nn .

1. A e dita matriz identidade se aij = 0 quando i , j e aii = 1


i = 1 n.

2. A e dita matriz simetrica se aij = a ji .

3. A e dita matriz diagonal se aij = 0 quando i , j.

4. A e dita matriz triangular:

(a) Superior se aij = 0 quando i > j.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 5 #11


i i

Seca o 2 Matrizes 5

(b) Inferior se aij = 0 quando i < j.

Sejam A = [aij ]mn e B = [bij ]mn .


Definica o 1.2.6. (Adicao)

A + B = [aij + bij ]mn

e definida como a matriz soma das matrizes A e B.


Propriedades: Dadas A, B e C, matrizes de mesma ordem m n
temos:

1. A + B = B + A (propriedade comutativa).

2. A + (B + C) = (A + B) + C (propriedade associativa).

3. A + 0 = 0 + A = A, onde 0 denota a matriz nula de ordem m n.

Sejam A = [aij ]mn e B = [bij ]mn .


Definica o 1.2.7. (Subtracao)

A B := A + (B) = [aij bij ]mn

e definida como a matriz diferenca das matrizes A e B.


A matriz A = [aij ]mn e tal que A A = 0 = A + A, e e chamada
de inverso aditivo de A.

por escalar) Seja A = [aij ]mn e k K


Definica o 1.2.8. (Multiplicacao
escalar, entao definimos uma nova matriz
k A = [kaij ]mn .
Propriedades: Dadas A, B matrizes de mesma ordem m n e numeros

k, k1 e k2 K, temos:

1. k(A + B) = kA + kB.

2. (k1 + k2 )A = k1 A + k2 A.

3. 0 A = 0, isto e, se multiplicarmos o elemento neutro da adica o, o


zero, por qualquer matriz A, obteremos a matriz nula.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 6 #12


i i

Seca o 2 Matrizes 6

4. k1 (k2 A) = k1 k2 A.

Dada uma matriz A = [aij ]mn , defi-


Definica o 1.2.9. (Transposicao)
nimos a matriz At = [bij ]nm onde bij = a ji . A matriz At e denominada
transposta de A.

Propriedades: Dadas A, B matrizes de mesma ordem, m n, e k K


temos:

1. (At )t = A.

2. (A + B)t = At + Bt .

3. (kA)t = kAt .

Observaca o 1.2.10. Uma matriz quadrada A e simetrica se, e somente


se, ela e igual a sua transposta, ou seja, A = At .

de Matrizes) Dadas A = [aij ]mn ,


Definica o 1.2.11. (Multiplicacao
B = [bij ]np . Definimos
X
n
AB = [cij ]mp , onde crs = arq bqs = ar1 b1s + ar2 b2s + + arn bns .
q=1

Observaca o 1.2.12. So podemos efetuar o produto de duas matrizes


A = [aij ]mn , e B = [bij ]sp se o numero
de colunas da primeira for igual
ao numero
de linhas da segunda, ou seja, se n = s.

Propriedades: Dadas A = [aij ]mn , B = [bij ]np , C = [cij ]np ,


D = [dij ]mn , E = [eij ]nr e F = [ fij ]ps , temos:

1. AIn = Im A = A onde In e Im sao matrizes identidade de ordem n e


m respectivamente.

2. A(B + C) = AB + AC (distributividade a` esquerda da multiplicaca o,


em relaca o a` soma).

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 7 #13


i i

Seca o 2 Matrizes 7

3. (A + D)E = AE + BE (distributividade a` direita da multiplicaca o, em


relaca o a` soma).

4. (AB)F = A(BF) (associatividade).

5. (AB)t = Bt At .

6. 0 A = 0 e A 0 = 0, onde 0 indica a matriz nula.

Observaca o 1.2.13. Em geral, nao vale a propriedade comutativa para


multiplicaca o de matrizes, ou seja, sejam Amn e Bnr matrizes AB nao
e necessariamente igual a BA.

Definica o 1.2.14. (Determinante) Seja A = [aij ]nn uma matriz quadrada


de ordem n.
O determinante de A denotado por det(A) ou |A| e definido da seguinte
maneira: X
det[aij ] = (1)J a1 j1 a2 j2 an jn onde J = J(j1 , , jn ) e o numero


de inversoes da permutaca o j1 , , jn e indica que a soma e estendida a
todas as n! permutaco es de (1, , n).
Propriedades: Dadas A e B matrizes quadradas de mesma ordem,
temos:

1. Se todos os elementos de uma linha (ou coluna) de uma matriz A sao


nulos entao det(A) = 0.

2. det(A) = det(At ).

3. Se multiplicarmos uma linha (ou coluna) da matriz por uma


constante, o determinante fica multiplicado por esta constante.

4. Uma vez trocada a posica o de duas linhas (ou duas colunas), o deter-
minante troca de sinal.

5. O determinante de uma matriz que tem duas linhas (colunas) iguais


e zero.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 8 #14


i i

Seca o 2 Matrizes 8

6. det(A B) = det(A) det(B).

7. A operaca o elementar (linha) kL j + Li Li onde k , 0, i , j, que


significa substituir a linha i por k vezes a linha j mais a linha i, nao
altera o valor do determinante.

8. A operaca o elementar (linha) L j + kLi Li onde k , 0, i , j,


que significa substituir a linha i por k vezes a linha i mais a linha j,
altera o valor do determinante do fator k.

9. Se em uma matriz A, uma linha Li e igual a rL j + kLt , i , j e i , t,


onde L j e a j-esima linha e Lt e a t-esima linha, entao det(A) = 0.

Observaca o 1.2.15. De modo geral, o determinante da soma de duas


matrizes nao e igual a` soma dos determinantes destas matrizes, ou seja,
sejam A e B matrizes quadradas de mesma ordem, det(A + B) nao e
necessariamente igual a det(A) + det(B).

Teorema 1.2.16. (LAPLACE) Seja A = [aij ]nn uma matriz quadrada de


ordem n. Considere Aij a matriz obtida matriz inicial A, retirando-se desta
a i-esima linha e j-esima coluna.
det(A) = a11 11 + a12 12 + a1n 1n onde ij = (1)i+j | Aij |.
Mais geralmente:
Para cada i, temos
det(A) = ai1 i1 + ai2 i2 + ain in onde ij = (1)i+j | Aij |.
Para cada j,
det(A) = a1 j 1 j + a2 j 2 j + an j n j onde ij = (1)i+j | Aij |.

Definica o 1.2.17. Seja A = [aij ]nn uma matriz quadrada de ordem n. A


matriz A e dita inversvel (ou invertvel) se existe uma matriz B, denotada
por A1 , de ordem n n, tal que AB = BA = In , onde In e a matriz
identidade de ordem n.

Observaca o 1.2.18. Seja A = [aij ]nn uma matriz quadrada de ordem n.


Se existe C matriz de ordem n tal que CA = AC = In entao C = A1 , ou
seja, se existe a matriz inversa de uma matriz entao ela e unica.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 9 #15


i i

Seca o 2 Matrizes 9

Teorema 1.2.19. Seja A = [aij ]nn uma matriz quadrada de ordem n. A


e inversvel se, e somente se, det(A) , 0.

Definica o 1.2.20. Um matriz invertvel P e dita ortogonal se Pt = P1 .

Definica o 1.2.21. Equivalencia de Matrizes por linhas


Dizemos que um matriz A e equivalente por linhas a uma matriz B, e
denotamos por A B ou A B, se a matriz B pode ser obtida da matriz
A, a partir de uma sequ
encia de operaco es elementares listadas a seguir:

Li L j .
1. Permutar (trocar) a linha i com a linha j . Notacao:

2. Multiplicaca o da linha i por um escalar nao nulo k .


kLi Li .
Notacao:

3. Substituica o da linha i por k vezes a linha j somada a t vezes a linha


i, onde t, k K, t , 0. Notacao: kL j + tLi Li .

Definica o 1.2.22. (Forma Escada 1) Uma matriz Amn e dita matriz


escalonada (ou matriz em forma de escada) se as condico es abaixo sao satis-
feitas:

1. As linhas nulas, caso existam, localizam-se abaixo de todas as linhas


nao nulas.

2. O primeiro elemento nao nulo da linha i esta numa coluna anterior a`


do primeiro elemento da linha i + 1, (i < m).

Definica o 1.2.23. (Forma Escada 2) Uma matriz Amn e dita linha re-
duzida a` forma escada se:

1. O primeiro elemento nao nulo de uma linha nao nula e 1.

2. Cada coluna que contem o primeiro elemento nao nulo de alguma


linha tem todos os seus outros elementos iguais a zero.

3. Toda linha nula ocorre abaixo de todas as linhas nao nulas.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 10 #16


i i

Seca o 2 Matrizes 10

4. Se as linhas 1, , r sao as linhas nao nulas, e se o primeiro elemento


nao nulo da linha i ocorre na coluna k1 , entao k1 < k2 < < kr .
Esta ultima
condica o impoe a forma escada a` matriz:

1 0 0 0 0
0 1 0 0 0
0 0 1 0 0
0 0 0 0 1 0
0 0 0 0 0 0 1
0 0 0 0 0 0 0 0

Proposica o 1.2.24. Uma matriz Amn e linha equivalente a uma matriz


Bmn se, e somente se, existe uma matriz inversvel P de ordem m, tal que
A = P B.

Teorema 1.2.25. Uma matriz A e inversvel (ou invertvel) se, se somente


se, A e equivalente por linhas a` matriz identidade. Alem disso, a mesma
sucessao de operaco es que transforma a matriz A na matriz identidade,
transforma a matriz identidade na inversa de A.

Teorema 1.2.26. Toda matriz Amn e linha equivalente a uma unica



matriz-linha reduzida a` forma escada.

Definica o 1.2.27. Sejam A e B matrizes quadradas de mesma ordem.


Dizemos que A e B sao semelhantes se existe P matriz invertvel tal que
A = P1 B P.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 11 #17


i i

11

1.3 Exerccios Resolvidos


Exerccio 1.3.1. Suponha que um corretor da Bolsa de Valores faca um
pedido para comprar aco es na segunda-feira, como segue: 400 quotas da
aca o A, 500 quotas da aca o B e 600 quotas da aca o C. As aco es A, B e C
custam por quota R$ 500,00, R$ 400,00 e
R$ 250,00, respectivamente.

(a) Encontre o custo total das aco es, usando multiplicaca o de matrizes.

(b) Qual sera o ganho ou a perda quando as aco es forem vendidas seis
meses mais tarde se as aco es A, B e C custarem R$ 600,00, R$ 350,00
e R$ 300,00 por quota, respectivamente?

SOLUC
AO
h i
(a) Considere MQ = 400 500 600 a matriz cujas entradas sao
A, B e C,
as quantidades das quotas compradas das acoes
h i
MC = 500 400 250 a matriz cujas entradas sao os valores
de compra de cada aca o A, B e C. Observe que MQ MtC re-
presenta o custo total gasto para comprar estas acoes.
O custo
total das acoes
e R$ 550.000,00.
h i
(b) Considere MV = 600 350 300 a matriz cujas entradas sao
os valores dos precos de venda das acoes
A, B e C. Seja
ML = MQ (MV MC )t a matriz que representa o lucro total.
Portanto, o lucro total foi de R$ 45.000,00.
Ver Apendice. 

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 12 #18


i i

Seca o 3 Exerccios Resolvidos 12

Exerccio 1.3.2. Um construtor tem contratos para construir 3 estilos de


casa: moderno, mediterraneo e colonial. A quantidade de material empre-
gada em cada tipo de casa e dada pela matriz:
Ferro Madeira Vidro Tinta Tijolo
Moderno 5 20 16 7 17

Mediterraneo 7 18 12 9 21
Colonial 6 25 8 5 13
(Qualquer coincidencia dos numeros
com a realidade e mera coincidencia).

(a) Se ele vai construir 5, 7 e 12 casas dos tipos moderno, mediterraneo


e colonial, respectivamente, quantas unidades de cada material sao
empregadas?

(b) Suponha agora que os precos por unidade de ferro, madeira, vidro, tinta
e tijolo sejam, respectivamente, 15, 8, 5, 1 e 10 u.c.p.. Qual e o preco
unitario de cada tipo de casa?

(c) Qual e o custo total do material empregado?

SOLUC
AO

5 20 16 7 17
h i
Considere A = 5 7 12 e B = 7 18 12 9 21


6 25 8 5 13

(a) As entradas c11 , c12 , c13 , c14 , c15 da matriz


h i
C=AB= 146 526 260 158 388

sao as quantidades dos materiais ferro, madeira, vidro, tinta e


tijolo empregados na construca o, respectivamente.
h i
(b) Considere H = 15 8 5 1 10 a matriz cujas entradas re-
presentam o preco por unidade de ferro, madeira, vidro, tinta
e tijolo, respectivamente; e

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 13 #19


i i

Seca o 3 Exerccios Resolvidos 13


5 7 6

20 18 25


E = Bt = 16 12 8 ;

7 9 5


17 21 13
h i
Temos: F = H E = 492 528 465 , as entradas f11 , f12 e
f13 representam o preco unitario das casas dos tipos moderno,
mediterraneo e colonial, respectivamente.

(c) O custo total sera dado pelo produto matricial:




h i 5
F A = 492 528 465 7 = 11736,
t


12
ou seja, o custo total da construca o sera R$ 11.736,00. 

Exerccio 1.3.3. Existem tres marcas de automoveis disponveis no mer-


cado: o Jacare, o Piranha e o Urubu. O termo aij da matriz A abaixo e
a probabilidade de que um dono de carro da linha i mude para o carro da
coluna j, quando comprar um carro novo.

Para
J P U
J 0, 7 0, 2 0, 1
De P 0, 3 0, 5 0, 2
U 0, 4 0, 4 0, 2

7 2 1


10 10 10
Os termos da diagonal de A = 3
10
5
10
2
10
dao a probabilidade a
ii
4 4 2

10 10 10

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 14 #20


i i

Seca o 3 Exerccios Resolvidos 14

de se comprar um carro novo da mesma marca.


59 7 13


100 25 100
A =
2 11
25
39
100
17
100
. Os termos de A2 , a(2) , significam mudar da
ij
12 9 4

25 25 25
marca i para a marca j depois de duas compras:

SOLUC
AO:

(a) De fato, a probabilidade de tendo inicialmente um carro da


marca J mudar para um outro carro desta mesma marca, ou
seja J, depois de duas compras e :

7 7 2 3 1 4
10 10 10 10 10 10
J J J J P J J U J
7 7 2 3 1 4 59 (2)
Da, + + = = a11 .
10 10 10 10 10 10 100

(b) A probabilidade de tendo inicialmente um carro da marca J mu-


dar para um outro carro da marca P depois de duas compras e :

7 2 2 5 1 4
10 10 10 10 10 10
J JP J P P J U P
7 2 2 5 1 4 28 (2)
Da, + + = = a12 .
10 10 10 10 10 10 100

(c) A probabilidade de tendo inicialmente um carro da marca J mu-


dar para um outro carro da marca U depois de duas compras
e :

7 1 2 2 1 2
10 10 10 10 10 10
J JU J P U J U U

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 15 #21


i i

Seca o 3 Exerccios Resolvidos 15

7 1 2 2 1 2 13 (2)
Da, + + = = a13 .
10 10 10 10 10 10 100

(d) A probabilidade de tendo inicialmente um carro da marca P mu-


dar para um outro carro da marca J depois de duas compras e :

3 7 5 3 2 4
10 10 10 10 10 10
P J J P P J P U J
3 7 5 3 2 4 44 (2)
Da, + + = = a21 .
10 10 10 10 10 10 100

(e) A probabilidade de tendo inicialmente um carro da marca P mu-


dar para um outro carro desta mesma marca, ou seja, P, depois
de duas compras e :
3 2 5 5 2 4
10 10 10 10 10 10
P J P P P P P U P
3 2 5 5 2 4 39 (2)
Da, + + = = a22 .
10 10 10 10 10 10 100

(f) A probabilidade de tendo inicialmente um carro da marca P mu-


dar para um outro carro da marca U depois de duas compras
e :
3 1 5 2 2 2
10 10 10 10 10 10
P J U P P U P U U
3 1 5 2 2 2 17 (2)
Da, + + = = a23 .
10 10 10 10 10 10 100

(g) A probabilidade de tendo inicialmente um carro da marca U


mudar para um outro carro da marca J depois de duas com-
pras e :

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 16 #22


i i

Seca o 3 Exerccios Resolvidos 16

4 7 4 3 2 4
10 10 10 10 10 10
U J J U P J U U J
4 7 4 3 2 4 48 (2)
Da, + + = = a31 .
10 10 10 10 10 10 100

(h) A probabilidade de tendo inicialmente um carro da marca U


mudar para um outro carro da marca P depois de duas com-
pras e :
4 2 4 5 2 4
10 10 10 10 10 10
U J P UP P UU P
4 2 4 5 2 4 36 (2)
Da, + + = = a32 .
10 10 10 10 10 10 100

(i) A probabilidade de tendo inicialmente um carro da marca U mu-


dar para um outro carro da marca U depois de duas compras
e :
4 1 4 2 2 2
10 10 10 10 10 10
U J U U P U UU U
4 1 4 2 2 2 16 (2)
Da, = + + = = a33 . 
10 10 10 10 10 10 100

Exerccio 1.3.4. Uma rede de comunicaca o tem cinco locais com trans-
missao de potencias distintas. Estabelecemos que aij = 1, na matriz abaixo,
significa que a estaca o i pode transmitir diretamente a` estaca o j, aij = 0
significa que a transmissao da estaca o i nao alcanca a estaca o j. Observe
que a diagonal principal e nula, significando que uma estaca o nao transmite
diretamente para si mesma.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 17 #23


i i

Seca o 3 Exerccios Resolvidos 17


0 1 1 1 1

1 0 1 1 0


A = 0 1 0 1 0

0 0 1 0 1


0 0 0 1 0

(a) Calcule A2 = [cij ].

(b) Qual seria o significado da matriz c42 ?

(c) Qual o significado de c13 = 2?

(d) Discuta o significado dos termos nulos, iguais a 1 e maiores que 1 de


modo a justificar a afirmaca o: A matriz A2 representa o numero

de caminhos disponveis para se ir de uma estaca o a outra com uma
unica
retransmissao.

(e) Qual o significado das matrizes A + A2 , A3 e A + A2 + A3 ?

(f) Se A fosse simetrica, o que significaria?

SOLUC
AO:

(a) ( Ver Apendice.)

(b) Seja A2 = [cij ]. Calculemos o elemento

X
5
c42 = a4k ak2 = 0 + 0 + 1 + 0 + 0 = 1.
k=1

Note que a unica


parcela nao nula veio de a43 a32 = 1 1.
Isto significa que a estaca o 4 transmite para a estaca o 2 atraves
de uma retransmissao pela estaca o 3, embora nao exista uma
transmissao direta de 4 para 2.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 18 #24


i i

Seca o 3 Exerccios Resolvidos 18

X
5
(c) c13 = a1k ak3 = 0 + 1 + 0 + 1 + 0, onde a12 a23 = 1 = a14 a43 . Ou
k=1
seja, para a estaca o 1 transmitir para a estaca o 3, pode transmitir
para a estaca o 2 e a estaca o 2 retransmitir para a estaca o 3, ou
transmitir para a estaca o 4 e a estaca o 4 retransmitir para a
estaca o 3.
(2)
(d) Observemos que as entradas de A2 , aij , sao dadas por:

X
n
(2)
aij = aik akj .
k=1

Entao, uma estaca o i pode utilizar uma estaca o k para que


esta transmita para uma estaca o j, e isto so sera possvel se i
transmite diretamente para k, e k transmite diretamente para
a estaca o j, caso contrario a estaca o k nao sera contada como
uma possibilidade de ligaca o entre as estaco es i e j.
Esquema:
k

i j

Observemos ainda que as entradas da matriz A sao 0 ou 1.


Considere aik = possibilidade da estaca o i transmitir para a
estaca o k.
Considere akj = possibilidade da estaca o k transmitir para a
estaca o j.
Da, o numero
de possibilidades da estaca o i transmitir, com
apenas uma retransmissao, para uma estaca o j e :

X
n
(2)
aij = aik akj .
k=1

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 19 #25


i i

Seca o 3 Exerccios Resolvidos 19

Ver o item (b).

(e)
(i) A + A2 = B. As entradas bij significam o numero
de
possibilidades de ir de uma estaca o i para uma estaca o j , trans-
mitindo diretamente ou com apenas uma unica
retransmissao.
(ii) A3 = D . As entradas dij significam o numero
de pos-
sibilidades de ir de uma estaca o i para uma estaca o j , com
exatamente duas retransmissoes.

(iii) A+A2 +A3 = E. As entradas eij significam o numero
de
possibilidades de ir de uma estaca o i para uma estaca o j , trans-
mitindo diretamente , com apenas uma unica
retransmissao ou
com exatamente duas retransmissoes.

Como A e uma matriz cujas entradas sao 0 ou 1, o fato de A ser
simetrica significaria que a estaca o i transmite diretamente para
uma estaca o j se, e somente se, a estaca o j transmite diretamente
para a estaca o i. 

Exerccio 1.3.5. Em cada item a seguir, classifique as afirmaco es em ver-


dadeiras ou falsas. Mostre caso a afirmaca o seja verdadeira ou de um
contra-exemplo, caso a afirmaca o seja falsa.
Considere An (K) , Bn (K) e Pn (K) onde K = R ou C .

(a) Se det(A) = 1 entao A1 = A.

(b) Se A e uma matriz triangular, entao det(A) = a11 + + ann .

(c) det(kA) = kn det(A), k K e uma constante.

(d) Se A2 = A, e A , In entao det(A) = 0.

(e) det(A + B) = det(A) + det(B).

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 20 #26


i i

Seca o 3 Exerccios Resolvidos 20

(f) Se B = P1 AP entao det(B) = det(A).

RESPOSTA:

i 0
(a) FALSA. Considere A = sua inversa e :

0 i

i 0
A1 =
0 i

(b) FALSA. Como consequ encia do Teorema de Laplace temos que:


Qn
det(A) = i=1 aii .

(c) VERDADEIRA. Consequ


encia do Teorema de Laplace.

(d) VERDADEIRA. Como A2 = A A(A In ) = 0. Da, se


det(A) , 0 segue que A1 e portanto teramos A = In .

1 0 0 0
(e) FALSA. Considere A = e B =
0 1
0 0
Observe que det(A + B) = 1 e det(A) = det(B) = 0.

(f) VERDADEIRA. Use que: det(AB) = det(A) det(B) e que


det(P) = det(P1 )1 . Observe que neste item estamos
supondo que P e uma matriz inversvel, ou seja, det(P) , 0 .

1 1 2
1

0 2 1 3

Exerccio 1.3.6. Calcular o determinante da matriz .

2 1 1 2

1 1 0 1

SOLUC
AO:

1 1 1 2 1 1 1 2

0 2 1 3 0 2 1 3

L3 2L1 L3
2 1 1 2 0 1 3 6

L4 L1 L4
1 1 0 1 0 2 1 3

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 21 #27


i i

Seca o 3 Exerccios Resolvidos 21


1 2
1 1 1 1 12

0 2 1 3 0 2 1 3

2L3 + L2 L3
0 1 3 6 0 0 5 15

L4 + L2 L4
0 2 1 3 0 0 0 6

Portanto,

1 2
1 1 1 1 1 2

0 2 1 3 0 2 1 3


2 1 1 2 0 0 5 15 .


1 1 0 1 0 0 0 6

Observemos que ao escalonarmos a matriz realizamos a operaca o


elementar 2L3 + L2 L3 , alteramos o determinante da matriz do
estagio anterior a` operaca o, e portanto o

1 2 1 1 1 1 2
1

0 2 1 3 1 0 2 1 3

det = det
0 0 5 15 = 30.

2 1 1 2 2

1 1 0 1 0 0 0 6



L4 + L2 L4



Observaca o 1.3.1. As operaco es elementares
L3 2L1 L3 nao al-


L L L
4 1 4
teraram o determinante da matriz do estagio anterior a` respectiva operaca o.


Observaca o 1.3.2. A operaca o elementar (linha) kL j + Li Li onde


k , 0, i , j, que significa substituir a linha i por k vezes a linha j

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 22 #28


i i

Seca o 3 Exerccios Resolvidos 22

mais a linha i, nao altera o valor do determinante. A operaca o elementar


Li L j , permutaca o da linha i com a linha j, i , j, altera o determinate
que estamos calculando, do fator (1). Caso facamos um numero
par
de permutaco es, o determinante nao sera alterado. A operaca o elementar
L j + kLi Li onde k , 0, i , j, que significa substituir a linha i por
k vezes a linha i mais a linha j, altera o valor do determinante do fator k.
Ver propriedades do determinante.

Exerccio 1.3.7. Chama-se posto de uma matriz ao numero


maximo de
linhas linearmente independentes que ela possui. Dado o sistema
homogeneo
a1 x + b1 y + c1 z = 0
a2 x + b2 y + c2 z = 0 ,
a3 x + b3 y + c3 z = 0
prove que suas soluco es formam um plano passando pela origem, uma reta
passando pela origem ou se reduzem a um so ponto (a origem), conforme a
matriz dos coeficientes tenha posto 1, 2 ou 3.

SOLUC
AO
O posto da matriz sera 1 se , e somente se, os vetores normais dos
planos (cada linha do sistema acima e uma equaca o de um plano que
passa pela origem) sao paralelos e neste caso a interseca o, ou seja, a
soluca o do sistema sera um plano que passa pela origem.
O posto da matriz sera 2 se, e somente se, temos um e apenas um
vetor normal como combinaca o linear dos outros dois e isto acontece
se, e somente se, a soluca o e uma reta.
O posto da matriz sera 3 se, e somente se, os tres vetores normais
sao linearmente independentes e neste caso, a soluca o e um ponto.


Observaca o 1.3.3. Convem observar que sistemas de equaco es lineares


a` 03 incognitas podem ser resolvidos apenas com a teoria desenvolvida em

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 23 #29


i i

Seca o 3 Exerccios Resolvidos 23

Geometria Analtica.

Exerccio 1.3.8. Determine os valores de x e y tais que a matriz


abaixo seja ortogonal

2 6 x
1
A = 3 2 y .
7
6 3 2

SOLUC
AO:
Para que A seja ortogonal deveremos ter A1 = At .


2 6 x 2 3 6 1 0 0
1 1
A At = 3 2 y 6 2 3 = 0 1 0

7 7
6 3 2 x y 2 0 0 1

x2 + y2 = 45 e 6x + 2y = 6 x = 3 e y = 6. 

Exerccio 1.3.9. Seja m uma matriz ortogonal 2 x 2, prove que existe


R tal que:

cos sen
m = ou m = cos sen ,
sen cos sen cos

conforme seja det(m) = 1 ou det(m) = 1.

SOLUC AO:

x y
Como m = e ortogonal segue que m1 = mt = x z .
z w y w
Portanto x2 + y2 = 1 = z2 + w2 e xz + yw = 0. Observemos que
y = 0 se, e somente se, z = 0 e x = w , 0 (x = 0 se, e somente se,

1 0
w = 0 e y = z , 0). Da se y = 0 temos m = ou
0 1

1 0
m = . Raciocnio analogo para o caso onde x = 0.
0 1

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 24 #30


i i

24

Vamos analisar o caso onde x y z w , 0. Neste caso teramos


x = w e y = z ou x = w e y = z. 

1.4 Exerccios Propostos



sen 2 sen 2 sen 2

1) Mostre que cos 2 cos 2 cos 2 nao e invertvel,


1 1 1
para quaisquer valores de , e .
2) Mostre que o determinante da matriz seguinte e igual a 6 :

1 1 1 1 1

+1 2 2 2 2


+1 +2 3 3 3



+1 +2 +3 4 4


+1 +2 +3 +4 5

+1 +2 +3 +4 +5

cos sen
3) Seja A = . Obter uma formula
para An .
sen cos

1 1 1 1 2 3

4) Seja A = 0 1 1 . Mostre que A2 = 0 1 2 e determine

0 0 1 0 0 1
uma expressao geral para An por induca o.
5) Dizemos que uma matriz B e uma raiz quadrada de uma matriz A


3 2
se B2 = A. Encontre as razes quadradas de A = .
4 3
6) Ache todas as matrizes quadradas 22 que sao solucoes
da equaca o
matricial X2 = I2 , onde I2 e a matriz identidade 2 2.
7) Ache todas as matrizes quadradas A, 2 2, tais que A2 = A.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 25 #31


i i

Seca o 4 Exerccios Propostos 25


a b c

8) Sabendo que A = d e f e det(A) = 5 calcule:

g h i

d e f a b c

(a) g h i (b) 2d 2e 2 f (c) det 3A

a b c g h i


a b c
1
(d) d 5a e 5b f 5c (e) det[(2A) ] ( f ) det(2A1 )

3g 3h 3i

a + d b + e c + f a g d

(g) d e f (h) b h e

g h i c i f

9) Resolva
as equaco es:
3 0 x2 1 0
x 2 2
0 2 0 0
(a) =0 (b) x 1 x 3 = 0
5 3 1 2
1 x + 2 1
x + 2 1 0 0

x x x

(c) x x 2 = 0

x 2 3

10) Uma matriz A (3 3) tem a propriedade que [A2 ]ij = iij ,


!
2 A6
onde ij = 0 se i , j e ij = 1 se i = j. Escreva A e calcule det .
2 10

11) A matriz B foi obtida a partir da matriz A (4 4) atraves das


seguintes operacoes
elementares:
- Multiplicaca o da linha L1 por 2.
- Troca da linha L2 pela linha L3 .
- Substituica o da linha L4 por L4 + 2L1 .

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 26 #32


i i

Seca o 4 Exerccios Propostos 26

(a) Sabendo que det A = 1, calcule det B.



3 10 13

0 1 0, 1 5

(b) Se C = , calcule det(BC1 Bt ).
0 0 2 1

0 0
0 1

12) Calcular o determinante da matriz X, sabendo-se que AXB = C,


onde

1 1
A 1
= , det(AC1 ) = 2 e det(Bt Ct ) = 1.
2 0

13) Seja B uma matriz 3 3 tal que



7 4 2

B3 + 5B 2I = 0 e B2 = 0 3 0 .

8 6 5

(a) Mostre que B e inversvel


(b) Determine B1
(c) Determine B
14) Decida se a afirmaca o dada e sempre verdadeira ou, a` s vezes,
falsa. Justifique sua resposta dando um argumento logico
ou um
contra-exemplo:
tr(AAt ) e tr(At A) estao sempre definidas, inde-
(a) As expressoes
pendente do tamanho de A.
(b) Se A e uma matriz quadrada e A2 tem uma coluna toda cons-
tituda de zeros, entao, necessariamente, A tem uma coluna toda
constituda de zeros.
(c) det(2A) = 2 det(A)
(d) Sejam A e B matrizes. Se AB = 0, entao A = 0 ou B = 0.
(e) E possvel termos AB simetrica com A e B matrizes quadradas
nao simetricas?
15) Suponha que em 2001 a distribuica o de a reas ocupadas em uma

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 27 #33


i i

Seca o 4 Exerccios Propostos 27

cidade de 130 km2 e :


- I (uso residencial) 30%
- II (uso comercial) 20%
- III (uso industrial) 50%
Encontre as percentagens de distribuica o dessas a reas nos anos de
2006 e 2011, assumindo que as probabilidades de transica o para
intervalos de 5 anos sao dadas pela seguinte matriz:

0, 8 0, 1 0, 1

A = [aij ] = 0, 1 0, 7 0, 2

0, 0 0, 1 0, 9

onde aij representa a fraca o da a rea do tipo i que devera se tornar do


tipo j no intervalo de 5 anos.
16. O traco de uma matriz quadrada A = [aij ]nn e a soma tr(A) =
= a11 + a22 + + ann dos elementos da diagonal. Seja B = [bij ]nn
uma matriz quadrada de ordem n. Prove que tr(AB) = tr(BA) e
conclua que matrizes semelhantes tem o mesmo traco.
17. Seja m N. Calcule (B1 A B)m , onde A e B sao matrizes
quadradas de mesma ordem.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 28 #34


i i

28

1.5 Apendice
1. Podemos utilizar um Software computacional, por exemplo o
MAPLE, para facilitar os calculos:

(a) [> with(LinearAlgebra);


[> A := Matrix( [[400, 500, 600] ]);
A := [400 500 600]
[> B := Matrix( [[500, 400, 250] ]);
B := [500 400 250]
[> A.Transpose(B);
[550000]
[> C:=Transpose(B);
[> R:=A.C;
R := [550000];
Da, segue que o custo total das acoes
e R$550.000,00.
(b) Utilizando o Software computacional MAPLE, temos:
[> with(LinearAlgebra);
[> F:= Matrix( [[600, 350, 300] ]);
F := [600 350 300]
[> G:= F-B;
G := [100 -50 50]
[> R:=A.Transpose(G);
R := [45000]
Portanto, o lucro total foi de R$ 45.000,00.

2. Utilizando o Software computacional MAPLE, temos:


[> with(LinearAlgebra);

(a) [> A:= Matrix( [[0,1,1,1,1], [1, 0, 1, 1, 0], [0, 1, 0, 1,


0], [0, 0, 1, 0, 1], [0, 0, 0, 1, 0]]);

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 29 #35


i i

Seca o 5 Apendice 29


0 1 1 1 1

1 0 1 1 0


A = 0 1 0 1 0

0 0 1 0 1


0 0 0 1 0

[> A . A;


1 1 2 3 1

0 2 2 2 2


1 0 2 1 1



0 1 0 2 0

0 0 1 0 1

(b) [> A . A. A;

1 3 5 5 4

2 2 4 6 2


0 3 2 4 2



1 0 3 1 2

0 1 0 2 0

[> A + A . A;

1 2 3 4 2

1 2 3 3 2


1 1 2 2 1



0 1 1 2 1

0 0 1 1 1

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 30 #36


i i

30

[> A + A. A + A. A. A;

2 5 8 9 6

3 4 7 9 4


1 4 4 6 3



1 1 4 3 3

0 1 1 3 1

Matriz de Vandermond
Objetivo: Provar, usando induca o, que o determinante da ma-
triz de Vandermond,

1 a1 an1
1 Y
e igual ao produto (as ar ).
1 a an1 1r<sn
n n

Dica: Assumindo que o resultado vale para todo n, considere


o determinante

1 a1 an1


1 an ann

1 an+1 an
n+1

1 a1 f (a1 )


Mostre que este e igual a
1 an f (an )

1 an+1 f (an+1 )
Para qualquer polinomio
monico
f sobre K (=R ou C) de grau
n. Escolha f de maneira que o determinante seja mais facil de
ser calculado.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 31 #37


i i

Captulo 2

Sistemas Lineares

Seja K um corpo.

Definica o 2.0.1. Um sistema de equaco es lineares com m equaco es e n


incognitas e um conjunto de equaco es do tipo:


a11 x1 +a12 x2 + +a1n xn = b1





a21 x1 +a22 x2 + +a2n xn = b2

()
.. .. .. .. ..

. . . . .




am1 x1 +am2 x2 + +amn xn = bm

com aij K, 1 i m, 1 j n.
Uma soluca o do sistema () e uma n-upla de escalares (x1 , x2 , , xn )
que satisfaca simultaneamente estas m equaco es.
Podemos escrever o sistema () sob a forma matricial.

a11 a12 a1n x1 b1

a x2 b2
21 a22 a2n
. .. .. .. .. = ..
.
. . . . . .


am1 am2 amn xn bm

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 32 #38


i i

Seca o 1 Definicoes
e Teoremas 32


a11 a12 a1n

a a22 a2n
21
ou AX = B onde A = . .. .. .. e a matriz dos coeficientes
.. . . .


am1 am2 amn

x1 b1

x b
2 2
X = . e a matriz das incognitas e B = . e a matriz dos
.. ..


xn bm
termos independentes.

Podemos definir uma outra matriz associada ao sistema ():



a11 a12 a1n b1

a
21 a22 a2n b2
a matriz . .. .. .. .. e dita matriz ampliada do sistema.

.. . . . .


am1 am2 amn bm

Definica o 2.0.2. Dois sistemas de equaco es dao ditos equivalentes se, e


somente se, toda soluca o de qualquer um dos dois sistemas e tambem soluca o
do outro.
escrevemos , ou para indicar que os sistemas
Notacao:
lineares e sao equivalentes.

Teorema 2.0.3. Dois sistemas que possuem matrizes ampliadas linha


equivalentes sao equivalentes.

de um sistema linear
Definica o 2.0.4. Classificacao

1. Um sistema linear e dito impossvel (ou incompatvel) quando nao


possui soluca o.

2. Um sistema linear e dito possvel (ou compatvel) quando possui


soluca o.
Um sistema possvel pode ser:

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 33 #39


i i

Seca o 1 Definicoes
e Teoremas 33

(a) determinado: se possui uma unica


soluca o;
(b) indeterminado: se possui infinitas soluco es.

Definica o 2.0.5. Dada uma matriz Amn , seja Bmn a matriz-linha


reduzida a` forma escada linha equivalente a A. O posto de A, denotado
por p, e o numero
de linhas nao nulas de B. A nulidade de A e o numero

n p.

Proposica o 2.0.6. (Posto) Duas matrizes linha equivalentes tem o mesmo


posto.

Teorema 2.0.7. 1. Um sistema de m equaco es e n incognitas admite


soluca o se, e somente se, o posto da matriz ampliada e igual ao posto
da matriz dos coeficientes. E, portanto, o sistema sera possvel.

2. Se as duas matrizes (ampliada e coeficientes) tem o mesmo posto


p e p = n a soluca o do sistema sera unica,
ou seja, o sistema sera
possvel e determinado.

3. Se as duas matrizes (ampliada e coeficientes) tem o mesmo posto


p e p < n, entao podemos escolher n p incognitas (como as
incognitas independentes), e as outras p incognitas serao dadas em
funca o destas n p incognitas escolhidas incialmente.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 34 #40


i i

34

2.1 Exerccios Resolvidos


Exerccio 2.1.1. Para cada um dos sistemas a seguir, decida se existem ou
nao soluco es. No caso afirmativo, exiba todas as soluco es do sistema em
termos
de um ou dois parametros independentes.




x + 2y + 3z = 4 2x y + 5z = 3
a)
b)

2x + 3y + 4z = 5 4x 2y + 10z = 5




6x 4y + 12z = 2
c)

9x 6y + 18z = 3

SOLUC
AO

(a) Observe que os vetores normais dos planos, obtidos pelas equa-
co es do sistema, nao sao paralelos, portanto, a soluca o do sis-
tema (que e a interseca o destes planos) e a reta r : = {P =
= (x, y, z) R3 | (x, y, z) = (2, 3, 0) + t(1, 2, 1), t R}.

(b) Observe que os vetores normais dos planos, obtidos pelas equa-
co es do sistema, sao paralelos e como 2.3 , 5 entao os planos
nao sao coincidentes e portanto a soluca o do sistema (que e a
interseca o destes planos) e o conjunto vazio.

(c) Observe que os vetores normais dos planos, obtidos pelas equa-
co es do sistema, sao paralelos e 9.2 = 6.3 e portanto os planos
sao coincidentes. E a soluca o do sistema e qualquer um destes
planos, ou seja, {P = (x, y, z) R3 | (x, y, z) =
2y
=( 3 2z + 13 , y, z)} = {P = (x, y, z) R3 | 6x 4y + 12z = 2} =
= {P = (x, y, z) R3 | 9x 6y + 18z = 3}. 

Observaca o 2.1.1. Sistemas Lineares a` 03 incognitas podem ser resolvidos


apenas com a teoria desenvolvida em Geometria Analtica.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 35 #41


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 35

Exerccio 2.1.2. Dispondo de tres ligas L1 , L2 , L3 , cujas percentagens de


ouro e prata sao dadas na tabela abaixo, quero obter 100g de uma liga L4
formada por igual quantidade de ouro e prata. Desejo fazer isso de modo a
usar o maximo possvel da liga L1 . Quantos gramas devo tomar de cada liga?

L1 L2 L3
ouro 30% 40% 80%
prata 70% 60% 20%

RESPOSTA:
Devemos colocar 60 g de L1 , 0 g de L2 , 40 g de L3 .
Dica:

x+ y+z = 100



Analise o sistema:
3x + 4y + 8z = 500 ,


7x + 6y + 2z = 500
onde x, y e z representam as quantidades, em gramas, das ligas L1 ,
L2 e L3 , respectivamente. 

Exerccio 2.1.3. Foram estudados tres tipos de alimento. Fixada a mesma


quantidade (1g) determinou-se que:

(a) O alimento I tem 1 unidade de vitamina A, 3 unidades de vitamina B


e 4 unidades de vitamina C.

(b) O alimento II tem 2, 3 e 5 unidades, respectivamente, das vitaminas


A, B e C.

(c) O alimento III tem 3 unidades de vitamina A, 3 de vitamina C e nao


contem vitamina B.
Se sao necessarias 11 unidades de vitamina A, 9 de vitamina B e 20
de vitamina C,
(i) encontre todas as possveis quantidades dos alimentos I, II,
III, que fornecem a quantidade de vitaminas desejada.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 36 #42


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 36

(ii) Se o alimento I custa R$ 0,60 por grama e os outros dois


custam R$ 0,10, existe uma soluca o custando exatamente R$ 1,00?

RESPOSTA:

5 8
(i) z ; x = 5 + 3z; y = 8 3z.
3 3
(ii) x = 1g; y = z = 2g, onde x, y, z representam as quantidades,
em gramas, dos alimentos I, II, III, respectivamente.

Dica:

x + 2y + 3z = 11



Analise o seguinte sistema: 3x + 3y + 0z = 9


4x + 5y + 3z = 20
para solucionar o item i),onde x, y e z sao os pesos, em gramas,
dos alimentos I, II e III, respectivamente.



x + 2y + 3z = 11



Analise o seguinte sistema: 3x + 3y + 0z = 9


6x + y + z = 10
para solucionar o item ii), onde x, y e z os pesos, em gramas,
dos alimentos I, II e III, respectivamente. 

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 37 #43


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 37

Exerccio 2.1.4. Determinar os valores de m e n para os quais o sistema




2x y + 3z = 1




x + 2y z = 4


3x + y + mz = n

e:

(a) indeterminado

(b) impossvel

SOLUC
AO:
Aplicando o Metodo de Eliminaca o de Gauss (escalonamento) temos:


x + 2y z = 4 L2 2L1 L2
x + 2y z = 4

L3 3L1 L3



2x y + 3z = 1
0x 5y + 5z = 7



3x + y + mz = n 0x 5y + (m + 3)z = n 12



x + 2y z = 4

L3 L2 L3


0x 5y + 5z = 7


0x 5y + (m + 3)z = n 12


x + 2y z = 4
L3 L2 L3


0x 5y + 5z = 7


0x + 0y + (m 2)z = n 5

Portanto,

(a) O sistema acima e indeterminado para m = 2 e n = 5.

(b) O sistema acima e impossvel para m = 2 e n , 5.

Outra maneira:
1 2 1

Considere a matriz A = 2 1 3 a matriz dos coeficientes

3 1 m

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 38 #44


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 38

do sistema. Observe que o det(A) = 5(m 2), se m , 2 o sistema


sera possvel e determinado. Portanto se m = 2 o sistema e nao
determinado (possvel e indeterminado ou impossvel). Pela Regra
de Cramer podemos concluir que :
se os determinantes das matrizes

4 2 1 1 4 1 1 2 4

1 1 3 , 2 1 3 , 2 1 1


n 1 2 3 n 2 3 1 n

forem zero teremos que o sistema e possvel e indeterminado e, caso


pelo menos um seja nao nulo o sistema sera impossvel. 

Exerccio 2.1.5. Resolva o sistema abaixo, sabendo que 0 < a < b < c:


ax + ay + cz = a2 + c2




bx ay + cz = c2 b2 (1).


ax + cy bz = a2 c2

SOLUC
AO:
Observe que: P0 = (a b, b, c) e uma soluca o do sistema:


2 2
ax + ay + cz = a + c

.
bx ay + cz = c2 b2

!
a3 a2 c ac2 c3 2c2
Observe que: P1 = , , 0 e uma soluca o do
a (a c) (a c)
sistema:


2 2
ax + ay + cz = a + c

.
ax + cy bz = a2 c2

Sejam


v0 = (a, a, c) (b, a, c) e

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 39 #45


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 39



v1 = (a, a, c) (a, c, b).

Considere

r0 = P0 + m

v0 = (a b, b, c) + m(2ac, bc ac, a2 ab).

r1 = P1 + m
v0 =
 
2c2
a3 a2 c ac2 c3 , (ac) ,0
= + k(ab c2 , ba + ac, a2 + ac)
a (a c)

Observe que a condica o 0 < a < b < c garante que r0 r1 .


Da o sistema (1) e possvel e determinado, ou seja, P = r0 r1 .
Sejam m e k tal que :
(a b, b, c) + m(2ac, bc ac, a2 ab) =
 
2c2
a3 a2 c ac2 c3 , (ac) ,0
= + k(ab c2 , ba + ac, a2 + ac)
a (a c)

Da,
c2 + ab
m= .
2a2 c + bc2 ac2 + a2 b + ab2
e portanto,

P = (x1 , x2 , x3 )

onde:

(a2 c2 + 2abc2 c2 b2 + ba3 2ac3 ab3 + 2ca3 )


x1 =
2a2 c + bc2 ac2 + a2 b + ab2

(a2 bc + b2 c2 + a2 b2 + ab3 bc3 + ac3 abc2 + acb2 )


x2 =
2a2 c + bc2 ac2 + a2 b + ab2

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 40 #46


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 40

(3a2 c2 + bc3 ac3 + a2 bc + acb2 + abc2 ba3 a2 b2 )


x3 = 
2a2 c + bc2 ac2 + a2 b + ab2



x + 3y + 5z + 7w = 12





3x + 5y + 7z + w = 0
Exerccio 2.1.6. Resolva o sistema:


5x + 7y + z + 3w = 4



7x + y + 3z + 5w = 16

SOLUC
AO:
Escalonando (Metodo de Eliminaca o de Gauss) o sistema temos:


x + 3y + 5z + 7w = 12 3L1 L2 L2

5L1 L3 L3



3x + 5y + 7z + w = 0 7L1 L4 L4



5x + 7y + z + 3w = 4



7x + y + 3z + 5w = 16

3L1 L2 L2
x + 3y + 5z + 7w = 12
5L1 L3 L3
2L2 L3 L3


7L1 L4 L4
0x + 4y + 8z + 20w = 36 5L2 L4 L4



0x + 8y + 24z + 32w = 56



0x + 20y + 32z + 44w = 68



x + 3y + 5z + 7w = 12
2L2 L3 L3


5L2 L4 L4

0x + 4y + 8z + 20w = 36 L3 + L4 L4



0x + 0y + 8z + 8w = 16



0x + 0y + 8z + 56w = 112

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 41 #47


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 41



x + 3y + 5z + 7w = 12



L3 + L4 L4

0x + 4y + 8z + 20w = 36



0x + 0y + 8z + 8w = 16



0x + 0y + 0z + 64w = 128
Portanto, w = 2, z = 0, y = 1, x = 1. 

Exerccio 2.1.7. Dado o sistema a seguir:




x+y+z+w = 0





x+y+zw = 4



x + y z + w = 4



xy+z+w = 2

Determine:

1 1 1
1

1 1 1 1

(a) o determinante da matriz .

1 1 1 1

1 1 1 1

(b) se o sistema e possvel e determinado, impossvel ou possvel e indeter-


minado.

SOLUC
AO:

(a) Vamos utilizar o metodo de eliminaca o de Gauss (escalona-


mento) para calcular o determinante desta matriz,

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 42 #48


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 42


1 1 1
1 1 1 1
1
L2 L1 L2
1 1 1 1 0 0 0 2

L3 L1 L3
1 1 1 1 0 0 2 0

L4 L1 L4
1 1 1 1 0 2 0 0
linha equivalente


1 1 1
1 1 1 1
1

0 0 0 2 0 2 0 0

det(A) = det = (1) det



0 0 2 0 0 0 2 0

0 2 0 0 0 0 0 2

portanto, det(A) = 8. Observe que a operaca o elementar


L2 L4 , permutaca o da linha 2 com a linha 4, altera o deter-
minante que estamos calculando, do fator (1).

(b) Como A representa a matriz de coeficientes do sistema e det(A) ,


, 0 segue que o sistema e possvel e determinado. Sendo a
soluca o do sistema x = 1, y = 1, z = 2, w = 2. 

Observaca o 2.1.2. A operaca o elementar (linha) kL j + Li Li onde


k , 0, i , j, que significa substituir a linha i por k vezes a linha j mais a
linha i, nao altera o valor do determinante. A operaca o elementar Li L j ,
permutaca o da linha i com a linha j, i , j, altera o determinate que estamos
calculando, do fator (1). Caso facamos um numero
par de permutaco es, o
determinante nao sera alterado. A operaca o elementar L j + kLi Li onde
k , 0, i , j, que significa substituir a linha i por k vezes a linha i mais
a linha j, altera o valor do determinante do fator k. Ver propriedades do
determinante.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 43 #49


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 43

Exerccio 2.1.8. Combinando quartzo (SiO2 ) com lixvia de sodio (NaOH)


obtem-se silicato de sodio (Na2 SiO3 ) e a gua (H2 O), na reaca o qumica
indicada por

xSiO2 + yNaOH zNa2 SiO3 + tH2 O

Os numeros
naturais x, y, z e t devem ser tais que os elementos qumicos
Si, O, Na e H ocorram em iguais quantidades em ambos os lados da reaca o.
Como podem esses numeros
ser tomados de modo a se ter a menorreac a o
qumica possvel?

SOLUC
AO:

x = z





y = 2z



y = 2t



2x + y = 3z + t
Portanto, x = z = t e y = 2z = 2t. Como x, y, z, t N , entao, para
tornar a reaca o a menorpossvel devemos ter x = t = z = 1 e y = 2.


Exerccio 2.1.9. Responda a questao analoga a` questao anterior com


respeito a` reaca o
xFeS + yO2 zFe2 O3 + tSO2

(geraca o de dioxido de enxofre a partir da pirita).

SOLUC
AO:


x = t




2y = 3z + 2t


x = 2z
Portanto, x = t e 2y = 7z. Como x, y, z, t N entao para tornar a
reaca o a menorpossvel devemos ter x = t = 4 ; z = 2 e y = 7. 

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 44 #50


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 44

Exerccio 2.1.10. Aco fino e uma liga de ferro, cromo e nquel. Um exemplo
e o aco V2A, que contem 74% de ferro, 18% de cromo e 8% de nquel. Na
tabela abaixo, tem-se ligas I, II, III, IV, as quais devemos misturar para
obter uma tonelada de aco V2A. Quantos quilos de cada uma dessas ligas
devemos tomar?

I II III IV
ferro 70% 72% 80% 85%
cromo 22% 20% 10% 12%
nquel 8% 8% 10% 3%

SOLUC
AO:
2000 33
33 w 100; x = 1000 + 2 w; y = 2000 20w, z = 52 w.
Dica:

x+y+z+w = 1000





70x + 72y + 80z + 85w = 74000
Analise o seguinte sistema:


22x + 20y + 10z + 12w = 18000



8x + 8y + 10z + 3w = 8000

onde x, y, z e w sao as quantidades, em quilos, das ligas I, II, III e IV,


respectivamente. 

Exerccio 2.1.11. A tabela abaixo exibe as porcentagens de albumina, car-


bohidrato e lipdio em cada um dos alimentos A, B e C. Mostre que nao
e possvel combinar esses alimentos formando uma refeica o que contenha
47% de albumina, 35% de carbohidrato e 18% de lipdio. Investigue se seria
possvel caso as exigencias fossem 40% de albumina, 40% de carbohidrato
e 20% de lipdio.

A B C
Albumina 30% 50% 20%
Carbohidrato 30% 30% 70%
Lipdio 40% 20% 10%

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 45 #51


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 45

SOLUC
AO:

x+y+z = w





30x + 50y + 20z = 47w
Analisando o sistema:

30x + 30y + 70z = 35w



40x + 20y + 10z = 18w
onde x, y, z sao os pesos, em uma determinada unidade, dos ali-
mentos A, B e C, respectivamente, e w e o peso da refeica o total, na
mesma unidade que os pesos x, y e z


17x + 3y 27z = 0
17x + 3y 27z = 0




obtemos 5x 5y + 35z = 0
5x 5y + 35z =0



22x + 2y 8z =0 22x + 2y 8z =0


17x + 3y 27z = 0
17x + 3y 27z = 0




obtemos 5x 5y + 35z = 0
x + y 7z =0



22x + 2y 8z =0 22x + 2y 8z =0

da 20x + 6z = 0, o que e um absurdo, pois x, y, z, w R+ .


Investigue se seria possvel caso as exigencias fossem 40% de
albumina, 40% de carbohidrato e 20% de lipdio.


x+y+z = w





30x + 50y + 20z = 40w
Analisando o sistema:


30x + 30y + 70z = 40w



40x + 20y + 10z = 20w

10x + 10y 20z = 0
z = 2x





y
obtemos 10x 10y + 30z = 0 = 5x 


w
20x + 0y 10z = 0
x =
8

Exerccio 2.1.12. Sabe-se que uma alimentaca o equilibrada em vitaminas


deve constar de 170 unidades de vitamina A, 180 unidades de vitamina B,
140 unidades de vitamina C, 180 unidades de vitamina D e 350 unidades
de vitamina E. Com o objetivo de descobrir como devera ser uma refeica o
equilibrada, foram estudados cinco alimentos. Fixada a mesma quantidade
(1g) de cada alimento, determinou-se que:

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 46 #52


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 46

(a) O alimento I tem 1 unidade de vitamina A, 10 unidades de vitamina


B, 1 unidade de vitamina C, 2 unidades de vitamina D e 2 unidades
de vitamina E.

(b) O alimento II tem 9 unidades de vitamina A, 1 unidade de vitamina


B, 0 unidade de vitamina C, 1 unidade de vitamina D e 1 unidade de
vitamina E.

(c) O alimento III tem 2 unidades de vitamina A, 2 unidades de vitamina


B, 5 unidades de vitamina C, 1 unidade de vitamina D e 2 unidades
de vitamina E.

(d) O alimento IV tem 1 unidade de vitamina A, 1 unidade de vitamina B,


1 unidade de vitamina C, 2 unidades de vitamina D e 13 unidades de
vitamina E.

(e) O alimento V tem 1 unidade de vitamina A, 1 unidade de vitamina B,


1 unidade de vitamina C, 9 unidades de vitamina D e 2 unidades de
vitamina E.

SOLUC
AO:
Temos que usar 10, 10, 20, 20 e 10 unidades das vitaminas I, II, III ,
IV e V, respectivamente.
Dica: Analise o seguinte sistema:


x + 9y + 2z + w + t = 170





10x + y + 2z + w + t = 180




x + 0y + 5z + w + t = 140



2x + y + z + 2w + 9t = 180




2x + y + 2z + 13w + 2t = 350

onde x, y, z , w e t representam as unidades das vitaminas I, II, III ,


IV e V, respectivamente. 

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 47 #53


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 47

Exerccio 2.1.13.
Necessita-se adubar um terreno acrescentando a cada 10m2 140g de nitrato,
190 g de fosfato e 205 g de potassio.
Dispoe-se de quatro qualidades de adubo com as seguintes caractersticas:

(a) Cada quilograma de adubo I custa 5 u.c.p e contem 10 g de nitrato, 10


g de fosfato e 100 g de potassio.

(b) Cada quilograma de adubo II custa 6 u.c.p e contem 10 g de nitrato,


100 g de fosfato e 30 g de potassio.

(c) Cada quilograma de adubo III custa 5 u.c.p e contem 50 g de nitrato,


20 g de fosfato e 20 g de potassio.

(d) Cada quilograma de adubo IV custa 15 u.c.p e contem 20 g de nitrato,


40 g de fosfato e 35 g de potassio.

Quanto de cada adubo devemos misturar para conseguir o efeito dese-


jado se estamos dispostos a gastar 54 u.c.p. a cada 10 m2 com a adubaca o?

SOLUC
AO:
Devemos colocar

6451 4381 14396 25927


kg, kg, kg, kg
9619 9619 9619 9619

dos adubos I, II, III e IV, respectivamente.


Dica:
Analise o seguinte sistema:


x + y + 5z + 2w = 14000





x + y + 2z + 4w = 19000



100x + 30y + 20z + 35w = 205000



5x + 6y + 5z + 15w = 54000

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 48 #54


i i

48

onde x, y, z e w representam as quantidades, em gramas, dos adubos


I, II, III e IV, respectivamente.
Analise o seguinte sistema:


x + y + 5z + 2w = 14





x + y + 2z + 4w = 19



100x + 30y + 20z + 35w = 205



5x + 6y + 5z + 15w = 54

onde x, y, z e w representam as quantidades, em kilogramas, dos


adubos I, II, III e IV, respectivamente. 

2.2 Exerccios Propostos


1) Dado a R, considere o sistema nas incognitas
x, y, z


x y + z = 4




x + 2y + 8z = 2


2x + y + (a2 + 5)z = a

Usando o metodo de eliminaca o de Gauss, determine os valores


de a R para os quais:
(a) o sistema nao tem soluca o.
(b) o sistema tem soluca o unica.

(c) o sistema tem infinitas solucoes.

2) Considere o sistema


4x + y + z + w = 6





3x + 7y z + w = 1



7x + 3y 5z + 8w = 3



x + y + z + 2w = 3

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 49 #55


i i

Seca o 3 Exerccios Propostos 49

(a) Resolva o sistema pela regra de Cramer.


(b) Resolva o sistema por eliminaca o de Gauss-Jordan
(c) Qual o metodo que envolve menos contas?
3) Resolva os seguintes sistemas homogeneos de equaco es lineares:


2x y 3z = 0



(a)
x + 2y 3z = 0


x + y + 4z = 0



x3 + x4 + x5 = 0





x1 x2 + 2x3 3x4 + x5 = 0
(b)


x1 + x2 2x3 x5 = 0



2x1 + 2x2 x3 + x5 = 0

4) Discuta em funca o dos parametros os seguintes sistemas




x + 4y + 3z = 10



(a)
2x + 7y 2z = 10


x + 5y + z =



x + 2y + 3z + 4t = 2





2y + 6t = 2
(b)


y + 3t = 1



5y + z t = 2



2x + y + z = 6



(c)
x + 3y + 2z = 2


2x + y + ( + 1)z = 4


3
0 a2 1 0
0
2 0 0
5) Dada A =
5
3 1 2
a + 2 1
0 0

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 50 #56


i i

50

(a) Determine todos os valores de a R para que det A = 0.


(b) Escolha um desses valores de a e, para este valor escolhido, de
exemplos de matrizes colunas B1 e B2 (4 1) tais que AX = B1 tenha
soluca o e AX = B2 nao tenha.

6) Deseja-se construir um circuito como o mostrado na figura,


R1 R2 V2
+
i1 i2
+ i4
V1
R5 i5 R4 R3
i3
i1

+
V3

onde V1 = 280 V, V2 = 100 V, V3 = 50 V, R1 = 20 , R2 = 30 ,


R3 = 50 , R4 = 40 , R5 = 100 .
Dispoe-se
de uma tabela de precos de varios tipos de resistencias;
assim como as correntes maximas que elas suportam sem queimar.

resistencias

20 30 40 50 100

0, 5 A 10, 00 10, 00 15, 00 15, 00 20, 00


correntes maximas

1, 0 A 15, 00 20, 00 15, 00 15, 00 25, 00

3, 0 A 20, 00 22, 00 20, 00 20, 00 28, 00

5, 0 A 30, 00 30, 00 34, 00 34, 00 37, 00

De que tipo devemos escolher cada resistencia para que o circuito


funcione com seguranca e a sua fabricaca o seja a de menor custo
possvel?

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 51 #57


i i

Seca o 4 Apendice 51

2.3 Apendice
Apos
analisarmos o problema e obtermos o sistema de equacoes

lineares atraves dos dados a ele correspondentes, podemos utilizar
um Software computacional, por exemplo o MAPLE, para calcular
as solucoes
dos sistemas. Vamos calcular com auxlio do MAPLE a
soluca o dos sistemas dos exerccios 2.1.2 , 2.1.5 e 2.1.10:
Exerccio 2.1.2
[> with(LinearAlgebra):
[> sys := [ x[1]+ x[2]+ x[3] =100,
3*x[1]+ 4*x[2]+ 8*x[3] =500,
7*x[1]+6*x[2]+ 2*x[3]= 500 ]:
var:= [x[1], x[2], x[3] ]:
[> (A, b) := GenerateMatrix( sys, var);

1 1 1 100

A, b : = 3 4 8 , 500

7 6 2 500

[> A Vector(var) = b;

x[1] + x[2] + x[3] 100

3x[1] + 4x[2] + 8x[3] = 500


7x[1] + 6x[2] + 2x[3] 500

[> GenerateMatrix( sys, var, augmented=true );



1 1 1 100

3 4 8 500


7 6 2 500

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 52 #58


i i

Seca o 4 Apendice 52

[> LinearSolve(%);

100 + 4x[3]

200 5x[3]


x[3]
Exerccio 2.1.10
[> with(LinearAlgebra):
[> sys:=[70*x[1]+72*x[2]+80*x[3]+85*x[4] = 74000,
x[1]+ x[2]+ x[3] +x[4]=1000,
8*x[1]+8*x[2]+ 10*x[3]+3*x[4]= 8000,
22*x[1]+20*x[2]+10*x[3]+12*x[4] = 18000]:
[> var := [ x[1],x[2], x[3], x[4] ]:
[> (A, b) := GenerateMatrix( sys, var );

1 1 1
1 1000

70 72 80 85 74000

A, b : = ,

8 8 10 3
8000

22 20 10 12 18000
[> A Vector(var) = b;

x[1] + x[2] + x[3] + x[4] 1000

70x[1] + 72x[2] + 80x[3] + 85x[4] 74000

=
8x[1] + 8x[2] + 10x[3] + 3x[4] 8000


22x[1] + 20x[2] + 10x[3] + 12x[4] 18000

[> GenerateMatrix( sys, var, augmented=true );



70 72 80 85 74000

1 1 1 1 1000


8 8 10 3 8000


22 20 10 12 18000

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 53 #59


i i

Seca o 4 Apendice 53

[> LinearSolve( %);


1000 + 33 x[4]
2
2000 20x[4]


5
2 x[4]

x[4]
Exerccio 2.1.5
[> with(LinearAlgebra):
[> sys := [ a x[1] + a x[2] + c x[3] = a 2 + c 2,
b x[1] a x[2] + c x[3] = c 2 b 2,
a x[1] + c x[2] b x[3] = a 2 c 2] :
[> var := [ x[1], x[2], x[3] ]:
[> (A, b) := GenerateMatrix( sys, var );
Error, recursive assignment
[> A Vector(var) = b;

ax[1] + ax[2] + cx[3]

bx[1] ax[2] + cx[3] = b


ax[1] + cx[2] bx[3]

[> GenerateMatrix( sys, var, augmented=true );



a a c a2 + c2

b a c c2 b2


a c b a2 c2

[> LinearSolve( %);



a2 c2 + 2abc2 c2 b2 + ba3 2ac3 ab3 + 2a3 c

ac2 + bc2 + 2a2 c + ba2 + ab2



cba2 + a2 b2 + ac3 + ab3 abc2 + cab2 bc3 + c2 b2


ac2 + bc2 + 2a2 c + ba2 + ab2



a2 b2 ac3 + cab2 + bc3 + cba2 ba3 + 3a2 c2 + abc2

ac2 + bc2 + 2a2 c + ba2 + ab2

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 54 #60


i i

54

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 55 #61


i i

Captulo 3

Espacos Vetoriais

Seja K um corpo.

Definica o 3.0.1. Um espaco vetorial e um conjunto V, nao vazio, munido


de duas operaco es:
VV V KV V
soma + : e multiplicaca o por escalar :
(v, w) 7 v + w (k, v) 7 k v
tais que para quaisquer u, v e w V e a, b K as seguintes propriedades
sao satisfeitas:

1. (u+v)+w = u+(v+w) (propriedade associativa em relaca o a` adica o).

2. u + w = w + v (propriedade comutativa ).

3. 0 V tal que u + 0 = u (0 e chamado vetor nulo).

4. u V tal que u + (u) = 0.

5. a (u + v) = a u + a v.

6. (a + b) u = a u + a v.

7. (a b)v = a (b v) (propriedade associativa).

8. 1 u = u.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 56 #62


i i

Seca o 1 Definicoes
e Teoremas 56

Definica o 3.0.2. Seja V um espaco vetorial, v V e chamado vetor do


espaco vetorial V.

Definica o 3.0.3. Dado um espaco vetorial V, um subconjunto W, nao


vazio, sera um subespaco vetorial de V se :

1. Para quaisquer u, v W tivermos u + v W.

2. Para quaisquer a K, u W tivermos au W.

Observaca o 3.0.4. Na definica o de subespaco a condica o W , pode ser


substituda por 0 W.

Proposica o 3.0.5. Dado um espaco vetorial V sobre um corpo K, um


subconjunto W, nao vazio, sera um subespaco vetorial de V se, e somente
se, para quaisquer u, v W e para quaisquer a K tivermos u+av W.

Proposica o 3.0.6. Sejam W1 , W2 subespacos de um espaco vetorial V.


W1 + W2 = {w V | w1 W1 e w2 W2 tal que w = w1 + w2 } e um
subespaco vetorial de V.
W1 W2 = {w V | w W1 e w W2 } e um subespaco vetorial de V .

Definica o 3.0.7. Dado um espaco vetorial V sobre um corpo K, sejam


v1 , , vn V e a1 , , an K, entao, o vetor v = a1 v1 + + an vn e
um elemento de V ao qual chamamos combinaca o linear de v1 , , vn .
O conjunto W = {v V | v = a1 v1 + + an vn } e dito subespaco
gerado por v1 , , vn .
Notaca o: W = [v1 , , vn ].

Definica o 3.0.8. Seja V um espaco vetorial sobre K, dado S subconjunto


de V, nao vazio, definimos o subespaco de V gerado por S,
[S] := {k1 s1 + k2 s2 + km sm | m N; ki K e si S, i = 1, , m}.

Proposica o 3.0.9. Sejam W1 , W2 subespacos de um espaco vetorial V.


W1 + W2 = [W1 W2 ].

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 57 #63


i i

Seca o 1 Definicoes
e Teoremas 57

Definica o 3.0.10. V espaco vetorial sobre um corpo K. Sejam v1 , , vn


V. Dizemos que o conjunto {v1 , , vn } e linearmente independente
(LI), ou que os vetores v1 , , vn sao LI, se existirem a1 , , an K tais
que a equaca o a1 v1 + + an vn = 0 e satisfeita entao a1 = = an = 0.
No caso em que exista algum ai , 0, dizemos que {v1 , , vn } e linear-
mente dependente (LD), ou que os vetores v1 , , vn V sao LD.

Teorema 3.0.11. {v1 , , vn } e LD se, e somente se, um destes vetores for


combinaca o linear dos outros.

Definica o 3.0.12. Um conjunto gerador e LI de um espaco vetorial V e


chamado de base de V.

Proposica o 3.0.13. Seja V espaco vetorial sobre um corpo K. Se V e


finitamente gerado entao V possui uma base.

Observaca o 3.0.14. A proposic a o acima tambem e valida se V tem di-


mensao infinita (Ver Apendice II).

Lema 3.0.15. Seja V espaco vetorial sobre um corpo K. Se V e gerado por


{v1 , , vn } e {w1 , , wm } e LI, entao m n.

Corolario 3.0.16. Todas as bases de um espaco finitamente gerado possuem


o mesmo numero
de elementos.

Definica o 3.0.17. Seja V espaco vetorial sobre um corpo K finitamente


gerado. Definiremos como dimensao de V o numero
de elementos de uma
base V.

Observaca o 3.0.18. No caso em que V nao e finitamente gerado, ja foi


observado que V possui uma base, dizemos que V tem dimensao infinita.

Lema 3.0.19. Seja V espaco vetorial sobre um corpo K finitamente gerado.


Se S = {v1 , , vm } V e LI, entao S pode ser completada para uma base
de V.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 58 #64


i i

Seca o 1 Definicoes
e Teoremas 58

Proposica o 3.0.20. Seja V espaco vetorial sobre K de dimensao finita.


= {v1 , v2 , , vn } e uma base para V se, e somente se, v V, existem
unicas
escalares a1 , , an tal que v = a1 v1 + a2 v2 + an vn , ou seja, um
subconjunto B de V e base de V se, e somente se, cada vetor de V se escreve
de modo unico
como combinaca o linear de elementos de B.

Definica o 3.0.21. Sejam = {v1 , v2 , , vn } e = {w1 , w2 , , wn } duas
bases ordenadas de um mesmo espaco vetorial V. Dado v V, podemos
escreve-lo como:

v = x1 v1 + x2 v2 + + xn vn
()
v = y1 w1 + y2 w2 + + yn wn

Como e sao bases para V, temos que:
Se consideramos como base de V: (x1 , x2 , , xn ) v.
A n-upla (x1 , x2 , , xn ) e chamada as coordenadas de v V na base e
denotada por:

x1

x2

[v] = .. .
.


xn

Se consideramos como base de V: (y1 , y2 , , yn ) v.

A n-upla (y1 , y2 , , yn ) e chamada as coordenadas de v V na base e
denotada por:

y1

y2

[v] = .. .
.


yn

Proposica o 3.0.22. Sejam = {v1 , v2 , , vn } e = {w1 , w2 , , wn }
duas bases ordenadas de um mesmo espaco vetorial V. Entao, para todo

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 59 #65


i i

Seca o 1 Definicoes
e Teoremas 59

v V temos:

[v] = [I] [v] .


onde [I] = [[w1 ] | | [wn ] ]nn .


Definica o 3.0.23. [I] e chamada de matriz mudanca da base para a
base .

Proposica o 3.0.24. Sejam = {v1 , v2 , , vn } e = {w1 , w2 , , wn }
duas bases ordenadas de um mesmo espaco vetorial V. Entao,


[I] = ([I] )1 .

Definica o 3.0.25. V espaco vetorial sobre um corpo K. Sejam W, W1 , W2


subespacos vetoriais de V. Dizemos que W e soma direta de W1 e W2 se
W = W1 + W2 e W1 W2 = 0.

Notaca o: W = W1 W2 .

Definica o 3.0.26. V espaco vetorial sobre um corpo K. Sejam W1 , W2


subespacos vetoriais de V. Considere W = W1 + W2 . Sao equivalentes:

1. W = W1 W2 .

2. Para todo w W existem unicos


w1 W1 e w2 W2 tais que
w = w1 + w2 .

Proposica o 3.0.27. V espaco vetorial sobre um corpo K de dimensao finita.


Sejam U, W subespacos vetoriais de V. Entao:
dim(U + W) = dim(U) + dim(W) dim(U W).

Definica o 3.0.28. Chama-se posto de uma matriz ao numero


maximo de
linhas linearmente independentes que ela possui.

Definica o 3.0.29. A Mmn (K). O espaco - coluna de A e o subespaco


vetorial de Km gerado pelos vetores colunas de A.
O espaco - linha de A e o subespaco vetorial de Kn gerado pelos vetores
linha de A.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 60 #66


i i

Seca o 1 Definicoes
e Teoremas 60

Proposica o 3.0.30. Para toda A Mmn (K) tem-se:


dim(espaco- coluna) = dim(espaco-linha) = posto(A).

Observaca o 3.0.31. Seja Amn uma matriz. O numero


maximo de linhas
linearmente independentes e igual ao numero
maximo de colunas linear-
mente independentes.

Proposica o 3.0.32. Seja Amn uma matriz. O Posto(A) = Posto(At ).

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 61 #67


i i

61

3.1 Exerccios Resolvidos


Exerccio 3.1.1.
Verificar que os seguintes subconjuntos R3 nao sao subespacos vetoriais
deste:

(a) {(x, y, z) R3 | x = 1}.

(b) {(x, y, z) R3 | x2 + y + z = 0}.

(c) {(x, y, z) R3 | x y z}.

(d) {(x, y, z) R3 | x + y Q}.

SOLUC
AO

(a) O subconjunto U0 = {(x, y, z) R3 | x = 1} de R3 nao satisfaz


nenhuma das duas condicoes
para ser subespaco vetorial de
R3 sobre R pois:
(i) Observe que, por exemplo, (1, 0, 0) ; (1, 1, 0) U0 , mas
(1, 0, 0) + (1, 1, 0) < U0 .
(ii) Observe que, por exemplo, (1, 0, 0) U0 , mas
k(1, 0, 0) < U0 , k R {1}. Em particular, (0, 0, 0) < U0 . (Ob-
servemos que o fato do elemento neutro do espaco vetorial
pertencer ao pretenso subconjunto e uma condica o necessaria).

(b) O subconjunto U1 = {(x, y, z) R3 | x2 + y + z = 0} de R3


nao satisfaz nenhuma das duas condicoes
para ser subespaco
vetorial de R3 sobre R pois:
(i) Observe que, por exemplo, (1, 1, 0) ; (1, 0, 1) U1 ,
mas (1, 1, 0) + (1, 0, 1) < U1 .
(ii) Observe que, por exemplo, (2, 2, 2) U1 , mas
k(2, 2, 2) < U1 , k R .

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 62 #68


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 62

(c) O subconjunto U2 = {(x, y, z) R3 | x y z} de R3 nao satisfaz


a segunda condica o para ser subespaco vetorial de R3 sobre R
pois:
(i) para (x, y, z) (U2 {(0, 0, 0)}), k R temos que
k(x, y, z) < U2 .

(d) O subconjunto U3 = {(x, y, z) R3 | x + y Q} de R3 nao satisfaz


a segunda condica o para ser um subespaco vetorial de R3 sobre
R pois:
(i) para (x, y, z) (U3 {(0, 0, 0)}), k (R Q) temos
k(x, y, z) < U3 . (Observe que Q e um corpo.) 

Exerccio 3.1.2.
Seja I = [0, 1]. Verificar se sao subespacos vetoriais de

C(I) = { f : I R tal que f e contnua em I} :

(a) { f C(I) | f (0) = 0}.


R1
(b) { f C(I) | 0 f (t)dt = 0}.

(c) { f C(I) | f (0) = f (1)}.

(d) { f C(I) | f (t) = 0 em todos os pontos de I exceto, possivelmente,


num numero
finito deles}.

SOLUC
AO
Vamos verificar se valem, para cada um dos subconjuntos dados, os
pre-requisitos para subespaco vetorial.

(a) Sejam h e g S0 = { f C(I) | f (0) = 0} e k R.


(i) (h + g)(0) = h(0) + g(0) = 0 + 0 = 0, portanto
(h + g)(x) S0 .

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 63 #69


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 63

(ii) (kg)(0) = kg(0) = k 0 = 0, k R, portanto


(kg)(x) S0 .
Logo, podemos dizer que S0 e um subespaco vetorial de C(I).
R1
(b) Sejam h e g S1 = { f C(I) | 0 f (t)dt = 0} e k R.
R1 R1 R1
(i) 0 (h + g)(t)dt = 0 h(t)dt + 0 g(t)dt = 0 + 0 = 0
portanto, (h + g)(x) S1 .
R1 R1
(ii) 0 (kg)(t)dt = k 0 g(t)dt = k 0 = 0 ;k R portanto,
(kg)(x) S1 .
Logo, podemos dizer que S1 e um subespaco vetorial de C(I).

(c) Sejam h e g S2 = { f C(I) | f (0) = f (1)} e k R.


(i) (h + g)(0) = h(0) + g(0) = h(1) + g(1) = (h + g)(1), portanto
(h + g)(x) S2 .
(ii) (kg)(0) = kg(0) = kg(1) = (kg)(1), k R, portanto
(kg)(x) S2 .
Logo, podemos dizer que S2 e um subespaco vetorial de C(I).

(d) Observe que: S3 = {0}, pois se existisse x I tal que f (x) , 0,


onde f C[0, 1], entao existiria uma vizinhanca de x tal que
f nao se anula nesta vizinhanca. (Ver Calculo Diferencial e
Integral I/ Analise Real I). Da, podemos dizer que S3 e um
subespaco vetorial de C(I). 

Exerccio 3.1.3. Seja V um espaco vetorial. Se (U j ) j e uma famlia de


subespacos vetoriais de V, mostrar que j U j tambem e um subespaco veto-
rial de V. O que poderamos dizer sobre a uniao de subespacos vetoriais de
um dado espaco vetorial?

DEMONSTRAC
AO
Sejam v, w j U j e k K corpo de escalares. Observe que v, kw
U j j. Da v+kw e 0 U j j, ja que para cada j, U j e subespaco de V.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 64 #70


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 64

Portanto, v + kw e 0 j U j . Logo, podemos afirmar que j U j e um


subespaco vetorial de V, onde (U j ) j e uma famlia de subespacos
vetoriais de V. 

A uniao de subespacos vetoriais de um mesmo espaco vetorial nao


e necessariamente um subespaco vetorial. Vejamos o exemplo a
seguir:
Consideremos V = R2 (plano cartesiano). Observemos que

OX = {(x, 0) R2 | x R} e OY = {(0, y) R2 | y R} sao subespacos
vetoriais de V = R2 , mas a uniao destes nao e um subespaco vetorial,

pois (x, 0) + (0, y) = (x, y) < (OX OY), onde x , 0; y , 0. 

y P

O x X

Exerccio 3.1.4.
Mostrar que a uniao de subespacos vetoriais do mesmo espaco vetorial e
tambem um subespaco vetorial se, e somente se, um dos subespacos esta
contido no outro.

DEMONSTRAC
AO
Sejam U e W subespacos de um espaco vetorial V.
Se U W ou W U e imediato que a uniao U W e um subespaco
vetorial de V. Restando, apenas, mostrar que:

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 65 #71


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 65

Se U W e um subespaco vetorial de V, onde W e U sao subespacos


de V, entao U W ou W U.
De fato, suponhamos que x (U W) e y (W U). Observemos
que se U W fosse um subespaco, x + y U W, portanto x + y U
ou x + y W, teramos x W, pois y W e W e subespaco vetorial,
ou y U, pois x U e U e subespaco vetorial. O que e um absurdo,
logo deveremos ter U W ou W U. 

Exerccio 3.1.5. Sejam W1 = {(x, y, z, t) | x + y = 0 e z t = 0} e


W2 = {(x, y, z, t) | x y z + t = 0} subespacos vetoriais de R4 .

(a) Determine W1 W2 .

(b) Exiba uma base para W1 W2 .

(c) Determine W1 + W2 .

(d) W1 + W2 e soma direta? Justifique.

(e) W1 + W2 = R4 ? Justifique.

SOLUC
AO

(a)

W1 W2 = {(x, y, z, t) | x + y = 0, z t = 0, x y z + t = 0}
= [(0, 0, 1, 1)]

(b) Como W1 W2 e gerado por um unico


vetor, nao nulo, segue
que {(0, 0, 1, 1)} e uma base para W1 W2 .

(c)
W1 = [(1, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 1)],

W2 = [(1, 1, 0, 0), (1, 0, 1, 0), (1, 0, 0, 1)].

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 66 #72


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 66

Portanto, W1 + W2 = [(1, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 1), (1, 1, 0, 0), (1, 0, 1, 0),


(1, 0, 0, 1)] = [(1, 1, 0, 0), (0, 0, 1, 1), (1, 1, 0, 0), (1, 0, 1, 0)].

(d)Nao, pois W1 W2 , {0}.

(e) Sabemos que

dim(W1 + W2 ) = dim(W1 ) + dim(W2 ) dim(W1 W2 )

temos dim(W1 + W2 ) = 2 + 3 1 = 4. Logo W1 + W2 = R4 . 

Exerccio 3.1.6. No espaco vetorial R3 consideremos os seguintes subespac os:

U = {(x, y, z) R3 | x = 0}
V = {(x, y, z) R3 | y 2z = 0}
W = [(1, 1, 0), (0, 0, 2)]
Determinar uma base e a dimensao de cada um dos seguintes subespacos:
U, V, W, U V, V + W e U + V + W.

SOLUC
AO
U = {(x, y, z) R3 | x = 0} = {(0, y, z) R3 }, observemos que
(0, y, z) = y(0, 1, 0) + z(0, 0, 1) onde (0, 1, 0), (0, 0, 1) U . Portanto,
U = [(0, 1, 0), (0, 0, 1)], onde {(0, 1, 0), (0, 0, 1)} e uma base. Da, pode-
mos concluir que dim U = 2.

V = {(x, y, z) R3 | y 2z = 0} = {(x, 2z, z) R3 }, observemos que


(x, 2z, z) = x(1, 0, 0) + z(0, 2, 1) onde (1, 0, 0), (0, 2, 1) V. Portanto,
V = [(1, 0, 0), (0, 2, 1)], onde {(1, 0, 0), (0, 2, 1)} e uma base para V. Da,
podemos concluir que dim V = 2.

Como W = [(1, 1, 0), (0, 0, 2)] e {(1, 1, 0), (0, 0, 2)} e L.I segue que
dim W = 2.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 67 #73


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 67

U V = {(x, y, z) R3 | x = 0 e y 2z = 0} = {(0, 2z, z) | z R} =


= [(0, 2, 1)]. Portanto, dim(U V) = 1.

V + W = [(1, 0, 0), (0, 2, 1), (1, 1, 0), (0, 0, 2)]. Como


{(1, 0, 0), (1, 1, 0), (0, 0, 2)} e L.I e dim(V + W) 3, segue que
dim(V + W) = 3 e {(1, 0, 0), (1, 1, 0), (0, 0, 2)} e uma base para V + W.

U + V + W = [(1, 0, 0), (1, 1, 0), (0, 0, 2), (0, 1, 0), (0, 0, 1)]. Como
{(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} e L.I e dim(V + W + U) 3 segue que
dim(V + W + U) = 3 e {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)} e uma base para
(V + W + U). 

Exerccio 3.1.7. Considere o sistema linear




2x + 4y 6z = a



()
x y + 4z = b


6y 14z = c

Seja W = {(x, y, z) R3 | (x, y, z) e soluca o de ()}. Isto e, W e o conjunto


soluca o do sistema.

(a) Que condico es devemos impor a a, b e c para que W seja um subespaco


vetorial de R3 ?

(b) Nas condico es determinadas no item a) encontre uma base para W.

(c) Que relaca o existe entre a dimensao de W e o grau de liberdade do


sistema?

SOLUC
AO

(a) Observemos que o vetor nulo pertencer a W e condica o necessaria


para W ser subespaco vetorial. Portanto, (0, 0, 0) devera ser
uma soluca o, ou seja, a = b = c = 0.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 68 #74


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 68

(b)


2x + 4y 6z = 0
2x + 4y 6z = 0





x y + 4z = 0
+6y 14z = 0



6y 14z = 0 +6y 14z = 0

O sistema acima e possvel e indeterminado com grau de liber-


7z 5z
dade igual a 1. (x, y, z) W y = ex = . Portanto,
3 3
5 7
w = [( , , 1)].
3 3
(c) O grau de liberdade do sistema e a dimensao de W. 

Exerccio 3.1.8. Mostrar que os polinomios (1 t), (1 t)2 , (1 t)3 e 1


geram P3 (R).

SOLUC
AO
Como dim P3 (R) = 4,

1 t, (1 t)2 , (1 t)3 e 1 geram P3 (R) {1 t, (1 t)2 , (1 t)3 , 1} e LI.

Basta, portanto, mostrar que: {1 t, (1 t)2 , (1 t)3 , 1} e LI.


Suponhamos que existam constantes reais k0 , k1 , k2 , k3 tais que

X
3
ki (1 t)i = 0.
i=0

Devemos mostrar que ki = 0 i = 0, , 3. De fato,


3 ( j)
X
i
= 0, j = 0, , 3 e t R.
ki (1 t)
i=0

3 ( j)
X
Para cada j, j = 0, , 3 fazendo t = 1 em ki (1 t)i = 0 temos
i=0
k j = 0. 

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 69 #75


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 69

Mais geralmente: O conjunto

{1, (x a), (x a)2 , , (x a)n1 , (x a)n }

de vetores de Pn (R), onde a R e LI (pode ser resolvido com


raciocnio analogo ao aplicado no caso anterior para n = 3, ou seja,
considerar as (n + 1)equacoes
da forma
n ( j)
X
ki (x a)i = 0.

i=0

onde j = 0, , n e fazer x = a em cada uma das (n + 1)equaco es.


Outra maneira: Suponhamos que existam ki , i = 0, , n reais tais
que
X
n
ki (x a)i = 0. (1)
i=0

Como a relaca o (1) e valida x R, consideremos t0 , t1 , , tn distin-


tos entre si e diferentes de a. Temos o seguinte sistema homogeneo
de (n + 1) equacoes:



X
n

ki (t0 a)i = 0.





i=0

X
n



ki (t1 a)i = 0.





i=0
X
n

ki (t2 a)i = 0.





i=0

..

.



X
n



ki (tn a)i = 0.



i=0

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 70 #76


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 70

Escrevendo o sistema sob a forma matricial:



1 (t0 a) (t0 a)2 (t0 a)n k0 0

1 (t1 a)n (t1 a)n (t1 a)n k1 0


1 (t2 a)n (t2 a)n (t2 a)n k2 = 0 .

.. .. .. .. .. .. ..
. . . . . . .


1 (tn a)n (tn a)n (tn a)n kn 0

Observemos que o sistema acima e possvel e determinado, visto que


o determinante da matriz dos coeficientes do sistema e nao-nulo (Ver
Apendice - Matrizes: Matriz de Vandermond). Portanto, podemos
concluir que ki = 0, i = 0, , n. Logo,
{1, (x a), (x a)2 , , (x a)n1 , (x a)n } de vetores de Pn (R), onde
a R e LI. 

Exerccio 3.1.9. Mostrar que os dois conjuntos abaixo formados de funco es


contnuas reais definidas em R geram o mesmo subespaco vetorial de C(R):

{sen2 (t), cos2 (t), sen(t) cos(t)} e {1, sen(2t), cos(2t)}

SOLUC
AO
Usando as relacoes
trigonometricas:


sen(2t) = 2sen(t)cos(t)




cos(2t) = cos2 (t) sen2 (t)


cos2 (t) + sen2 (t) = 1

temos que: [1, sen(2t), cos(2t)] [sen2 (t), cos2 (t), sen(t) cos(t)].

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 71 #77


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 71

Usando as relacoes
trigonometricas:
1 + cos(t)



cos2 (t) = ,

2
1 cos(t)

sen2 (t) = ,

2


sen(2t) = 2sen(t)cos(t)

temos que: [sen2 (t), cos2 (t), sen(t) cos(t)] [1, sen(2t), cos(2t)].
Logo, [1, sen(2t), cos(2t)] = [sen2 (t), cos2 (t), sen(t) cos(t)]. 

Exerccio 3.1.10. Provar que o conjunto de funco es {eat cos(bt), eat sen(bt)},
onde a e b sao numeros
reais e b , 0, e LI

SOLUC
AO
Suponhamos que existam constantes reais k1 e k2 tais que:
k1 eat cos(bt) + k2 eat sen(bt) = 0. Devemos mostrar que k1 = k2 = 0.
De fato, observemos que: k1 eat cos(bt) + k2 eat sen(bt) = 0 t R em
particular para t = 0, portanto, temos k1 1 1 + 0 = 0, ou seja, k1 = 0.
E como, k2 eat sen(bt) = 0 t R, em particular para t = segue que
k2 ea 1 = 0, ou seja, k2 = 0. 

Exerccio 3.1.11. Mostrar que os numeros


2 + 3i e 1 2i geram o espaco
vetorial C sobre R.

SOLUC
AO
Devemos mostrar que z C, z pode ser escrito como combinaca o
linear 2+ 3i e 1 2i. De fato, seja z = x+ iy onde x, y R. Observemos
que

x + iy = a(1 2i) + b(2 + 3i) x = 2a + b, y = 3a 2b



2 1 a x
=
3 2 b y

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 72 #78


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 72


2 1
onde a, b R. Como a matriz e inversvel temos que o
3 2
sistema acima e possvel e determinado. Portanto, podemos concluir
que 2 + 3i e 1 2i geram C sobre R, ou seja, {2 + 3i, 1 2i} formam
uma base para o espaco vetorial C sobre R. 

Exerccio 3.1.12. Considere o seguinte subespaco vetorial de C3 :

W = [(1, 0, i), (1, 1 + i, 1 i), (1, 1 i, 1 + 3i)].

Determinar uma base deste subespaco.

SOLUC
AO
Observemos que:

1 0 i 1 0 i

1 1 + i 1i 0 1 + i 1 2i


1 1 i 1 + 3i 0 1 i 1 + 2i

1 0 i

0 1 + i 1 2i


0 0 0

Portanto,
dim(W) = 2 e {(1, 0, i), (1, 1 + i, 1 i)}, {(1, 1 i, 1 + 3i), (1, 0, i)},
{(1, 1 + i, 1 i), (1, 1 i, 1 + 3i)} sao bases para W. 

Exerccio 3.1.13. Considere as bases B = {e1 , e2 , e3 } e C = {g1 , g2 , g3 } do


R3 assim relacionadas:

g1 = e1 e2 e3
g2 = + 2e2 + 3e3
g3 = 3e1 + e3

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 73 #79


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 73

(a) Determinar as matrizes de mudancas de B para C e de C para B.

(b) Se um vetor u de R3 apresenta coordenadas 1, 2 e 3, em relaca o a B,


quais as coordenadas de u relativamente a C?

SOLUC
AO

(a)

1 0 3

[I]CB = 1 2 0

1 3 1


g1 = e1 e2 e3
g1 = e1 e2 e3

L3 3L1 L3



g2 = 2e2 + 3e3
g2 = 2e2 + 3e3



g = 3e + e g 3g = 3e + 4e
3 1 3 3 1 2 3



g1 = e1 e2 e3

2L3 + 3L2 L3


g2 = 2e2 + 3e3


g 3g = 3e + 4e
3 1 2 3


g1 = e1 e2 e3
2L3 + 3L2 L3
1 3

2 L2 2 L3 L2

g = 2e2 + 3e3
2

2g + 6g + 3g = e
3 1 2 3


1 3 g1 = e1 e2 e3

2 L2 2 L3 L2 L2 L3 + L1 L1

e2 = 9g1 4g2 + 3g3


e = 6g + 3g 2g
3 1 2 3


e1 = 2g1 g2 + g3
L2 L3 + L1 L1


e2 = 9g1 4g2 + 3g3


e = 6g + 3g 2g
3 1 2 3


2 9 6

Portanto, [I]BC = 1 4 3 .


1 3 2

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 74 #80


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 74

Observemos que:

[I]CB = ([I]BC )1

(b)

2 9 6 1 2

[u]C = [I]C [u]B = 1 4 3
B 2 = 0 . 


1 3 2 3 1

Exerccio 3.1.14. Mostrar que e um subespaco de Mn (R) o subconjunto


formado pelas matrizes anti-simetricas. Mostrar que Mn (R) e soma direta
dos subespacos das matrizes simetricas e das anti-simetricas.

DEMONSTRAC
AO
Considere Sn (R) := {A Mn (R) | A = At } o conjunto das matrizes
simetricas e ATn (R) := {A Mn (R) | A = At } o conjunto das ma-
trizes anti-simetricas.
Afirmaca o 1: Sn (R) e um subespaco vetorial de Mn (R).
De fato, 0 Sn (R). Sejam A, B Sn (R) e k R. Temos que (A + kB)t =
= At +kBt = A+kB, portanto, A+kB Sn (R). Podemos entao concluir
que Sn (R) e um subespaco vetorial de Mn (R).
Afirmaca o 2: ATn (R) e um subespaco vetorial de Mn (R).
De fato, 0 ATn (R). Sejam A, B ATn (R) e k R, temos que
(A + kB)t = At + kBt = A kB = (A + kB). Podemos entao concluir
que ATn (R) e um subespaco vetorial de Mn (R).
L
Afirmaca o 3: Mn (R) = Sn (R) ATn (R).
A + At A At
De fato, seja A Mn (R), A = + , onde
2 2
A+A t AA t
Sn (R) e ATn (R), podemos, portanto, concluir que
2 2
Mn (R) = Sn (R) + ATn (R).
Observemos, ainda, que se A Sn (R) ATn (R) A = 0 (matriz
identicamente nula), pois pela definica o teramos que
A = At = A.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 75 #81


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 75

L
Logo, Mn (R) = Sn (R) ATn (R). 

Exerccio 3.1.15. Mostrar que as matrizes:




1 1 2 1 0 1 0 0

,


0 0 0 0 , 1 0 e 0 2

formam uma base de M2 (R).

SOLUC
AO
Como dim M2 (R) = 4, basta mostrarmos que


1 1 2 1 0 1 0 0

, , ,

0 0 0 0 1 0 0 2
e LI

Considere a base canonica


de M2 (R).


1 1
= 1 1 0 + 1 0 1 + 0 0 0 + 0 0 0 ,
0 0 0 0 0 0 1 0 0 1

ou seja,

1

1 1 1

=
0 0

0

0

Analogamente, podemos concluir que:



2 0 0


2 1 1 0 1 1 0 0 0

= , =

0 0 0 1 0
,
0 2

= .
1

0

0 0 2

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 76 #82


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 76

Observemos que a matriz



1 1 0 0 1 1 0 0

2 1 0 0 0 1 0 0

A =

.
0 1 1 0 0 0 1 0


0 0 0 2 0 0 0 2

Da a matriz A e invertvel e, portanto, os vetores cujas coordenadas


representam as linhas desta matriz sao LI 

Exerccio 3.1.16. Determinar a dimensao dos seguintes subespacos de


Mn (R):
(a) subespaco das matrizes simetricas;

(b) subespaco das matrizes anti-simetricas;

(c) subespaco das matrizes A tais que A = 2At ;


X
n
(d) subespaco das matrizes A = (aij ) tais que (aii ) = 0.
i=1
SOLUC
AO
(a) Considere Sn (R) = {A = [aij ] Mn (R) | aij = a ji }.

a11 a12 a13 a1n

a
12 a22 a23 a2n

A = [aij ] Sn (R), A = a13 a23 a33 a3n .
. .. .. . . .
.. . . . ..


a1n a2n a3n ann

0 1 0 0 0 0 0 1

1 0 0 0 0 0 0 0

X n
A= aii Di +a12 0 0 0 0 + +a1n 0
0 0 0 +

. . . . .. . .. .. .. ..
i=1 .. .. .. .. . .. . . . .


0 0 0 0 1 0 0 0

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 77 #83


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 77


0 0 0 0 0 0 0 0

0 0 1 0
0 0 0 1


+a23 0 1 0 0 + + a2n


0 0 0 0 + +

.. .. .. .. .. .. .. .. .. ..
. . . . . . . . . .


0 0 0 0 0 1 0 0


0 0 0 0

0 0 0 0

.. .. .. .. ..
+an(n1) . . . . . .

0 0 0 1


0 0 0 1 0
onde Dii e a matriz diagonal de ordem n, cuja entrada ii e igual
a 0, e as demais entradas (da diagonal) sao nulas.
n(n + 1)
Da, dim Sn (R) = n + (n 1) + + 1 = .
2
(b) Considere ATn (R) := {A Mn (R) | A = At } o conjunto das
matrizes anti-simetricas.

0 a12 a13 a1n

a 0 a23 a2n
12


A = [aij ] ATn (R), A = a13 a23 0 a3n
.
.. . . .. .
.. .. . ..

a1n a2n a3n 0


0 1 0 0 0 0 0 1

1 0 0 0 0 0 0 0


A = a12 0 0 0 0 + + a1n


0 0 0 0 +

.. .. .. .. .. .. .. .. .. ..
. . . . . . . . . .


0 0 0 0 1 0 0 0

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 78 #84


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 78


0 00 0 0 0 0
0

0 0 1 0
0 0 0 1


+a23 0 1 0 0 + + a2n


0 0 0 0 + +

.. .. .. .. .. .. .. .. .. ..
. . . . . . . . . .


0 0 0 0 0 1 0 0


0 0 0
0

0 0 0 0

.. .. .. .. ..
+an(n1) . . . . . .

0 0 0 1


0 0 0 1 0
L
Como Mn (R) = Sn (R) ATn (R), temos que
n(n + 1) n(n 1)
dim ATn (R) = dim Mn (R)dim Sn (R) = n2 = .
2 2
(c) Subespaco das matrizes A tais que A = 2At e o subespaco nulo,
pois aij = 2a ji e a ji = 2aij e, portanto, tem dimensao zero.
P
(d) Considere N = {A = [aij ] tais que ni=1 (aii ) = 0}.

a11 a12 a13 a1n


a21 a22 a23 a2n


Seja A N, A = a31 a32 a33 a3n
. . . . ..
.. .. .. .. .

P(n1)
an1 an2 an3 i=1
(aii )

1 0 0 0 0 0 0 0

0 0 0 0

0 1 0
0

A = a11 0 0 0 0 + a22 0 0 0
0 + +
. . . . . . . .
.. .. .. . . ... .. .. .. . . ..
.

0 0 0 1 0 0 0 1

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 79 #85


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 79


0 0 0 0 0 1 0 0

0 0 0 0 0 0 0 0

. .. .. .. ..
+a(n1)(n1) .. . . . . + a12 0 0
0 0 +

. . .. . . ..
0 0 1 0 .. .. . . .


0 0 0 0 1 0 0 0 0

0 0 0 1 0 0 0 0



0

0
0 0 0 0 0 0
. .. .. .
+ + a1n 0 0 0 0 + + a
(n1)n
.
. . . .. .
. .. .. . . ..
.. . . . . 0 0 0 1


0 0 0 0 0 0 0 0
dim N = n2 1 

Exerccio 3.1.17. Considere o seguinte subespac


o vetorial de M2 (R):

x y

U= M2 (R) | x y z = 0
.
z t

(a) Mostrar que os seguintes subconjuntos de M2 (R) sao bases de U:





1 1

1 0



0 0

B= e
0 0
1 0 0 1



0 1 0 0

1 0

C= 1 0 0 1
1 0

(b) Achar a matriz mudanca de base de B para C e de C para B.

(c) Achar uma base D de U, de maneira que a matriz de mudanca de D


para B seja:

1 1 0

0 0 2 .


0 3 1

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 80 #86


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 80

SOLUC
AO

x y
(a) Seja U como x y z = 0, segue que
z t

x y y + z y y y z 0 0 0

z t = z =
t 0 0
+ +
z 0 0 t
=

1 1 0 0 0
= y + z 1 + t .
0 0 1 0 0 1

Portanto, B gera U.

Afirmamos que B e LI.


De fato, suponha que existam a, b, c R de forma que

1 1 0 0
a + b 1 0 + c 0 0 = ,
0 0 1 0 0 1 0 0

ou seja, a = b = c = 0. Portanto B e LI.


Como B gera U e e um conjunto LI de vetores, segue que B e
uma base para o subespaco vetorial U e portanto dim U = 3.
Como dim U = 3 entao para mostrar que o conjunto C e tambem
uma base para o espaco U, basta mostrar que C e LI.
De fato, suponhamos que existam escalares reais k1 , k2 , k3
tais que

1 0 0 1 0 0 0 0
k1 + k2


1 0 + k3 0 1
=
0 0
.

1 0


k1 k2 0 0
Portanto, = . Da k1 = k2 = k3 = 0.
k2 + k1 k3 0 0

(b) Observemos que

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 81 #87


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 81


1 1 0 1 0 0
= 1 1 0 1 .
0 0 1 0 1 0 + 0 0 0


1
1 1
Portanto, = 1 .
0 0
C
0
Por raciocnio analogo, podemos afirmar que:


0 0
1 0 0 0
= 1 = 0 .
1 0 0 1
C C
0 1

1 0 0

Portanto, [I]BC = 1 1 0 . Observemos que:

0 0 1
[I]CB = ([I]BC )1 .

(c) Considere D = {v1 , v2 , v3 }.Como temos a matriz mudanca da



1

base D para a base B, sabemos que [v1 ]B = 0 e, portanto,

0

1 1 1 0 0 0 1 1
v1 = 1 +0
1 0 +0 0 1 , ou seja, v1 = 0 0 .

0 0

1 0

Analogamente, [v2 ]B = 0 , [v3 ]B = 2 .


3 1

1 1 1 0 0 0
Portanto,v2 = 1
+ 0
+ 3 , ou seja,
0 0 1 0 0 1

1 1
v2 = e
0 3

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 82 #88


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 82


1 1 1 0 0 0
v3 = 0 + 2 + 1 , ou seja,
0 0 1 0 0 1

2 0
v3 = .
2 1



1 1 1 1 2 0
,
D= , e a base desejada. 
0 0 0 3 2 1

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 83 #89


i i

83

3.2 Exerccios Propostos


1) Determine quais dos conjuntos abaixo sao subespacos de Rn (com
n 3) sobre o corpo R dos numeros
reais. Justifique sua resposta.

(a) W1 = {(u1 , u2 , , un ) Rn | u1 0}.

(b) W2 = {(u1 , u2 , , un ) Rn | u1 + 3 u2 = u3 }.

(c) W3 = {(u1 , u2 , , un ) Rn | u2 = u21 }.

(d) W4 = {(u1 , u2 , , un ) Rn | u1 u2 = 0}.

(e) W5 = {(u1 , u2 , , un ) Rn | u2 e irracional}.

2) Seja F (R, R) o espaco vetorial de todas as funcoes


de R para R
sobre o corpo R dos numeros
reais. Determine quais dos conjuntos
abaixo sao subespacos de F (R, R). Justifique sua resposta.

(a) W1 = { f F (R, R) | f (t2 ) = ( f (t))2 para todo t R}.

(b) W2 = { f F (R, R) | f (0) = 2}.

(c) W3 = { f F (R, R) | f (3) = 1 + f (5)}.

(d) W4 = { f F (R, R) | f (1) = 0}.

(e) W5 = { f F (R, R) | f e contnua}.

3) Seja F = {(x, y, z) R3 | x + y = 0} um subconjunto de R3 .

(a) Mostre que F e um subespaco vetorial e indique uma base de F


e a respectiva dimensao.
h i
(b) Sendo G = (1, 1, 0), (1, 1, 1) , determine as equacoes
carte-
sianas do subespaco G e indique um conjunto de geradores de
G que nao seja base. Qual a dimensao de G? Justifique.

(c) Caracterize F + G e indique a respectiva dimensao. Sera F + G


uma soma direta? Justifique.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 84 #90


i i

Seca o 3 Exerccios Propostos 84

4) Considere os subespacos vetoriais de R4 ,


n o
F = (x, y, z, w) R4 | x y = 0; x + 2y = w
h i
G = (1, 1, 1, 0), (1, 1, 2, 1) .

(a) Calcule uma base e a dimensao de F.

(b) Caracterize G por meio de um sistema de equaco es cartesianas.

(c) Determine uma base para o subespaco H = F + G e indique a


respectiva dimensao. H e uma soma direta? Justifique.

5. Seja V = {(x, y, z, t) R4 | y z = 0}, u = (1, 1, 1, 0), v = (0, 2, 2, 1)


e w = (2, 0, 0, 3).

a) Mostre que {u, v, w} gera V.

b) Ache as coordenadas do vetor (5, 5, 5, 4) em relaca o a` base


A = {u, v, w}.

c) Encontre um conjunto de geradores de V que seja LD.





1 2 0 0

6. Estenda o conjunto


,

a uma base de M22 (R).
0 1 1 1

7. Prove que a uniao de tres subespacos vetoriais so pode ser um


subespaco vetorial quando um deles contem os outros dois.

8. Para todo subespaco vetorial F Rn , prove que existe um


subespaco G tal que Rn = F G.

9. Seja F um subespaco vetorial de E. Assinale V (verdadeiro) ou F


(falso):

a) se u < F e v < F, entao u + v < F;

b) se u < F e , 0, entao u < F.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 85 #91


i i

Seca o 3 Exerccios Propostos 85

10. Prove que todo espaco vetorial de dimensao finita e soma direta
de subespacos de dimensao 1.
11. Dado o conjunto finito X = {a1 , , n }, obtenha uma base para
o espaco vetorial F (X, R).
Dica: Considere para cada i = 1, , n a funca o fi : X R tal que
f (ai ) = 1 e f (x) = 0, se x , a.
12. Seja X um conjunto infinito. Para cada a X, seja fa : X R
a funca o tal que fa (a) = 1 e fa (x) = 0, sex , a. Prove que o conjunto
Y F (X, R) formado por estas funcoes
e linearmente indepen-
dente, logo F (X, R) tem dimensao infinita. Prove ainda que Y nao
gera F (X, R).
Dica: Para provar que Y nao gera F (X, R), mostre que as funcoes

constantes, nao nulas, nao pertencem a Y.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 86 #92


i i

86

3.3 Apendice I
1. Sejam A Mmr (K), B Mrn (K) e C = AB Mmn (K).

Afirmaca o 1. Se A Mmr (K), B Mrn (K) e C = AB Mmn (K)


entao Posto(A) Posto(C).

Dem: Sejam A = [aij ]mr , B = [bij ]rn e C = [cij ]mn . Considere


Posto(A) = s e l j = (a j1 , a j2 , , a jr ), , l j+s = (a( j+s)1 , a( j+s)2 , , a( j+s)r )
linhas de A portanto existem t j , , t( j+s) constantes nao todas nulas
tais que:

Xj+s j+s
X j+s
X

t j l j + t j+1 l j+1 + + t j+s l j+s = ti ai1 , ti ai2 , . . . , ti air =

i=j i=j i=j
= (0, 0, , 0).

Considere el j = (c j1 , c j2 , , c jn ), , e
l j+s = (c( j+s)1 , c( j+s)2 , , c( j+s)n )
Xr
linhas de C. Como C = AB temos: cij = aik bkj .
k=1

Portanto,
r r
X X
r X X
r
l j =
e a jk bk1 , , a jk bkn , e
l( j+1) = a( j+1)k bk1 , , a( j+1)k bkn ,
k=1 k=1 k=1 k=1

r
X X
r
,e
l( j+s) = a( j+s)k bk1 , , a( j+s)k bkn .
k=1 k=1

Observemos que:

X j+s
r X X
r X j+s

t je
l j + t j+1e
l j+1 + + t j+se
l j+s = ( tq aqk )bk1 , , ( tq aqk )bkn =

k=1 q=j k=1 q=j
= (0, 0, , 0).

Logo, podemos concluir que s = Posto(A) Posto(C).

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 87 #93


i i

Seca o 4 Apendice I 87

Afirmaca o 2. Se A Mmr (K), B Mrn (K) e C = AB Mmn (K)


entao Posto(B) Posto(C).

Dem: Como C = AB Ct = (AB)t = Bt At segue pela afirmaca o


acima que posto(C) = Posto(Ct ) Posto(Bt ) = Posto(B).
Generalizaca o de soma direta de subespacos de um mesmo
espaco vetorial

Definica o 3.3.1. Seja V espaco vetorial sobre o corpo K.


Considere W1 , W2 , , Wk subespacos de V.
Seja W = W1 + W2 + + Wk = {w | w = w1 + + wk ; wi Wi }.
Dizemos que W1 , W2 , , Wk sao independentes se

w1 + + wk = 0 wi = 0 i = 1, , k.

Obs: Independencia de subespacos e a generalizaca o de inde-


pendencia linear de vetores.

Proposica o 3.3.2. Suponha que W1 , W2 , , Wk subespacos de V.


Considere W = W1 + W2 + + Wk .
Sao equivalentes:

1. {Wi }ki=1 e independente.

2. Cada vetor w W pode ser escrito na forma w = w1 + w2 + + wk


de maneira unica.

P
3. Wi ( kj,i W j ) = 0; i = 1, , k.

Dem: Ver HOFFMAN, Kenneth & KUNZE, Ray. Algebra Linear.
Editora Polgono: Sao Paulo. 1971.

Definica o 3.3.3. Quando as condico es acima sao satisfeitas, dizemos que


W e soma direta de W1 , W2 , , Wk e escrevemos
Lk L L L
W= i=1 W i = W 1 W 2 Wk .

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 88 #94


i i

88

Lema 3.3.4. V espaco vetorial de dimensao finita sobre K e W1 , W2 , , Wk


subespacos de V. As seguintes afirmaco es sao equivalentes:
Lk
1. V = i=1 Wi .
Sk
2. Se i e base de Wi para i = 1, , k entao = i=1 i e base para V.


Dem: Ver HOFFMAN, Kenneth & KUNZE, Ray. Algebra Linear. Edi-
tora Polgono: Sao Paulo. 1971.

3.4 Apendice II
Exemplos de espacos vetoriais de dimensao infinita

1. R = {(xn )nN | xn R, n N}.


S
2. P(K) := 0 Pn (K).
T
3. C (R) := { f : R R | f Cn (R), n N} = 0 Cn (R).

LEITURA COMPLEMENTAR: Os assuntos tratados abaixo, geral-


mente, sao abordados em cursos de matematica mais avancados. O
intuito de coloca-los aqui e para que sirva, pelo menos, de orientaca o
para os que desejam complementar a leitura aprofundando seus es-
tudos.

Teorema 3.4.1. Seja V um espaco vetorial, nao nulo, sobre o corpo K.


Entao existe uma base para V.

Para demonstrarmos o teorema acima, utilizaremos um lema muito


especial da Teoria dos Conjuntos, o LEMA DE ZORN.

Nocoes
Basicas
Seja S um conjunto. Uma ordem parcial (tambem chamada uma
ordem) em S e uma relaca o, escrita x y, entre alguns pares de
elementos de S, dotada das seguintes propriedades:

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 89 #95


i i

Seca o 5 Apendice II 89

1. x x.

2. Se x y e y z, entao x z.

3. Se x y e y x, entao x = y.

OBS: Alguns pares de elementos de S podem nao ser comparaveis.

Exemplo 3.4.1. : Sejam X um conjunto e S o conjunto dos subconjuntos de


X. Se Y , Z sao subconjuntos de X, definimos Y Z se Y e um subconjunto
de Z. Isso define uma ordem parcial em S. Esta ordem parcial e a inclusao,
ou seja, Y Z Y Z.

Definica o 3.4.2. Seja S um conjunto parcialmente ordenado. Dizemos


que a, a S e menor elemento de S se a x, x S. E dizemos que b S
e maior elemento , se x b, x S. Observe que se existem um menor
ou maior elemento de um conjunto S parcialmente ordenado, estes serao
unicos.

Definica o 3.4.3. Um elemento m de S e dito maximal se x S e x m,


entao x = m.

Definica o 3.4.4. Sejam S um conjunto parcialmente ordenado e T um


subconjunto. Um majorante de T (em S) e um elemento b S tal que
x b, x T. Um supremo de T em S e um majorante b tal que, se c e
outro majorante entao b c.

Definica o 3.4.5. Seja S um conjunto parcialmente ordenado. Diremos


que S e totalmente ordenado se, dados, x, y S, tivermos, necessariamente,
x y, ou y x.

Exemplo 3.4.2. R, conjunto dos numeros


reais, e totalmente ordenado.

Definica o 3.4.6. Diremos que S e estritamente indutivamente ordenado


se todo subconjunto nao vazio totalmente ordenado possuir supremo.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 90 #96


i i

Seca o 5 Apendice II 90

LEMA DE ZORN
Seja S um conjunto nao vazio indutivamente ordenado. Entao existe
um elemento maximal em S.
Demonstraca o: Ver LANG, Serg. Estruturas Algebricas. Tradu-
tor: Prof. Claudio R. W. Abramo. Rio de Janeiro, Ao livro tecnico;
Braslia, Instituto Nacional do Livro, 1972.

Seja V um espaco vetorial sobre um corpo K (qualquer).

Definica o 3.4.7. Diremos que uma famlia {vi }iI e linearmente inde-
pendente se sempre que tivermos uma famlia {ai }iI com ai K, e todos
os ai iguais a zero a menos de um numero finito de ndices i, e ainda se
P
iI ai vi = 0, ent
ao todos os ai = 0.

Definica o 3.4.8. Dizemos que uma famlia {vi }iI de elementos de V gera
V se todo elemento v V pode ser escrito na forma
P
v = iI ai vi , para alguma famlia {ai }iI com ai K, onde os ai sao iguais
a zero a menos de um numero
finito de ndices.
Uma famlia {vi }iI que gera V e que e linearmente independente (LI) e
chamada uma base para V.

Teorema 3.4.9. Seja V um espaco vetorial, nao nulo, sobre o corpo K.


Entao existe uma base para V.

Demonstraca o: Seja S o conjunto dos subconjuntos linearmente in-


dependentes de V. Entao S e nao-vazio, pois para todo v V, v , 0,

{v} e linearmente independente. Se B e B sao elementos de S, defini-

mos B B se B B . O conjunto S e ,entao, parcialmente ordenado
e indutivamente ordenado, pois se T e um subconjunto totalmente
ordenado de S, [
B
BT

e um majorante para T em S. Aplicando o lema de Zorn, seja entao


M um elemento maximal. Seja v V. Como M e maximal, se v < M

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 91 #97


i i

Seca o 5 Apendice II 91

o conjunto M {v} nao e linearmente independente. Logo, existem


elementos aw K (w M) e b K, nao todos nulos (os elementos
nao nulos sao uma quantidade finita) tais que
X
bv + aw w = 0.
wM

Se b = 0, entramos em contradica o com o fato de que M e linearmente


independente. Assim b , 0, e
X
v= b1 aw w
wM

e uma combinaca o linear de elementos de M. Se v M, entao v e ,


obviamente, uma combinaca o linear de elementos de M. Assim, M
gera V, e e a base desejada para V.
Resultados sobre dependencia linear em Cn1 (I),
I R, intervalo aberto.
WRONSKIANO

Cn1 (I) := { f : I R | f (n1) : I R e f (n1) e contnua em I}.

Definica o 3.4.10. Sejam y1 (x), , yn (x) funco es pertencentes a Cn1 (I),


I R, intervalo aberto .
O Wronskiano de y1 (x), , yn (x) e definido da seguinte maneira:

y1 (x) yn (x)

y (x) y

(x)
1 n
W(y1 (x), , yn (x)) = det . . . .

.. .. ..

(n1) (n1)
y1 (x) yn (x)

Teorema 3.4.11. Sejam y1 (x), , yn (x) funco es pertencentes a Cn1 (I).


Se W(y1 (x0 ), , yn (x0 )) , 0, para algum x0 I, entao {y1 (x), , yn (x)}
e LI em I.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 92 #98


i i

92

Demonstraca o: Ver KREIDER, Donald L.. KULLER, Robert G..


OSTBERG, Donald R.. Equaco es Diferenciais. Traduca o: Elza F..Sao
Paulo. Edgard Blucher.
Editora: Universidade de Sao Paulo. 1972.

Teorema 3.4.12. Dadas y1 (x), , yn (x) funco es pertencentes a Cn1 (I)


e soluco es de uma mesma equaca o diferencial ordinaria linear normal de
ordem n.
Se W(y1 (x), , yn (x)) 0 em I, entao {y1 (x), , yn (x)} e LD em I.

Demonstraca o: Ver KREIDER, Donald L.. KULLER, Robert G..


OSTBERG, Donald R.. Equaco es Diferenciais. Traduca o: Elza F..Sao
Paulo. Edgard Blucher.
Editora: Universidade de Sao Paulo. 1972.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 93 #99


i i

Captulo 4

Transformacoes
Lineares

Sejam V e W espacos vetoriais sobre um mesmo corpo K, e n,


m numeros
naturais.

Definica o 4.0.13. Uma funca o T: V W e dita linear se satisfaz:


(i) T(u + v) = T(u) + T(v)
u, v V, K.
(ii) T(u) = u

Definica o 4.0.14. Uma transformaca o linear T: V V e dita


operador linear.

Definica o 4.0.15. O conjunto


L(V, W) = { T: V W | T e linear} e um espaco vetorial sobre K.
Notaca o: L(V) = L(V, V).

Proposica o 4.0.16. Se T: V W e linear entao T(0) = 0.

Definica o 4.0.17. Seja T L(V, W). Chamaremos de nucleo


de T ,
o conjunto Ker(T) = {v V | T(v) = 0} ( 0 elemento neutro de W.) e de
conjunto imagem de T, o conjunto
Im(T) = {w W | v V tal queT(v) = w}.

Proposica o 4.0.18. Seja T L(V, W).


Ker(T) e um subespaco vetorial de V, e Im (T) e um subespaco vetorial de
W.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 94 #100


i i

Seca o 1 Definicoes
e Teoremas 94

Proposica o 4.0.19. Seja T L(V, W).


T e injetiva se, e somente se, Ker(T) = {0}.

Proposica o 4.0.20. Seja T L(V, W).


T e injetiva se, e somente se, T leva conjunto LI em conjunto LI.

Definica o 4.0.21. Sejam T, S L(V). Definiremos


ST(v) = S T(v) v V .

Proposica o 4.0.22. Sejam U, T, S L(V).


Valem as seguintes propriedades:

1. (UT)S = U(TS).

2. U(T + S) = UT + US.

3. (T + S)U = TU + SU.

4. IT = TI = T.

5. k(TS) = (kT)S = T(kS), k K.


Portanto, L(V) e uma a lgebra sobre K.

Proposica o 4.0.23. Uma transformaca o linear T: V W e bije-


tiva se, e somente se, existe S L(W, V) tal que S T = I : V V e
TS=I :W W.

Definica o 4.0.24. Uma transformaca o linear T: V W que e


bijetiva e dita isomorfismo linear e os espacos vetoriais V , W isomorfos.
Quando V = W, a transformaca o linear T e chamada de automorfismo.

Proposica o 4.0.25. A inversa de uma transformaca o linear bijetora e


tambem linear.

Proposica o 4.0.26. Sejam T: V W linear. Se {v1 , v2 , , vn }


e uma base de V entao {T(v1 ), , T(vn )} gera Im(T).

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 95 #101


i i

Seca o 1 Definicoes
e Teoremas 95

Teorema 4.0.27. (Nucleo


e Imagem) Sejam V, W espacos vetoriais de
dimensao finita e T L(V, W). Entao: dim V = dim Ker(T) + dim Im(T).

Proposica o 4.0.28. Sejam T : V W linear e dim V = dim W < .


As seguintes afirmaco es sao equivalentes:
(i) T e bijetiva
(ii) T e injetiva
(iii) T e sobrejetiva

Proposica o 4.0.29. Seja T L(V, W), dim V = dim W < . T e


bijetiva se, e somente se, T leva conjunto base em conjunto base.

Proposica o 4.0.30. Se T : V W e linear, dim V = n e dim W = m,


entao T(v) = Av, onde A Mmn (K), a matriz A e unica
a memos de
isomorfismo.

Proposica o 4.0.31. Sejam V e W espacos vetoriais tais que {v1 , , vn }


e uma base de V e {w1 , , wn } vetores arbitrarios em W. Entao
!T : V W linear tal que T(vi ) = wi i = 1, , n.

Definica o 4.0.32. Sejam T : V W linear, dim V = n, dim W =


= m, V = {v1 , v2 ,h , vn } e W bases de V e W, respectivamente.
i Dizemos
V
que [T] W
= [T(v1 )]W | | [T(vn )]W e a matriz de
mn
T em relaca o as bases V e W .

Definica o 4.0.33. Quando e sao bases de V e I : V V e a

identidade, a matriz de I em relaca o a` s bases e e chamada matriz

mudanca de base de para .

Notaca o: [I] .

Proposica o 4.0.34. Sejam V , W espacos vetoriais de dimensao finita



e T: V W linear. Considere , bases de V e , bases de W
entao:



[T] = [I] [T] [I] .

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 96 #102


i i

96

Representac a o grafica:
T
[V] V [w] W

I I

T
[V] V [w] W


Observaca o 4.0.35. Observe que [T] e [T] sao matrizes semelhantes.

Proposica o 4.0.36. Seja T L(V, W), dim V < e dim W < . T e


bijetiva se, e somente se, existem e bases de V e W, respectivamente,
tal que [T] e inversvel (ou invertvel).

Proposica o 4.0.37. Sejam V e W de dimensao n e m, respectivamente.


Entao L(V, W) Mmn (K). Em particular, dim L(V, W) = n m.

Proposica o 4.0.38. Sejam A e B matrizes semelhantes, entao posto (A) =


= posto(B).

Proposica o 4.0.39. Sejam S, T L(V), dim V < . Sejam 1 , 2 , 3



bases de V. Se A = [T]2 e B = [S]3 entao AB = [TS]3 .
1 2 1

Proposica o 4.0.40. V, W espacos vetoriais, sobre um mesmo corpo


K, de dimensao n e m respectivamente. Sejam T L(V, W), 1

base de V e 2 base de W. Considere A = [T]1 Mmn (K). Entao:
2
dim V = posto(A) + dim(Ker(T)).

Definica o 4.0.41. V, W espacos vetoriais, sobre um mesmo corpo K,


de dimensao n e m respectivamente. Sejam T L(V, W), 1 base

de V e 2 base de W. Considere A = [T]1 Mmn (K). Definimos
2
Nul(A) = dim(Ker(T)).

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 97 #103


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 97

4.1 Exerccios Resolvidos


Exerccio 4.1.1. Verifique se sao operadores lineares no espaco Pn (R):

(a) T: Pn (R) Pn (R) tal que F( f (t)) = t f (t), f (t) Pn (R).

(b) T: Pn (R) Pn (R) tal que F( f (t)) = f (t) + t2 f (t), f (t) Pn (R).

SOLUC
AO
Vamos verificar se valem as condicoes
para que uma funca o, cujo
domnio e contra-domnio sao espacos vetoriais sobre o mesmo corpo
de escalares, seja uma transformaca o linear.

(a) Observe que o conjunto = {1, t, t2 , , tn } e uma base para


Pn (R). E como dimensao de um espaco vetorial e um invari-
ante, ou seja , nao depende da base escolhida, temos que a
dimensao de Pn (R) e n + 1 (Ver Captulo 2: Espacos Vetoriais
sobre K).

(b) Devemos mostrar que a funca o T satisfaz as condicoes


para ser
uma transformaca o linear.
X
n X
n
Sejam f (t) = ai ti , g(t) = bi ti Pn (R) e k K( corpo de
i=0 i=0
escalares). Observe
n quen
X X i1
T( f (t)) = T ai ti = iai t da,
i=0 i=1

n
X Xn
(i) T(( f + g)(t)) = T (ai + bi )t =
i
i(ai + bi )ti1 =
i=0 i=1
X
n X
n
= iai ti1 + ibi ti1 =
i=1 i=1
Xn Xn
i
= T( ai t ) + T( bi ti ) = T( f (t)) + T(g(t))
i=0 i=0

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 98 #104


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 98

n
X Xn

(ii) T(k f (t)) = T (kai )t =
i
(kiai )ti1 =
i=0 i=1
Xn Xn
i1
= k( iai t ) = kT( ai ti ) =
i=1 i=0
= kT( f (t))

i e ii sao satisfeitas, podemos concluir que


Como as condicoes
T e linear.

Em vez de trabalharmos com o espaco Pn , de dimensao n + 1,


poderamos trabalhar com o espaco C (R), de dimensao infinita,
e ainda assim teramos que as funcoes
dadas nos tens (a) e (b) sao
transformacoes
lineares. Vejamos a seguir:

(a) F: C (R) C (R) tal que F( f (t)) = t f (t), f (t) Pn (R).
Considere g, h C (R) e k R constante, observemos que:


F(g(t) + kh(t)) = F((g + kh)(t)) = t(g + kh) (t) =

= tg (t) + t(kh) (t) = tg (t) + tk(h) (t) =
= F(g(t)) + kF(h(t))

Logo, podemos concluir que F definida acima e uma


transformaca o linear.

(b) F: C (R) C (R) tal que F( f (t)) = f (t) + t2 f (t), f (t)C (R).

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 99 #105


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 99

Considere g, h C (R) e k R constante, observemos que:


F(g(t) + kh(t)) = F((g + kh)(t)) = t(g + kh) (t) =

= (g + kh) (t) + t2 (g + kh) (t) =

= g (t) + (kh) (t) + t2 g (t)t2 (kh) (t) =

= g (t) + k(h) (t) + t2 g (t) + t2 k(h) (t) =

= g (t) + t2 g (t) + k(h) (t) + t2 k(h) (t) =
= F(g(t)) + kF(h(t))

Logo, podemos concluir que F definida acima e uma


transformaca o linear. 

Exerccio 4.1.2. Seja u = (x, y, z, t) um vetor generico do R4 . Quais das


aplicaco es abaixo definidas sao aplicaco es lineares do R4 ?

(a) F(u) = u + (1, 0, 1, 0);

(b) F(u) = (1, 0, 1, 1);

(c) F(u) = (x, y z, y + z, x + t);

(d) F(u) = (cosx, y, z, t).

SOLUC
AO

(a) F(u) = u + (1, 0, 1, 0). Observe que tal funca o nao poderia ser
linear, pois

F((0, 0, 0, 0)) = (0, 0, 0, 0) + (1, 0, 1, 0) = (1, 0, 1, 0) , (0, 0, 0, 0).

Observe ainda que F, como definida acima, nao satisfaz ne-


nhuma das duas condico es para que uma funca o cujos domnios
e contra-domnios sao espacos vetoriais sobre o mesmo corpo

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 100 #106


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 100

de escalares, seja linear.

(b) F(u) = (1, 0, 1, 1). Observe que tal funca o nao poderia ser linear,
pois F((0, 0, 0, 0)) = (1, 0, 1, 1) , (0, 0, 0, 0).
Observe ainda que F, como definida acima, e tal que
F(ku) = (1, 0, 1, 1) , ku, k (R {1}) ou u (R4 (1, 0, 1, 1)).

(c) F(u) = (x, yz, y+z, x+t). Sejam u = (x, y, z, t), e v = (x1 , y1 , z1 , w1 ).
Entao u + v = (x + x1 , y + y1 , z + z1 , t + t1 )
F e linear, pois

(i) F(u + v) = F(x + x1 , y + y1 , z + z1 , t + t1 ) =



= x + x1 , (y + y1 ) (z + z1 ), (y + y1 ) + (z + z1 ),

(x + x1 ) + (t + t1 ) =
= (x, y z, y + z, x + t) +
+(x1 , y1 z1 , y1 + z1 , x1 + t1 ) = F(u) + F(v)

 
(ii) F(ku) = F((x, y, z, t)) = kx, k(y z), k(y + z), k(x + t) =
= k(x, y z, y + z, x + t) = kF(u)

(d) F(u) = (cosx, y, z, t). F nao e linear, pois a funca o cosseno nao e
uma transformaca o linear de R em R. 

Exerccio 4.1.3. E possvel existir uma transformaca o linear injetora


T : R3 R2 ? Por que?

SOLUC
AO
Nao e possvel existir uma transformaca o linear injetora
T : R3 R2 . Pelo Teorema do Nucleo
e da Imagem temos que

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 101 #107


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 101

dim(R3 ) = dim(Nuc(T)) + dim(Im(T)) dim(Nuc(T)) + 2, portanto


3 2 + dim(Nuc(T)) dim(Nuc(T)) 1, ou seja, T nao pode ser
injetiva. 

Mais geralmente: Seja T : Rn+1 Rn , T transformaca o linear


onde n 1, n N. T nao pode ser injetora.

Exerccio 4.1.4. E possvel existir uma transformaca o linear sobrejetora


T : R2 R3 ? Por que?

SOLUC
AO
Nao e possvel existir uma uma transformaca o linear sobrejetora
T : R2 R3 . Pelo Teorema do Nucleo
e da Imagem temos que
dim(R2 ) = dim(Nuc(T)) + dim(Im(T)), portanto dim(Im(T)) 2 ,
ou seja, T nao e pode ser sobrejetora ja que a dimensao do espaco
contra-domnio e 3, Im(T) ( R3 . 

Observaca o 4.1.1. Mais geralmente: Seja T : Rn Rn+1 , T


transformaca o linear onde n 1, n N. T nao pode ser sobrejetora.
Observe que estamos trabalhando com espacos vetoriais de dimensao finita.
O Teorema do Nucleo
e necessariamente valido
e da Imagem nao para
transformaco es cujos domnios sejam espacos vetoriais de dimensao infinita.
Ver Apendice I.

Exerccio 4.1.5. Seja T : R2 R2 transformaca o linear. Mostre que se


T nao e sobrejetora, entao T nao e injetora.

SOLUC
AO
Basta aplicarmos o Teorema do Nucleo
de da Imagem, se T nao e
sobrejetiva,
T : R2 R2 , temos dim Im(T) < 2 dim Nuc(T) > 0 (pois
dim Nuc(T) = 2dim(Im(T)), pelo Teorema do Nucleo
e da Imagem),
ou seja, T nao e injetiva. 

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 102 #108


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 102

Observaca o 4.1.2. Mais geralmente: Seja T : Rn Rn , n 1, n N,


T transformaca o linear. T nao e sobrejetora T nao e injetora. Vale
o resultado mais geral: Todo operador linear, entre espacos de di-
finita, e injetivo se, e somente se, e sobrejetivo. Da, um
mensao
operador linear injetivo e sobrejetivo e vice-versa e, portanto, e um
automorfismo. Isto e uma consequ encia do Teorema do Nucleo
e da
Imagem.

Exerccio 4.1.6. Seja P3 = conjunto dos polinomios com grau menor ou


igual a 3, e
T : P3 P3
f
f (derivada)

(a) Mostre que P3 e um espaco vetorial de dimensao 4.

(b) Mostre que T e uma transformaca o linear.

(c) Determine Ker(T) e Im(T) e encontre uma base para cada um destes
subespacos vetoriais.

SOLUC
AO

(a) Observe que o conjunto = {1, t, t2 , t3 } e uma base para P3 . E


como dimensao de um espaco vetorial e um invariante, ou seja
, nao depende da base escolhida, temos que a dimensao de P3
e 4 (Ver a Lista de Exerccios : Espacos Vetoriais sobre R ou C).

(b) Devemos mostrar que a funca o T satisfaz as condicoes


para ser
uma transformaca o linear.
X
3 X
3
i
Sejam f (t) = ai t , g(t) = bi ti P3 e k K( corpo de
i=0 i=0

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 103 #109


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 103

3
X X 3
escalares). Observe que T( f (t)) = T
i

ai t = iai ti1 , da
i=0 i=1

3
X X3
i
(i) T(( f + g)(t)) = T (ai + bi )t = i(ai + bi )ti1 =
i=0 i=1
X
3 X
3
= iai ti1 + ibi ti1 =
i=1 i=1
3 3
X X
= T i
ai t + T bi t =
i

i=0 i=0
= T( f (t)) + T(g(t))

3
X X3 X 3

(ii) T(k f (t)) = T (kai )t = i i1
(kiai )t = k( iai ti1 ) =
i=0 i=1 i=1
3
X
= kT ai ti = kT( f (t))
i=0

i e ii sao satisfeitas, podemos concluir que


Como as condicoes
T e linear.

(c)


Ker(T) = Nuc(T) = { f P3 tal que f (t) = 0} =
X
3 X
3
i
= { f (t) = ai t , ai K, | iai ti1 = 0} =
i=0 i=1
X
3
= { f (t) = ai ti | ai = 0, i = 1, . . . , 3} =
i=0
= { f (t) = a0 ; a0 K}.


Im(T) = {g P3 | f P3 tal que f (t) = g(t)} = P2 . De fato,

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 104 #110


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 104

X
2 X
3
ai1 i
i
para g(t) = ai t P2 considere f (t) = ( )t + k,
i
i=0 i=1

X
2
k (constante) K. Observe que f (t) = ai ti = g(t). 
i=0

Exerccio 4.1.7. Considere a transformaca o linear

T : R3 R3 dada por T(x, y, z) = (z, x y, z).

(a) Determine uma base do nucleo


de T.

(b) De a dimensao da imagem de T.

(c) T e sobrejetora? Justifique.

(d) Faca um esboco de KerT e ImT.

SOLUC
AO

(a) Ker(T) = {v = (x, y, z) R3 | T(v) = (0, 0, 0)}, ou seja,


Ker(T) = {v R3 | (z, x y, z) = (0, 0, 0)}, portanto
v Ker(T) v = (x, y, z), onde x = y e z = 0,
ou seja, v Ker(T) v = (x, x, 0). Logo Ker(T) = [(1, 1, 0)].

(b) Pelo Teorema do Nucleo


e da Imagem, temos que dim(R3 ) =
= dim(Ker(T)) + dim(Im(T)), portanto 3 = 1 + dim(Im(T))
dim(Im(T)) = 2.

(c) T nao e sobrejetora, pois a dimensao do espaco contra-domnio


e 3 (= dim(R3 )) e dim(Im(T)) = 2, ou seja, Im(T) ( R3 .

(d) v Ker(T) v = (x, x, 0), ou seja, Ker(T) = [(1, 1, 0)]. Portanto,

Ker(T) = {(x0 , y0 , z0 ) R3 | (x0 , y0 , z0 ) = t (1, 1, 0) algum t R},

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 105 #111


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 105

ou seja, Ker(T) e a reta, contida em R3 , que passa pela origem e


tem a direca o do vetor (1, 1, 0).
Esboco de Ker(T):

Im(T) = {w R3 | v R3 tal que T(v) = w}.


Observemos que pela expressao de T,

T(x, y, z) = (z, x y, z) = z (1, 0, 1) + (x y) (0, 1, 0)

portanto, Im(T) = [(1, 0, 1), (0, 1, 0)]. Observemos tambem que


{(1, 0, 1), (0, 1, 0)} e L.I.(linearmente independente).
Im(T) e o plano que passa pelos pontos (0, 0, 0) (origem),
(1, 0, 1) e (0, 1, 0).
Esboco de Im(T):

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 106 #112


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 106

Exerccio 4.1.8. Seja T : E E um operador linear. Prove que T2 0


se, e somente se, Im(T) Nuc(T).

SOLUC
AO
v E, T(T(v)) = T2 (v) = 0 T(v) Nuc(T), v E Im(T)
Nuc(T). 

Exerccio 4.1.9. Tome em P3 (R) as bases = {1, t, t2 , t3 } e




= {1, 1 + t, t + t2 , t2 + t3 }. Calcule as matrizes [D] , [D] , [D] , onde

D : P3 (R) P3 (R) e o operador derivaca o.

SOLUC
AO

(i) Observemos que:


D(1) = 0 = 0 1 + 0 (1 + t) + 0 (t + t2 ) + 0 (t2 + t3 );
D(t) = 1 = 1 1 + 0 (1 + t) + 0 (t + t2 ) + 0 (t2 + t3 );
D(t2 ) = 2t = 2 1 + 2 (1 + t) + 0 (t + t2 ) + 0 (t2 + t3 );
D(t3 ) = 3t2 = 3 1 3 (1 + t) + 3 (t + t2 ) + 0 (t2 + t3 )

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 107 #113


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 107


0 1 2 3

0 0 2 3

da [D] =



0 0 0 3

0 0 0 0

(ii) Observemos que:


D(1) = 0 = 0 1 + 0 (t) + 0 (t2 ) + 0 (t3 );
D(1 + t) = 1 = 1 1 + 0 (t) + 0 (t2 ) + 0 (t3 );
D(t + t2 ) = 1 + 2t = 1 1 + 2 (t) + 0 (t2 ) + 0 (t3 );
D(t2 + t3 ) = 2t + 3t2 = 0 1 + 2 (t) + 3 (t2 ) + 0 (t3 )

0 1 1 0

0 0 2 2

da [D] =


0 0 0 3

0 0 0 0

(iii) Observemos que:


D(1) = 0 = 0 1 + 0 (1 + t) + 0 (t + t2 ) + 0 (t2 + t3 );
D(1 + t) = 1 = 1 1 + 0 (1 + t) + 0 (t + t2 ) + 0 (t2 + t3 );
D(t + t2 ) = 1 + 2t = 1 1 + 2 (1 + t) + 0 (t + t2 ) + 0 (t2 + t3 );
D(t2 + t3 ) = 2t + 3t2 = 1 1 1 (1 + t) + 3 (t + t2 ) + 0 (t2 + t3 )

0 1 1 1

0 0 2 1

da [D] = 
0 0 0
3
0 0 0
0

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 108 #114


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 108

Exerccio 4.1.10.
Seja V o espaco vetorial de matrizes 2 X 2 com base canonica


1 0 0 1 0 0 0 0

, , ,
=
0 0 0 0 1 0 0 1



a b
(a) Se T : V R2 e dada por T = (a + d, b + c).

c d

Ache [T] onde e a base canonica do R2 .

2 1

1 1
2
(b) Se S : R V e [S] = .

1 0

0 1

1 0
Ache S e, se for possvel, (a, b) tal que S(a, b) = .

0 1

SOLUC
AO

(a)
1 0 0 1
T = (1, 0) T = (0, 1)
0 0 0 0


0 0 0 0
T = (0, 1)
T = (1, 0)

1 0 0 1

1 0 0 1
Portanto [T] =
0 1 1 0

(b)
2 1 2x + y

1 1 x x y

[S(x, y)] = =

1 0 y x

0 1 y

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 109 #115


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 109

Da,


1 0
S(x, y) = (2x + y) + (x y) 0 1 x 0 0 +
0 0 0 0 1 0

0 0
+y =
0 1

2x + y x y
=
x y


1 0
Nao e possvel obter (a, b) tal que S(a, b) = ,

0 1
pois


2a + b = 1




2a + b a b
1 0
ab=0
=
a b 0 1
a = 0




b = 1.

Observe que este sistema e impossvel. 

Exerccio 4.1.11. Ache a transformaca o linear T : R3 R2 tal que


T(1, 0, 0) = (2, 0), T(0, 1, 0) = (1, 1) e T(0, 0, 1) = (0, 1). Encontre
v R3 tal que T(v) = (3, 2).

SOLUC
AO
Considere = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)}, = {(1, 0), (0, 1)} as bases
canonicas
de R3 e R2 , respectivamente
A representaca o matricial de T em relaca o a` s bases canonicas
e :

2 1 0
[T] =

0 1 1

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 110 #116


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 110

Portanto,

x

seja v R ; [v] = y .
3

z

x
2 1 0 2x + y
[T(x, y, z)] = y =
0 1 1 y z
z

Ou seja, T(x, y, z) = (2x + y) (1, 0) + (y z) (0, 1) = (2x + y, y z).

Considere = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)}, a base canonica


do R3 ,

x

e seja [v] = y ;

z
Pelo
item a) temos que T(x, y, z) = (2x + y, y z) = (3, 2). Portanto,


2x + y = 3 3y

, ou seja, v = ( 2 , y, y 2). Em particular, v = ( 32 , 0, 2)
yz= 2
e tal que T(v) = (3, 2) 

Exerccio 4.1.12. Sejam = {(1, 1), (0, 2)} e = {(1, 0, 1), (0, 1, 2),
(1, 2, 0)} bases de R2 e R3 , respectivamente e

1 0

[T] = 1 1



0 1

(a) Ache T.

(b) Se S(x, y) = (2y, x y, x), ache [S] .

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 111 #117


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 111


1 0

(c) Ache uma base de R3 tal que [T] = 0 0

0 1

SOLUC
AO

1 0
(a) Considere [I]can
= 1 1 a matriz mudanca da base canonica

2 2
do R2 para a base ,


1 0 1


e [I]can = 0 1 2 a matriz mudanca da base para a base


1 2 0
canonica
do R3 .
A matriz que representa a transformaca o T em relaca o a` s bases
canonicas
do R2 e R3 pode ser obtida pelo seguinte produto
matricial:


[T]can
can = [I]can [T] [I] =
can


1 0 1 1 0
1 0
= 0 1 2 1 1 1 1 =
2 2
1 2 0 0 1
1 1
2 2

= 12 1 2
.


2 1

Portanto,

1 1
xy

2 2 x 2
= = ,
1 1 xy
[T(x, y)]can 2 2 2
y
2 1 2x + y
ou seja,

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 112 #118


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 112

xy xy
T(x, y) = ( 2 ) (1, 0, 0) + ( 2 ) (0, 1, 0) + (2x + y) 0, 0, 1)

xy xy
T(x, y) = ( , , 2x + y)
2 2

0 2

(b) Como S(x, y) = (2y, x y, x), entao [S]can 1 1 .
can =

1 0
A representaca o matricial da transformaca o linear S em
relaca o a` s bases e pode ser obtida pelo seguinte
produto matricial:

[S] = [I]can can


[S]can [I]can =

1
1 0 1 0 2 1
1 0

= 0 1 2 1 1 1 1 =
2 2
1 2 0 1 0
4 2 1
3 0 2
2 1 2
3 3 1 0

= 3 3
1 1 =
1 32 1


1 2
3 3 3 1 0
11 20
3 3

= 3
4 10 .
3
5 8
3 3

11 20


3 3
Portanto, [S] =
4
3
10
3
.

5 8

3 3

(c) Seja {vi = (xi , yi , zi )}, i = 1, 2, 3 a base . Como


1 0 1 0

[T] = 0 0 temos que [T(1, 1)] = 0
e [T(0, 2)] = 0


0 1 0 1

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 113 #119


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 113

portanto, T(1, 1) = 1 v1 + 0 v2 + 0 v3 = v1 e
T(0, 2) = 0 v1 + 0 v2 + 1 v3 = v3 . Usando o item a) temos
T(1, 1) = (1, 1, 1) e T(0, 2) = (1, 1, 2). Logo (1, 1, 1) = v1
e (1, 1, 2) = v3 sao dois vetores que compoem
tal base e,
portanto, basta escolhermos v2 < [(1, 1, 1), (1, 1, 2)].

Outra maneira: Seja {vi = (xi , yi , zi )}, i = 1, 2, 3 a base , con-


sidere a matriz mudanca da base para a base canonica
do
R3
x1 x2 x3

= y1 y2 y3 .

[I]can

z1 z2 z3


[T]can
can = [I]can [T] [I] =
can


x1 x2 x3 1 0
1 0
= y1 y2 y3 0 0 1 1 =
2 2
z1 z2 z3 0 1

x1 + 12 x3 12 x3

= y1 + 12 y3 12 y3

z1 + 12 z3 12 z3

1 1

x1 + 12 x3 1
2 x3
2 2
Da, 1
2
1
2
= y + 1 y
1 2 3
1
2 y3
.


2 1 z1 + 12 z3 1
2 z3

Logo, (1, 1, 1) = v1 , (1, 1, 2) = v3 e podemos escolher como


 
v2 qualquer vetor em R3 [(1, 1, 1), (1, 1, 2)] . 

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 114 #120


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 114

Exerccio 4.1.13. Seja T : R2 R2 uma reflexao atraves da reta y = 3x.

(a) Encontre T(x, y).

(b) Encontre uma base de R2 , tal que




1 0
[T] =
0 1

SOLUC
AO

(a) Considere no plano as retas s : y = 13 x e r : y = 3x. Observe que


sr.
Considere tambem v1 = (1, 3) vetor direca o da reta r, e
v2 = (3, 1), vetor direca o da reta s.
Observe que {v1 , v2 } e LI , pois sao vetores ortogonais (sr) e,
portanto, = {v1 , v2 } forma uma base para o R2 .
T(1, 3) = (1, 3), pois T e uma reflexao e, portanto, T preserva
v R2 , v k (1, 3). T(3, 1) = (3, 1).
Logo, a representaca o matricial da transformaca o acima em

1 0
relaca o a` base = {(1, 3), (3, 1)} e : [T] =
0 1
Vamos determinar a representaca o matricial da
transformaca o T, definida acima, em relaca o a` base canonica.


[T]can can
can = [I]can [T] [I] =
1 3
4 3

1 3 1 0
= 10 10 = 5 5
3 1 0 1 3
10
1
10
3
5
4
5

4 3

x
Portanto [T(x, y)]can = 5
3
5
4
.
y
5 5

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 115 #121


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 115

(b) Podemos considerar um conjunto qualquer {w1 , w2 } onde


w1 k (1, 3) e w2 k (3, 1). Em particular, poderamos considerar
= {(1, 3), (3, 1)}.

y y

3 v1 3
T(v1 ) = v1

v2
x x
3 2 1 1 2 3 4 3 2 1 1 2 3 4
T(v2 ) = v2


Exerccio 4.1.14.
Seja T : R3 R3 onde T(v) e a projec a o do vetor no plano 3x + 2y + z = 0.

(a) Encontre T(x, y, z).

(b) Encontre uma base ordenada de R3 , tal que



1 0 0

[T] = 0 0 0


0 0 1

SOLUC
AO

(a) Considere = {v = (x, y, z) R3 | 3x + 2y + z = 0}, portanto,


v = (x, y, 3x 2y) = x(1, 0, 3) + y(0, 1, 2), da =
= [(1, 0, 3), (0, 1, 2)]. Observe que o vetor (3, 2, 1) e paralelo a`
n , a normal do plano .

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 116 #122


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 116

O conjunto = {(1, 0, 3), (3, 2, 1), (0, 1, 2)} forma uma base
para o R3 e e tal que T(1, 0, 3) = (1, 0, 3), T(0, 1, 2) = (0, 1, 2),
pois T(v) = v, v e T(3, 2, 1) = (0, 0, 0), pois (3, 2, 1) k n .

A representaca o matricial da transformaca o T em relaca o a` base


e dada por:

1 0 0


[T] = 0 0 0 . Vamos determinar a representaca o matri-


0 0 1
cial da transformaca o T, definida acima, em relaca o a` base
canonica.


[T]can
can = [I]can [T] [I] =
can

1 3 3

1 3 0 1 0 0
14 7 14
= 0 2 1 0 0 0 3
14
1
7
1
14
=

3 5 1

3 1 2 0 0 1 7 7 7
1 3 3
14 7 14

= 3 5 1 .
79 1
7 7
13
14 7 14

1 3 3

x
14 7 14
Portanto, [T(x, y, z)]can = 3
7
5
7
1
7
y .

9 1 13

14 7 14 z

(b) Como T(v) = v, v e T(w) = 0, w k (3, 2, 1) podemos


considerar = {v1 , v2 , v3 }, onde v1 , v3 , tal que {v1 , v3 } seja
LI(linearmente independente) e v2 k (3, 2, 1). Em particular,
poderamos tomar = {(1, 0, 3), (3, 2, 1), (0, 1, 2)}. 

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 117 #123


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 117

Exerccio 4.1.15.
Seja L : R3 R3 onde L e a reflexao atraves do plano
3x + 2y + z = 0.

(a) Encontre L(x, y, z).

(b) Encontre uma base ordenada de R3 , tal que



1 0 0


[T] = 0 1 0


0 0 1

SOLUC
AO

(a) Considere = {v = (x, y, z) R3 | 3x + 2y + z = 0}, portanto,


v = (x, y, 3x 2y) = x(1, 0, 3) + y(0, 1, 2), da
= [(1, 0, 3), (0, 1, 2)]. Observe que o vetor (3, 2, 1) e
paralelo a` n , a normal do plano . O conjunto
= {(1, 0, 3), (0, 1, 2), (3, 2, 1)} forma uma base para o R3 e e
tal que T(1, 0, 3) = (1, 0, 3), T(0, 1, 2) = (0, 1, 2) pois T(v) =
v, v e T(3, 2, 1) = (3, 2, 1), pois (3, 2, 1) k n .
A representaca o matricial da transformaca o T em relaca o a` base
e dada por:

1 0 0

[T] = 0 1 0 .



0 0 1

Vamos determinar a representaca o matricial da transformaca o

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 118 #124


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 118

T, definida acima, em relaca o a` base canonica.



[T]can
can = [I]can [T] [I] =
can

5 3 3

1 0 3 1 0 0
14 7 14
= 0 1 2 0 1 0

3
7
5
7
1
7
=

3 1 1

3 2 1 0 0 1 14 7 14
2 6 3
7 7
7

= 6 3 2 .
7
3 7 7
2 6
7 7 7

2 6 3

x
7 7 7
Portanto, [T(x, y, z)]can = 6
7
3
7
2
7
y .

3 2 6

7 7 7 z

(b) Como T(v) = v, v e T(w) = 0, w k (3, 2, 1) podemos


considerar = {v1 , v2 , v3 }, onde v1 , v2 , tal que {v1 , v2 } seja
L.I.(linearmente independente) e v3 k (3, 2, 1). Em particular,
poderamos tomar = {(1, 0, 3), (0, 1, 2), (3, 2, 1)}. 

Exerccio 4.1.16.
Seja T L(V). Se para algum 0 , 0, tem-se 0 I + 1 T + + m Tm 0,
prove que o operador T e invertvel.
SOLUC
AO
De fato,
0 I + 1 T + + m Tm 0

0 I(v) = (1 T + + m Tm ) (v), v V
 
1 m m1
I(v) = T + + T (v), v V
0 0
 
1 m m1
I(v) = + + T T(v), v V. 
0 0

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 119 #125


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 119

Exerccio 4.1.17.
Dadas as transformaco es lineares T : E F, S : F G, com dim E <
dim F < e dim G < , assinale V (verdadeiro) ou F (falso) nas
seguintes implicaco es:

(a) ( ) ST e sobrejetiva S e sobrejetiva.

(b) ( ) ST e sobrejetiva T e sobrejetiva.

(c) ( ) ST e injetiva S e injetiva.

(d) ( ) ST e injetiva T e injetiva.

Prove ainda que se E = F = G, entao as quatro implicaco es sao


verdadeiras.

SOLUC
AO

(a) ( V ) ST e sobrejetiva S e sobrejetiva.


Demonstraca o: De fato, w G, v E tal que
ST(v) = w w G, T(v) F tal que S(T(v)) = w.

(b) ( F) ST e sobrejetiva T e sobrejetiva.


Contra-exemplo: Considere
D : Pn+1 (R) Pn (R) S : Pn (R) Pn+1 (R)
e R
p(x) 7 p (x) p(x) 7 p(x)

Observe que o DS = I : Pn (R) Pn (R) e o operador identi-


dade, mas S nao e sobrejetiva.

(c) ( F ) ST e injetiva S e injetiva.


Contra-exemplo: Considere
D : Pn+1 (R) Pn (R) S : Pn (R) Pn+1 (R)
e R
p(x) 7 p (x) p(x) 7 p(x)

Observe que o DS = I : Pn (R) Pn (R) e o operador identi-


dade, mas D nao e injetiva.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 120 #126


i i

Seca o 2 Exerccios Resolvidos 120

(d) ( V ) ST e injetiva T e injetiva. Demonstraca o: De fato,


sejam u, v E, tal que T(u) = T(v) S(T(v)) = S(T(w))
v = w, pois ST e injetiva.

Se supusermos que E = F = G, entao BA e injetiva A e


injetiva B e injetiva.
BA sobrejetiva BA e injetiva A e injetiva A e
sobrejetiva.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 121 #127


i i

121

4.2 Exerccios Propostos


1. Considere a matriz da transformaca o linear T dada por:

1 2 3 5
4

1 1 4 3 6


1 4 1 6 5


1 1 6 1 4

(a) Qual a nulidade de T?

(b) Determine uma base para o nucleo


de T.

(c) Qual a dimensao da imagem de T?

(d) Determine uma base para a imagem de T.

2. Seja T uma transformaca o em R2 : T(x, y) = (k.x, x + y), k R,

(a) prove que T e linear;

(b) determine k de modo que a transformaca o T seja inversvel e,


para cada um desses valores, obtenha a transformaca o inversa
T1 ;

(c) considere k = 0. Determine a dimensao e uma base do nucleo


de
T.

3. Seja T uma transformaca o linear em R3 , onde


T(1, 0, 0) = (10, 3, 1), T(0, 1, 0) = (5, 3, 4) e T(0, 0, 1) = (4, 6, 10),
determine T(v) onde v = (9, 4, 9).

4. Considere o espaco vetorial real M2 (R) das matrizes quadradas


de ordem 2. Seja T uma transformaca o definida em M2 (R) :
T(A) = A At , A M2 (R),

(a) mostre que T e uma transformaca o linear;

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 122 #128


i i

Seca o 3 Exerccios Propostos 122

(b) determine o nucleo


de T, a sua dimensao e uma base;

(c) determine a matriz que representa a transformaca o linear T,


supondo fixada a base canonica
no espaco M2 (R).

5. Seja P2 (R) o espaco vetorial dos polinomios


de coeficientes reais de
grau menor ou igual 2, considere a transformaca o linear T, de P2 (R)
em si mesmo, definida por T[p(x)] = p(x + 1) p(x), p(x) P2 (R),

(a) indique, justificando, uma base para a imagem de T;

(b) determine o nucleo


da transformaca o linear T, a sua dimensao
e uma base.

6. Seja T uma transformaca o linear do espaco dos polinomios


reais
de grau menor ou igual a 2, P2 (R), na variavel x, em si proprio,

definida por:

T(1) = 1 + x; T(x) = 3 x2 ; T(x2 ) = 4 + 2x 3x2

(a) calcule T(2 2x + 3x2 );

(b) a transformaca o T tem inversa? Justifique.

7. Seja T uma transformaca o linear em R3 dada por


T(x, y, z) = (z, x y, z),

(a) indique o nucleo


de T, a sua dimensao e uma base;

(b) determine a dimensao da imagem de T;

(c) T e sobrejetora? Justifique.

8. Seja T : R2 R2 a transformaca o linear que consiste da composi-


ca o de duas transformaco es lineares em R2 : a rotaca o de a ngulo
seguida da reflexao na reta y = x. Qual a matriz de T?

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 123 #129


i i

Seca o 3 Exerccios Propostos 123

9. Seja M2 (R) o espaco das matrizes 2 2 de elementos reais e


considere a transformaca o linear R : M2 (R) M2 (R) definida por:

a b 3a + 4d 3b + 4c
R =
4b 3c 4a 3d


c d

(a) Determine a matriz A que representa R em relaca o a` base


canonica
de M2 (R). Verifique que e valida a relaca o A2 = 25I,
onde I e a matriz identidade.

(b) Mostre que R e inversvel e determine a sua inversa.

(c) Resolva a equaca o linear



1 2
R(X) =

2 1

10. Sendo T(x, y, z) = (x+2yz, y, x+7z) a formula


da transformaca o
linear T : R3 R3 e B a base canonica,
sendo B a base de R3 :

B = {(1, 0, 0), (1, 1, 0), (1, 1, 1)}

a) represente T na base B;

b) represente T na base B utilizando a matriz calculada em a);

c) obtenha uma formula


para a inversa de T;

d) represente T1 na base B .

11.(a) Verifique se a funca o T : R2 R2 , T(x, y) = (x 10y, 5y) e


linear.

(b) Considere a funca o linear T : R3 R2 tal que


T(x, y, z) = (x z, 2y + 3z). Ache o nucleo
de T e diga se o vetor
(2, 3, 2) pertence ao N(T).

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 124 #130


i i

Seca o 3 Exerccios Propostos 124

(c) Determine a funca o linear F : R2 R3 tal que F(1, 0) = (1, 2, 3) e


F(2, 1) = (0, 1, 2).

(d) Determine a matriz da funca o que executa em R2 uma rotaca o


de 90 em torno do ponto A(0, 0), seguida de uma dilataca o de
fator 3.

12. Se os vetores v1 , , vm V geram um subespaco vetorial de


dimensao r, prove que o conjunto dos vetores (x1 , , xm ) Rm
tais que x1 v1 + + xm vm = 0 e um subespaco vetorial de Rm com
dimensao m r.
Dica: Considere a transformaca o linear
(x1 , , xm ) 7 x1 v1 + + xm vm de Rm em V e aplique o Teorema
do Nucleo
e da Imagem.
13. Sem fazer hipoteses
sobre as dimensoes
dos espacos vetoriais,
sobre um mesmo corpo K, E e F, sejam T : E F e
S : F E transformaco es lineares. Se TS e invertvel, prove que T
e sobrejetiva e S e injetiva. Se TS e ST sao invertveis, prove que T
e S sao invertveis. Dica: Use a definica o de transformaca o bijetiva
(invertvel) e o exerccio 17.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 125 #131


i i

125

4.3 Apendice
Algumas consideracoes:


Teorema 4.3.1. NUCLEO E IMAGEM
Sejam E, F espacos vetoriais de dimensao finita. Para toda transformaca o
linear

T : E F tem-se dim(E) = dim(Ker(T)) + dim(Im(T)).


Ver HOFFMAN, Kenneth & KUNZE, Ray. Algebra
Demonstracao:
Linear. Editora Polgono: Sao Paulo. 1971.

Corolario 4.3.2. Sejam E, F espacos vetoriais, dim E = dim F = n. Uma


transformaca o linear T : E F e injetiva se, e somente se, e sobrejetiva e
portanto e um isomorfismo.
Demonstracao:
Ver HOFFMAN, Kenneth & KUNZE, Ray. Algebra
Linear. Editora Polgono: Sao Paulo. 1971..

O corolario acima nao e necessariamente valido num espaco


vetorial de dimensao infinita.

Vejamos os seguintes exemplos:

1. Seja T : R R definida por:


T(x1 , x2 , x3 , ) = (0, x1 , x2 , x3 , ). T e um operador linear in-
jetivo que nao e sobrejetivo, observe que as sequ
encias
(k, 0, 0, 0, ) < Im(T), k (R {0}).

2. Seja T : R R definida por: T(x1, x2 , x3 , ) = (x2 , x3 , x4 , ).


T e um operador linear sobrejetivo que nao e injetivo, observe
que T(x1 , 0, 0, 0, ) = (0, 0, 0, 0, ) e, portanto, (x1 , 0, 0, 0, )
Nuc(T), x1 R.

Proposica o 4.3.3. Seja T L(V), dim V = n(< ). Se S L(V) tal


que S T = In , entao T e inversvel e S = T1 .

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 126 #132


i i

Seca o 4 Apendice 126

Demonstracao:
Ver LIMA, Elon Lages. Algebra Linear. Coleca o Matematica
Universitaria. Rio de Janeiro: IMPA, 1996.

Observaca o 4.3.4. Se T: V W e S: W V sao funco es


quaisquer e S T = I, entao T e injetiva e S e sobrejetiva.

A proposica o acima nao e necessariamente valida num espaco


vetorial de dimensao infinita.

Vejamos o seguinte exemplo:

1. Considere
T : R[x] R[x] S : R[x] R[x]
R e .
p(x) p(x)dx p(x) p (x)
Observemos que S T(p(x)) = p(x),
contudo T S(p(x)) = p(x) + C, C constante real (Ver
Teorema Fundamental do Calculo).

OPERADORES NILPOTENTES

Definica o 4.3.5. T L(V) e dito operador nilpotente se k N


tal que Tk 0.

Definica o 4.3.6. T L(V) e dito operador nilpotente de ndice k se


Tk 0, Tk1 , 0.

1. Considere T L(V) e suponha que exista v V tal que


Tk (v) = 0, Tk1 (v) , 0. Entao:

(a) S = {v, Tv, T2 v, , Tk1 v} e LI;


Demonstraca o: Observemos primeiramente que v , 0. Se
k = 2 temos: T(a0 v + a1 T(v)) = 0 a0 T(v) = 0 a0 = 0
a1 T(v) = 0 a1 = 0. Portanto, para k = 2 temos que
{v, Tv} e LI.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 127 #133


i i

Seca o 4 Apendice 127

Como T tem ndice k, j, 1 < j < k, T j tera ndice k j.


X
k
Sejam a0 , , ak tal que ai Tk (v) = 0
i=0k
X
k1 X
ai Tk1 (v) = 0 Tk1 ai Tk (v) = 0
i=0 i=0
X
k1
a0 Tk1 (v) = 0 a0 = 0 ai Tk1 (v) = 0
k1 i=1
X
Tk2 ai Tk (v) = 0 a1 = 0
i=1
X
k1 Xk1

( ai Tk (v)) = 0 Tk( j+1) ai Tk (v) = 0

i=j i=j
a j = 0 ak1 Tk1 (v) = 0 ak1 = 0.
Logo, S = {v, Tv, T2 v, , Tk1 v} e LI.
(b) O subespaco W gerado por S e tal que T(W) W.
Demonstraca o: Como S = {v, Tv, T2 v, , Tk1 v} e LI,
basta observarmos que:
T(Ti (v)) = Ti+1 (v) W, i = 0, , k 1.

(c) A restrica o de T ao subespaco W e nilpotente.


Demonstraca o: Como o conjunto S e uma base para W =
[S] e T(W) W, a matriz que representa a transformaca o
T |W : W W em relaca o a` base S e :


0 0 0 0

1 0 0 0


[T]S =
S 0 1 0 0 .

.. . . . . .. ..
. . . . .


0 0 1 0

Observe que: ([T]SS )k 0

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 128 #134


i i

Seca o 4 Apendice 128

Observaca o 4.3.7. Com o argumento exposto acima, podemos concluir


que:
Se dimV = n entao T e nilpotente de ndice n se, e somente se, existe
uma base de V na qual a matriz de T e :

0 0 0 0

1 0 0 0


0 1 0 0

.. . . . . . . ..
. . . . .


0 0 1 0

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 129 #135


i i

129

4.4 Diagonalizaca o
K corpo.

Definica o 4.4.1. Sejam T L(V) e V espaco vetorial sobre o corpo K, de


dimensao n. Dizemos que K e um autovalor de T se existe v (V \ {0})
tal que T(v) = v. Neste caso, dizemos que v e um autovalor de T associado
a .

Definica o 4.4.2. Sejam T L(V), = {v1 , , vn } e = {1 , , n }



bases de V, observemos que det([T] xIn ) = det([T] xIn ). Definimos

pT (x) = det([T] xIn ) como o polinomio caracterstico de T. As razes
deste polinomio sao os autovalores de T.

Observaca o 4.4.3. A definica o de polinomio caracterstico independe da


matriz da transformaca o do operador T, ou seja, nao depende da base esco-
lhida para o espaco vetorial V.

Teorema 4.4.4. Autovetores associados a autovalores distintos sao LI.



Proposica o 4.4.5. Sejam T L(V), dim V = n , e bases de V.

Quando e autovalor de T, o conjunto Ker([T] In ) e um subespaco


vetorial de V e e isomorfo Ker([T] In ).

Definica o 4.4.6. Sejam T L(V), dimV = n e uma base de V. Quando



e autovalor de T, o conjunto Ker([T] In ) e chamado de autoespaco
associado a .
Notaca o: E = Ker(T In ).

Definica o 4.4.7. Sejam V espaco vetorial sobre F, T : V V (operador


linear) e W V, subespaco de V. Dizemos que W e T invariante se
T(W) W.

Proposica o 4.4.8. Sejam T L(V), dim V = n e uma base de V. Seja



autovalor de T, E = Ker([T] In ) e um subespaco T-invariante .

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 130 #136


i i

Seca o 5 Diagonalizaca o 130

Definica o 4.4.9. Seja T L(V), dim V = n. O operador T e dito


diagonalizavel se existe uma base de V formada por autovetores de T.

Proposica o 4.4.10. Seja T L(V), dim V = n < . Existe um unico



polinomio monico de menor grau com coeficientes em K, mT (x), tal que
mT (T) 0. Este polinomio e chamado de polinomio minimal de T.

Teorema 4.4.11. (Cayley - Hamilton) Seja pT (x) o polinomio caracterstico


de T L(V), onde dim V = n < . Entao pT (T) 0, ou seja, T anula
seu polinomio caracterstico.

Proposica o 4.4.12. K[x] domnio de fatoraca o unica.


Seja T L(V),
dim V = n. O polinomio minimal de T divide em K[x] o polinomio
caracterstico de T, ou seja, mT (x) | pT (x). Mais ainda, se e autovalor de
T, entao mT () = 0, ou seja, mT () tem os mesmos fatores irredutveis
que pT (x) .

Proposica o 4.4.13. K[x] domnio de fatoraca o unica.


Seja T L(V),
dim V = n. T e diagonalizavel se, e somente se, mT (x) e um produto de
polinomios lineares distintos em K[x].

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 131 #137


i i

131

4.4.1 Exerccios Resolvidos

Exerccio 4.4.1. Se A satisfaz a equaca o x2 5x 2 = 0, mostre que:


(A5I)
(a) A1 = 2

(b) A4 = 145A + 54I

(c) A5 = 779A + 290I

SOLUC
AO

(a) Temos que:

A2 5A 2I = 0 (A 5I)A = A(A 5I) = 2I

(A 5I) (A 5I) (A 5I)


A=A = I, ou seja, A1 = .
2 2 2

(b) A2 = 5A + 2I = 0

A4 = (5A + 2I)(5A + 2I) =


= 25A2 + 20A + 4I =
= 25(5A + 2I) + 20A + 4I = 175A + 54I.

(c)

A5 = A4 A = (175A + 54I)A = 175A2 + 54I = 779A + 290I. 

Exerccio 4.4.2. Sejam A e B matrizes semelhantes, mostre que A e B tem


o mesmo polinomio caracterstico, logo os mesmos autovalores.

Dem: A e B sao semelhantes se, e somente se, P inversvel (e


de mesma ordem que A e B) tal que P A P1 = B.
Temos que:

det(B xIn ) = det(P A P1 xP In P1 ) = det(P (A xIn ) P1 ) =

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 132 #138


i i

Subseca o 5.1 Exerccios Resolvidos 132

= det(P) det(A xIn ) det(P1 ) = det(A xIn ). 

Exerccio 4.4.3. Sejam TA : R3 R3 linear, a base canonica


do R3 , = {(0, 1, 1), (0, 1, 0), (1, 0, 1)} e

2 0 1

[T]
= 0 3 1


0 0 3

(a) Encontre o polinomio caracterstico de T, os autovalores de T e os


autovetores correspondentes.

(b) Ache [T] e o polinomio caracterstico. Que observaca o voce faz a este
respeito?

(c) Encontre uma base de R3 , se for possvel, tal que [T] seja diagonal.

SOLUC
AO

(a)

pT (x) = det([T] xI3 )



2 x 0 1



= 0 3 x 1 =


0 0 3 x
= (2 x)(3 x)2 .

Os autovetores associados ao autovalor 2:


2 0 1 x x

0 3 1 y = 2 y z = y = 0 .


0 0 3 z z

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 133 #139


i i

Subseca o 5.1 Exerccios Resolvidos 133

Portanto, E2 = [(1, 0, 0)].


Os autovalores associados ao autovalor -3:


2 0 1 x x

0 3 1 y = 3 y z = x = 0 .


0 0 3 z z

Portanto, E3 = [(0, 1, 0)].

(b)


[T] = [I] [T] [I] =

1 0 1 2 0 1 0 0 1


= 1 1 1 0 3 1 1 1 0 =


1 0 0 0 0 3 1 0 1

4 0 6

= 2 3 7 .

1 0 3


Como [T] e [T] sao semelhantes, podemos concluir que pos-
suem o mesmo polinomio
caracterstico( Ver exerccio 2, acima).

(c) Observe que mT (x) = (2 x)(3 x)2 , portanto T nao e diagona-


lizavel. Logo, nao e possvel encontrar tal base. Observe ainda
que E3 + E2 , R3 . 

Observaca o 4.4.14. Consideramos mT (x) polinomio monico.

Exerccio 4.4.4. Seja A uma matriz 3 X 3 triangular superior com todos


os elementos acima da diagonal distintos e nao nulos.

a b c

A = 0 d e

0 0 f

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 134 #140


i i

Subseca o 5.1 Exerccios Resolvidos 134

(a) Quais sao os autovalores e autovetores de A?

(b) Qual e o polinomio minimal de A?

SOLUC
AO

(a)

pA () = det(A I3 ) =

a b c

=
= det 0 d e

0 0 f
= (a )(d )( f ).

Os autovalores de A sao: a, d, f .
Autovetores associados ao autovalor a:


a b c x x

0 d e y = a y


0 0 f z z


by + cz = 0

n


(d a)y + ez = 0 z=y=0


( f a)z = 0

Portanto, Ea = Ker(A aI3 ) = [(1, 0, 0)].

Autovetores associados ao autovalor d:


a b c x x

0 d e y = d y


0 0 f z z

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 135 #141


i i

Subseca o 5.1 Exerccios Resolvidos 135



(a d)x + by + cz = 0



(a d)x + by = 0

ez = 0


z=0
( f d)z = 0

Portanto,
" !#
b
Ed = Ker(A dI3 ) = , 1, 0 .
(a d)

Obs: a , d.

Autovetores associados ao autovalor f:


a b c x x

0 d e y = f y


0 0 f z z


eb c(d f )z
(a f )x + by + cz = 0
x=


(a f )(d f )




(d f )y + ez = 0



fz = fz
e

y=
(d f )

Portanto,
" !#
eb c(d f )z e
E f = Ker(A dI3 ) = , ,1 .
(a f )(d f ) (d f )

Obs: a , d, d , f .

(b) Como o polinomio


caracterstico de A e um produto de fatores
lineares distintos, segue que
mA (x) = pA (x) = (a x)(d x)( f x). 

Observaca o 4.4.15. Consideramos mT (x) polinomio monico.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 136 #142


i i

Subseca o 5.1 Exerccios Resolvidos 136

Exerccio 4.4.5. Seja T um operador linear sobre P2 (R) dado por

T(a0 + a1 x + a2 x2 ) = 4a0 (a1 6a2 )x + a1 x2

(a) determine o polinomio caracterstico os autovalores de T;

(b) responda, justificando: T e diagonavel?

(c) encontre bases para cada subespaco T-invariante uni-dimensional de


P2 (R).

SOLUC
AO

(a) Considere = {1, x, x2 }, a base canonica


de P2 (R).

4 0 0

[T] = 0 1 6

0 1 0

Portanto, pT (x) = (4 x)(x + 3)(x 2).

(ii) Temos tres autovalores distintos e como autovetores associados


a autovalores distintos sao LI, segue que T e diagonalizavel e
E4 + E2 + E3 = R3 , onde dim E3 = dim E2 = dim E4 = 1.
Autovetores associados ao autovalor 4:

4 0 0 a a

0 1 6 b = 4 b b = c = 0


0 1 0 c c

Portanto, E4 = [(1, 0, 0)] = {a | a R}.


Autovetores associados ao autovalor 2:

4 0 0 a a
a=0
0 1 6 b = 2 b



b = 2c

0 1 0 c c

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 137 #143


i i

Subseca o 5.1 Exerccios Resolvidos 137

Portanto, E2 = [(0, 2, 1)] = {2cx + cx2 | c R}.


Autovetores associados ao autovalor -3:


4 0 0 a a
a=0
0 1 6 b = 3 b


b = 3c


0 1 0 c c

Portanto, E3 = [(0, 3, 1)] = {3cx + cx2 | c R}. 

Exerccio 4.4.6. Se A e B sao matrizes de ordem n,

(a) mostre que 0 e autovalor de A se e somente se A e singular;

(b) AB e BA tem os mesmos autovalores;

(c) se A e nao singular e um autovalor de A, mostre que 1 e um auto


valor de A1 .

SOLUC
AO

(a) 0 e autovalor de A v Rn , nao nulo, tal que Av = 0


Ker(A) , {0} A e singular.

(b) Seja autovalor de AB.


(i) = 0 e autovalor de AB Ker(AB) ,
, {0} Ker(BA) , {0} 0 e autovalor de BA.
(ii) Caso , 0:

e autovalor de AB v (Rn {0}) tal que


AB(v) = v B(v)(, 0) e autovetor de BA associado a
e autovalor de BA.
e autovalor de BA v (Rn {0}) tal que BA(v) =
= v A(v)(, 0) e autovetor de AB associado a
e autovalor de AB.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 138 #144


i i

Subseca o 5.1 Exerccios Resolvidos 138

(c) Observemos inicialmente que autovalor de A, , 0.


e autovalor de A v (Rn {0}) tal que
A(v) = v A1 (A(v)) = A1 (v) A1 (v) = 1 v v
(Rn {0}) e autovalor de A1 associado a 1 1
e autovalorde A1 . 

Exerccio 4.4.7. Mostre que as razes caractersticas (autovalores) de uma


matriz idempotente sao 0 ou 1, e que o posto de A e o numero
de razes
caractersticas iguais a 1.

SOLUC
AO:
Seja A matriz de ordem n. Sabemos que
A2 (v) = A(v) v Rn . e autovalor de A v (Rn {0}) tal que
A(v) = v A(A(v)) = A(v) 2 v = v (2 )v = 0
(2 ) = 0 = 1 ou = 0.
A e diagonalizavel, pois mA (x) = x(x 1), da Rn possui uma
base formada por autovetores de A, logo o posto de A e o numero

de razes caractersticas iguais a 1. 

Observaca o 4.4.16. Em particular: Diz-se que um operador T L(V)


e idempotente se T2 = T (isto e, se T T(v) = T(v) para todo v V).
Considere [T] a matriz da transformaca o T em relaca o a` base de
V (dim V < ). T e idempotente se, e somente se, [T] e idempotente.
Os autovalores de [T] sao 0 e 1. Alem disso, T e diagonalizavel ja que
mT (x) = x(x 1). 

Exerccio 4.4.8. Diz-se que um operador linear T L(V) e nilpotente se


existir um numero
inteiro positivo n tal que Tn 0 (isto e , T T T
T(v) = 0 para todo v V.)

(a) Seja T nilpotente. Encontre seus autovalores.

(b) Encontre uma matriz A22 , 0 tal que TA : R2 R2 seja


nilpotente.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 139 #145


i i

Subseca o 5.1 Exerccios Resolvidos 139

(c) Seja V um espaco vetorial de dimensao finita sobre um corpo K, mostre


que Um operador T L(V) nilpotente, nao nulo, nao e diago-
nalizavel.

SOLUC
AO

(a) Como Tn 0 para algum n N segue que


mT (x) = xk para algum k N , portanto, 0 e o unico
autovalor
de T.

(b) Observemos que: se Tn 0, T(n1) , 0 v R2 tal que


{v, T(v), , Tn1 (v)} e LI, portanto, n = 2 ( Ver Apendice II -
Transformaco es Lineares : Operadores Nilpotentes.)
Portanto, na base {v, T(v)}, com v obtido acima, T tem a seguinte
representaca o matricial:

0 0
.
1 0

Assim, todas as matrizes nilpotentes de ordem 2 nao nulas tem


ndice 2 e numa base adequada tem a mesma representaca o
acima.

(c) De fato, seja n (N {0, 1}) tal que Tn 0 mas T(n1) , 0.


Assim, mT (x) = xn . Portanto, T nao e diagonalizavel. 


3 0 0

Exerccio 4.4.9. Mostre que A = 0 2 5 nao e diagonalizavel.

0 1 2
No entanto, se A apresentar, numa certa base, um operador linear
T : V V , onde V e um espaco vetorial complexo, entao T e dia-
gonalizavel. Verifique este fato ou, equivalentemente, que existe uma matriz
com elementos complexos P33 , inversvel tal que

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 140 #146


i i

140


3 0 0

P1 A P = 0 i 0

0 0 i

SOLUC
AO

pA (x) = det(A xI3 ) =



3 x 0 0



= det 0 2x 5 = (3 x)(x2 + 1)


0 1 2 x

Como (x2 + 1) nao e fatoravel em R[x], temos que mT (x) = pT (x),


ja que eles tem os mesmos fatores irredutveis. Se estivessemos
trabalhando em C teramos:
pA (x) = (3 x)(x i)(x + i) = mT (x). Neste caso, o polinomio
mi-
nimal seria um produto de fatores lineares irredutveis e distintos.
Portanto, A seria diagonalizavel. 

Observaca o 4.4.17. Consideramos mT (x) polinomio monico.

4.4.2 Formas Canonicas


de Jordan

Definica o 4.4.18. Seja K. Um - bloco de Jordan e uma matriz


quadrada com todas as entradas da diagonal iguais a , as entradas
imediatamente abaixo da diagonal iguais a 1 e as demais entradas nulas.

Notacao: J .

Observaca o 4.4.19. Uma outra definica o que pode ser encontrada em


alguns livros para um - bloco de Jordan e : Uma matriz quadrada com
todas as entradas da diagonal iguais a , as entradas imediatamente acima
da diagonal iguais a 1 e as demais entradas nulas.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 141 #147


i i

Subseca o 5.2 Formas Canonicas


de Jordan 141

Definica o 4.4.20. Uma matriz A esta na forma canonica de Jordan se ela


e escrita com blocos de Jordan na diagonal e as outras entradas nulas, ou
seja,

J1 0 0 0

0 J2 0 0


.. ..
A = 0 0 . . 0
.. .. .
.. ..
. . . . ..

0 0 0 Jr
onde cada Ji tem um tamanho especfico nao necessariamente igual aos dos
outros.

Exemplo:

.. ..
3 . 0 0 . 0



.. ..
0 . 2 0 . 0


.. ..

0 . 1 2 . 0



.. ..
0 . 0 0 . 2
Teorema 4.4.21. Seja T L(V) onde V e um espaco vetorial sobre K,
de dimensao n. Suponhamos

pT (x) = (x 1 )s1 (x 2 )s2 (x r )sr e

mT (x) = (x 1 )d1 (x 2 )d2 (x r )dr .

Entao:

1. existe, pelo menos, um bloco de Jordan de tamanho di di associado


ao autovalor i ;

2. o numero
de blocos de Jordan de T associados ao autovalor i e a
dimensao do autoespaco associado a i , ou seja, e igual a` dimensao
de Ei = Ker(T i In ).

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 142 #148


i i

Subseca o 5.2 Formas Canonicas


de Jordan 142


Ver HOFFMAN, Kenneth & KUNZE, Ray. Algebra
Demonstracao:
Linear. Editora Polgono: Sao Paulo. 1971.

Exemplo: Seja A uma matriz de ordem 9 9 cujo polinomio



caracterstico e (x 3)5 (x 2)4 e cujo polinomio
minimal e
(x 3)3 (x 2)2 .
A menos de isomorfismos, as possveis formas canonicas
de Jor-
dan de A sao:


3 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0

1 3 0 0 0 0 0 0 0 1 3 0 0 0 0 0 0 0


0 1 3 0 0 0 0 0 0 0 1 3 0 0 0 0 0 0



0 0 0 3 0 0 0 0 0
0 0 0 3 0 0 0 0 0

0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1 3 0 0 0 0

0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0


0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0



0 0 0 0 0 0 0 2 0
0 0 0 0 0 0 0 2 0

0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2


3 0 0 0 0 0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 0

1 3 0 0 0 0 0 0 0 1 3 0 0 0 0 0 0 0


0 1 3 0 0 0 0 0 0 0 1 3 0 0 0 0 0 0



0 0 0 3 0 0 0 0 0
0 0 0 3 0 0 0 0 0

0 0 0 0 3 0 0 0 0 0 0 0 1 3 0 0 0 0

0 0 0 0 0 2 0 0 0 0 0 0 0 0 2 0 0 0


0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0



0 0 0 0 0 0 0 2 0
0 0 0 0 0 0 0 2 0

0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0 0 0 0 0 0 1 2

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 143 #149


i i

Subseca o 5.2 Formas Canonicas


de Jordan 143

Generalizaca o da diagonalizaca o de operadores lineares sobre


um espaco vetorial de dimensao finita

Teorema 4.4.22. DECOMPOSIC PRIMARIA


AO
Sejam V espaco vetorial sobre K, T : V V operador linear.
Se podemos fatorar mT (x) como produto de polinomios irredutveis e
distintos em K[x], ou seja, mT (x) = pd11 (x) pd22 (x) pdr r (x) com pi (x) ,
, p j (x) se i , j, pi (x) K[x] irredutvel. Entao existem E1 , E2 , , Er
L(V) que satisfazem:

1. E1 + E2 + + Er = I.

2. Ei E j 0 para i , j.

3. Ei , 0, i = 1, , r.

4. Im(Ei ) = Ker(pi (T)di ), i = 1, , r.


Ver HOFFMAN, Kenneth & KUNZE, Ray. Algebra
Demonstracao:
Linear. Editora Polgono: Sao Paulo. 1971.

Sejam T L(V) e V espaco vetorial, sobre o corpo K, de


dimensao n.
Problema: O que fazer caso o operador T nao seja diagonalizavel?
Existem alguns teoremas que nos garantem a existencia de uma base
para V, na qual T tem uma representaca o matricial mais conve-
niente?
Alem da forma canonica
de Jordan, vejamos mais um resultado
que nos permite obter uma representaca o matricial mais conveniente
para T:

Teorema 4.4.23. Se mT (x) = (x 1 )d1 (x 2 )d1 (x r )dr , entao


existe uma base para V tal que [T] = D + N, D operador diagonal
e N operador nilpotente, onde:

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 144 #150


i i

144

D = 1 E1 + + r Er ; N = [T] (1 E1 + + r Er )

Ei , i = 1, , r obtidos no Teorema da Decomposica o Primaria.


Ver HOFFMAN, Kenneth & KUNZE, Ray. Algebra
Demonstracao:
Linear. Editora Polgono: Sao Paulo. 1971.

4.4.3 Aplicacoes

Aplicaca o 1: Potencias de uma matriz


Caso I: Seja A uma matriz de ordem n diagonalizavel, entao as
potencias de A, Ap para p N sao facieis de calcular. Como A e
diagonalizavel, existe uma matriz inversvel M tal que

..
1 .

2 0

. . .
M1 AM = D, sendo D = . . 3 .

..
0 .

..
. n

Portanto,

p ..
1 .
p
2 0

. . .
A = MD M , sendo D = . .
p p 1 p 3
p
.

..
0 .

.. p
. n

4 4
Exerccio 4.4.10. Mostre que a matrix A = e diagonalizavel e

1 4
n
calcule A , para n N.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 145 #151


i i

Subseca o 5.3 Aplicaco es 145

Soluca o:

4 x 4
PA (x) = det = x2 8x + 12 = (x 2)(x 6)

1 4x

2 0
1 = 2, 2 = 6. Portanto, D =

0 6

2 4 x 0
Para 1 = 2, temos o sistema: = V1 = (2, 1)
1 2 y 0

2 4 x
Para 2 = 6, temos o sistema: = 0 V =
1 2 y 0 2

(2, 1)
2 2 1 1 2
Portanto, a matriz M = e M1 =
1 1 4 1 2

An = MDn M1 =

1 2 2 2n 0 1 2
= =
4 1 1 0 6n 1 2

1 2n+1 + 2.6n 4.6n 2n+2
.
=
4 6n 2n 2n+1 + 2.6n

Caso 2: Seja A uma matriz de ordem n nao diagonalizavel, entao


existe uma matriz de Jordan J e uma matriz inversvel M tal que

M1 AM = J, sendo

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 146 #152


i i

Subseca o 5.3 Aplicaco es 146

..

1 1 0 1 .


2 1 0
2 0

. . .. . . . .
J = . 3 1 . = .
3 . +
..
. ..
0 1 0 .

.. ..
. n . n


0 1 0

0 1 0


. . . .
+ . 0 1 .


..
0 . 1

..
. 0
ou seja,
J =D+N

onde D e uma matriz diagonal e N e uma matriz nilpotente de ordem


n, ou seja Nn = 0. Como DN = ND, temos que


p
p
Jp = (D + N)p = Dp + Dp1 N + Dp2 N2 + +
1 2

p pn+1 n1
+ D
N
n1

Portanto, Ap = MJp M1 .


4 1 0

Exerccio 4.4.11. Se A = 0 4 1 , calcule An .

0 0 4

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 147 #153


i i

Subseca o 5.3 Aplicaco es 147

Soluca o:

4 0 0 0 1 0

A = D + N, onde D = 0 4 0 e N = 0 0 1



0 0 4 0 0 0

Como DN = ND e N3 = 0, temos que

An = (D + N)n =
n(n 1) n2 2
= Dn + nDn1 N + D N =
2
n n1
4 0 0 4 0 0 0 1 0


= 0 4 0 + n 0
n 4n1 0 0 0 1 +




0 0 4n 0 0 4n1 0 0 0
n2
4 0 0 0 0 1
n(n 1)
0 0

+
0 4n2 0 0 =
2 n2
0 0 4 0 0 0
n n(n1) n2
4 n4n1 2 4

= 0 4 n n4 n1 

n

0 0 4

9 4
Exerccio 4.4.12. Se A = , calcule An .

9 3

Soluca o:

9 x 4
PA (x) = det = x2 6x + 9 = (x 3)2 1 = 3.
9 3 x

3 1 3 0 0 1
Portanto, J = = + = D + N
0 3 0 3 0 0

6 4 x 0
Para 1 = 3, temos o sistema: =
9 6 y 0
V1 = (2, 3)

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 148 #154


i i

Subseca o 5.3 Aplicaco es 148


2 a
Escolhemos v2 = (a, b) tal que M = e inversvel e
3 b
M1 AM = J. Escolhemos
a = 1, b = 1. Portanto a matriz,
2 1 1
M = e M1 = 1
3 1 3 2
Agora, como DN = ND, e N2 = 0, temos

Jn = (D + n)n = Dn + nDn1 N =

3n 0 n1 0 1
= + n 3 0 =
0 3 n 0 3n1 0 0

3n n3n1
=
0 3n

Logo

2 1 3n n3n1 1 1
A n n 1
= MJ M = =
3 1 0 3n 3 2

3 + 6n
n1 4n
= 3 .
9n 3 6n

Aplicaca o 2: Exponencial de uma matriz


Sendo A uma matriz de ordem n, a serie exponencial

A2 A3 Ap
X Ak
I+A+ + + + + =
2! 3! p! k!
k=0

e convergente. A soma dessa serie e denotada por eA .


Caso 1: Se A for uma matriz quadrada diagonalizavel, entao

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 149 #155


i i

Subseca o 5.3 Aplicaco es 149

o calculo de eA torna-se bem simples, pois sendo



..
1 .

2 0

. . .
A = MDM1 , onde D = . . 3 .

..
0 .

..
. n

temos que

X

Ak X

MDk M1 X Dk
e A
= = = M M1 = MeD M1

k! k! k!
k=0 k=0 k=0

e1 ..
.

e2 0

. . . 1
= M . . e 3 . M

..
0 .

..

. e n


4 4
Exerccio 4.4.13. Calcule eA , sendo A a matrix A = .

1 4

Soluca o:
Do exerccio 4.4.10 acima

2 0 2 2 1
1 2
D = , M =

1
1 1 e M = 4 1 2 .
0 6
Logo,

e2 0 1 1 2e2 + 2e6 4e6 4e2
e = M
A M =

. 
0 e6 4 e6 e2 2e2 + e6

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 150 #156


i i

Subseca o 5.3 Aplicaco es 150

Caso 2: Seja A uma matriz de ordem n nao diagonalizavel, entao


existe uma matriz de Jordan J e uma matriz inversvel M tal que

M1 AM = J, sendo J = D + N, onde D diagonal e N nilpotente de


ordem n. Como DN = ND e Nn = 0 temos que
( )
J D+N D N D N2 Nn1
e =e = e .e = e I+N+ + +
2! (n 1)!

Portanto,

eA = MeJ M1 .


4 1 0

Exerccio 4.4.14. Calcule eAt , onde A = 0 4 1

0 0 4
Soluca o:

4 0 0 0 1 0

A = D + N, onde D = 0 4 0 e N = 0 0 1



0 0 4 0 0 0

Como DN = ND e N3 = 0, temos que

1
eNt = I + tN + t2 N2 =
2

1 0 0 0 1 0 0 0 1
1
= 0 1 0 + t 0 0 1 + t2 0 0 0 =
2
0 0 1 0 0 0 0 0 0

1 t 12 t2

= 0 1 t

0 0 1

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 151 #157


i i

Subseca o 5.3 Aplicaco es 151

Portanto,
1 2

1 t 2t

4t
eAt = eDt .eNt = e 0 1 t 

0 0 1


9 4
Exerccio 4.4.15. Calcule eAt , onde A e a matrix A = .

9 3

Soluca o:
Do exerccio 4.4.12 acima

3 1 2 1
J = = D + N, M = e M1 = 1 1 .
0 3 3 1 3 2
Logo,

1 t
3t

Jt
e = e .eDt Nt Dt
= e (I + tN) = e
0 1

Portanto,

1 t 1
e = e .M
A 3t M = e 1 + 6t
3t 4t . 
0 1 9t 1 6t

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 152 #158


i i

Subseca o 5.3 Aplicaco es 152

Aplicaca o 3: Sistemas de Equacoes


Lineares com coeficientes
constantes
Seja A matriz de ordem n. Considere o sistema de equacoes
dife-
renciais lineares:

x1 x1

x2 x
2

X = AX, onde X =
x3 e X = x3

.. ..
. .


xn xn

Podemos escrever A como MJM1 , onde J e uma diagonal, ou na


forma canonica
Jordan. Fazendo a mudanca x = My, o sistema fica
equivalente a
Y = JY

que e mais facil de resolver.

Exerccio 4.4.16. Resolve os sistema





x1 = 3x1 + 4x2


x = 3x1 + 2x2
2

dado que quando t = 0, X(0) = (x1 , x2 )t = (6, 1)t .

Soluca o:


x1 3 4 x1
x1 = 3x1 + 4x2 =

x 3 2 x
x = 3x1 + 2x2 2
2 2


3 4
Seja A = . Entao, PA (x) = det 3 x 4 = (x 6)(x + 1)
3 2 3 2x

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 153 #159


i i

Subseca o 5.3 Aplicaco es 153


6 0
1 = 6, 2 = 1. Portanto, D =

0 1
Para 1 = 6, temos o sistema:

3 4 x 0
= V = (4, 3)t
3 4 y 0 1

Para 2 = 1, temos o sistema:



4 4 x 0
= V = (1, 1)t
3 3 y 0 2


4 1
Portanto, a matriz M =

3 1
O sistema e equivalente a
y = Jy


6t
y1 = 6y1 y1 (t) = c1 e


y = y2 y2 (t) = c2 et
2

Portanto,
y1 c1 e6t
y = =
y2 c2 et

Logo, a soluca o e

4 1 c1 e6t 4c1 e6t + c2 et
x = My = =
3c e6t c et


3 1 c2 et 1 2

Se x1 = 6 e x2 = 1 quando t = 0, entao

4c1 + c2 6
X(0) = =
1
3c1 c2

e, portanto, c1 = 1 e c2 = 2. Logo, a soluca o do problema do valor

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 154 #160


i i

Subseca o 5.3 Aplicaco es 154

inicial e dada por



4e6t + 2et
X = 6t 

3e 2et

Exerccio 4.4.17. Ache a soluca o do sistema x = Ax sujeita a` condica o


x(0) = (3, 3)t , onde
9 4
A = .

9 3

Soluca o:
Do exerccio 4.4.12,

3 1
A = MJM , onde J =
1 e M = 2 1
0 3 3 1

Fazendo a mudanca x = My, o sistema e equivalente a

y = Jy



y1 = 3y1 + y2


y = 3y2 y2 (t) = c2 e3t
2

Portanto,
y1 = 3y1 + c2 e3t y1 (t) = (c1 + c2 t)e3t

Portanto,
y1 (c1 + c2 t)e3t
y = =
y2 c2 e3t

Logo, a soluca o e

2 1 (c1 + c2 t)e3t
x = My = = e3t 2c1 2c2 t c2
3 1 c2 e3t 3c + 3c t + c
1 2 2

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 155 #161


i i

Subseca o 5.3 Aplicaco es 155

Se x1 = 3 e x2 = 3 quando t = 0, entao

2c1 c2 3
X(0) = =
3
3c1 + c2

e portanto c1 = 0 e c2 = 3. Logo, a soluca o do problema do valor


inicial e dada por

1 2t
3t

X = 3e 
1 + 3t

Aplicaca o 4: Classificaca o de Conicas



Uma conica
e uma curva descrita em coordenadas canonicas
do R2
pela equaca o

Ax2 + By2 + 2Cxy + Ex + Fy + G = 0 ()

onde A, B, C, E, F, G sao constantes. A conica


esta na forma canonica

se em relaca o a` s coordenadas canonicas
do R2 a sua equaca o e da
forma:

2 + By
Ax 2 + G = 0 ()

Exemplos sao os crculos, elipses, parabolas e hiperboles. A equaca o


() pode ser expressa matricialmente por:

h i A C x h i x
x y + E F +G = 0
()
C B y y

Nosso objetivo e eliminar o termo misto Cxy. Para isso, observamos



A C
que a matriz K = e real simetrica e, portanto, e diago-
C B
nalizavel, ou seja, existe uma matriz ortogonal P cujas colunas sao
os autovalores normalizados de K tal que PKP1 = D, e a matriz

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 156 #162


i i

Subseca o 5.3 Aplicaco es 156

diagonal. Portanto, se colocamos



x x

y := P y ,

entao a equaca o ( ) pode ser escrita como (pois P1 = Pt )



h i x h i x
T t
x y P DP + E F P + G = 0
y y

ou seja,

h i x h i x
x
y t
D + E F P + G = 0
y y


1 0
Se D = , 1 e 2 sendo os autovalores da matriz K,

0 2
temos que

h i
x
t
2
1 x + 2 y + 2
E F P + G = 0

y

que nao possui mais o termo misto e portanto a sua posica o


geometrica sera facilmente reconhecida.

Exerccio 4.4.18. Descreva a conica cuja equaca o e

20 80
5x2 4xy + 8y2 + x y + 4 = 0.
5 5

Soluca o:
" #
h i 5 2 x 20 80 x
x y + + 4 = 0 ()
2 8 y
5 5
y

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 157 #163


i i

157


5 2
Seja K = .
2 8

5 x 2
Entao, PK (x) = det = x2 13x 36 = (x 9)(x 4)

2 8 x

1 = 9, 2 = 4.
Para 1 = 9, temos o sistema:

4 2 x 0
= V = (1, 2)t
2 1 y 0 1

Para 2 = 4, temos o sistema:



1 2 x 0
= V = (2, 1)t
2 4 y 0 2

1 2

1
2
Seja P = , entao P1 = Pt = 5
5 5 5

2
2
1 1
5 5 5 5
x u
Fazendo a mudanca = P em () temos
y v

" # 1 2

h i 9 0 u 20 80 u
u v + 5 5 + 4 = 0
v 2 v
0 4 5 5 1
5 5

9u2 + 4v2 + 36u 8v + 4 = 0

Completando o quadrado temos que

(u + 2)2 (v 1)2
+ =1 que e uma elipse. 
22 32

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 158 #164


i i

Subseca o 5.4 Exerccios Propostos 158

4.4.4 Exerccios Propostos

1. Ache os autovalores e autovetores correspondentes das


transformaco es lineares:

(a) T : R4 R4 tal que


T(x, y, z, w) = (x, x + y, x + y + z, x + y + z + w).
(b) T : R3 R3 tal que T(x, y, z) = (x+ y, x y+2z, 2x+ yz)
(c) T : M2X2 M2X2 tal que T(A) = At

2. (a) Mostre que um operador linear T (num espaco de di-


mensao finita) que comuta com qualquer operador linear
diagonalizavel e diagonalizavel.
do item (a), mostre que na verdade T e um
(b) Nas condicoes
multiplo
escalar do operador identidade, isto e , existe um
numero
r tal que T = r I.

3. Seja

M a a a a

a M a a a


a a M a a

A =




a a a M a

a a a a M nn

onde M e a sao numeros


reais. Mostre que:

(a) os autovalores de A sao = M a com multiplicidade


n 1 e u = M + (n 1)a.
(b) detA = (M a)(n1) [M + (n 1)a].

4. Encontre o operador linear T : R2 R2 com autovalores 1 = 2


e 2 = 3 cujos autoespacos sao:

V2 = {(x, 2x); x , 0}, V3 = {(y, y); y , 0}.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 159 #165


i i

Subseca o 5.4 Exerccios Propostos 159

5. Seja T : R3 R3 a transformaca o linear definida por

T(x, y, z) = (x + 2y + 2z, 2x + y + 2z, 2x + 2y + 2z).

Considere os vetores
v1 = (2, 1, 1),

v2 = (1, 1, 1),

v3 = (2, 0, 2),



v = (1, 1, 3) e v = (0, 3, 3), e identifique os que que sao autovetores
4 5
de T. Determine os autovalores de T.

6. Seja T : R3 R3 a transformaca o linear definida por

T(x, y, z) = (y, y, y),

v1 = (1, 0, 0),
mostre que os vetores

v2 = (1, 1, 1) e

v3 = (0, 0, 1) deter-
3
minam uma base de R constituda por autovetores de T. Calcule a
representaca o matricial de T nesta base.

7. Seja T : R3 R3 a transformaca o linear definida por

T(x, y, z) = (y + z, 2y + 2z, y + 2z).

a) calcule o polinomio
caracterstico de T;

b) calcule os autovalores e os subespacos proprios


de T;

c) determine uma base de R3 constituda por autovetores de T. Qual


e a representaca o matricial de T nesta base?

d) designando por A a matriz que representa T na base canonica


de
R3 , determine uma matriz de mudanca de base S e uma matriz
diagonal D tais que D = S1 AS.

8. Seja T : R3 R3 a transformaca o linear definida por

T(x, y, z) = (3x, 2y + z, 2z),

a) calcule o polinomio
caracterstico de T;

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 160 #166


i i

Subseca o 5.4 Exerccios Propostos 160

b) calcule os autovetores e os subespacos proprios


de T;

c) mostre que nao existe uma base de R3 constituda por autovetores


de T.

9. Seja T : R3 R3 a transformaca o linear que na base canonica


de
R3 e representada pela matriz

9 0 0

3 7 1


3 2 8

a) calcule o polinomio
caracterstico de T;

b) calcule os autovalores e os subespacos proprios


de T;

c) determine uma matriz de mudanca de base S e uma matriz diag-


onal D tais que D = S1 AS.

10. Considere as matrizes:



1 1 1 2
A =
, B = e C = 10 4
0 2 4 5 24 10

Mostre que todas sao diagonalizaveis e calcule An , Bn e Cn , para


n N.

1 1 2 1
11. Calcule An e Bn com A = e B =
1 4
1 3

12. Seja T, : P2 (R) P2 (R) a transformaca o definida por


T, = p + p, onde P2 (R) e o conjunto dos polinomios
reais em x
de grau menor ou igual a 2 e , R,

a) mostre que T, e uma transformaca o linear;

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 161 #167


i i

Subseca o 5.4 Exerccios Propostos 161


0 2

b) mostre que A = 0 0 e a matriz representativa de T na
,

0 0
base {1, x, x2 } de P2 (R);

c) para que valores de e , T, e inversvel?

d) determine os autovalores de T, . Para que valores de e , T,


e diagonalizavel?

e) para = 1 e = 2 determine a forma canonica


de Jordan de A e
h it
~
a soluca o geral do sistema y = A~y, onde ~y = y1 y2 y3 .

1 3 3

13. Considere a matriz A = 3 5 3 .

6 6 4

a) determine os seus autovalores (Nota: um dos autovalores e 4);

b) determine o subespaco proprio


associado a cada autovalor ;

c) determine, sendo possvel, uma matriz U tal que U1 AU seja


diagonal;

d) determine a soluca o geral do sistema y~ = A~y.



2 1
14. Considere a matriz A =
2 5

a) mostre que A e diagonalizavel, identificando uma matriz diago-


nal D e uma matriz de mudanca de base S tais que A = SDS1 ;

b) calcule a unica
soluca o do problema de valores iniciais



x1 (t) = 2x1 (t) + x2 (t)

, x1 (0) = 1, x2 (0) = 1.
x (t) = 2x1 (t) + 5x2 (t)
2

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 162 #168


i i

Subseca o 5.4 Exerccios Propostos 162


1 9
15. Considere a matriz A =

1 5

a) mostre que A nao e diagonalizavel, identificando um bloco de


Jordan J e uma matriz de mudanca de base S tais que
A = SDS1 ;

b) calcule a unica
soluca o do problema de valores iniciais



x1 (t) = x1 (t) + 9x2 (t)

, x1 (0) = 5, x2 (0) = 2.
x (t) = x1 (t) + 5x2 (t)
2

16. Considere a correspondencia T : R3 R3 definida por


T(x, y, z) = (x, y z, z y),

a) mostre que T e uma transformaca o linear;

b) determine a matriz representativa de T supondo fixada em R3 a


base formada pelos vetores (1,1,1), (0,1,1) e (0,0,1);

c) a transformaca o T e inversvel? Justifique;

d) mostre que 0 e um auto valor de T e que (0,-1,1) e um autor vetor


de T;

e) determine a multiplicidade geometrica do auto valor associado


ao auto vetor (0,-1,1).

17. Seja A uma matriz quadrada de ordem n,

a) mostre que A e At tem o mesmo polinomio


caracterstico;

b) supondo que A + In = A(At + In ), mostre que, se det A , 1, entao


1 e autovalor de A;

2 1
18. Considere a matriz A = ,
2 3

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 163 #169


i i

Subseca o 5.4 Exerccios Propostos 163

a) determine os seus valores proprios;


b) determine o subespaco proprio


associado a cada valor proprio;

c) determine, sendo possvel, uma matriz U tal que U1 AU seja


diagonal;

d) determine a soluca o geral do sistema y~ = A~y.



2 1
19. Considere a matriz A = com a parametro real,
1 a

a) para que valores de a, a matriz dada admite um unico


valor
proprio?

b) considerando a = 2, calcule eAt ;

c) supondo a = 4, determine uma matriz P inversvel e uma forma


canonica
de Jordan J tais que P1 AP = J.

20. Considere uma transformaca o linear f : R3 R3 tal que


f (

e ) =
1

e , f (
2

e ) =

e e f (
2

e ) =
1

e , onde {
3 3

e ,
e ,
1

e } e a base canonica
2 3
de R3 .

0 1 0

a) mostre que A f = 1 0 0 e a matriz representativa de f rela-

0 0 1
tivamente a` base canonica;

b) sem utilizar a matriz da alnea (a) determine a expressao geral


da transformaca o f ;

c) determine o nucleo
e a imagem de f bem como as respectivas
dimensoes.
f e inversvel? Justifique;

d) verifique que A f e ortogonalmente diagonalizavel;

e) determine os valores de n Z para os quais (A f )n = A f ;

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 164 #170


i i

Subseca o 5.4 Exerccios Propostos 164

f) considerando fixada em R3 a base {


u1 ,

u2 ,

u3 }, onde


u1 = e2 e3 , u2 = e1 e u3 = e1 + e2 +








e3 , determine a matriz
representativa de f relativamente a esta base e designe-a por
B f . Justifique por que A f e B f tem os mesmos valores proprios.

21. Mostre que se A e B sao matrizes quadradas e A e nao singular,


entao as matrizes A1 BA e B tem os mesmos valores proprios.


4 1
22. Considere a matriz A = ,
1 2
a) determine a forma canonica
de Jordan J da matriz A e calcule
uma matriz P tal que P1 AP = J;

b) calcule eAt ;

c) determine a soluca o geral do problema de valores iniciais


h it
y~ = A~y, ~y(0) = 1 1 .

23. (a) Mostre que duas matrizes semelhantes tem o mesmo polino-

mio caracterstico

b) Aproveite (a) para mostrar que, sendo A uma matriz quadrada,


os valores proprios
de eAt (t R) sao ei t com i valor proprio

de A.

24. Seja T : R3 R3 uma transformaca o linear definida por

T(a0 + a1 x + a2 x2 ) = (5a0 + 6a1 + 2a2 ) (a1 + 8a2 )x + (a0 2a2 )x2

a) encontrar os autovalores da transformaca o;

b) encontrar os subespacos proprios


da transformaca o.

25. Seja T : M2,2 M2,2 uma transformaca o linear definida por



a11 a12 2a21 a11 + a21
T =

a21 a22 a12 2a21 a22

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 165 #171


i i

165

a) encontrar os autovalores de T;

b) encontrar os autovetores de T.

26. Prove que a existencia de um autovalor = 0, para uma


transformaca o linear T e equivalente ao fato de T ser nao inversvel.
27. Sejam A, B matrizes, prove que et(A+B) = etA etB para todo t R
se, e somente se AB = BA.
28. Identifique as seguintes conicas.
Ache o centro quando a conica

e uma elipse ou hiperbole, as assntotas se ela e hiperbole, o vertice
e o eixo da simetria se ela e uma parabola. Esbocar as curvas.

(a) x2 + y2 2xy + 16x + 16y = 0;

(b) 16x2 + 16y2 16x + 8y 59 = 0;

(c) 7x2 + 6xy y2 2x + 10y 9 = 0.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 166 #172


i i

Captulo 5

Uma Aplicaca o do Teorema


da Decomposica o Primaria

SOLUC
OES DE E.D.O. LINEARES COM COEFICIENTES
CONSTANTES

Considere: I = (a, b), I = (a, +), I = (, a) ou I = R, a, b R.


K (= R ou C) um corpo.

Cn (I, K) = { f : I K | f (n) : I K existe e e contnua em I}.


Denotamos Dn ( f ) = f (n) .

C0 (I, K) = { f : I K | f e contnua em I}. D( f ) representa a


derivada de f

Teorema 5.0.24. DECOMPOSIC PRIMARIA


AO
Seja V espaco vetorial sobre K, T : V V (operador linear).
Suponha que existe um polinomio P(x) K[x] , P(x) = Pr11 Prkk ;
r
P j j (x), j = 1, , k sao irredutveis distintos tal que P(T) 0, sejam
Lk
Wi = {v V | Pri i (T) 0} i = 1, , k. Logo V = W = i=1 Wi e cada
Wi e T-invariante.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 167 #173


i i

Decomposica o Primaria 167


Ver HOFFMAN, Kenneth & KUNZE, Ray. Algebra
Demonstracao:
Linear. Editora Polgono: Sao Paulo. 1971.

E.D.O. LINEARES COM COEFICIENTES CONSTANTES


Definica o 5.0.25. Uma equaca o diferencial linear com coeficientes
constantes e uma equaca o da forma:

[Dn + an1 Dn1 + + a1 D + a0 I](Y) = f0 | ai R, f0 C0 (R, K).

Definica o 5.0.26. Escrevemos P(D)(Y) = f0 , onde

P(t) = tn + an1 tn1 + + a1 t + a0 .

Observe que P(D) e um operador que se expressa como um polinomio em D.

Y
k
Suponhamos que P(t) = (t ci )ri , ci distintos i = 1, , k; ci K(=
i=1
= R ou C).
Considere a equaca o homogenea P(D)(Y) = 0. Seja

W = { f Cn (R, K) | P(D)( f ) = 0}.

Observe que: W = ker(P(D)) e portanto W e um espaco vetorial, sobre K,


de dimensao n.

Lema 5.0.27. W e D-invariante.

Lema 5.0.28. Seja c K e f Cr (R, K) (D cI)r ( f ) = ect Dr (ect f ).

Teorema 5.0.29. As soluco es de P(D)(Y) = 0 (I) sao somas de funco es

fi (t) = eci t [a0 + a1 t + + ari 1 tri 1 ];

a j constantes K j = 0, , ri 1. (II).
Ou seja, f e soluca o de (I) f = f1 + f2 + + fk , onde cada fi tem a
forma dada em (II) para cada i = 1, , k.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 168 #174


i i

Decomposica o Primaria 168

Observaca o 5.0.30. As soluco es de (D c)r (Y) = 0 sao da forma

f (t) = ect [a0 + a1 t + + ar1 tr1 ].

5.1 Exemplos
1. Determine a forma particular das equaco es abaixo:

(a) (D2 4D + 4I)(Y) = t (2e2t + t sen (t))


SOLUC
AO: Consideremos o operador:
(D 2I)2 (D2 + I)3
Aplicando o operador a` equaca o (a), obtemos:

(D 2I)2 (D2 + I)3 (D2 4D + 4I)(Y) = 0


(D 2I)4 (D2 + I)3 (Y) = 0
Y Ker((D 2I)4 (D2 + I)3 ).
Portanto,
Y(t) = C0 e2t + C1 te2t + C2 t2 e2t + C3 t3 e2t + C4 eit + C5 teit +
+ C6 t2 eit + C7 eit + C8 teit + C9 t2 eit .
Assim, a soluca o particular pode ser escrita da seguinte
maneira:
YP (t) = k0 t2 e2t +k1 t3 e2t +k2 eit +k3 teit +k4 t2 eit +k5 eit +k6 teit +
+ k7 t2 eit .
Soluca o particular real (geral):
YP (t) = k0 t2 e2t + k1 t3 e2t + (k2 + k3 t + k4 t2 ) cos (t) + (k5 + k6 t +
+ k7 t2 ) sen (t). 
(b) (D2 + 2D + 2I)(y) = t2 3te2t cos (5t)
SOLUC
AO: Observemos que:
D3 (t2 ) = 0, (D(2+5i)I)2 (D(25i)I)2 (3te2t cos (5t)) =
= 0.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 169 #175


i i

Decomposica o Primaria 169

Consideremos o operador:
D3 (D (2 + 5i)I)2 (D (2 5i)I)2 .
Aplicando o operador a` equaca o (b), obtemos:
D3 (D (2 + 5i)I)2 (D (2 5i)I)2 (D2 + 2D + 2I)(Y) = 0
Y(t) Ker(D3 (D (2 + 5i)I)2 (D (2 5i)I)2 (D2 + 2D +
+ 2I)).
Portanto,
Y(t) = C0 + C1 t+ C2 t2 + C3 e(2+5i)t + C4 te(2+5i)t + C5 e(25i)t +
+ C6 te(25i)t + C7 e(1+i)t + C8 e(1i)t .
Logo, a soluca o particular pode ser escrita da seguinte
maneira:
YP (t) = k0 + k1 t + k2 t2 + k3 e(2+5i)t + k4 te(2+5i)t + k5 e(25i)t +
+ k6 te(25i)t .
Soluca o particular real (geral):
YP (t) =
= k0 +k1 t+k2 t2 +(k3 +k4 t)e2t cos (5t)+(k5 +k6 t)e2t sen (5t).
(c) (D2 + I)3 (D I)(Y) = 3et + 5t2 cos (t)

(D + I)(3et ) = 0, (D iI)3 (D + iI)3 (5t2 cos (t)) = 0.

Consideremos o operador: (D + I)(D iI)3 (D + iI)3 .


Aplicando o operador a` equaca o (c), obtemos:

(D + I)(D iI)3 (D + iI)3 (D2 + I)3 (D I)(Y) = 0

Y(t) Ker((D + I)(D iI)3 (D + iI)3 (D2 + I)3 (D I)).

Portanto,

Y(t) = C0 et +C1 et +(C2 +C3 t+C4 t2 +C5 t3 +C6 t4 +C7 t5 )eit +

+(C8 + C9 t + C10 t2 + C11 t3 + C12 t4 + C13 t5 )eit .

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 170 #176


i i

Decomposica o Primaria 170

Logo, a soluca o particular pode ser escrita da seguinte


maneira:

YP (t) = k0 et + (k1 t3 + k2 t4 + k3 t5 )eit + (k4 t3 + k5 t4 + k6 t5 )eit .

Soluca o particular real (geral):


YP (t) = k0 et + (k1 t3 + k2 t4 + k3 t5 ) cos (t) + (k4 t3 + k5 t4 +
+ k6 t5 ) sen (t). 
(d) D2 (D4 4D3 + 6D2 4D + I)(Y) = (t2 + 1)(1 et ).
SOLUC
AO:

D3 (t2 + 1) = 0, (D I)3 (t2 et et ) = 0.

Consideremos o operador: D3 (D I)3 .


Aplicando o operador a` equaca o, obtemos:

D5 (D I)3 (D4 4D3 + 6D2 4D + I)(Y) = 0

Y Ker(D5 (D I)3 (D4 4D3 + 6D2 4D + I)(Y)).

Portanto,

X
4 X6
Y(t) = j
C jt + ( ej t j )et .
C
j=0 j=0

Logo, a soluca o particular pode ser escrita da seguinte


maneira:

X
4 X6
YP (t) = j
C jt + ( ej t j )et . 
C
j=2 j=4

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 171 #177


i i

Decomposica o Primaria 171

(e) (D8 2D4 + I)(Y) = (2t 1) cosh (t) + t3 sen (t).


SOLUC
AO:
et et
Sabemos que: cosh (t) = .
2
Assim:
et et et et
(2t 1) cosh (t) = (2t 1) = + tet + tet .
2 2 2
et et
(D I)2 ( + tet ) = 0, (D + I)2 ( tet ) = 0,
2 2
(D + iI)4 (D iI)4 (t3 sen(t)) = 0.
Consideremos o operador: (D I)2 (D + I)2 (D + iI)4 (D iI)4 .
Aplicando o operador a` equaca o, obtemos:

(D I)2 (D + I)2 (D + iI)4 (D iI)4 (D8 2D4 + I)(Y) = 0

Y(t) Ker((D I)2 (D + I)2 (D + iI)4 (D iI)4 (D8 2D4 + I)).

Portanto,

X3 X3 X5 X5
Y(t) = ( C j t j )et + ( ej t j )et + (
C B j t j )eit + ( e
B jt j )eit .
j=0 j=0 j=0 j=0

Logo, a soluca o particular pode ser escrita da seguinte


maneira:

X3 X3 X5 X5
YP (t) = ( j t
C j t )e + ( e j t
C j t )e + ( j it
B j t )e + ( e
B jt j )eit .
j=2 j=2 j=0 j=0

Soluca o particular real (geral):


X 3 X3 X5
YP (t) = ( j t
C j t )e + ( e j t
C j t )e + ( B j t j ) cos (t) +
j=2 j=2 j=2
X5
+( e
B j t j ) sen (t).
j=2

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 172 #178


i i

Decomposica o Primaria 172

t
(f) (D3 I)(D2 + D 2I)(Y) = e 2 sen ( 3t) t cos ( 3t).
SOLUC
AO:
t
(D ( 12 i 3)I)(D ( 12 + i 3)I)e 2 sen ( 3t) = 0

(D i 3I)2 (D + i 3I)2 (t cos ( 3t)) = 0.
Consideremos o operador:

1 1
[D ( i 3)I][D ( + i 3)I](D i 3I)2 (D + i 3I)2 .
2 2

Aplicando o operador a` equaca o, obtemos:



(D ( 12 i 3)I)(D ( 12 + i 3)I)(D i 3I)2 (D + i 3I)2 (D3
I)(D2 + D 2I)(Y) = 0

Y(t) ker((D ( 12 i 3)I)(D ( 12 + i 3)I)(D i 3I)2 (D +

+ i 3I)2 (D3 I)(D2 + D 2I)).
Logo, a soluca o particular pode ser escrita da seguinte
maneira:
t
t

YP (t) = C0 e 2 ei 3t +C
1e 2 e
i 3t +C ei 3t +C tei 3t +C tei 3t +
2 3 4

+ C5 tei 3t

Soluca o particular real (geral):


t
YP (t) = (C0 cos ( 3t)+C1 sen ( 3t))e 2 +(C2 +C3 t) cos ( 3t)+


+ (C4 + C5 t) sen ( 3t). 

5.2 Exerccios Propostos


t sen (t)
1. (D3 I)3 (Y) = (2t + 1)2 et + .
2
2. (D2 2D + I)(D2 4I)2 (Y) = t senh (t) + cosh (2t).
t
3. [(4D2 4D + 5I)(D2 + 2D + I)]2 (Y) = t (1 + e 2 sen (t) t cos (t)).

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 173 #179


i i

173

4. D(D2 4I)5 (Y) = (t + 1)2 [(t + 1) + senh (2t)].

de leitura
Observaca o 5.2.1. Sugestao
Dentre o material disponvel no acervo da Biblioteca da UESC, citamos

o seguinte trabalho para obterem outras aplicaco es da Algebra Linear na
Teoria da Equaco es Diferenciais.

Daniel Nicolau, Formas Canonicas e Sistemas de Equaco es


1. BRANDAO.
Diferenciais. 2006. 59f. Monografia (Trabalho de conclusao de
Curso) - Bacharelado em Matematica, Universidade Esta-
dual de Santa Cruz, Ilheus.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 174 #180


i i

Captulo 6

Respostas dos Exerccios


Propostos

Matrizes (pagina 26)



1 n 2n 1
cos n sen n
3)
4) A = 0 1
n
n

sen n cos n
0 0 1


2 2
5) 2

2 e 1 1

2
2 2 1


1 0 0 1 1 0 1 0
6) ,


1 0
,


0 1
,


0


0 1 1

1
0 0 1 0 2 b
7) ,


0 1
,


c 1
onde bc = 14 .
0 0 2

8) (a) 5 (b) 10 (c) 135 (d) 15 (e) 1 8


40 (f) 5 (g) 5 (h) 5

9) (a) x = 1, 2 (b) x = 1, 3 (c) x = 0, 2, 2

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 175 #181


i i

Respostas 175


27 10 8 2 1
10) 11) (a) 4 (b) 12)
100 3 8

6 2 1

2
(B + 5I) (B + 5I)
2



(a) B = I (b) B1 = = 0 1 0

2 2


4 3 5




13)




34 24 17








(c) B = 0 3 0


68 5 17



(a) Verdadeira (b) Falsa (c) Falsa
14)

(d) Falsa (d) Verdadeira


I 26%
I 23%




15) 2006 II 22% 2011 II 23, 2% 17) B1 Am



III 52% III 53, 8%
B.

Sistemas Lineares (pagina 51)


1) (a) a = 2 (b) a , 2 (c) a = 2
2) x = 1, y = 0, z = 2, w = 0



(a) x = 0, y = 0, z = 0
3)
(b) x = s t, x = s, x = t, x = 0, x = t
1 2 3 4 5

4)

Se , 11, o sistema e possvel e determinado;





se = 11 e = 20 o sistema e possvel e indeterminado,
(a)


com soluca o x = 30 + 29z, y = 10 8z;



se = 11 e , 20, o sistema e impossvel.


Caso = 1, o sistema e indeterminado com soluca o





x = 9 46t, y = 1 3t, z = 3 + 16t;
(b)


caso , 1, o sistema e possvel e determinado



com soluca o:( 19 , 0, 7 , 1 )
3 3 3

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 176 #182


i i

Respostas 176



Se , 0 e , 6, o sistema e possvel e determinado;






caso = 0 e = 23 , o sistema e indeterminado tendo



a sua soluca o de dimensao 1;



(c)
e se = 0 e , 23 , o sistema e impossvel;



2
caso = 6 e = 63 , o sistema e indeterminado tendo





a sua soluca o dimensao 1;



2
e se = 6 e , 63 , o sistema e impossvel.
5) a = 2, 1
6) Devemos comprar as resistencias R1 , R2 , R3 , R4 , R5 com as
correntes maximas 5A, 3A, 0.5A, 3A, 3A respectivamente.
O custo total sera de R$ 115,00.

Espacos Vetoriais (pagina 88)


n
1) (a) Nao (b) Sim (c) Nao (d) Nao (e) Nao
n
2) (a) Nao (b) Nao (c) Nao (d) Sim (e) Sim


(a) Uma base F = {(1, 1, 0), (0, 0, 1)}; dim F = 2;





(b) G = {(x, y, z) R3 | x + y = 0};




Conjunto gerador que nao e base =
3)


= {(0, 0, 1), (1, 1, 0), (1, 1, 1)}; dim G = 2.





(c) F + G = {(x, y, z) R3 | x + y = 0}; dim(F + G) = 2;


F + G nao e soma direta.


(a) Uma base para F : {(1, 1, 0, 3), (0, 0, 1, 0)}; dim F = 2;




4
(b) G = {(x, y, z, w) R | x + y 2w = 0 e y + z + w = 0};



4)
(c) uma base para F + G :



{(1, 1, 0, 3), (0, 0, 1, 0), (1, 1, 1, 0), (1, 1, 2, 1)};




dim(F + G) = 4; F + G e uma soma direta.
n
5) (b)(3, 1, 1) (c){(1, 1, 1, 0), (0, 2, 2, 1), (2, 0, 0, 1)}


(a) F(falso). Observe que u < F u < F mas,



9)
u u = 0 F;


(b) V(verdadeiro).

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 177 #183


i i

Respostas 177

Transformac
oes
Lineares (pagina 128)

(a) nulidade = 1





(b) {(3, 0, 1, 1, 0), (0, 3, 2, 1, 0)}
1)


(c) dim = 3



(d) {(1, 0, 0, 7), (0, 1, 0, 3), (0, 0, 1, 3)}
 
(b) k , 0, T1 (x, y) = x y , y



2)
k 3) (8, 0)

(c) dimensao = 1, base = {(1, 1)}


(b) O nucleo e formado pelas matrizes reais simetricas,





dim = 3, base:



1 0 0 1 0 0



,

,


0 0
1 0 0 1
4)


0 0 1 0







0 1 1 0

(c)


0 1 1 0



0 0 0 0



(a) Uma base e {(0, 2, 1), (0, 0, 1)}
5)

(b) Nuc(T) tem dimensao 1 e base {(0, 0, 1)}


2
(a) 8 + 8x 7x
6)

(b) Sim


(a) Nuc(T) tem dimensao 1 e base{(1, 1, 0)}



7)
(b) dimensao = 2


(c) Nao

sen cos
8)
cos sen

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 178 #184


i i

Respostas 178



3 0 0 4 3 0 4
0


0




0 3 4
0
1 1 3 4 0

(a) A =

(b) A =

0 4 3 0 25 0 4 3 0





9)
4 0 0 3 4 0 0 3










1 2


(c) X = 14 7



1 2 1 1 4 3



1 2 9


(a)[T]B =
0 1 0
(b)[T] B =

B B




1 0 7 1 1 8








1
10) (c)T1 = (7x + 14y + z, 8y, x 2y + z)

8










7 29 30
1
(d)[T1 ]B = 1

5 6

8

1 3 2


(b) Nuc(T) = [(2, 3, 2)]









11) (c) F(x, y) = (x + 2y, 2x + 2y, 3x + 4y)








(d) G(x, y) = (3y, 3x)

Diagonalizac
a o (pagina 168)

(a) = 1; v = (0, 0, 0, 1)











(b) 1 = 1, v1 = (2, 4, 1); 2 = 2, v2 = (1, 1, 1);



3 = 2, v3 = (1, 3, 1)




1)




1 0 0 0


(c) 1 = 1, v =
, v = 0 1 , v =

0 0 1 0 1 0 1 ;


1 1



0 1


2 = 1, v2 =


1 0

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 179 #185


i i

Respostas 179

1
4) T(x, y) = (4x 5y, 10x y)
3
5) Nenhum dos vetores sao autovetores. Os autovalores sao
5 33
1,
2

0 0 0

6) [T]B = 0 1 0

0 0 0


(a) P() = 3 42 + 2






1 = 0, E1 = [(1, 0, 0)];




(b) 2 = 2 + 2, E2 = [(1, 2, 2)];






= 2 2, E = [(1, 2, 2)]

3

3




(c) B = [(1, 0, 0), (1, 2, 2), (1, 2, 2)]



7)
0 0 0



[T] =
0 2 + 2 0

B




0 0 2 2





1 1 1 0 0 0


(d) S =

; D = 0 2 2


0 2 2 0



0 2 2 0 0 2 2


(a) P() = (3 )(2 )2



8)



(b) = 2, E = [(0, 1, 0)]; = 3, E = [(1, 0, 0)]
1 1 2 2


(a) P() = (6 )(9 )2










(b) 1 = 6, E1 = [(0, 1, 1)]; 2 = 9,





E2 = [(1, 0, 3)], v3 = (0, 1, 2)
9)








0 1 0 6 0 0



(c) S = 1 0 1 ; D = 0 9 0




1 3 2 0 0 9

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 180 #186


i i

Respostas 180



1 2n 1 n 2 3n 3n 1



An = , B =
2 2.3n 1 + 2.3n
,


0 2n



10)




3.2n 2(2n ) (2)n (2)n



Cn =

6.(2)n 6(2)n 3(2)n 2(2n )



2 n n2n1 n2n1

An =



n2n1 2n + n2n1
11)



3n n3n1 n3n1


Bn =

n1 n n1
n3 3 +3


c) T, inversvel se , 0, R





d) = . T, diagonalizavel se = 0, R



12) 2 1 0 y1 = (c1 + 2c3 t)e2t







e) 0 2 0 , y2 = c2 e2t





y = c e2t
0 0 2 3 3


(a) 1 = 4, 2 = 2





(b) E1 = [(1, 1, 2)], E = [(1, 1, 0)],

2




E
2
= [(0, 1, 1)]



1 1 0



13)
(c) 1 1 1



2 0 1






y1 = c1 e4t + c2 e2t






(d) y2 = c1 e4t + c2 e2t + c3 e2t




y = 2c e4t + c e2t
3 1 3


3 0 1 1
x1 = 3e3t 2e4t
(b)
14) (a) D = , S =

0 4 1 2
x2 = 3e3t 4e4t


2 1 3 1
2t
x1 = 3(1 + t)e
15)
(a) J = , S = (b)

0 2 1 0 x2 = (2 + t)e2t

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 181 #187


i i

Respostas 181



1 0 0






(d) 1 0 1


16)
0 0 2



(c) nao inversvel




(e) mult. geom. = 1


(a) 1 = 4, 2 = 1





(b) E1 = [(1, 2)], E = [(1, 1)]

2



1 1
18) (c)



2 1




4t t

y1 = c1 e + c2 e

(d)
y2 = 2c1 e4t + c2 et


(a) a = 0, a = 4







3t

(7 + 4 3)e e 3t (2 + 3)(e 3t e 3t )


(b)

3t e 3t ) (7 + 4 3)e 3t e 3t


19)
(2 + 3)(e









1 1 3 1


(c) P = 1 0 , J = 0 3



(b) f (x, y, z) = (y, x, z)









(c) Nuc( f ) = {(0, 0, 0)}, dim(Nuc( f )) = 0;






Im( f ) = {(1, 0, 0), (0, 1, 0), (0, 0, 1)},




dim(Im( f )) = 3, f e inversvel.



20)




(e) n mpar







1 3

1


2

2 2

( f ) B =
1 1 1

f
2 2 2


0 0 1

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 182 #188


i i

182



3 1 1 1

(a) J = , P =



0 3 1 0
22)

t t
3t


At = e3t 1 +
y1 = e

(b) e
t (c)
1t y = e3t
2
n
24) (a) 1 = 3, 2 = 4 (b) E1 = [(5, 2, 1)], E2 = [(6, 8, 3)]



(a) 1 = 1, 2 = 1, 3 = 2



25)
2 1 2 3 1 4

(b) v1 = 1 0 , v2 = 0 1 , v3 = 1 0

n
28) (a) parabola (b) elipse (c) hiperbole

Solucoes
de E.D.O com coeficientes constantes(pagina 143)
1)YP (t) = (k0 + k1 t + k2 t2 )t3 et + (k3 + k4 t) cos (t) + (k5 + k6 t) sen (t).
2)YP (t) = (k0 + k1 t)t2 et + (k2 + k3 t)et + k4 t2 e2t + k5 t2 e2t .
t
3)YP (t) = k0 + k1 t + t2 e 2 [(k3 + k4 t) cos (t) + (k5 + k6 t) sen (t)] +
+ (k7 + k8 t + k9 t2 ) cos (t) + (k10 + k11 t + k12 t2 ) sen (t).
X
4 X
7 X
7
4)YP (t) = k jt j + ( ek j t j )e2t + ( ec j t j )e2t .
j=1 j=5 j=5

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 183 #189


i i

Captulo 7

Consideracoes
Finais

XV Seminario Estudantil de Pesquisa - V. I - UFBA


- 1996.


C5-MATEMATICA

TITULO DO TRABALHO: ESPAC
OS VETORIAIS DE DIMENSAO
INFINITA
BOLSISTAS: Claudia Ribeiro Santana - Matematica (PIBIC/CNPQ)
Maria Amelia de Pinho Barbosa - Matematica (PIBIC/CNPQ).
ORIENTADORA: Ednalva Vergasta Andrade, Instituto de
Matematica, Depto de Matematica da UFBA.
RESUMO DO TRABALHO:
Um dos objetivos do presente trabalho foi comparar espacos ve-
toriais de dimensao finita com os de dimensao infinita, verificando
que muitos resultados validos para a dimensao finita nao sao validos
se a dimensao for infinita. Sabemos que nos espacos de dimensao
finita todo operador linear possui um operador auto adjunto, todo
operador auto-adjunto possui uma base ortonormal formada por
vetores caractersticos, todo funcional linear e associado a um vetor

representante e que sendo W subespaco, temos W = W. Bus-
camos em espacos vetoriais de dimensao infinita, contra-exemplos.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 184 #190


i i

184

Obtivemos exemplos de operadores sem adjunto, de um operador


auto-adjunto sem vetores caractersticos, de um funcional linear sem

representante e de um subespaco W tal que W , W.
Estudamos tambem algumas caractersticas e propriedades dos espa-
cos de Hilbert e Banach, que sao espacos vetoriais de dimensao in-
finita. Como exemplo de espaco de Hilbert, citaremos o l2 , que e
um espaco normado munido de um produto interno. Neste espaco,
foram estudados conceitos e resultados tais como a forma quadratica
associada a um produto interno, a desigualdade de Cauchy-Schwarz,
a lei do paralelogramo, a metrica de um espaco normado, o Teorema
de Jordan - Von Neumann e a existencia de um isomorfismo entre
o l2 e qualquer espaco de Hilbert de dimensao infinita que possui
uma base ortonormal. Como exemplo de espaco de Banach, citare-
mos o espaco vetorial normado lp , p 1, p N. Os elementos deste
espaco satisfazem algumas condicoes,
tais como a desigualdade de
Holder,
que e a forma mais geral da desigualdade de Minkowski,
que corresponde a` desigualdade triangular. Algumas caractersticas
basicas forma verificadas, com ser completo, ou seja, toda sequ
encia
de Cauchy neste espaco e convergente. Para p , 2 a lei do paralelo-
gramo nao e satisfeita, e a norma nao provem de um produto in-
terno, portanto lp , p , 2 nao e um espaco de Hilbert. E interessante
observar que todo espaco de Hilbert e um espaco de Banach.
PALAVRAS CHAVES: Contra-exemplos, Hilbert, Banach, nor-
mado, completo.

TITULO DO PROJETO DO(S)ORIENTADOR(ES): ESPAC
OS

VETORIAIS DE DIMENSAO INFINITA.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 185 #191


i i

Captulo 8

Bibliografia

Captulo 1

1. BOLDRINE, Jose Luiz. COSTA, Suelli I. Rodrigues.


FIGUEREDO, Vera Lucia.

WETZLER, Henry G. Algebra Li-
near. 3a edica o. Editora: HARBRA ltda.


2. LIMA, Elon Lages. Geometria Analtica e Algebra Linear.
Coleca o Matematica Universitaria. IMPA. SBM.

Captulo 2

1. BOLDRINE, Jose Luiz. COSTA, Suelli I. Rodrigues.


FIGUEREDO, Vera Lucia.

WETZLER, Henry G. Algebra Li-
near. 3a edica o. Editora: HARBRA ltda.

2. CALLIOLI. Carlos A., DOMINGUES. Hygino H., COSTA.



Roberto C.F.. Algebra Linear e Aplicacoes.
6a edica o reformu-
lada. Editora Atual: Sao Paulo 1990.

3. KREIDER, Donald L.. KULLER, Robert G.. OSTBERG, Do-


nald R.. Equaco es Diferenciais. Traduca o: Elza F..Sao Paulo.
Edgard Blucher.
Editora: Universidade de Sao Paulo. 1972.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 186 #192


i i

Bibliografia 186

Captulo 3

1. BOLDRINE, Jose Luiz. COSTA, Suelli I. Rodrigues.


FIGUEREDO, Vera Lucia.

WETZLER, Henry G. Algebra Li-
near. 3a edica o. Editora: HARBRA ltda.


2. CARVALHO, Joao Pitombeira de. Uma introduca o a` Algebra
Linear. 2a ed. Rio de Janeiro: Livros Tecnicos e Cientficos.
IMPA. 1977.


3. HOFFMAN, Kenneth & KUNZE, Ray. Algebra Linear. Editora
Polgono: Sao Paulo. 1971.

4. LANG, Serg. Estruturas Algebricas. Tradutor: Prof. Claudio


R. W. Abramo. Rio de Janeiro, Ao livro tecnico; Braslia, Insti-
tuto Nacional do Livro, 1972.


5. LIMA, Elon Lages. Algebra Linear. Coleca o Matematica Uni-
versitaria. Rio de Janeiro: IMPA, 1996.

6. Universidade Federal de Pernambuco. Departamento de



Matematica. Notas de Aula - Curso de Verao 2003: Algebra
Linear.

7. Universidade Federal da Bahia. Departamento de Matematica.



Listas de Exerccios: Algebra Linear.

Captulo 4

1. HILL, David. Universidade Federal da Bahia. Departamento


de Matematica. Notas de aula do Curso de Teoria das Equacoes

Diferenciais-1996.


2. HOFFMAN, Kenneth & KUNZE, Ray. Algebra Linear. Editora
Polgono: Sao Paulo. 1971.

i i

i i
i i

AlgebraLinear 2008/7/23 7:23 page 187 #193


i i

Bibliografia 187

3. KREIDER, Donald L.. KULLER, Robert G.. OSTBERG, Do-


nald R.. Equaco es Diferenciais. Traduca o: Elza F..Sao Paulo.
Edgard Blucher.
Editora: Universidade de Sao Paulo. 1972.


4. LIMA, Elon Lages. Algebra Linear. Coleca o Matematica Uni-
versitaria. Rio de Janeiro: IMPA, 1996.

i i

i i

You might also like