0% found this document useful (0 votes)
123 views43 pages

Algebra Linear Exercicios Exames

This document is a collection of exercises and exam problems for Linear Algebra. It includes a compilation of exercises designed for a Linear Algebra course along with solutions. It also includes several exams with solutions and sometimes full resolutions. The exam solutions are meant to be illustrative and not systematic. These materials are intended as a supplement to a textbook and not a replacement for studying from one.

Uploaded by

Harrison Nardoni
Copyright
© Attribution Non-Commercial (BY-NC)
We take content rights seriously. If you suspect this is your content, claim it here.
Available Formats
Download as PDF, TXT or read online on Scribd
0% found this document useful (0 votes)
123 views43 pages

Algebra Linear Exercicios Exames

This document is a collection of exercises and exam problems for Linear Algebra. It includes a compilation of exercises designed for a Linear Algebra course along with solutions. It also includes several exams with solutions and sometimes full resolutions. The exam solutions are meant to be illustrative and not systematic. These materials are intended as a supplement to a textbook and not a replacement for studying from one.

Uploaded by

Harrison Nardoni
Copyright
© Attribution Non-Commercial (BY-NC)
We take content rights seriously. If you suspect this is your content, claim it here.
Available Formats
Download as PDF, TXT or read online on Scribd
You are on page 1/ 43

ALGEBRA LINEAR:

EXERC

ICIOS E EXAMES
Lus Barreira
Departamento de Matem atica 10 de Mar co de 2001, Vers ao 3.1
2
Lus Barreira
Departamento de Matem atica
Instituto Superior Tecnico
Avenida Rovisco Pais
1049-001 Lisboa
Portugal
[email protected]
Texto integralmente disponvel em http://www.math.ist.utl.pt/
~
barreira/
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
Conte udo
Pref acio i
1 Exerccios 1
1.1 Matrizes e Vectores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
1.2 Espa cos Lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.3 Transforma c oes Lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.4 Normas e Produtos Internos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.5 Determinantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.6 Valores e Vectores Pr oprios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2 Solu c oes dos Exerccios 13
2.1 Matrizes e Vectores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
2.2 Espa cos Lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
2.3 Transforma c oes Lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
2.4 Normas e Produtos Internos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
2.5 Determinantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2.6 Valores e Vectores Pr oprios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3 Exames 19
3.1 Exames do 1
o
Semestre de 97/98 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
3.1.1 Exame da 1
a

Epoca, 23 de Janeiro de 1998, 9h . . . . . . . . . . . . 19
3.1.2 Resolu c ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
3.1.3 Exame da 2
a

Epoca, 9 de Fevereiro de 1998, 9h . . . . . . . . . . . . 25
3.1.4 Resolu c ao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
3.2 Exames do 1
o
Semestre de 98/99 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
3.2.1 Exame da 1
a

Epoca, 25 de Janeiro de 1999, 9h . . . . . . . . . . . . 30
3.2.2 Solu c oes com Sugest oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
3.2.3 Exame da 2
a

Epoca, 10 de Fevereiro de 1999, 9h . . . . . . . . . . . 33
3.2.4 Solu c oes com Sugest oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
3.3 Exame da

Epoca Especial de 98/99 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
3.3.1 Exame da

Epoca Especial, 9 de Setembro de 1999, 14h . . . . . . . . 35
3.3.2 Solu c oes com Sugest oes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3
4 CONTE

UDO
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
Prefacio
Esta publica c ao inclui exerccios e exames de

Algebra Linear. Nomeadamente, inclui uma
compila c ao de exerccios preparados propositadamente para a disciplina, ao longo de v arios
anos lectivos, no Instituto Superior Tecnico, bem como solu c oes de todos os exerccios. In-
clui tambem v arios exames, com a respectiva solu c ao e por vezes com a resolu c ao completa.
As resolu c oes dos exames tem um car acter meramente ilustrativo e nunca sistem atico.
N ao e de forma alguma dispensado o estudo de um bom livro de texto, tendo esta
publica c ao um car acter suplementar.
Lus Barreira
i
ii PREF

ACIO
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
Captulo 1
Exerccios
1.1 Matrizes e Vectores
Exerccio 1.1 Seja A uma matriz n n.
1. Mostre que se u e um vector de R
n
ent ao A(u) = Au para todo R.
2. Mostre que se u e v s ao vectores de R
n
ent ao A(u +v) = Au + Av.
Exerccio 1.2 Considere a matriz
A =
_
1 0 1 0
3 2 0 1
2 0 1 0
1 4 1 1
_
. (1.1)
1. Obtenha uma decomposi c ao PA = LU onde P e uma matriz de permuta c ao, L e uma
matriz triangular inferior com 1s na diagonal principal e U e uma matriz triangular
superior.
2. Resolva o sistema Au = b para cada um dos seguintes vectores b:
b
1
=
_
1
0
0
0
_
, b
2
=
_
0
2
0
0
_
, b
3
=
_
0
0
3
0
_
, b
4
=
_
0
0
0
1
_
.
Sugest ao: use a alnea anterior para resolver cada sistema usando dois sistemas com
matriz triangular e portanto fazendo apenas substitui c ao de vari aveis.
3. Mostre que A e invertvel e determine A
1
. Sugest ao: use o Exerccio 1.1 e a resposta
da alnea anterior para determinar A
1
mentalmente.
Teste 1A, 13 de Outubro de 1997, LEFT e LMAC.
Exerccio 1.3 Refa ca o Exerccio 1.2 para a matriz A =
_
1 0 1 0
1 4 1 1
2 0 1 0
3 2 0 1
_
. Teste 1B, 13 de
Outubro de 1997, LEFT e LMAC.
Exerccio 1.4 Diga quantas trocas de linhas e preciso efectuar ate completar a aplica c ao
do metodo de elimina c ao de Gauss ` a matriz triangular inferior n n com 1s na diagonal
principal que tem todas as entradas abaixo da diagonal principal iguais a 1.
1
2 CAP

ITULO 1. EXERC

ICIOS
Exerccio 1.5 Seja A =
_
1 0 1
1 4 1
2 0 1
_
. Sabendo que A e invertvel determine a inversa de A.
Teste 1, 30 de Outubro de 1998, LEFT e LMAC.
Exerccio 1.6 Seja
M =
__
1 x y
0 1 z
0 0 1
_
: x, y, z R
_
. (1.2)
1. Mostre que se A, B M ent ao AB M.
2. Dada uma matriz A M determine uma matriz B M tal que AB = BA = I.
Exerccio 1.7
1. Determine os valores de a R para os quais a equa c ao [
1 a
a 1
] u = b tem uma e uma s o
solu c ao cada vector b R
2
.
2. Determine os valores de a R para os quais a equa c ao
_
1 a
a 1

u = b tem uma e uma


s o solu c ao cada vector b R
2
.
Exerccio 1.8 Mostre que o produto de matrizes quadradas triangulares superiores e uma
matriz quadrada triangular superior.
Exerccio 1.9 Seja M o conjunto de matrizes em (1.2). Para cada vector u R
3
deni-
mos o conjunto Mu = Au : A M.
1. Mostre que se u = (0, 1, 0) ent ao Mu e uma recta.
2. Mostre que se u = (0, 0, 1) ent ao Mu e um plano.
3. Descreva o conjunto Mu para cada vector u.
Exerccio 1.10
1. Determine se o produto de matrizes 2 2 e comutativo.
2. Determine se o produto de matrizes 2 2 triangulares superiores com 1s na diagonal
principal e comutativo.
3. Determine as matrizes triangulares inferiores 33 que comutam simultaneamente com
todas as matrizes triangulares inferiores com 1s na diagonal principal. Teste 1A, 13 de
Outubro de 1997, LEFT e LMAC.
4. Determine as matrizes triangulares superiores 33 que comutam simultaneamente com
todas as matrizes triangulares superiores com 1s na diagonal principal. Teste 1B, 13 de
Outubro de 1997, LEFT e LMAC.
Exerccio 1.11 Para cada k R diga se o sistema
_
1 k k
k k
2
k
k 1 k
3
_
_
x
y
z
_
=
_
k
1
1
_
e possvel, impossvel ou indeterminado.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
1.1. MATRIZES E VECTORES 3
Exerccio 1.12 Considere a matriz A denida em (1.1) e escreva o produto A
_
x
y
z
w
_
na
forma

4
i=1

i
b
i
onde b
1
, b
2
, b
3
e b
4
s ao as colunas de A e
1
,
2
,
3
,
4
R.
Exerccio 1.13 Mostre que
lim
n+
_
1 1/n
2
0 1
_
n
= I.
Sugest ao: mostre primeiro que [
1 a
0 1
]
n
= [
1 an
0 1
] usando indu c ao matem atica.
Exerccio 1.14 Mostre que se A e uma matriz triangular inferior com 0s na diagonal
principal ent ao
lim
n+
A
n
= 0.
Sugest ao: mostre primeiro usando indu c ao matem atica que se A e uma matriz mm nas
condi c oes do exerccio ent ao A
m
= 0.
Exerccio 1.15 Determine se existe uma matriz 2 2 A ,= I tal que A
2
= A. Sugest ao:
note que se B e uma matriz n n invertvel e B
2
= B ent ao B = I.
Exerccio 1.16 De um exemplo de uma matriz A 2 2 com pelo menos tres razes qua-
dradas, i.e., tal que o n umero de matrizes B 2 2 com B
2
= A e superior a dois.
Exerccio 1.17
1. Mostre que se A e uma matriz nn com A
2
= A ent ao pelo menos uma das matrizes A
e AI n ao e invertvel. Sugest ao: mostre primeiro que se AB = 0 ent ao pelos menos
uma das matrizes A e B n ao e invertvel.
2. Mostre que se A e uma matriz nn com A
2
+A = 0 ent ao pelo menos uma das matrizes
A e A + I n ao e invertvel. Teste 1, 30 de Outubro de 1998, LEFT e LMAC.
3. Mostre que se A e B s ao matrizes n n tais que A
2
= B
2
e AB = BA ent ao pelo
menos uma das matrizes A + B e AB n ao e invertvel.
Exerccio 1.18 Diga para que valores de a, b, c R a matriz
_
1 a 0
b 1 c
0 0 1
_
e invertvel.
Exerccio 1.19 Seja A uma matriz n n. Mostre que se I A
2
e invertvel ent ao temos
(I A
2
)
1
= I + A(I A
2
)
1
A.
Exerccio 1.20 Sejam A e B matrizes n n. Mostre que se I AB e invertvel ent ao
I BA e invertvel com
(I BA)
1
= I + B(I AB)
1
A.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
4 CAP

ITULO 1. EXERC

ICIOS
1.2 Espa cos Lineares
Exerccio 2.1 Designamos por R(A) o espa co das colunas, por L(A) o espa co das linhas
e por N(A) o n ucleo da matriz A. Determine uma base e a dimens ao para cada um dos
espa cos lineares reais R(A), L(A) e N(A) da matriz:
1. A =
_
2 1 3 5
0 1 4 5
2 2 3 0
_
. Teste 2, 4 de Dezembro de 1998, LEFT e LMAC.
2. A =
_
2 1 3 0 1
4 0 2 0 4
0 3 1 0 2
2 0 3 0 0
_
. Teste 2, 14 de Novembro de 1997, LEFT e LMAC.
Exerccio 2.2 Seja V o conjunto dos polin omios p de grau menor ou igual a 3 tais que
p + p

= 0.
1. Mostre que V e um espa co linear.
2. Determine todos os elementos de V .
Exerccio 2.3 Seja W o espa co linear dos polin omios de grau menor ou igual a 2. Con-
sidere os conjuntos
U = p W : p

(0) + p(0) = 0
e
V = p W : p

(x) 2p(1) = 0 para todo x R.


1. Mostre que U e um subespa co de W.
2. Mostre que V e um subespa co de W.
3. Mostre que U = V . Sugest ao: determine todos os elementos de U e de V .
Teste 1, 30 de Outubro de 1998, LEFT e LMAC.
Exerccio 2.4 Mostre que os subespa cos de R
2
s ao a origem, as rectas que passam pela
origem e o pr oprio R
2
. Determine todos os subespa cos de R
3
.
Exerccio 2.5 Determine os elementos do espa co linear V gerado por todas as matrizes
2 2 invertveis. Sugest ao: mostre primeiro que V contem as matrizes [
1 0
0 0
], [
0 1
0 0
], [
0 0
1 0
] e
[
0 0
0 1
].
Exerccio 2.6 Uma matriz A = [a
ij
] n n diz-se simetrica se a
ij
= a
ji
para todo i e j.
Por exemplo, as matrizes 2 2 simetricas tem a forma A =
_
a b
b c

onde a, b, c R.
1. Mostre que o conjunto das matrizes n n simetricas e um subespa co do espa co linear
das matrizes n n.
2. Justique que e falsa a seguinte arma c ao: o produto de matrizes 2 2 simetricas e
sempre uma matriz simetrica.
3. Determine todas as matrizes simetricas 22 que s ao invertveis e para cada uma dessas
matrizes determine a sua matriz inversa.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
1.3. TRANSFORMAC

OES LINEARES 5
Exerccio 2.7 Seja U o espa co linear real das matrizes 33 com entradas reais. Considere
o subespa co V U de matrizes 3 3 diagonais e o subespa co W U de matrizes 3 3
anti-simetricas (uma matriz quadrada A = [a
ij
] diz-se anti-simetrica se a
ij
= a
ji
para
todo i e j).
1. Mostre que dimW = 3.
2. Determine dim(V W) e dim(V + W), onde
V + W = A + B : A V e B W.
Teste 2, 14 de Novembro de 1997, LEFT e LMAC.
Exerccio 2.8 Considere o espa co linear V = f C
2
(R) : f

+ f = 0.
1. Mostre que S = cos x, sen x est a contido em V e e linearmente independente;
2. Mostre que se f V ent ao [(f

)
2
+ f
2
]

= 0;
3. Use a alnea anterior para concluir que existe uma constante r 0 e uma fun c ao
: R R tais que f

(t) = r cos (t) e f(t) = r sen(t) para todo t R.


4. Mostre que existe uma constante a R tal que (t) = t + a.
5. Determine a dimens ao de V . Sugest ao: note que as alneas anteriores implicam que se
f V ent ao f(t) = r cos(t + a) = r cos a cos t r sen a sen t.
Exerccio 2.9 Seja V um espa co linear e W V um subespa co.
1. Mostre que se V e W tem dimens ao nita com dimW = dimV ent ao V = W.
2. Exemplique que se V e W tem dimens ao innita (e portanto dimW = dimV ) ent ao
pode acontecer que V ,= W.
Exerccio 2.10 Seja V o espa co linear das fun c oes reais de vari avel real e S o subespa co
de V denido por S = f V : f(0) = 0.
1. Mostre que existe um subespa co R V tal que V = S R.
2. Diga quais s ao as dimens oes de S, R e V .
Teste 2, 18 de Novembro de 1996, LEFT e LMAC.
1.3 Transforma c oes Lineares
Exerccio 3.1 Seja V o espa co dos polin omios de grau menor ou igual a 2 e considere a
transforma c ao T : V V denida por T(p) = p

.
1. Mostre que T e uma transforma c ao linear.
2. Determine o n ucleo de T e a sua dimens ao.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
6 CAP

ITULO 1. EXERC

ICIOS
3. Resolva a equa c ao T(p) = p.
Exerccio 3.2 Seja V o espa co dos polin omios de grau menor ou igual a 2 e considere a
transforma c ao S: V V denida por (S(p))(t) = p(t) p(t).
1. Mostre que S e uma transforma c ao linear.
2. Determine a imagem de S e a sua dimens ao.
3. Resolva a equa c ao S(p) = p.
Exerccio 3.3 Seja V o espa co linear real das fun c oes reais de vari avel real e
S = e
x
cos x, e
x
cos x, e
x
sen x, e
x
sen x V.
Denimos a transforma c ao linear D: L(S) L(S) por Df = f

, onde L(S) denota o


espa co linear gerado por S. Formul ario: (e
x
)

= e
x
e
(fg)

(x) = f

(x)g(x) + f(x)g

(x)
sempre que f e g s ao diferenci aveis no ponto x.
1. Mostre que S e linearmente independente. Sugest ao: considere os pontos x = 2k com
k N.
2. Determine a representa c ao matricial da transforma c ao linear D em rela c ao ` a base or-
denada (e
x
cos x, e
x
cos x, e
x
sen x, e
x
sen x) de L(S).
3. Sabendo que o conjunto
1, e
x
cos x, e
x
cos x, e
x
sen x, e
x
senx
e linearmente independente, determine o n ucleo N(D) = f L(S) : Df = 0.
Teste 2, 14 de Novembro de 1997, LEFT e LMAC.
Exerccio 3.4 Seja V o espa co linear das fun c oes reais de vari avel real e
S = 1, e
x
, sen x, cos x V.
Dena a transforma c ao linear D: L(S) L(S) por Df = f

, onde L(S) e o espa co linear


gerado por S.
1. Mostre que o conjunto S e linearmente independente.
2. Determine a dimens ao de L(S).
3. Determine a representa c ao matricial de D em rela c ao ` a base (1, e
x
, sen x, cos x) de
L(S).
4. Determine o n ucleo N(D) = f L(S) : Df = 0 de D.
5. Determine o n ucleo N(D
2
) de D
2
= DD.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
1.3. TRANSFORMAC

OES LINEARES 7
Teste 2, 4 de Dezembro de 1998, LEFT e LMAC.
Exerccio 3.5 Seja C
1
(R) o espa co das fun c oes reais de vari avel real com primeira deri-
vada contnua. Determine todas as fun c oes f C
1
(R) tais que ff

= 0. Sugest ao: note


que (f
2
)

= 2ff

.
Exerccio 3.6 Para cada inteiro n 2 seja P
n
o espa co linear dos polin omios com co-
ecientes reais e grau menor ou igual a n. Seja V o subconjunto de P
n
denido por
V = p P
n
: p(0) = p(1) = 0. Considere a transforma c ao linear T : V R
2
denida
por
T(a
0
+ a
1
t + + a
n
t
n
) = (a
0
, a
1
).
1. Mostre que V e um subespa co de P
n
.
2. Determine uma base S para V .
3. Determine a representa c ao matricial de T em rela c ao ` as bases S de V e (1, 0), (0, 1)
de R
2
.
4. Determine o n ucleo e a imagem de T, bem como as suas dimens oes.
Exame 1, 15 de Janeiro de 1997, LEFT e LMAC.
Exerccio 3.7 Seja V o espa co das matrizes 22 e considere a transforma c ao S: V R
2
denida por S(A) = (tr A, tr(PA)) onde P = [
0 1
1 1
].
1. Mostre que S e uma transforma c ao linear.
2. Determine o n ucleo de S e a sua dimens ao.
Exerccio 3.8 Seja V o espa co das matrizes 22 e considere a transforma c ao T : V V
denida por T(A) =
_
tr A tr A
tr A tr A

.
1. Mostre que T e uma transforma c ao linear.
2. Determine o n ucleo de T e a sua dimens ao.
Exerccio 3.9 Seja V o espa co das matrizes 22 e considere a transforma c ao T : V V
denida por T(A) = AP PA, onde P = [
0 1
1 0
].
1. Verique que T e uma transforma c ao linear.
2. Diga se T
2
= T.
3. Determine a imagem de T
2
.
Exerccio 3.10 Seja V o espa co das matrizes nn e considere a transforma c ao T : V V
denida por T(A) = A
n
. Determine todos os n umeros naturais n para os quais T e uma
transforma c ao linear.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
8 CAP

ITULO 1. EXERC

ICIOS
1.4 Normas e Produtos Internos
Exerccio 4.1 Considere o espa co euclidiano real R
4
com o produto interno usual x, y) =

4
i=1
x
i
y
i
e o conjunto
S = (1, 0, 2, 1), (0, 1, 0, 0), (1, 0, 2, 1), (1, 0, 0, 0) R
4
.
1. Determine a dimens ao do espa co linear L(S) gerado por S.
2. Determine uma base ortonormal para L(S).
3. Determine a dimens ao e uma base para o complemento ortogonal L(S)

de L(S).
4. Determine o elemento de L(S) mais pr oximo de (1, 1, 1, 1).
Teste 3, 12 de Dezembro de 1997, LEFT e LMAC.
Exerccio 4.2 Considere o produto interno
(x
1
, x
2
), (y
1
, y
2
)) = x
1
y
1
+ x
1
y
2
+ x
2
y
1
+ 4x
2
y
2
no espa co linear R
2
. Determine o angulo entre os vectores (1, 0) e (0, 1) em rela c ao a esse
produto interno. Teste 2, 4 de Dezembro de 1998, LEFT e LMAC.
Exerccio 4.3 Considere o espa co normado real V das fun c oes contnuas no intervalo
[0, 1] com a norma |f| = max[f(x)[ : x [0, 1].
1. De um exemplo de fun c oes f, g V tais que
|f + g|
2
+|f g|
2
,= 2|f|
2
+ 2|g|
2
.
2. Considere fun c oes f
n
V para cada n N. Prove que se
lim
n+
|f
n
| = 0
ent ao
lim
n+
f
n
(x) = 0
para todo x [0, 1]. Sugest ao: note que 0 [f
n
(x)[ |f
n
| para todo n N e x [0, 1].
Teste 3, 12 de Dezembro de 1997, LEFT e LMAC.
Exerccio 4.4 Mostre que a fun c ao F : R
2
R denida por F(x, y) =
_
(x y)
2
+ 3y
2
e
uma norma.
Exerccio 4.5 Seja V um espa co linear.
1. Mostre que se , )
1
e , )
2
s ao produtos internos em V ent ao , )
1
+, )
2
e um produto
interno em V .
2. Diga se o conjunto dos produtos internos em V e um espa co linear.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
1.5. DETERMINANTES 9
Exerccio 4.6 Determine um produto interno em R
2
tal que (1, 0), (0, 1)) = 2.
Exerccio 4.7 Considere o espa co linear R
3
e dena
(x
1
, x
2
, x
3
), (y
1
, y
2
, y
3
)) = 2x
1
y
1
+ x
1
y
3
+ x
3
y
1
+ x
2
y
2
+ x
3
y
3
.
1. Mostre que , ) dene um produto interno em R
3
.
2. Determine uma base ortonormada para S = L((1, 0, 0), (0, 0, 1)) em rela c ao a , ).
3. Determine a dist ancia de (1, 1, 1) a S.
Teste 3, 13 de Dezembro de 1996, LEFT e LMAC.
Exerccio 4.8 Mostre que se a, b R 0 ent ao
(a
2
+ 2b
2
)
_
1
a
2
+
2
b
2
_
9.
Exerccio 4.9 Determine todos os valores de em A =
_
1 0
2 1 0
0 0 1+
_
tais que u, v) = u
t
Av
dene um produto interno em R
3
.
Exerccio 4.10 Dados x, y R denimos
d(x, y) =
[x y[
1 +[x y[
.
1. Verique que d(x, y) d(x, z) + d(z, y) para todo x, y, z R.
2. Diga se a fun c ao N : R R R denida por N(x) = d(x, 0) e uma norma em R.
1.5 Determinantes
Exerccio 5.1 Considere as matrizes A =
_
b c a
e f d
h i g
_
e B =
_
a b c x
0 0 0 2
d e f y
g h i z
_
. Sabendo que det B =
6 determine det A e det(A).
Exerccio 5.2 Calcule o determinante de
_
cos cos sen cos sen
sen cos 0
cos sen sen sen cos
_
para cada , R. Teste 3, 12 de Dezembro de 1997, LEFT e LMAC.
Exerccio 5.3 Prove que se A e uma matriz quadrada com duas colunas iguais ent ao
det A = 0. Sugest ao: use a identidade det A = det A
t
. Teste 3, 12 de Dezembro de 1997,
LEFT e LMAC.
Exerccio 5.4 Refa ca o Exerccio 1.18 usando determinantes.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
10 CAP

ITULO 1. EXERC

ICIOS
Exerccio 5.5 Determine todas as matrizes A 2 2 invertveis tais que det A
3
= det A
2
.
Exerccio 5.6 Calcule o determinante da matriz n n
_

_
1 0 0
0 1 0
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
0 0 1
0 0 1
_

_.
Exerccio 5.7 Seja A uma matriz n n com
det(AI) = (a
1
)
k
1
(a
m
)
km
.
Mostre que tr A = a
1
k
1
+ + a
m
k
m
.
Exerccio 5.8 Calcule o determinante da matriz n n
A
n
=
_
_
0 a 0 0
a 0 a 0
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
.
0 a 0 a
0 0 a 0
_
_
.
Teste 3, 13 de Dezembro de 1996, LEFT e LMAC.
Exerccio 5.9 Seja A uma matriz 2 2 com entradas reais tal que A
2
= 0. Verique que
det(A I) =
2
para todo R.
Exerccio 5.10 Verique que para uma matriz A 3 3 temos
d
2
det(AI)
d
2
= tr(A
2
) (tr A)
2
.
1.6 Valores e Vectores Pr oprios
Exerccio 6.1 Seja A =
_
25 36
18 26

.
1. Mostre que A e diagonaliz avel.
2. Determine os valores pr oprios e vectores pr oprios de A
5
.
Exerccio 6.2 Seja A uma matriz 2 2 com A
2
= 0. Mostre que det(A I) =
2
para
cada R. Sugest ao: mostre primeiro que det A = 0.
Exerccio 6.3 Diga para que valores de x, y, z R a matriz
_
0 0 0 0
x 0 0 0
0 y 0 0
0 0 z 0
_
e diagonaliz avel.
Exerccio 6.4 Diga para que valores de a R a equa c ao x
2
+ 3xy + ay
2
= 1 determina
uma elipse em R
2
.
Exerccio 6.5 Seja V um espa co linear de dimens ao nita e com produto interno. Con-
sidere uma transforma c ao linear T : V V tal que T(u), T(v)) = u, v) para todo u,
v V .
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
1.6. VALORES E VECTORES PR

OPRIOS 11
1. Mostre que T e invertvel.
2. Mostre que se e um valor pr oprio de T ent ao = 1.
Exerccio 6.6 Seja V um espa co linear e T : V V uma transforma c ao linear tal que
T
2
= I.
1. Verique que T n ao tem valores pr oprios reais.
2. Mostre que a transforma c ao T

= T I e invertvel para todo R.


3. Determine a inversa de T

para cada R.
Exerccio 6.7 Determine os valores pr oprios da transforma c ao T no Exerccio 3.9.
Exerccio 6.8 Mostre que se A e uma matriz quadrada n ao-negativa ent ao todos os valores
pr oprios de A
t
A s ao reais n ao-negativos.
Exerccio 6.9 Seja u
n
uma sucess ao de n umeros naturais denida recursivamente por
u
1
= 0, u
2
= 1 e u
n+2
= u
n+1
+ u
n
para cada n N. Mostre que existe o limite
lim
n+
1
n
log u
n
e determine o seu valor.
Exerccio 6.10 Refa ca o Exerccio 6.9 para a sucess ao u
n
de n umeros naturais denida
recursivamente por u
1
= 1, u
2
= 0 e u
n+2
= 3u
n+1
u
n
para cada n N.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
12 CAP

ITULO 1. EXERC

ICIOS
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
Captulo 2
Solu c oes dos Exerccios
2.1 Matrizes e Vectores
Exerccio 1.1. Sugest ao: use directamente a deni c ao de produto de uma matriz por um
vector, com somat orios.
Exerccio 1.2.
1: A =
_
1 0 0 0
3 1 0 0
2 0 1 0
1 2 2 1
_ _
1 0 1 0
0 2 3 1
0 0 3 0
0 0 0 3
_
.
2: (
1
3
,
1
3
,
2
3
,
1
3
), (0,
1
3
, 0,
4
3
), (1,
1
2
, 1, 2) e (0,
1
6
, 0,
1
3
).
3: A
1
=
_

_
1
3
0
1
3
0

1
3
1
6
1
6
1
6
2
3
0
1
3
0
1
3

2
3

2
3
1
3
_

_.
Exerccio 1.3.
1: A =
_
1 0 0 0
1 1 0 0
2 0 1 0
3
1
2
2 1
_ _
1 0 1 0
0 4 2 1
0 0 1 0
0 0 0
3
2
_
.
2: (1, 1, 2, 1), (0,
1
2
, 0, 1), (1,
5
6
, 1,
4
3
) e (0,
1
3
, 0,
4
3
).
3: A
1
=
_
_
1 0 1 0
1
1
6
5
6
1
6
2 0 1 0
1
1
3

4
3

2
3
_
_
.
Exerccio 1.4. Nenhuma.
Exerccio 1.5. A
1
=
_
1 0 1
3
4
1
4
1
2
2 0 1
_
.
Exerccio 1.6.
1:
_
1 x y
0 1 z
0 0 1
_
_
1 x

0 1 z

0 0 1
_
=
_
1 x+x

y+y

+xz

0 1 z+z

0 0 1
_
.
2:
_
1 x y
0 1 z
0 0 1
_
1
=
_
1 x y+xz
0 1 z
0 0 1
_
.
Exerccio 1.7.
13
14 CAP

ITULO 2. SOLUC

OES DOS EXERC

ICIOS
1: a R 1, 1.
2: a R.
Exerccio 1.8. Sugest ao: note que uma matriz quadrada A = [a
ij
] e triangular superior
se e s o se a
ij
= 0 sempre que i > j, e use directamente a deni c ao de produto de matrizes,
com somat orios.
Exerccio 1.9.
1: Mu = (x, 1, 0) : x R.
2: Mu = (y, z, 1) : y, z R.
3: Seja u = (a, b, c). Se b = c = 0 ent ao Mu e um ponto. Se b ,= 0 e c = 0 ent ao Mu e
uma recta. Se b = 0 e c ,= 0 ent ao Mu e um plano. Se b ,= 0 e c ,= 0 ent ao Mu = R
3
.
Exerccio 1.10.
1: N ao e comutativo.
2:

E comutativo.
3:
_
x 0 w
0 y 0
0 0 z
_
com x, y, z, w R. 4:
_
x 0 0
0 y 0
w 0 z
_
com x, y, z, w R.
Exerccio 1.11. Possvel para k , 1, 0, indeterminado para k = 1 e impossvel para
k = 0.
Exerccio 1.12.
1
= x,
2
= y,
3
= z,
4
= w.
Exerccio 1.15. Existe; por exemplo A = 0. Determine todas as matrizes nas condi c oes
do enunciado.
Exerccio 1.16. A = I pois [
1 0
0 1
]
2
=
_
1 0
0 1

2
=
_
1 0
0 1

2
=
_
1 0
0 1

2
= I.
Exerccio 1.17.
1: Sugest ao: note que 0 = A
2
A = (A I)A = A(A I).
2: Sugest ao: note que 0 = A
2
+ A = (A + I)A = A(A + I).
3: Sugest ao: note que 0 = A
2
B
2
= (A + B)(A B) = (A B)(A + B).
Exerccio 1.18. Sempre que ab ,= 1.
2.2 Espa cos Lineares
Exerccio 2.1.
1: Uma base de R(A) e (2, 0, 2), (1, 1, 2), (3, 4, 3) e dimR(A) = 3. Uma base de L(A)
e (2, 1, 3, 5), (0, 1, 4, 5), (0, 0, 4, 0) e dimL(A) = 3. Uma base de N(A) e (5, 5, 0, 1) e
dimN(A) = 1.
2: Uma base de R(A) e (2, 4, 0, 2), (1, 0, 3, 0), (3, 2, 1, 3) e dimR(A) = 3. Uma base de
L(A) e (2, 1, 3, 0, 1), (0, 2, 4, 0, 2), (0, 0, 5, 0, 5) e dimL(A) = 3. Uma base de N(A) e
(0, 0, 0, 1, 0), (3, 2, 2, 0, 2) e dimN(A) = 2.
Exerccio 2.2.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
2.3. TRANSFORMAC

OES LINEARES 15
2: V = 0.
Exerccio 2.4. Os subespa cos de R
3
s ao a origem, as rectas que passam pela origem, os
planos que passam pela origem e o pr oprio R
3
.
Exerccio 2.5. V e o espa co linear das matrizes 2 2.
Exerccio 2.6.
2: Por exemplo, [
1 1
1 0
] [
0 1
1 1
] = [
1 2
0 1
] n ao e simetrica.
3: As matrizes
_
a b
b c

com ac b
2
,= 0, com inversa
1
acb
2
_
c b
b a

.
Exerccio 2.7.
2: dim(V W) = 0 e dim(V + W) = dimV + dimW dim(V W) = 6.
Exerccio 2.8.
4: Sugest ao: use a alnea anterior para mostrar que

(t) = 1.
5: dimV = 2.
Exerccio 2.9.
2: Por exemplo, seja V o espa co dos polin omios e W o espa co dos polin omios pares.
Exerccio 2.10.
1: Podemos tomar para R o espa co das fun c oes constantes: basta vericar que f(x) =
g(x) + f(0), onde g(x) = f(x) f(0) e portanto g(0) = 0.
2: dimS = dimV = e dimR = 1.
2.3 Transforma c oes Lineares
Exerccio 3.1.
2. O n ucleo de T e o conjunto dos polin omios constantes e tem dimens ao 1.
3. A equa c ao s o tem como solu c ao o polin omio nulo.
Exerccio 3.2.
2. A imagem de S e formada pelos polin omios de grau menor ou igual a 1.
3. A equa c ao s o tem como solu c ao o polin omio nulo.
Exerccio 3.3.
2:
_
1 0 1 0
0 1 0 1
1 0 1 0
0 1 0 1
_
.
3: 0.
Exerccio 3.4.
2: 4.
3:
_
0 0 0 0
0 1 0 0
0 0 0 1
0 0 1 0
_
.
4: Conjunto das fun c oes constantes.
5: Conjunto das fun c oes constantes.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
16 CAP

ITULO 2. SOLUC

OES DOS EXERC

ICIOS
Exerccio 3.5. f = 0.
Exerccio 3.6.
2: t
2
t, t
3
t, . . . , t
n
t.
3:
_
0 0
1 1

.
4: O n ucleo de T e o conjunto dos polin omios p V tais que a
2
+ + a
n
= 0 e tem
dimens ao n 2. A imagem de T e o conjunto (0, x) : x R e tem dimens ao 2.
Exerccio 3.7.
2. O n ucleo de S e
_
a b
ab b

: a, b R e tem dimens ao 2.
Exerccio 3.8.
2. O n ucleo de T e
_
a b
c a

: a, b, c R e tem dimens ao 3.
Exerccio 3.9.
3. A imagem de T
2
e
_
a b
b a

: a, b R.
Exerccio 3.10. n = 1.
2.4 Normas e Produtos Internos
Exerccio 4.1.
1: 3.
2: Um base ortonormal e (
1

6
, 0,
2

6
,
1

6
), (0, 1, 0, 0), (
5

30
, 0,
2

30
,
1

30
).
3: Um base e (0, 0, 1, 2) e a dimens ao e 1.
4: (1, 1,
6
5
,
3
5
).
Exerccio 4.2. /3.
Exerccio 4.3.
1: f(x) = 1 e g(x) = x: temos |f + g| = 2, |f g| = |f| = |g| = 1 e portanto
|f + g|
2
+|f g|
2
= 5 ,= 4 = 2|f|
2
+ 2|g|
2
.
Exerccio 4.5.
2: N ao; considere por exemplo a multiplica c ao de um produto interno por um n umero
negativo.
Exerccio 4.6. (x
1
, x
2
), (y
1
, y
2
)) = 2x
1
y
1
+ 2x
1
y
2
+ 2x
2
y
1
+ 4x
2
y
2
.
Exerccio 4.7.
1: Sugest ao: para a positividade note que
(x
1
, x
2
, x
3
), (x
1
, x
2
, x
3
)) = x
1
2
+ x
2
2
+ (x
1
+ x
3
)
2
.
2: (
1

2
, 0, 0), (
1

2
, 0,

2).
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
2.5. DETERMINANTES 17
3: A projec c ao ortogonal de (1, 1, 1) sobre S e (1, 0, 4) e portanto a dist ancia a S e
|(1, 1, 1) (1, 0, 4)| =

6.
Exerccio 4.8. Sugest ao: use um produto interno em R
2
.
Exerccio 4.9. ]
1

2
,
1

2
[.
Exerccio 4.10.
2. N ao e uma norma.
2.5 Determinantes
Exerccio 5.1. det A = 3 e det(A) = 3.
Exerccio 5.2. 1.
Exerccio 5.5. As matrizes 2 2 com determinante 1.
Exerccio 5.6. (1)
n

n2
(
2
1).
Exerccio 5.7. Sugest ao: verique que o termo de grau 1 de det(AI) e simultaneamente
igual a a
1
k
1
+ + a
m
k
m
e ` a soma dos valores pr oprios de A.
Exerccio 5.8. 0 para n mpar e (1)
n/2
a
n
para n par. Sugest ao: verique primeiro que
det A
n+2
= det A
2
det A
n
= a
2
det A
n
.
2.6 Valores e Vectores Pr oprios
Exerccio 6.1.
1: Basta vericar que os valores pr oprios de A s ao 1 e 2.
2: Tem valores pr oprios 1 (com os vectores pr oprios de A correspondentes ao valor
pr oprio 1) e 32 = 2
5
(com os vectores pr oprios de A correspondentes ao valor pr oprio 2).
Exerccio 6.3. x = y = z = 0.
Exerccio 6.4. a >
9
4
.
Exerccio 6.6.
2. (T

)
1
=
1
1+
2
T

. Sugest ao: calcule T

.
Exerccio 6.7. 2, 0 e 2.
Exerccio 6.9. log
1+

5
2
.
Exerccio 6.10. log
3+

5
2
.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
18 CAP

ITULO 2. SOLUC

OES DOS EXERC

ICIOS
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
Captulo 3
Exames
3.1 Exames do 1
o
Semestre de 97/98
3.1.1 Exame da 1
a

Epoca, 23 de Janeiro de 1998, 9h
Engenharia Fsica Tecnol ogica, Matem atica Aplicada e Computa c ao.
Durac ao do exame: 3 horas. Justifique todas as respostas.
1. (7 valores) Seja V o espa co linear real das matrizes 22. Considere a fun c ao T : V V
denida por T
__
a b
c d
_
=
_
ba db
ac cd

.
a. Mostre que dimV = 4 e determine uma base de V .
b. Mostre que T e uma transforma c ao linear.
c. Calcule a representa c ao matricial de T em rela c ao ` a base que indicou em 1a.
d. Determine o contradomnio T(V ) e o n ucleo N(T) da transforma c ao T.
e. Indique todas as matrizes A V tais que T(A) n ao e invertvel. Sugest ao: use
determinantes.
2. (5 valores) Para cada , R, considere a matriz 4 4 denida por A =
_
0 1
0 0
0 0
2
0 0 1
_
.
a. Calcule det A para cada , R.
b. Determine todos os pares ordenados (, ) R
2
tais que A n ao e invertvel.
c. Sejam = 1 e = 0. Determine todos os valores pr oprios de A.
d. Sejam = 1 e = 0. Mostre que n ao existe nenhuma matriz 4 4 invertvel S tal
que S
1
AS e diagonal com valores pr oprios na diagonal principal.
3. (4 valores) Considere o espa co linear real V das matrizes n n e o seu subespa co S
constitudo pelas matrizes diagonais.
a. Mostre que ca denido um produto interno em V por
A, B) =
n

i=1
n

j=1
a
ij
b
ij
.
19
20 CAP

ITULO 3. EXAMES
b. Mostre que A, B) = tr(AB
t
) onde o tra co de uma matriz C = [c
ij
] V e denido
por tr C =

n
i=1
c
ii
.
c. Para cada matriz A V , determine o elemento de S mais pr oximo de A.
4. (4 valores) Seja V um espa co euclidiano real com dimV = n e seja u
1
, . . . , u
n
uma
base de V .
a. Calcule |u
1
+ +u
n
| quando u
1
, . . . , u
n
e ortonormal.
b. Prove que ca denida uma norma em V pela fun c ao f : V R dada por
f(v) =
_
n

i=1
v, u
i
)
2
_
1/2
.
c. Suponha que |u
i
| = 1 para todo i = 1, . . . , n. Mostre que u
1
, . . . , u
n
e ortonormal
se e s o se f(v) = |v| para todo v V .
3.1.2 Resolu cao
1. a. Notamos que se a, b, c e d s ao n umeros reais ent ao
_
a b
c d

= a [
1 0
0 0
] + b [
0 1
0 0
] + c [
0 0
1 0
] + d [
0 0
0 1
] .
Portanto as 4 matrizes em
[
1 0
0 0
], [
0 1
0 0
], [
0 0
1 0
], [
0 0
0 1
] (3.1)
geram o espa co V . Notamos tambem que se temos a combina c ao linear
a [
1 0
0 0
] + b [
0 1
0 0
] + c [
0 0
1 0
] + d [
0 0
0 1
] = [
0 0
0 0
]
ent ao a = b = c = d = 0. Portanto as matrizes em (3.1) s ao linearmente inde-
pendentes. Uma vez que estas matrizes geram V e s ao linearmente independentes
conclumos que uma base de V e dada por (3.1) e que V tem dimens ao dimV = 4.
b. Dados n umeros reais a, b, c, d e a

, b

, c

, d

obtemos
T
__
a b
c d

+
_
a

_
= T
__
a+a

b+b

c+c

d+d

__
=
_
(b+b

)(a+a

) (d+d

)(b+b

)
(a+a

)(c+c

) (c+c

)(d+d

)
_
=
_
ba db
ac cd

+
_
b

_
= T
__
a b
c d
_
+ T
__
a

_
.
Alem disso se e um n umero real temos tambem
T
_

_
a b
c d
_
=
_
ba db
ac cd

=
_
ba db
ac cd

= T
__
a b
c d
_
.
Destas duas identidades conclumos que T e uma transforma c ao linear.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
3.1. EXAMES DO 1
O
SEMESTRE DE 97/98 21
c. Obtemos facilmente as identidades:
T ([
1 0
0 0
]) = 1 [
1 0
0 0
] + 0 [
0 1
0 0
] + 1 [
0 0
1 0
] + 0 [
0 0
0 1
] ,
T ([
0 1
0 0
]) = 1 [
1 0
0 0
] 1 [
0 1
0 0
] + 0 [
0 0
1 0
] + 0 [
0 0
0 1
] ,
T ([
0 0
1 0
]) = 0 [
1 0
0 0
] + 0 [
0 1
0 0
] 1 [
0 0
1 0
] + 1 [
0 0
0 1
] ,
T ([
0 0
0 1
]) = 0 [
1 0
0 0
] + 1 [
0 1
0 0
] + 0 [
0 0
1 0
] 1 [
0 0
0 1
] .
Reunindo os coecientes de cada uma daquelas combina c oes lineares em colunas de
uma matriz, conclumos que a representa c ao matricial de T em rela c ao ` a base que
indic amos em (3.1) e a matriz 4 4 dada por
_
1 1 0 0
0 1 0 1
1 0 1 0
0 0 1 1
_
. (3.2)
d. Fazendo a elimina c ao de Gauss da transposta da matriz em (3.2), i.e., da matriz
cujas linhas s ao as colunas da matriz em (3.2), obtemos sucessivamente
_
1 0 1 0
1 1 0 0
0 0 1 1
0 1 0 1
_

_
1 0 1 0
0 1 1 0
0 0 1 1
0 1 0 1
_

_
1 0 1 0
0 1 1 0
0 0 1 1
0 0 1 1
_

_
1 0 1 0
0 1 1 0
0 0 1 1
0 0 0 0
_

_
1 0 0 1
0 1 0 1
0 0 1 1
0 0 0 0
_
.
Se n ao tivessemos efectuado o ultimo passo desta elimina c ao (que de facto n ao e
necess ario) obteriamos
T(V ) =
__
ba b
ac c

: a, b, c R
_
.
Usando o ultimo passo elimina c ao de Gauss podemos escrever
T(V ) =
__
a b
c a+b+c

: a, b, c R
_
= [
k l
m n
] : k, l, m, n R com k + l + m + n = 0 .
Para determinar o n ucleo de T notamos que T
__
a b
c d
_
= [
0 0
0 0
] se e s o se a = b = c =
d. Portanto N(T) = [
a a
a a
] : a R.
e. Temos
det
_
ba db
ac cd

= (b a)(c d) (d b)(a c)
= bc bd ac + ad da + dc + ba bc
= (d a)c + (a d)b = (d a)(c b).
Portanto T
__
a b
c d
_
e singular se e s o se a = d ou b = c. Assim T(A) e singular se e
s o se A = [
a b
c a
] ou A =
_
a b
b d

para alguns a, b, c, d R.
2. a. Seleccionando a primeira coluna da matriz A obtemos sucessivamente
det A = det

0 0
0
2
0 1

det

0 1
0
2
0 1

= (
2

3
) (
3

2
)
=
2

4
+
2

2
=
4
+ 2
2

4
= (
2

2
)
2
.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
22 CAP

ITULO 3. EXAMES
b. Da alnea anterior conclumos que det A = 0 se e s o se
2
=
2
, i.e., se e s o se
= . Portanto os pares ordenados (, ) para os quais A n ao e invertvel s ao os
pares ordenados (, ) e (, ) onde R.
c. Para = 1 e = 0 obtemos
det(AI) =

1 0 0 1
0 1 0 0
0 0 1
0 0 1

= (1 )

1 0 0
0 1
0 1

= (1 )
2
(
2
1).
Portanto os valores pr oprios de A s ao 1 (com multiplicidade 3) e 1 (com multipli-
cidade 1).
d. Determinamos os espa cos pr oprios de A. Seja u = (u
1
, u
2
, u
3
, u
4
). Se = 1 consi-
deramos a equa c ao
(A I)u =
_
0 0 0 1
0 0 0 0
0 0 1 1
0 0 1 1
_
u = 0
e obtemos u
3
= u
4
= 0. Assim o espa co pr oprio correspondente ao valor pr oprio 1 e
gerado pelos vectores (1, 0, 0, 0) e (0, 1, 0, 0) e tem dimens ao 2. Se = 1 conside-
ramos a equa c ao
(A I)u =
_
2 0 0 1
0 2 0 0
0 0 1 1
0 0 1 1
_
u = 0
e obtemos u
1
=
1
2
u
4
, u
2
= 0 e u
3
= u
4
. Assim o espa co pr oprio correspondente
ao valor pr oprio 1 e gerado pelo vector (
1
2
, 0, 1, 1) e tem dimens ao 1. Portanto
n ao existem 4 vectores pr oprios linearmente independentes o que mostra que A n ao
e diagonaliz avel.
3. a. Vericamos sucessivamente as seguintes propriedades.
i. Simetria: se A, B V ent ao a propriedade comutativa da multiplica c ao de
n umeros reais mostra que
A, B) =
n

i=1
n

j=1
a
ij
b
ij
=
n

i=1
n

j=1
b
ij
a
ij
= B, A).
ii. Positividade: se A V 0 ent ao a
ij
,= 0 para alguns i e j e portanto
A, A) =
n

i=1
n

j=1
(a
ij
)
2
,= 0.
iii. Linearidade: se A, A

, B V e ,

R ent ao
A +

, B) =
n

i=1
n

j=1
(a
ij
+

ij
)b
ij
=
n

i=1
n

j=1
a
ij
b
ij
+

i=1
n

j=1
a

ij
b
ij
= A, B) +

, B).
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
3.1. EXAMES DO 1
O
SEMESTRE DE 97/98 23
Conclumos assim que ca denido um produto interno em V .
b. Como (B
t
)
ji
= B
ij
para cada i e j, obtemos sucessivamante
tr(AB
t
) =
n

i=1
(AB
t
)
ii
=
n

i=1
n

j=1
a
ij
(B
t
)
ji
=
n

i=1
n

j=1
a
ij
b
ij
= A, B).
c. O elemento de S mais pr oximo de A e obtido fazendo a projec c ao ortogonal de A
sobre S. Para efectuar esta projec c ao necessitamos de uma base ortogonal para S.
Uma base de S e dada por A
1
, . . . , A
n
, onde
(A
k
)
ij
=
_
1 se i = j = k
0 caso contr ario
.
Se k ,= l ent ao (A
k
)
ij
(A
l
)
ij
= 0 para todo o i e j. Portanto A
1
, . . . , A
n
e uma
base ortogonal para S. Temos
A
k
, A
k
) =
n

i=1
n

j=1
((A
k
)
ij
)
2
= ((A
k
)
kk
)
2
= 1
para cada k. A projec c ao ortogonal de A sobre S e dada por
n

k=1
A, A
k
)
A
k
, A
k
)
A
k
=
n

k=1
a
kk
A
k
.
O elemento de S mais pr oximo de A e portanto a matriz que se obtem de A passando
a zero todos os elementos abaixo e acima da diagonal principal.
4. a. Temos
u
i
, u
j
) =
_
1 se i = j
0 se i ,= j
e
|u
1
+ +u
n
|
2
= u
1
+ +u
n
, u
1
+ +u
n
)
=
n

i=1
n

j=1
u
i
, u
j
) =
n

i=1
1 = n.
Portanto |u
1
+ +u
n
| =

n.
b. Vericamos sucessivamente as seguintes propriedades.
i. Homogeneidade: se R e v V ent ao
f(v) =
_
n

i=1
v, u
i
)
2
_
1/2
=
_

2
n

i=1
v, u
i
)
2
_
1/2
= [[
_
n

i=1
v, u
i
)
2
_
1/2
= [[f(v).
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
24 CAP

ITULO 3. EXAMES
ii. Positividade: se v V satisfaz f(v) = 0 ent ao
n

i=1
v, u
i
)
2
= 0
e portanto v, u
i
) = 0 para todo i. Como u
1
, . . . , u
n
e uma base de V existem
n umeros reais c
1
, . . ., c
n
tais que
v =
n

j=1
c
j
u
j
.
Obtemos ent ao
0 = v, u
i
) =
n

j=1
c
j
u
j
, u
i
) = c
i
para todo i e conclumos que v = 0.
iii. Desigualdade triangular: se v
1
, v
2
V ent ao usando a desigualdade de Cauchy
Schwarz para o produto interno usual obtemos
(f(v
1
+v
2
))
2
=
n

i=1
(v
1
, u
i
) +v
2
, u
i
))
2
=
n

i=1
(v
1
, u
i
)
2
+v
2
, u
i
)
2
+ 2v
1
, u
i
)v
2
, u
i
))

i=1
(v
1
, u
i
)
2
+v
2
, u
i
)
2
)
+ 2
_
n

i=1
v
1
, u
i
)
2
_
1/2
_
n

i=1
v
2
, u
i
)
2
_
1/2
=
_
_
_
n

i=1
v
1
, u
i
)
2
_
1/2
+
_
n

i=1
v
2
, u
i
)
2
_
1/2
_
_
2
= (f(v
1
) + f(v
2
))
2
.
Conclumos assim que f(v
1
+v
2
) f(v
1
) + f(v
2
).
Temos portanto denida uma norma em V .
c. Notamos que
f(u
j
)
2
=
n

i=1
u
j
, u
i
)
2
= |u
j
|
4
+

i:i=j
u
j
, u
i
)
2
= 1 +

i:i=j
u
j
, u
i
)
2
. (3.3)
Se f(v) = |v| para todo v V ent ao em particular f(u
i
) = 1 para todo i. De (3.3)
conclumos que

i:i=j
u
j
, u
i
)
2
= 0
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
3.1. EXAMES DO 1
O
SEMESTRE DE 97/98 25
para todo j. Portanto u
j
, u
i
) = 0 para todo i ,= j e conclumos que u
1
, . . . , u
n
e
ortonormal. Suponhamos agora que u
1
, . . . , u
n
e ortonormal. Se
v =
n

j=1
c
j
u
j
ent ao v, u
i
) = c
i
para todo i e portanto
f(v) =
_
n

i=1
c
i
2
_
1/2
= |v|.
3.1.3 Exame da 2
a

Epoca, 9 de Fevereiro de 1998, 9h
Engenharia Fsica Tecnol ogica, Matem atica Aplicada e Computa c ao.
Durac ao do exame: 3 horas. Justifique todas as respostas.
1. (7 valores) Seja V o espa co linear real dos polin omios de grau menor ou igual a tres.
Considere a fun c ao T : V V denida por (T(p))(x) = p

(x) p

(x).
a. Determine a dimens ao e uma base de V .
b. Mostre que T e uma transforma c ao linear.
c. Calcule a representa c ao matricial de T em rela c ao ` a base que indicou em 1a.
d. Determine o contradomnio T(V ) e o n ucleo N(T) da transforma c ao T.
e. Determine todas as solu c oes p V da equa c ao (T(p))(x) = x.
f. Considere o espa co linear real W = f C
2
(R) : f

= 0. Mostre que
W N(T) ,= .
2. (3 valores) Para cada R, considere a matriz 44 denida por A

=
_
cos 0 0 sen
0 1 0 0
0 0 1 0
sen 0 0 cos
_
.
a. Calcule o determinante de A

para cada R.
b. Mostre que A

= A
+
para todo , R.
c. Para cada n N, determine todos os n umeros R tal que A

n
= I, onde I designa
a matriz identidade 4 4.
d. Para cada R, determine todos os valores pr oprios de A

.
3. (6 valores) Considere o espa co euclidiano real V das sucess oes u
n
de n umeros reais
tais que

n=1
u
n
2
e convergente, com o produto interno
u
n
, v
n
) =

n=1
u
n
v
n
.
Esta serie e absolutamente convergente para todas as sucess oes u
n
, v
n
V . Con-
sidere tambem o conjunto S de sucess oes com um n umero nito de termos n ao nulos.
a. Mostre que S e um subespa co de V .
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
26 CAP

ITULO 3. EXAMES
b. Determine os subespa cos S

, (S

e S + S

.
c. Prove que S tem dimens ao innita.
d. Mostre que V S e um conjunto innito.
4. (4 valores) Considere o espa co linear real R
n
com as normas
|(x
1
, . . . , x
n
)|
1
=
n

i=1
[x
i
[ e |(x
1
, . . . , x
n
)|
2
=
_
n

i=1
x
i
2
_
1/2
.
a. Mostre que a norma |(x
1
, . . . , x
n
)|
2
vem de um produto interno.
b. Determine todos os pontos (x
1
, . . . , x
n
) R
n
para os quais
|(x
1
, . . . , x
n
)|
1
= |(x
1
, . . . , x
n
)|
2
.
c. Determine constantes a > 0 e b > 0 tais que
a|(x
1
, . . . , x
n
)|
1
|(x
1
, . . . , x
n
)|
2
b|(x
1
, . . . , x
n
)|
1
para todo o ponto (x
1
, . . . , x
n
) R
n
.
3.1.4 Resolu cao
1. a. Os elementos de V s ao da forma a +bx +cx
2
+dx
3
onde a, b, c, d R. Portanto os
polin omios em
1, x, x
2
, x
3
(3.4)
geram o espa co V . Por outro lado, se a +bx +cx
2
+dx
3
= 0 para todo x R ent ao
a = b = c = d = 0. Portanto os polin omios em (3.4) s ao linearmente independentes.
Uma vez que estes polin omios geram V e s ao linearmente independentes conclumos
que uma base de V e dada por (3.4) e que V tem dimens ao dimV = 4.
b. Notamos que se p
1
, p
2
V ent ao
(T(p
1
+ p
2
))(x) = (p
1
+ p
2
)

(x) (p
1
+ p
2
)

(x)
= p

1
(x) + p

2
(x) p

1
(x) p

2
(x) = T(p
1
))(x) + (T(p
2
))(x)
e que se p V e R ent ao
(T(p))(x) = (p)

(x) (p)

(x) = p

(x) p

(x) = T(p))(x).
Portanto T e uma transforma c ao linear
c. Notamos que T(1) = 0, T(x) = 1, T(x
2
) = 2x 2 e T(x
3
) = 3x
2
6x. Reunindo os
coecientes destes polin omios em rela c ao ` a base em (3.4) nas colunas de uma matriz
obtemos a representa c ao matricial
_
0 1 2 0
0 0 2 6
0 0 0 3
0 0 0 0
_
.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
3.1. EXAMES DO 1
O
SEMESTRE DE 97/98 27
d. Procedendo ` a elimina c ao de Gauss da transposta da matriz na alnea anterior obte-
mos sucessivamente
_
0 0 0 0
1 0 0 0
2 2 0 0
0 6 3 0
_

_
0 0 0 0
1 0 0 0
0 2 0 0
0 6 3 0
_

_
0 0 0 0
1 0 0 0
0 2 0 0
0 0 3 0
_
.
Conclumos que T(V ) = L(1, x, x
2
), i.e., T(V ) e o conjunto dos polin omios de
grau menor ou igual a dois. Para determinar o n ucleo de T notamos que se
_
0 1 2 0
0 0 2 6
0 0 0 3
0 0 0 0
_ _
x
y
z
w
_
= 0
ent ao y = z = w = 0. Portanto N(T) = L(1), i.e., N(T) e o conjunto dos
polin omios constantes.
e. Notamos que
T(a + bx + cx
2
+ dx
3
) = b + 2cx + 3dx
2
2c 6dx
= (b 2c) + (2c 6d)x + 3dx
2
.
Portanto T(a + bx + cx
2
+ dx
3
) = x se e s o se b = 2c, 2c 6d = 1 e d = 0, i.e., se
e s o se b = 1, c =
1
2
e d = 0. Conclumos que as solu c oes da equa c ao (T(p))(x) = x
em V s ao os polin omios a + x +
1
2
x
2
onde a R.
f. Como os polin omios s ao fun c oes reais de vari avel real innitamente diferenci aveis
temos V C
2
(R). Portanto
N(T) = f V : f

= 0 f C
2
(R) : f

= 0 = W.
Por exemplo, se f(x) = e
x
ent ao f

(x) = f

(x) = e
x
e portanto f

= 0.
Conclumos assim que e
x
W. Por outro lado e
x
n ao e um polin omio e portanto
e
x
W N(T) o que mostra que W N(T) ,= . Exerccio: mostre que W e o
conjunto das fun c oes a + ke
x
onde a, k R; portanto W N(T) = ke
x
: k R.
2. a. Expandindo os determinantes sempre ao longo da segunda coluna obtemos
det A

cos 0 0 sen
0 1 0 0
0 0 1 0
sen 0 0 cos

cos 0 sen
0 1 0
sen 0 cos

cos sen
sen cos

= 1.
b. Obtemos
A

cos cos sen sen 0 0 sen cos cos sen


0 1 0 0
0 0 1 0
sen cos +cos sen 0 0 sen sen +cos cos

cos(+) 0 0 sen(+)
0 1 0 0
0 0 1 0
sen(+) 0 0 cos(+)

= A
+
.
c. Da alnea anterior conclumos por indu c ao matem atica que
A

n
= A
n
=
_
cos(n) 0 0 sen(n)
0 1 0 0
0 0 1 0
sen(n) 0 0 cos(n)
_
.
Portanto A

n
= I se e s o se cos(n) = 1 e sen(n) = 0. Tal sucede se e s o se
n = 2k para algum k Z, i.e., se e s o se = 2k/n para algum k Z.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
28 CAP

ITULO 3. EXAMES
d. Expandindo os determinantes sempre ao longo da segunda coluna obtemos
det(A

I) =

cos 0 0 sen
0 1 0 0
0 0 1 0
sen 0 0 cos

= (1 )

cos 0 sen
0 1 0
sen 0 cos

= (1 )
2

cos sen
sen cos

= (1 )
2
[(cos )
2
+ sen
2
].
Portanto det(A

I) = 0 se e s o se = 1 ou cos = i sen , i.e., os valores


pr oprios s ao = 1 (com multiplicidade 2) e = cos i sen = e
i
(ambos com
multiplicidade 1) .
3. a. Notamos que u
n
V se e s o se u
n
= 0 para todo n N sucientemente grande.
Se u
n
, v
n
V ent ao u
n
= v
n
= 0 para todo n N sucientemente grande.
Portanto u
n
+ v
n
= 0 para todo n N sucientemente grande e conclumos que
u
n
+v
n
V . Por outro lado se u
n
V e R ent ao u
n
= 0 para todo n N
sucientemente grande. Portanto u
n
V .
b. Denimos a sucess ao u
(m)
n
por
u
(m)
n
=
_
1 se m = n
0 se m ,= n
para cada m N. Claramente u
(m)
n
S para cada m N. Portanto
S

v
n
V : u
n
, u
(m)
n
) = 0 para cada m N.
Como u
n
, u
(m)
n
) = u
m
conclumos que
S

u
n
V : u
m
= 0 para cada m N = 0.
Portanto S

= 0. Conclumos assim que (S

= 0

= V e que S + S

=
0 + V = V .
c. Seja r N. Com a nota c ao da alnea anterior notamos que se
r

m=1
c
m
u
(m)
n
= 0
ent ao
c
n
=
r

m=1
c
m
u
(m)
n
= 0
para todo n = 1, . . ., r. Conclumos assim que o conjunto u
(m)
n
: m = 1, . . ., r S
e linearmente independente. Portanto dimS r. Como r e arbitr ario o espa co S
tem dimens ao innita.
d. Denimos a sucess ao u
n
com u
n
=
1
n
para cada n N. Como

n=1
u
n
2
=

2
6
<
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
3.1. EXAMES DO 1
O
SEMESTRE DE 97/98 29
temos u
n
V . Denimos uma nova sucess ao v
(m)
n
por v
(m)
n
=
1
m+n
para cada
m N. Claramente v
(m)
n
, S. Como

n=1
v
(m)
n
2

n=1
u
n
2
conclumos que v
(m)
n
V . Portanto v
(m)
n
: m N e um conjunto innito
totalmente contido em V S. Conclumos assim que V S e um conjunto innito.
4. a. Podemos denir um produto interno em R
n
por
(x
1
, . . . , x
n
), (y
1
, . . . , y
n
)) =
n

i=1
x
i
y
i
(este e o produto interno usual). Alem disso
_
(x
1
, . . . , x
n
), (x
1
, . . . , x
n
)) = |(x
1
, . . . , x
n
)|
2
,
i.e., a norma associada ` aquele produto interno e a norma |(x
1
, . . . , x
n
)|
2
.
b. Notamos que
(|(x
1
, . . . , x
n
)|
1
)
2
=
n

i=1
x
2
i
+ 2

i, j com i = j
[x
i
x
j
[
= (|(x
1
, . . . , x
n
)|
2
)
2
+ 2

i, j com i = j
[x
i
x
j
[.
Portanto |(x
1
, . . . , x
n
)|
1
= |(x
1
, . . . , x
n
)|
2
se e s o se

i, j com i = j
[x
i
x
j
[ = 0,
i.e., se e s o se x
i
x
j
= 0 para todo i ,= j. Portanto se x
i
,= 0 para algum i ent ao
x
j
= 0 para todo j ,= i. Conclumos assim que |(x
1
, . . . , x
n
)|
1
= |(x
1
, . . . , x
n
)|
2
se e s o se (x
1
, . . . , x
n
) tem todas as componentes nulas ` a excep c ao possivelmente de
uma, i.e., se e s o se (x
1
, . . . , x
n
) pertence a um dos eixos coordenados.
c. Temos
(|(x
1
, . . . , x
n
)|
1
)
2
=
_
n

i=1
[x
i
[
_
2

i=1
x
2
i
= (|(x
1
, . . . , x
n
)|
2
)
2
e
|(x
1
, . . . , x
n
)|
1
=
n

i=1
[x
i
[
n

i=1
|(x
1
, . . . , x
n
)|
2
= n|(x
1
, . . . , x
n
)|
2
.
Conclumos assim que podemos tomar para a e b quaisquer n umeros reais positivos
a
1
n
e b 1. (3.5)
Exerccio: mostre que a e b satisfazem as desigualdades pretendidas se e s o se a
1

n
e b 1; portanto das desigualdades em (3.5) apenas a primeira pode ser melhorada.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
30 CAP

ITULO 3. EXAMES
3.2 Exames do 1
o
Semestre de 98/99
3.2.1 Exame da 1
a

Epoca, 25 de Janeiro de 1999, 9h
Engenharia Fsica Tecnol ogica, Matem atica Aplicada e Computa c ao.
Durac ao do exame: 3 horas. Justifique todas as respostas.
1. (7 valores) Seja V o espa co linear dos polin omios de grau menor ou igual a quatro e
considere a fun c ao T : V V denida por
(T(p))(x) =
p(x) + p(x)
2
.
a. Indique uma base e a dimens ao de V .
b. Mostre que T e uma transforma c ao linear.
c. Calcule a representa c ao matricial de T em rela c ao ` a base que indicou em 1a.
d. Verique que T(V ) = p V : p(x) = p(x) para todo x R.
e. Prove que T
2
= T.
f. Determine todos os polin omios p V tais que p
2
V e T(p
2
) = T(p).
2. (5 valores) Considere a matriz A =
_
a b 0 b
b a 0 0
0 0 a b
b 0 b a
_
.
a. Calcule det A.
b. Seja a = 1. Indique os valores de b tais que A e invertvel.
c. Seja a = 0. Diga para que valores de b a matriz A e diagonaliz avel.
d. Seja a = 0. Verique que para cada n N mpar existem matrizes B com B
n
= A.
3. (4 valores) Considere R
n
e o produto interno (x
1
, . . . , x
n
), (y
1
, . . . , y
n
)) =

n
k=1
kx
k
y
k
.
a. Calcule a norma do vector (x
1
, . . . , x
n
) com x
k
= 1/

k para k = 1, . . . , n.
b. Seja n = 3. Determine uma base ortonormal de R
3
.
c. Mostre que se a, b, c R 0 ent ao
(a
2
+ 2b
2
+ 3c
2
)
_
1
a
2
+
2
b
2
+
3
c
2
_
15.
4. (4 valores) Seja V o espa co linear das matrizes 2 2 e W =
__
a b
c d

V : a, b, c, d Z
_
.
a. Mostre que os valores pr oprios de A =
_
a b
c d

s ao (a + d)/2
_
(a + d)
2
/4 det A.
b. Verique que se A, B W ent ao AB W.
c. Prove que se A W e det A = 1 ent ao A e invertvel e A
1
W.
d. Verique que a matriz A =
_
a b
c d

W com det A = 1 e a, b, c, d 0 s o tem valores


pr oprios reais. Sugest ao: use a alnea 4a.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
3.2. EXAMES DO 1
O
SEMESTRE DE 98/99 31
3.2.2 Solu c oes com Sugest oes
1. a. Uma base de V e u
0
, u
1
, u
2
, u
3
, u
4
onde u
k
(x) = x
k
para k = 0, 1, 2, 3, 4 e
dimV = 5.
b.

E necess ario vericar que T(
1
p
1
+
2
p
2
) =
1
T(p
1
)+
2
T(p
2
) para todo
1
,
2
R
e p
1
, p
2
V .
c. Como T(u
0
) = u
0
, T(u
1
) = 0, T(u
2
) = u
2
, T(u
3
) = 0 e T(u
4
) = u
4
, a representa c ao
matricial de T em rela c ao ` a base u
0
, u
1
, u
2
, u
3
, u
4
e
_
1 0 0 0 0
0 0 0 0 0
0 0 1 0 0
0 0 0 0 0
0 0 0 0 1
_
.
d. Sugest ao: verique que T(V ) e o espa co linear gerado por u
0
, u
2
, u
4
(usando
por exemplo a representa c ao matricial de T obtida na alnea anterior) e determine
explicitamente os elementos do espa co p V : p(x) = p(x) para todo x R.
e. Sugest ao: use directamente a deni c ao de T ou note que
_
1 0 0 0 0
0 0 0 0 0
0 0 1 0 0
0 0 0 0 0
0 0 0 0 1
_
2
=
_
1 0 0 0 0
0 0 0 0 0
0 0 1 0 0
0 0 0 0 0
0 0 0 0 1
_
.
f. Seja p =

4
k=0

k
u
k
V . Como p
2
V temos
3
=
4
= 0 e
p
2
=
0
2
u
0
+ (
1
2
+ 2
0

2
)u
2
+
2
2
u
4
.
Como T(p
2
) = T(p) conclumos que
0
2
u
0
+(
1
2
+2
0

2
)u
2
+
2
2
u
4
=
0
u
0
+
2
u
2
.
Igualando coecientes obtemos
0
2
=
0
,
1
2
+ 2
0

2
=
2
e
2
2
= 0. Portanto

0
0, 1 e
1
=
2
= 0. Conclumos que p(x) = 0 ou p(x) = 1.
2. a. det A = a
4
+ b
4
3a
2
b
2
.
b. b ,
1
,
2
,
3
,
4
onde
1
=
_
3+

5
2
,
2
=
_
3+

5
2
,
3
=
_
3

5
2
e
4
=
_
3

5
2
.
c. Como a matriz A e simetrica ent ao e diagonaliz avel para todo b R (alem disso
os valores pr oprios s ao reais e existe uma base ortonormal formada por vectores
pr oprios).
Apresentamos agora uma outra resolu c ao:
Os valores pr oprios de A s ao [b[
k
para k = 1, 2, 3, 4. Se b ,= 0 ent ao os valores
pr oprios s ao distintos e existe uma base de vectores pr oprios. Se b = 0 ent ao A = 0
e e diagonal. Portanto A e diagonaliz avel para todo b R.
d. Para cada b R, como a matriz A diagonaliz avel existe uma matriz quadrada
invertvel S tal que
S
1
AS =
_
a
1
0 0 0
0 a
2
0 0
0 0 a
3
0
0 0 0 a
4
_
(onde a
k
= [b[
k
para k = 1, 2, 3, 4, de acordo com a alnea 2c, mas n ao necessitamos
desta informa c ao para a resolu c ao). Se
B = S
_
_
n

a
1
0 0 0
0
n

a
2
0 0
0 0
n

a
3
0
0 0 0
n

a
4
_
_
S
1
ent ao
B
n
= S
_
_
n

a
1
0 0 0
0
n

a
2
0 0
0 0
n

a
3
0
0 0 0
n

a
4
_
_
n
S
1
= S
_
a
1
0 0 0
0 a
2
0 0
0 0 a
3
0
0 0 0 a
4
_
S
1
= A.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
32 CAP

ITULO 3. EXAMES
3. a. |(1, 1/

2, . . . , 1/

n)| =

n.
b. (1, 0, 0), (0, 1/

2, 0), (0, 0, 1/

3).
c. A desiguldade de CauchySchwarz aplicada a (a, b, c), (
1
a
,
1
b
,
1
c
) R
3
mostra que
1 + 2 + 3 =

_
(a, b, c),
_
1
a
,
1
b
,
1
c
__

|(a, b, c)|
_
_
_
_
_
1
a
,
1
b
,
1
c
__
_
_
_
.
Conclumos que
15 36 = (1 + 2 + 3)
2
(a
2
+ 2b
2
+ 3c
2
)
_
1
a
2
+
2
b
2
+
3
c
2
_
. (3.6)
Apresentamos agora uma outra resolu c ao:
O produto (a
2
+ 2b
2
+ 3c
2
)
_
1
a
2
+
2
b
2
+
3
c
2
_
e igual a
14 + 2
_
a
2
b
2
+
b
2
a
2
_
+ 3
_
a
2
c
2
+
c
2
a
2
_
+ 6
_
b
2
c
2
+
c
2
b
2
_
. (3.7)
Como a b ou b a temos
a
2
b
2
+
b
2
a
2
1 e de forma identica
a
2
c
2
+
c
2
a
2
1 e
b
2
c
2
+
c
2
b
2
1.
Portanto
(a
2
+ 2b
2
+ 3c
2
)
_
1
a
2
+
2
b
2
+
3
c
2
_
14 + 2 + 3 + 6 = 25 15.
Coment ario: note que podemos escrever (3.7) na forma
14 + 2
_
2 +
(a
2
b
2
)
2
a
2
b
2
_
+ 3
_
2 +
(a
2
c
2
)
2
a
2
c
2
_
+ 6
_
2 +
(b
2
c
2
)
2
b
2
c
2
_
.
Portanto
(a
2
+ 2b
2
+ 3c
2
)
_
1
a
2
+
2
b
2
+
3
c
2
_
14 + 4 + 6 + 12 = 36,
conforme j a se tinha obtido em (3.6).
4. a. Temos
det(A I) = (a )(d ) bc =
2
(a + d) + (ad bc).
Como det A = ad bc conclumos que os valores pr oprios s ao os indicados.
b. As entradas de A e B s ao n umeros inteiros. Como o produto e soma de n umeros
inteiros s ao ainda n umeros inteiros conclumos que AB W.
c. Como det A ,= 0 a matriz A e invertvel e podemos vericar (por exemplo usando
elimina c ao de GaussJordan) que A
1
=
1
adbc
_
d b
c a

. Como det A = ad bc = 1
conclumos que A
1
=
_
d b
c a

W.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
3.2. EXAMES DO 1
O
SEMESTRE DE 98/99 33
d. Como b, c 0 temos (a +d)
2
4 det A = (a +d)
2
4(ad bc) = (a d)
2
+4bc 0.
Da alnea 4a conclumos que os valores pr oprios s ao reais.
Apresentamos agora uma outra resolu c ao:
Como b, c 0 temos 1 = det A = ad bc ad. Como a, d N0 conclumos de
1 ad que a, d 1. Portanto (a + d)
2
/4 det A (1 + 1)
2
/4 1 = 0. Da alnea
4a conclumos que os valores pr oprios s ao reais.
Apresentamos ainda uma outra resolu c ao:
Se algum valor pr oprio n ao e real ent ao da alnea 4a obtemos (a+d)
2
/4 < det A = 1.
Portanto [a + d[ < 2 e como a, d N 0 temos a + d = [a + d[ 0, 1. Assim
(a, d) (0, 0), (1, 0), (0, 1) e det A = ad bc = bc. Como b, c N 0
temos det A < 0 o que contradiz det A = 1.

E portanto falsa a suposi c ao inicial.
Conclumos ent ao que os valores pr oprios s ao reais.
3.2.3 Exame da 2
a

Epoca, 10 de Fevereiro de 1999, 9h
Engenharia Fsica Tecnol ogica, Matem atica Aplicada e Computa c ao.
Durac ao do exame: 3 horas. Justifique todas as respostas.
1. (7 valores) Seja V o espa co linear das matrizes 2 2 e considere a fun c ao T : V V
denida por T
__
a b
c d
_
=
_
a ad
a+d d

.
a. Indique uma base e a dimens ao de V .
b. Mostre que T e uma transforma c ao linear.
c. Calcule a representa c ao matricial de T em rela c ao ` a base que indicou em 1a.
d. Determine a dimens ao da imagem de T.
e. Verique que T
2
= T.
f. Prove que o n ucleo de T e o conjunto das matrizes A V com T(A) diagonal.
2. (5 valores) Considere o espa co linear real V
n
das matrizes n n. Denimos o tra co da
matriz A = [a
ij
] V
n
por tr A =

n
i=1
a
ii
.
a. Mostre que se A, B V
n
e s R ent ao tr(A + B) = tr A + tr B e tr(sA) = s tr A.
b. Verique que A V
n
: tr A = 0 e um subespa co de V
n
.
c. Para n = 2 conrme que tr A e igual ` a soma dos valores pr oprios de A.
d. Prove que n = 1 se e s o se tr(A
2
) = (tr A)
2
para todo A V
n
.
3. (4 valores) Seja V o espa co linear dos polin omios de grau menor ou igual a dois e W o
subespa co de V gerado por x e 1 + x
2
. Denimos
a + bx + cx
2
, d + ex + fx
2
) = ad + be + cf.
a. Mostre que ca assim denido um produto interno em V .
b. Determine o elemento de W mais pr oximo de (1 + x)
2
.
c. Indique uma base ortonormal para W

.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
34 CAP

ITULO 3. EXAMES
4. (4 valores) Considere o conjunto V = y C
2
(R) : y

= 3y

2y e A =
_
0 1
2 3

.
a. Verique que V e um subespa co de C
2
(R).
b. Determine uma matriz S invertvel tal que S
1
AS e diagonal.
c. Mostre que a equa c ao y

= 3y

2y e equivalente a [
y
z
]

= A[
y
z
] onde z = y

.
d. Use as alneas 4b e 4c para provar que V e gerado pelas fun c oes e
x
e e
2x
. Sugest ao:
recorde que se y

= ay ent ao existe c R tal que y(x) = ce


ax
para todo x R.
3.2.4 Solu c oes com Sugest oes
1. a. Uma base de V e [
1 0
0 0
], [
0 1
0 0
], [
0 0
1 0
], [
0 0
0 1
] e dimV = 4.
b.

E necess ario vericar que T(
1
p
1
+
2
p
2
) =
1
T(p
1
)+
2
T(p
2
) para todo
1
,
2
R
e p
1
, p
2
V .
c.
_
1 0 0 0
1 0 0 1
1 0 0 1
0 0 0 1
_
.
d. dimT(V ) = 2. Sugest ao: use a alnea 1c.
e. Sugest ao: use directamente a deni c ao de T ou note que
_
1 0 0 0
1 0 0 1
1 0 0 1
0 0 0 1
_
2
=
_
1 0 0 0
1 0 0 1
1 0 0 1
0 0 0 1
_
.
f. Sugest ao: basta vericar que T(A) = 0 se e s o se T(A) diagonal.
2. a. Temos
tr(A + B) =
n

i=1
(a
ii
+ b
ii
) =
n

i=1
a
ii
+
n

i=1
b
ii
= tr A + tr B
e
tr(sA) =
n

i=1
(sa
ii
) = s
n

i=1
a
ii
= s tr A.
b. Sugest ao: use a alnea 2a.
c. Temos
det(A I) =
2
(a
11
+ a
22
) + (a
11
a
22
a
21
a
12
) =
2
tr A + det A.
Designando os valores pr oprios por
1
e
2
temos tambem
det(A I) = (
1
)(
2
) =
2
(
1
+
2
) +
1

2
.
Portanto tr A =
1
+
2
(e det A =
1

2
).
Apresentamos agora uma outra resolu c ao:
Os valores pr oprios
1
e
2
da matriz A = [
a
11
a
12
a
21
a
22
] s ao

1
=
tr A
2
+
_
(tr A)
2
4
det A
e

2
=
tr A
2

_
(tr A)
2
4
det A;
ver a alnea 4a do exame anterior. Portanto
1
+
2
= a
11
+ a
22
= tr A.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
3.3. EXAME DA

EPOCA ESPECIAL DE 98/99 35
d. Sugest ao: note que para A = I temos tr(A
2
) = n e (tr A)
2
= n
2
.
3. a.

E necess ario vericar todos os axiomas na deni c ao de produto interno.
b. Como (1 + x)
2
= 2x + (1 + x
2
) W, o elemento de W mais pr oximo de (1 + x)
2
e
o pr oprio (1 + x)
2
.
c. Uma base ortonornal para W

e
1

2

x
2

2
.
4. a. Basta vericar que se y
1
, y
2
V ent ao y
1
+ y
2
V e que se y V e R ent ao
y V .
b. De det(AI) = 0 obtemos = 1 ou = 2. O espa co pr oprio de = 1 e o espa co
linear gerado por (1, 1) e o espa co pr oprio de = 1 e o espa co linear gerado por
(1, 2). Portanto podemos tomar, por exemplo, S = [
1 1
1 2
]. Ent ao S
1
AS = [
1 0
0 2
].
c. Basta notar que z

= y

= 3y

2y = 3z 2y.
d. Sugest ao: das alneas 4b e 4c conclumos que (S
1
[
y
z
])

= [
1 0
0 2
] (S
1
[
y
z
]) e portanto
existem constantes a, b R tais que S
1
[
y
z
] =
_
ae
x
be
2x

; conclumos que y(x) =


ae
x
+ be
2x
e que V e o espa co linear gerado pelas fun c oes e
x
e e
2x
.
3.3 Exame da

Epoca Especial de 98/99
3.3.1 Exame da

Epoca Especial, 9 de Setembro de 1999, 14h
Todas as Licenciaturas.
Durac ao do exame: 3 horas. Justifique todas as respostas.
1. (12 valores)
a. Seja V o espa co linear dos polin omios de grau menor ou igual a dois. Considere a
fun c ao T : V V denida por (T(p))(x) = p(x) p

(x).
i. Indique uma base e a dimens ao de V .
ii. Mostre que T e uma transforma c ao linear.
iii. Calcule a representa c ao matricial de T em rela c ao ` a base que indicou em 1(a)i.
iv. Determine o contradomnio T(V ) e o n ucleo N(T) da transforma c ao T.
v. Verique que T e invertvel e determine T
1
.
vi. Determine todos os polin omios p V tais que p
2
V e T(p
2
) = p.
b. Considere a matriz A =
_
a 0 0 b
0 a b 0
0 b a 1
b 0 0 a
_
.
i. Calcule det A.
ii. Determine todos os pares ordenados (a, b) R
2
tais que A n ao e invertvel.
iii. Sejam a = 0 e b ,= 0. Determine os valores pr oprios de A.
iv. Sejam a = 0 e b ,= 0. Verique que A n ao e diagonaliz avel.
2. (8 valores) Convenciona-se que os elementos de R
3
s ao representados por vectores co-
luna, que x, y) representa o produto interno usual de x e y e que |x| =
_
x, x) para
todo x R
3
. Seja u R
3
tal que |u| = 1 e considere as matrizes 3 3 denidas por
P = uu
t
e Q = 2P I,
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
36 CAP

ITULO 3. EXAMES
onde u
t
e o transposto de u e I representa a matriz identidade.
a. Verique que P
2
= P e que (P I)(P (1 )I) = (1 )I para qualquer
R; mostre que os valores pr oprios de P s ao 0 e 1.
b. Mostre que Q
2
= I e que Q e uma matriz ortogonal (ou seja, que Q
t
Q = I).
c. Indique os valores pr oprios de Q.
d. Seja q : R
3
R
3
R a fun c ao denida por q(x, y) = Qx, Qy).
i. Mostre que q dene um produto interno em R
3
.
ii. Verique que o produto interno induzido por q coincide com o produto interno
usual (ou seja, que q(x, y) = x, y) para quaisquer x, y R
3
).
3.3.2 Solu c oes com Sugest oes
1. a. i. dimV = 3 e uma base de V e u
0
, u
1
, u
2
onde u
k
= x
k
para cada k.
ii.

E necess ario vericar que T(p + q) = T(p) + T(q).
iii.
_
1 1 0
0 1 2
0 0 1
_
.
iv. T(V ) = V e N(T) = 0.
v. Como N(T) = 0 (pela alnea 1(a)iv) a transforma c ao T e invertvel. Alem
disso
_
1 1 0
0 1 2
0 0 1
_
1
=
_
1 1 2
0 1 2
0 0 1
_
e portanto
T
1
(au
0
+ bu
1
+ cu
2
) = au
0
+ b(u
0
+ u
1
) + c(2u
0
+ 2u
1
+ u
2
).
Exerccio: verique que T
1
(p) = p + p

+ p

.
vi. Seja p = au
0
+ bu
1
+ cu
2
V . Se p
2
V ent ao c = 0. Obtemos
p
2
= a
2
u
0
+ 2abu
1
+ b
2
u
2
e
T(p
2
) = a
2
u
0
+ 2abu
1
+ b
2
u
2
2abu
0
2b
2
u
1
.
De T(p
2
) = p conclumos que a
2
2ab = a, 2ab 2b
2
= b e b
2
= 0. Portanto
a
2
= a e a = 0 ou a = 1. Conclumos que p = 0 ou p = 1.
b. i. det A = a
4
2a
2
b
2
+ b
4
= (a
2
b
2
)
2
.
ii. Se det A = 0 ent ao a
2
= b
2
e b = a. Portanto A n ao e invertvel se e s o se
(a, b) e da forma (a, a) ou (a, a) para algum a R.
iii. De det(AI) = (
2
b
2
)
2
= 0 obtemos = b. O espa co pr oprio correspon-
dente a = b e gerado pelo vector (0, 1, 1, 0). O espa co pr oprio correspondente
a = b e gerado pelo vector (0, 1, 1, 0).
iv. Os vectores pr oprios geram um espa co de dimens ao 2 e portanto n ao existe uma
base formada por vectores pr oprios. Conclumos que A n ao e diagonaliz avel.
2. a. Temos |u|
2
= u
t
u = 1 e portanto P
2
= uu
t
uu
t
= uu
t
= P. Alem disso
(P I)(P (1 )I) = P
2
(1 )P P + (1 )I
= P
2
P + (1 )I = (1 )I.
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001
3.3. EXAME DA

EPOCA ESPECIAL DE 98/99 37
Se Pv = v para algum v ,= 0 ent ao P
2
v =
2
v e como P
2
= P obtemos
2
= .
Portanto = 0 ou = 1. Para vericar que ambos 0 e 1 s ao valores pr oprios de
P notamos que Pu = uu
t
u = u e portanto u e um vector pr oprio de P com valor
pr oprio 1, e que se v R
3
e ortogonal a u ent ao Pv = uu
t
v = uu, v) = 0 e portanto
v e um vector pr oprio de P com valor pr oprio 0.
b. Como P
2
= P (pela alnea 2a) obtemos
Q
2
= (2P I)(2P I) = 4P
2
4P + I = 4P 4P + I = I.
Por outro lado P
t
= (uu
t
) = (u
t
)
t
u
t
= uu
t
= P e
Q
t
Q = (2P
t
I)(2P I) = (2P I)(2P I) = Q
2
= I.
c. Se Qv = v para algum v ,= 0 ent ao (2P I)v = v e Pv =
1+
2
v. Da alnea 2a
conclumos que
1+
2
pode tomar os valores 0 e 1. Portanto = 1 ou = 1.
d. i. Vericamos facilmente que para cada y xo a fun c ao T(x) = q(x, y) e linear.
Por outro lado
q(x, y) = Qx, Qy) = Qy, Qx) = q(y, x).
Resta vericar que q(x, x) > 0 sempre que x ,= 0. Da alnea 2c conclumos que
Q e invertvel (pois em espa cos lineares de dimens ao nita uma transforma c ao
linear e invertvel se e s o se n ao tem 0 como valor pr oprio). Portanto Qx ,= 0
sempre que x ,= 0. Conclumos que se x ,= 0 ent ao q(x, x) = Qx, Qx) =
|Qx|
2
> 0.
ii. Como Q
t
Q = I (pela alnea 2b) obtemos
q(x, y) = Qx, Qy) = (Qx)
t
Qy = x
t
Q
t
Qy = x
t
Iy = x
t
y = x, y).
Luis Barreira 6 de Novembro de 2001

You might also like