O Qu e É Pod e R Local?: Ladislau Dowbor
O Qu e É Pod e R Local?: Ladislau Dowbor
O Qu e É Pod e R Local?: Ladislau Dowbor
pod e r local?
"Alcan a r o suce s s o e a sust e n t a bilid a d e no proc e s s o de des e n v ol vi m e n t o exi e o envolvi m e n t o de todos os urpo s! para ass e u r a r "ue as nec e s si d a d e s de todos se#a m at e n di d a s ! e em $ltim a inst % n ci a para prom o v e r a i uald a d e & ' (nited )ations! The Inequality Predica m e n t , )e* +or,! 200-
. /oder local 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000001 .s des e " uil2brios herd a d o s 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000003 .s par a di m a s perdi do s 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000004 (rbaniz a o e est o desc e n t r aliz a d a 0000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000005 A de m o c r a ci a local 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000008 6ant a e n s e desv a n t a e n s 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000007 8usc a n d o novos cami n h o s e propo s t a s 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000092 :ercad o! plan e# a m e n t o e outros 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000093 . en;o" u e da sub< utiliza o de recurs o s 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000098 .r a niz ar a particip a o 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000002=eco m e n d a > e s de leitur a 000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000010 ?obr e o autor 00000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000000019
O Poder local
@ue m visita um con#unt o habit a cio n al em Areno bl e s ! na Bran a! desco b r e o ;uncion a m e n t o de um es p a o or a niz a d o pelos seu s habit a n t e s ! "ue "uis er a m otimizar as sua s condi> e s de vida! e no por um a em pr ei t eir a "ue iria maxi miz ar os lucros sobr e o terre n o e a constr u o 0 .s diverso s prC dios do con#unt o so interli a d o s em divers o s and a r e s ! "ue per mit e m ;Dcil com u ni c a o intern a 0 A escol a! no tCrre o! per mit e "ue um a crian a vD com e r um san d ui c h e em cas a entr e um a aula e outra0 As outra s ativid a d e s "ue resp o n d e m a nec e s si d a d e s diDrias est o disp er s a s no esp a o do con#unt oE o m erc a di n h o ! a ;arm D ci a! a lavan d e ri a e outros! com p o n d o o cha m a d o esp a o "de a pC"! "ue per mit e ao hom e m e F mulh er trab al h a r e m se m se vere m sub m e ti d o s ao supl2cio diDrio "ua n t o ao horDrio da crian a na escol a! da com pr a es" u e ci d a 0 E com o o esp a o ext er n o dos prC dios C com u m ! hD am pl a possibilida d e de esport e s ! de banco s de #ardim! de conv2vio social e;etivo0 )o te m o s a"ui nen h u m a pret e n s o de trans p o rt a r par a o 8rasil um ped a o de Bran a! aind a "ue al un s ped a o s se#a m be m a r a d D v e i s0 . "ue "uer e m o s su erir! C "ue "ua n d o um a com u ni d a d e de ;am2lias decid e or a niz ar as sua s condi> e s de vida de ;orm a hum a n a ! isto C poss2vel0 )o hD nen h u m a lei "ue de;in a "ue para levar a crian a par a a escol a se#a obri at G rio correr e est a ci o n a r em ;ila dupl a0 A realida d e C "ue som o s condicion a d o s ! des d e noss a in;%nci a! a acre dit ar "ue as ;orm a s de or a niz a o do nosso cotidian o pert e n c e m nat ur al m e n t e a um a mist erios a es;er a sup e rior! o "Esta d o"! ou aos pod er o s o s inter e s s e s da esp e c ul a o imobiliDria0 Em todo caso! aca b a m o s conv e n ci d o s de "ue a $nica op o "ue te m o s C nos inserirm o s da ;orm a m ais vant a# o s a poss2vel no mun d o tal com o exist e! de;inido por outros0 A prGpri a ;orm a de de;inir o mun d o "ue nos cerc a seria coisa de terc eiro s0 /or outro lado! aceit a m o s "ue a mod e r niz a o econ G m i c a e social se#a ;eita F cust a do indiv2duo! com o se o con;orto de um rio limpo! de ruas arboriz a d a s (talvez at C com ;ruta s)! ou sim pl e s m e n t e tran sit D v ei s! ;osse incom p a t2 v el com o des e n v olvi m e n t o 0 /ens a m o s nisto com o em coisa s do pass a d o ! "ua n d o #ust a m e n t e as nov a s tecnolo i a s torn a m isto m ais poss2v el do "ue nunc a 0 ?om o s m ais ricos! e es m a a d o s pelo uso abs ur d o da ri"uez a "ue cria m o s 0 . probl e m a centr al! port a n t o! C o da recup e r a o do control e do cida d o! no seu bairro! na sua com u ni d a d e ! sobr e as ;orm a s do seu des e n v olvi m e n t o ! sobr e a cria o das coisa s concr e t a s "ue leva m a "ue a noss a vida se#a a ra d D v e l ou no0 :ais um a vez! no hD nen h u m a lei "ue det er m i n e "ue dev a m o s nos m at a r todos de trab al h o par a criar um mun d o "ue no "uer e m o s 0 JD C tem p o "ue nos torn e m o s exi e n t e s 0 /ara "ue m and a em ?o /aulo! a coisa C evide n t e E tem o s "uat ro milh> e s de auto m G v e i s! "ue no and a m 0 Hemo s ap e n a s oito mil Inibus! e "ue and a m 93 "uilGm e t r o s por hora! por" u e no hD es p a o nas ruas0 Hemo s ap e n a s 40 "uilGm e t r o s de :etrI! para 90 mil "uilGm e t r o s de ruas! por" u e as op> e s bDsic a s so pelo carro0 Assim no hD esp a o ne m nos Inibu s ne m nas ruas0 E te m o s cinco milh>e s de pes s o a s "ue diaria m e n t e vo ao trab al h o ou F escol a a pC0 Em outros term o s ! cons e ui m o s nos par aliz ar! de cert ;orm a! por exce s s o de meios de tran s p o r t e 0 E a de;or m a o ten d e a se re;or ar! pois "ua n t o pior a circula o ! m ais o tran s p o r t e individu al apar e c e com o indisp e n s D v e l ! e mais carros entr a m nas ruas0 Este cruz a m e n t o ! entr e os ava n o s tecnolG ico s e as ;orm a s de cresci m e n t o econ G m i c o por um lado! e as noss a s nec e s si d a d e s com o ser e s hum a n o s ! est D no centro do deb a t e 0
A noss a passivid a d e te m sido alim e n t a d a e realim e n t a d a em dua s ;ont e s0 A prim eira C o liber alis m o! "ue nos ensin a "ue dev e m o s evit ar de nos intro m e t e r na constr u o do mun d o "ue nos cerc a! por" u e exist e um a "mo invis2vel"! o merc a d o ! "ue ass e u r a ri a "ue che a r e m o s auto m D t i c a m e n t e ao "melhor dos mun d o s"0 . "ue nos explica m ! na impos si bilida d e de ne a r os abs ur d o s! C "ue os outros ca mi n h o s so piore s0 A se u n d a ! C a da viso "est atiz a n t e "! "ue nos ass e u r a "ue o plan e# a m e n t o centr al porD orde m em noss a s vidas! simpli;ica o "ue #D ;oi des m e n t i d a pelos ;atos0 Em resp o s t a aos abs ur d o s cresc e n t e s "ue enco n t r a m o s na ;avel a! no lati;undio e na ;um a a das cida d e s con e s ti o n a d a s ! sur e com ran d e ;ora! nas $ltim a s dCc a d a s ! um a ten d J n ci a das pess o a s se or a niz ar e m par a tom a r em m o s! sen o os desti no s da na o! pelo m e n o s o destino do esp a o "ue as cerca0 E est a ten d J n ci a se des e n v olv e ho#e ta m b C m nos pais e s do Kest e! ond e a sim pl e s privatiz a o est D de m o n s t r a n d o os seu s limites0 Este "esp a o local"! no 8rasil! C o munic2pio! unid a d e bDsic a de or a niz a o social! ma s C ta m b C m o bairro! o "uart eir o em "ue vive m o s0 E com o C "ue se proc e d e a est a racion aliz a o do nosso es p a o de vidaL Momo C "ue o cida d o recup e r a est a dim e n s o da sua cidad a ni aL Este pe" u e n o livro vem traz er para o cidad o ! para a or a niz a o com u ni t D ri a! para o pre;eito! par a o vere a d o r! um a sCrie de idCias sobr e com o criar num munic2pio um a cap a ci d a d e de auto< tran s;or m a o econ G m i c a e social0 N o "ue a"ui cha m a m o s ! de ;orm a am pl a! de "pod e r local"0 A "ue s t o do pod er local est D rapid a m e n t e em e r i n d o par a se torn ar um a das "ue s t > e s ;und a m e n t a i s da noss a or a niz a o com o socied a d e 0 =e;erido com o "local aut h orit O" em in lCs! "com m u n a u t C s local es" em ;ranc C s ! ou aind a com o "esp a o local"! o pod er local est D no centro do con#unt o de tran s;or m a > e s "ue envolv e m a desc e n t r aliz a o ! a des b u r o c r a tiz a o e a particip a o ! be m com o as cha m a d a s nova s "tecnolo i a s urb a n a s "0 )o caso dos pais e s subd e s e n v ol vi do s! a "ue s t o se reve s t e de particul ar import % n ci a na m e di d a em "ue o re;oro do pod e r local per mit e! aind a "ue no ass e u r e ! criar e"uilibrios mais de m o c r D ti c o s ;rent e ao pod e r abs ur d a m e n t e centr aliz a d o das elites0
Os desequilbrios herdados
/or trDs dest e probl e m a est D o probl e m a bDsico da noss a sobr eviv J n ci a econI m i c a 0 tJ m viso da ravid a d e da situ a o "ue en;re n t a m o s nest e ;im de sCculo0 :uitos no
.s pais e s capit alist a s des e n v ol vido s tJ m a ri"uez a "ue sab e m o s ! e os prGprios pais e s do Kest e euro p e u ! ho#e em plen a tran s;or m a o ! poss u e m am pl a s in;rae s t r u t u r a s econ G m i c a s e sociais! alC m de um n2vel muito elev a d o da cultur a tCcnic a! "ue lhes dev e m per mitir um a nova din% mi c a nest e novo milJnio0 :as o "ue ocorre com o mun d o subd e s e n v ol vi do! o Herceiro :undo ao "ual pert e n c e m o s L Al uns dado s precis a m ser lem br a d o s 0 Em 2008 som o s cerc a de 4!5 bilh>e s de habit a n t e s no plan e t a 0 Pest e s! cerc a de 9!2 bilh>e s vive m em pa2se s des e n v ol vido s! inluindo os pais e s do Kest e europ e u 0 . rest a n t e ! mais de - bilh>e s! incluindo a Mhina ho#e com 9!1 bilh>e s! vive m em pa2s e s em des e n v olvi m e n t o 0 ?o trJs "uart o s da pop ul a o mun di al0 A popul a o dos pa2se s ricos au m e n t a atu al m e n t e de cerc a de 5 milh> e s de habit a n t e s por ano0 A dos pa2s e s pobr e s! 50 milh> e s0 )est e s prGxi m o s anos! o Herceiro mun d o repre s e n t a r D "uatr o "uinto s da popul a o do plan e t a 0 . ran d e probl e m a "ue en;re n t a m o s ! nest e in2cio de sCculo! C o probl e m a da desi u al d a d e 0 . 8anco :undial! no seu est u d o da exclus o econI m i c a no plan e t a ! avalia em 3 bilh> e s o n$m e r o de pess o a s "ue Qno tJ m ace s s o aos
ben e;2cios da
lobaliza o &! ou se#a! est o ;ora0 (8anco :undi al! The next 4 billion )
(ma an Dlis e ;ria dest e mun d o sub d e s e n v ol vid o revel a cerc a de 9 bilho de pess o a s viven d o em est a d o de misCri a! abaix o de 9 dGlar por dia0 (m n$ m e r o se m el h a n t e vive em est a d o de sub n u t ri o0 Merca de 90 milh> e s de crian a s com m e n o s de cinco anos morre m de ;om e anu al m e n t e 0 ?e u n d o a ()E?M.! os an al;a b e t o s ultrap a s s a m 800 milh> e s! e o seu n$m e r o au m e n t a de cerca de 5 milh> e s por ano0 A met a d a da pop ul a o dos pa2s e s em des e n v olvi m e n t o no te m ace s s o ao san e a m e n t o bDsico! o "ue er a sobre c u s t o s abs ur d o s em term o s de sa$ d e 0 ?e u n d o as )a> e s (nida s! &o ;osso mais pro;un d o situ a< se no 8rasil! ond e a rend a per capita dos 90R m ais ricos da pop ul a o C 12 vez e s a dos 30R m ais pobr e s0 .s n2veis m ais baixos de desi u al d a d e de rend a na re i o pod e m ser enco n t r a d o s no (ru u a O e na Most a rica! pa2se s ond e as resp e c tiv a s rend a s per capita dos 90R m ais ricos so 8!8 e 92!4 vez e s mais elev a d a s do "ue as dos 30R m ais pobr e s &0(.n u! Inequality... p0 -0) As ra2zes dest a situ a o cat a s t r G;ic a so mais pol2tica s do "ue atu al m e n t e pert o de 400 0 dGlar e s de ben s e servios por pes s o a com um a rep arti o um pouco mais #ust a! pod er< se< ia ass e u r a r toda a popul a o do plan e t a ! se m misCri a! se m ;om e! e se m as result a m da opre s s o 0 econ I m i c a s 0 . mun d o prod uz e por ano! o "ue si ni;ica "ue! um a vida di n a e norm al par a ma ni;es t a > e s de violJnci a "ue
)o prGprio 8rasil! ond e a prod u o anu al por habit a n t e C da orde m de 1000 dGlar e s! um a rep arti o mais #ust a per mitiria ass e u r a r um n2vel de vida con;ort D v el par a a totalida d e da pop ul a o 0 A realida d e C "ue a met a d e do produ t o social C cons u m i d a por 90R das ;am2lias m ais ricas do pa2s0 . topo da pir% mi d e social! repre s e n t a n d o 9R dos m ais ricos do pa2s e cerca de 9!7 milh> e s de pess o a s ! obt C m um a rend a de cerc a de 9-R do total! en" u a n t o a m et a d e mais pobr e do pa2s no che a aos 91R0 Ssto si ni;ica "ue 9!7 milh> e s de ricos pod e m cons u m ir m ais do "ue os 7- milh> e s de pobr e s do pa2s0 A vida torn a< se abs ur d a ! com pobr e s "ue no vive m por insu;iciTnci a de m eios! en" u a n t o os ricos! esco n di d o s atrD s de ra d e s e uarit a s! ima i n a m se" u e s t r o s em cad a es" ui n a ! cria m cond o m 2 ni os irreai s prot e i d o s por ce s de uar d a e sist e m a s eletrI nicos ;uturist a s ! com o se o ob#etivo da noss a vida ;osse a uerr a social! e aind a critica m "ual " u e r iniciativa de redistribui o de rend a0 Ao probl e m a da desi u al d a d e ! se m d$vid a o princip al probl e m a "ue o pa2s en;re n t a ! som a< se a tra C di a am bi e n t al0 Uo#e no hD mais d$vid a "ua n t o F dim e n s o dos des a;2osE o a"u e ci m e n t o lobal! a destrui o das ;lorest a s ! a eros o do solo! o es ot a m e n t o da vida nos m ar e s pela sobr e< pesc a! a redu o da bio< diversi d a d e ! a tran s;or m a o da D u a no ho#e cha m a d o Qouro azul& por sim pl e s uso irresp o n s D v e l ! a poluio en e r aliz a d a ' tudo isto a;lora F me di d a em "ue o univers o de est a t2 stic a s do plan e t a vai sen d o pre e n c hi d o! dan d o< nos um a ima e m realist a dos impa s s e s 0 ?o os dois imen s o s dilem a s "ue en;re n t a m o s ! da desi u al d a d e e da dest rui o am bi e n t al0 AtC hD pouco te m p o nos cont e n t D v a m o s com o cresci m e n t o econ I m i c o! acre dit a n d o "ue o rest o se uiri a0 Uo#e #D no hD d$vid a s de "ue precis a m o s de mec a ni s m o s muito m ais ativos de interv e n o or a niz a d a para en;re n t a r os des e " uil2brios herd a d o s ! envolv e n d o todos os atore s sociais ' Esta d o! em pr e s a e socied a d e civil ' na luta por um a socied a d e econ o m i c a m e n t e viDvel! social m e n t e #ust a e am bi e n t al m e n t e sust e n t D v e l 0 Esper a r "ue a mo invisv el do m erc a d o resolva! inclusive com al u m a a#ud a do Estad o! simpl e s m e n t e no resolve0 :uitos dest e s probl e m a s exi iro solu> e s de n2vel nacion al ou lob al0 :as o "ue "uer e m o s ;ocar nest e pe" u e n o est u d o! C o "ue pod e m o s ;azer no n2vel local! na noss a cida d e ! no noss o bairro! noe s p a o ond e as pes s o a s pod e m seor a niz ar para er ar o "ue te m sido cha m a d o sin el a m e n t e de "ualida d e de vida0 )o pret e n d e m o s a"ui su e rir "ue tudo se resolv e assi mE o pod er local C um instru m e n t o de est o pod e r o s o ! ma s insu;icien t e 0 :as C de bom sens o pen s a r "ue ao ;im e
ao cabo um a socied a d e "ue ;uncion a tem de ass e u r a r em cad a cida d e o conv2vio social e"uilibra d o ! um rio limpo! san e a m e n t o ade " u a d o ! ri"uez a cultur al ' en;im! um a ;orm a civilizad a de vida! e no est a uerr a de todos contr a todos! a cha m a d a corrida de ratos lob al0 Baz part e da noss a cultur a ach ar "ue al u C m Qem cim a& vai resolver os nosso s probl e m a s 0 )o ent a n t o ! ao olhar m o s par a pa2s e s "ue se urb a niz ar a m ant e s de nGs! const a t a m o s "ue as pess o a s no esp e r a m ! arre a a m as ma n a s e en;re n t a m a resolu o de probl e m a s ele m e n t a r e s "ue as cerc a m 0 Esta m o s se m d$vid a na era da lob aliz a o 0 :as ne m tudo C lob alE a "ualid a d e das noss a s escol a s ! das noss a s ruas! a ri"u ez a cultur al da noss a cidad e! o m C dico da ;am2lia! boas in;rae s t r u t u r a s de esport e e lazer! o urb a ni s m o e"uilibra d o ' tudo isso dep e n d e emin e n t e m e n t e de iniciativa s locais0 A idCia "ue a"ui des e n v olv e m o s C simpl e sE "ua n d o as decis> e s se tom a m muito lon e do cidad o ! corre s p o n d e m muito pouco Fs suas nec e s si d a d e s 0 Assim! a dra m D t i c a centr aliz a o do pod e r pol2tico e econ G m i c o "ue carac t e riz a a noss a ;orm a de or a niz a o com o socied a d e ! leva em $ltim a inst % n ci a! a um divGrcio pro;un d o entr e as noss a s nec e s si d a d e s e o cont e $ d o do des e n v ol vi m e n t o econI m i c o e social0 . probl e m a do pod e r local "ue a"ui est u d a m o s envolv e port a n t o a "ue s t o bDsic a de com o a socie d a d e decid e o seu destino! const rGi a sua tran s;or m a o ! e! para dizJ< lo de ;orm a resu m i d a ! se de m o cr a tiz a0
Os paradig m as perdidos
Mom as pro;un d a s tran s;or m a > e s no Kest e euro p e u ! tive m o s todos a impre s s o de um a "vitGria" liber al! par a dizJ< lo de ;orm a simpl e s0 )a realida d e ! "ua n d o ve m o s as est at2stic a s do cap2t ulo ant erior sobr e o dra m a social e econ G m i c o "ue se avolu m a nos pais e s em des e n v ol vi m e n t o ! e ho#e nos prGprios pa2s e s ricos! torn a< se evide n t e "ue o mod Jl o liber al en;re n t a ho#e enor m e s probl e m a s e o;ere c e pouc a s solu> e s 0 . QMons e n s o de Vashin t o n & est D cad a vez m ais pDlido0 AlCm disso! o cha m a d o .ciden t e #D no pod e acus a r "ual" u e r movi m e n t o "ue bus" u e #ustia social e tran s;or m a > e s m ais pro;un d a s de "uer er inst al ar os "soviet s"! e de cert a ;orm a! com o des a p a r e ci m e n t o do esp a n t a l h o com u ni st a! o liber alis m o se vJ ;rent e F ;rent e com os prGprios dra m a s "ue criou0 .nde morr e m todo ano 90 milh> e s de crian a s de ;om e ou outra s caus a s rid2cula s C nest e mun d o capit alist a real m e n t e exist e n t e 0 /or outro lado! es" u e c e m o s ;re"u e n t e m e n t e a "ue pont o os prGprios pais e s capit alist a s est o ho#e dist a n t e s da propo s t a liberal0 .s liber ais nos dize m < "C a culpa do Esta d o"0 E propI e m < nos a solu o mD ic a! reduzir o Estad o! privatiz ar0 Acont e c e "ue um a olha d a na evolu o da pres e n a econG m i c a do Estad o nos pais e s des e n v ol vido s nos mostr a dad o s surpr e e n d e n t e s 0 A tab el a ab aixo most r a #ust a m e n t e "ue "ua n t o m ais pobr e o pa2s! m ais ;raca C a bas e ;inanc eir a p$blicaE nos pa2se s de rend a baix a! a part e do /S8 "ue cab e ao ov er n o centr al C de 95!5R ! elev a n d o< se nu m a pro r e s s o re ul ar F me di d a "ue che a m o s aos pa2se s de alta rend a 0 .s pa2se s ricos tam b C m ;ala m mal do over n o! atitu d e norm al em "ual" u e r part e do mun d o ! ma s sab e m re;or ar os seus instru m e n t o s de est o p$blica0 Pai s e s de: 8aixa =end a =end a m C di a baix a =end a m C di a alta Alta rend a `Gov e r n o ce n tr al , porc e n t a g e m do PI , in!ci o an o s "# # # 95!5R 29!3R 24!7 19!7R
$on t e : I%$, Finan c e & De v e l o p m e n t , De c e m b e r "# # & e ' t r a ! d o da tab e l a " do arti g o aci m a httpEWW***0i m;0or W e x t e r n al W p u b s W;tW;a n d d W 2 0 0 4 W 9 2 W s c hi e b e r 0 h t m .s dad o s so do B:S! cert a m e n t e insus p ei t o de "est atis m o &0 /ara am a rr a r m o s be m o assu n t o! va m o s dar outro ex e m pl o! ta m b C m da ?uCci a! e bas e a d o em est u d o o;icialE o pa2s tem um a pop ul a o ativa de 3!8 milh> e s de pess o a s 0 Pest e s! 9!2 milh>e s trab al h a m nas ad mi nistr a > e s municip ai s e re ion ai s! ou se#a! um a pess o a em cad a "uatr o C ;uncion D rio p$blico local0 . ov er n o centr al tem "uatr o vez e s m e n o s! cerc a de 100 mil ;uncion D ri os0 Assim a ?uCci a te m um ;uncion D rio para cad a 5 habit a n t e s ! en" u a n t o o 8rasil tem um par a cad a -00 :as a estrut u r a suec a C ess e n ci al m e n t e local! e estr eit a m e n t e control a d a pela popul a o 0 A conclus o C evide n t e E no se trat a entr e nGs de um probl e m a de dim e n s o do Esta d o! ar u m e n t o "ue repo u s a em m D in;orm a o ou m D< ;C0 Ao verm o s crian a s bri a n d o com iz num a escol a! pod er2 a m o s concluir "ue se dev e proibir o iz! ou reduzir o n$m e r o de escol a s! ma s no teria muito senti do0 Pa m es m a ;orm a som o s diaria m e n t e sub m e ti d o s ao m art el a m e n t o de propo s t a s de se "privatiz ar" e "enx u a r " o Estad o! "ua n d o o "ue dev e m o s en;re n t a r C o probl e m a de com o o Estad o se or a niz a! "ue m o control a! e sobr e t u d o a "ue m serve0 (m exe m pl o prDtico pod e ilustrar o racioc2nioE em ?ant o s! havi a o et ern o probl e m a da limp ez a da rua dep ois da ;eira0 Mans a d o das recla m a > e s e da inop er % n ci a das em pr e s a s ! o ?ecre t D rio municip al inovouE in;orm o u Fs em pr e s a s "ue sG pa a ri a a limp ez a me di a n t e apr e s e n t a o de cart a assin a d a por trJs resid e n t e s da rua da ;eira! de "ue est o satis;eito s com o servio0 Assim! em vez de contr a t a r mais ;iscais! o ?ecre t D rio deu ;ora oper a cio n al a "ue m est D mais inter e s s a d o na rua lima! "ue C o resid e n t e 0 . inter e s s e "ue as pes s o a s tJ m no ;uncion a m e n t o ad e " u a d o da prGpria cida d e pod e assi m constit uir um pod er o s o instru m e n t o de orde n a m e n t o do local ond e mor a m 0 Estes proc e s s o s participa tivo s "ue constro e m rad u al m e n t e um a %ncor a de bom sen s o no con#unt o dos proc e s s o s pol2ticos! a partir da bas e da socie d a d e ! est o no centro do "ue a"ui cha m a m o s de pod er local0
um a capit al e al u m a s cida d e s mais! cerca d a s por um a popul a o cam p o n e s a disp er s a "ue constit ui a a am pl a m aioria0 Era nat ur al! nest a s condi> e s ! "ue o Esta d o com as sua s ;un> e s burocr D tic a s se identi;ica s s e com a "capit al"! e "ue toda s as decis> e s si ni;icativ a s ;oss e m tom a d a s no "centro" do pa2s0 Uo#e a es m a a d o r a m aioria da popul a o ! m es m o "ua n d o trab al h a na a ricultur a! vive em Dre a s urba n a s ! em vilas e cidad e s 0 A realida d e sim pl e s "ue ho#e se desco b r e ! C "ue a maiori a das a> e s "ue conc er n e m as noss a s nec e s si d a d e s do dia a dia! com o as cria o e est o das escol a s! a or a niz a o das red e s com er ci ai s e ;inanc eir a s ! a cria o das in;rae s t r u t u r a s locais! a pres e r v a o do m eio am bi e n t e ! a pol2tica cultur al e tant a s outra s! pod e m ser resolvid a s local m e n t e ! e no nec e s sit a m de interv e n o de inst % n ci a s centr ai s de over n o! "ue tend e m a burocr a tiz ar o proc e s s o 0 Snclusive! com a constit ui o de um a com pl ex a pirD mi d e de vilas! cida d e s e ran d e s centro s "ue constit u e m um "tecido" articul a d o de inter e s s e s ! muit a s a> e s "ue pel a sua abra n J n ci a extra p ol a m o munic2pio! so erid a s com m aior com p e t J n ci a por um a articul a o dos munic2pios inter e s s a d o s do "ue pel a interv e n o do Aovern o Esta d u al ou Mentr al! com o C o caso dos consGrcios inter m u ni cip ai s0 0 . Estad o centr aliz a d o "ue tem o s constit ui port a n t o um a sobr eviv J n ci a de outr a Cpoc a ! "ua n d o no nivel local no existia a cap a ci d a d e de ao or a niz a d a 0 A realida d e mud o u0 Mom pouc a s exce > e s ! os munic2pios m ais dist a n t e s tJm ho#e ace s s o F intern e t ! est o cone c t a d o s ! e ;aze m port a n t o part e de um tecido inter a tivo de est o inte r a d a em const ru o 0 Administr a d o r e s ! en e n h e i r o s! econ o m i s t a s ! assist e n t e s sociais enco n t r a m < se em pratic a m e n t e tod a s as re i> e s0 . abs ur d o de "uer e r ad mi nistr a r tudo Qde cim a& torn a< se cad a vez m ais pat e n t e 0 As inst % n ci a s sup erior e s pod e m e precis a m a#ud ar! m as a iniciativa e o orde n a m e n t o das a> e s tJ m de ser emin e n t e m e n t e locais0 Pe cert a ;orm a! est a m o s m a n e# a n d o um a m D " ui n a ad mi nistr a tiv a centr aliz a d a ! t2pica do sCculo pass a d o ! para um con#unt o de des a;ios "ue exi e m solu> e s de est o particip a tiv a e desc e n t r aliz a d a 0
A democracia local
Esta m o s acost u m a d o s a "ue a interv e n o do cida d o sobr e a trans;or m a o social se dJ atrav C s de dois eixos ;und a m e n t a i sE o eixo pol2tico< partid Drio e! em m e n or esc al a! o eixo sindic al< trab al hist a0 . prim eiro te m com o instru m e n t o centr al a elei o de repr e s e n t a n t e s ! e com o palco de luta o parla m e n t o e as estrut ur a s ex ec u tiv a s do Aover no0 . se u n d o ! utiliza o instru m e n t o "ue constit ui a ne o ci a o em pr e s a ri al e a rev e! e tem com o palco a em pr e s a ! visan d o a apro pri a o mais e"uilibra d a do produ t o social0 /en et ro u muito pouco aind a na noss a consci J n ci a a import % n ci a de um terc eiro eixo "ue sur e com ;ora! "ue te m com o instru m e n t o a or a niz a o com u ni t D ri a! e com o esp a o de ao o bairro! o munic2pio! o cha m a d o "esp a o local"! o esp a o de mora di a0 Pe cert a ;orm a! o cidad o "ue vive num bairro "ue no lhe a r a d a pen s a em mud a r de bairro! ou de cida d e ! m as no pen s a muito na sua possi bilida d e e direito de intervir sobr e o seu esp a o de vida! de participar na cria o de um a "ualid a d e de vida m elhor par a si e par a a sua ;amilia0 )a ?uCci a! o cida d o particip a em m C di a de 3 or a niz a > e s com u ni t D ri a s0 )a 6enez u el a! sur iu com ;ora o movi m e n t o de "vecinos"0 na MolIm bi a en e r alizo u< se a or a niz a o com u ni t D ri a nas "vere d a s "0 .s ex e m pl o s se enco n t r a m por toda part e! num a verd a d e i r a explos o de or a niz a > e s "ue se cara ct e riz a m pela est o participa tiv a do esp a o local0 )a cida d e de ?o /aulo constit ui u< se em 200 8 um a red e de cerca de -00 or a niz a > e s da
socie d a d e civil! den o m i n a d a )oss a ?o /aulo0 9 Pura nt e a ;ase pre p a r a t G ri a em 2005! ;ora m< se a r a a n d o as com u ni d a d e s ! e 93 comiss > e s elab or a r a m um sist e m a de 910 indica d or e s de "ualid a d e de vida da cida d e 0 Mons e ui u< se aprov ar um a lei "ue mud a a Kei .r % nic a da cida d e E dorav a n t e ! o pre;eit o eleito terD 70 dias par a se com pr o m e t e r com result a d o s "ua n ti;ica d o s 0 . pro r a m a municip al #D no ser D do pre;eit o! "ue diz Qm e u pro r a m a & ! e sim o pro r a m a da cida d e 0 Snspira d o no exe m pl o de Q8o ot D Momo 6amos&! est a exp e ri J n ci a consist e na rea pro pri a o das pol2tica s pela com u ni d a d e 0 Ao er ar trans p a r J n ci a na pol2tica local (de m o cr a tiz a o das in;orm a > e s )! e ao de m o cr a tiz ar os proce s s o s decisGrios (particip a o da socie d a d e civil! desc e n t r aliz a o em n2vel de sub< pre;eit ur a s ) o movi m e n t o est D introd uzin d o um a outra ;orm a de est o0 6Drias cida d e s est o se ui n d o o me s m o cami n h o no 8rasil0 /ira2 C um a cidad e pe" u e n a do Esta d o do =io de Janeiro0 . pre;eito da cida d e ! mobilizan d o um pes " ui s a d o r do des e n v ol vi m e n t o local! Bran,lin :artins! para er ar um proc e s s o de inclus o di it al na cida d e 0 (m sist e m a p$blico municip al de ace s s o intern e t ban d a < lar a en e r aliz a d o tornou as pe" u e n a s em pr e s a s locais muito m ais prod utiv a s! ao liberD< las dos tradicion ai s atrav e s s a d o r e s 0 @ual" u e r em p Grio com pr a apGs consult a na intern e t ! busc a n d o m elhor e s preo s! e pas s a a ter mais client e s0 N um a desint e r m e d i a o do ciclo econI m i c o0 .s pe" u e n o s produ t or e s de tilDpia ho#e vend e m a pele par a o Japo! aprov ei t a n d o a con e ctivid a d e da intern e t 0 (ma pess o a "ue tem um probl e m a par a resolv er com u ni c a via intern e t ! em vez de tirar o carro da ar a e m E so os bits "ue via#a m ! no as pes s o a s 0 )as escol a s p$blica s! cad a crian a rece b e um lap< top! e nu m a aul a de eo r a;i a ace s s a o googl e- earth par a visualizar a re i o est u d a d a 0 Ailbert o Ail! o artist a< intel ect u al< pol2tico! ao visitar a exp e ri J n ci a! #D se prop> e a const ruir a pont e entr e a cone c tivid a d e ! a educ a o e a cultur a0 Hrat a< se! a"ui ta m b C m ! de um a apro pri a o das tran s;or m a > e s pela prGpri a com u ni d a d e 0 . ceticis m o "ua n t o F import % n ci a estr at C i c a dos m ec a ni s m o s particip a tivo s no n2vel local aind a C ran d e 0 N com u m a viso de "ue a or a niz a o com u nit Dri a "ue luta por um a cas a de sa$ d e ou pela can aliz a o de um cGrre o! des a p a r e c e nec e s s a ri a m e n t e ap e n a s ten h a obtido a sua reivindic a o 0 Esta viso est D evoluind o ra d u al m e n t e para a com pr e e n s o de "ue as com u ni d a d e s est o simpl e s m e n t e apr e n d e n d o a particip ar da or a niz a o do seu esp a o de vida! e de "ue o proc e s s o est D mud a n d o pro;un d a m e n t e a ;orm a com o nos or a niz a m o s com o socie d a d e ! na m e di d a em "ue ass e u r a a tran si o de um a de m o cr a ci a repr e s e n t a t i v a! exercid a a cad a "uat ro ano s na boc a da urna! para um a de m o c r a ci a participa tiv a e per m a n e n t e 0 N bom dizer "ue ta m b C m em torno da ideolo i a do pod er local ;ormo u< se um a conc e p o sim pli;icad or a ! de solu o univer s al na linha das tecn olo i a s alter n a ti v a s ! do pe" u e n o ! do com u nit Drio0 Par a devid a import % n ci a ao esp a o local e F particip a o no si ni;ica "ue est e m ec a ni s m o poss a ass e u r a r o con#unt o dos e"uil2brios nec e s s D ri o s ao nosso des e n v olvi m e n t o 0 :as no con#unt o est e "terc eiro eixo" est D abrind o um esp a o pol2tico pro;un d a m e n t e renov a d o r na noss a conc e p o de de m o c r a ci a 0
Vanta g e ns e desvant a g e ns
A desc e n t r aliz a o "ue o pod er local per mit e tem i ual m e n t e um a dim e n s o ad mi nistr a tiv a extre m a m e n t e concr e t a ! a dim e n s o da sim pl e s racion alid a d e no uso dos recurs o s dispo n2v ei s! e na econ o m i a dos nosso s es;oro s0 A noss a tradi o nos leva a privile i ar as econo m i a s de esc al a0 @uan d o pen s a m o s em em pr e s a s "ue de cert a ;orm a sim boliza m par a nGs o des e n v ol vi m e n t o mod e r n o! vem o s esc al a s de produ o muito elev a d a s ! com o C o caso de em pr e s a s aut o m o bil2stic a s ou de eletro d o m C s t i c o s ! o i a n tis m o da S8: ou dos ra n d e s banco s0 N a con;iabilida d e do i a n t e 0 E real m e n t e ! no se
9
pod e prod uzir carros bara t o s em ;undo de "uint al0 . "ue em er al desco n h e c e m o s ! C o custo do i a n ti s m o! "ue os econo m i s t a s cha m a m de "des e c o n o m i a s de esc al a"! e "ue result a m em ran d e part e dos cresc e n t e s cust o s ad mi nistr a tivo s F me di d a "ue um a em pr e s a ou um a ad mi nistr a o se torn a m m aior e s0 /or outro lado! com o o i a n ti s m o das em pr e s a s as leva em er al a produzir em m as s a ! de ;orm a muito padro niz a d a ! perd e< se na prod u o de ra n d e esc al a a ;lexibilida d e de respo s t a ao "ue C real m e n t e nec e s s D ri o par a os di;ere n t e s individuo s ou rupo s "ue com p I e m a socie d a d e 0 A alter n a tiv a "ue sur iu com ;ora e ho#e an h a impa ct o! C o con#unt o das propo s t a s em torno do "sm all is be a u ti;ul" ' exc el e n t e livro de ?chu m a c h e r trad uzido no 8rasil com o Qo ne G cio C ser pe" u e n o & ' da tecn olo i a altern a tiv a ! da pe" u e n a produ o ! do esp a o local em contr a p o si o ao es p a o nacion al ou intern a ci o n al0 Moloca d a com o altern a ti v a! a op o tem pouco sentidoE o "ue te m senti do! C ent e n d e r o "ue dev e ser ;eito em ran d e esc al a! e com o dev e ser control a d o! e o "ue dev e ser ;eito em pe" u e n a esc al a0 . "ue dev e ser centr aliz a d o e o "ue dev e ser desc e n t r aliz a d o ! de ;orm a "ue o con#unt o das noss a s ativid a d e s respo n d a e;etiva m e n t e ao "ue "uer e m o s 0 A nec e c e s si d a d e de desc e n t r aliz ar e de de m o cr a tiz ar a noss a socied a d e result a dos probl e m a s "ue tem o s de en;re n t a r0 ?e o ob#etivo princip al ;oss e < com o o ;oi uns te m p o s atrD s < m axi miz ar a produ o de aut o m G v ei s e criar apar J n ci a s ext er n a s de pa2s des e n v ol vido! C prov Dv el "ue real m e n t e pod er2 a m o s m a nt e r um sist e m a centr aliz a d o0 :as o noss o probl e m a no C produzir m ais aut o m G v ei s e constr uir m ais tran s a m a z I ni c a s 0 . noss o probl e m a ! com o vimos! C o da dra m D ti c a polariza o entr e ricos e pobr e s ! "ue est D torn a n d o est e pa2s sim pl e s m e n t e in ov er n D v e l! e o dra m a am bi e n t al nas cida d e s e no cam p o0 E isto nos obri a a me di d a s muito concr e t a s e pra m D t i c a s 0 )est e plano! C indiscut2v el "ue aproxi m a r o pod er de decis o e de control e sobr e os proc e s s o s de des e n v ol vi m e n t o ! das pess o a s "ue arc ar o com o ben e;2cio ou o pre#uizo! e "ue est o port a n t o diret a m e n t e inter e s s a d a s nos result a d o s ! constit ui sim pl e s m e n t e boa pol2tica ad mi nistr a tiv a0 6imos aci m a a tran s;or m a o de m o r D ;ic a pro;un d a "ue atrav e s s a o pa2s! com o Jxod o rural e a inten s a urb a niz a o 0 6imos i ual m e n t e a dra m D t i c a conc e n t r a o de rend a "ue aco m p a n h a est e proc e s s o ! ;orm a n d o minoria s ricas e pod e r o s a s ! e en e r aliz a n d o a pobr ez a ! alC m dos dra m a s dos cGrre o s polu2dos! habit a > e s de risco e outros probl e m a s am bi e n t ai s diret a m e n t e li ado s F conc e n t r a o de rend a 0 A articul a o dest e s dois proc e s s o s < <urb a niz a o e conc e n t r a o de rend a< <constit ui o pano de ;undo sobre o "ual dev e m o s procur a r as noss a s altern a tiv a s de des e n v ol vi m e n t o 0 )o cam p o! per m a n e c e m os ;atore s de em p o b r e ci m e n t o da pop ul a o 0 . 8rasil tem cerc a de 150 milh> e s de hect a r e s de boa terra a r2col a! e lavra cerc a de 50 milh> e s som a n d o a a ricult ur a te m p or D ri a e a per m a n e n t e 0 Mom isso! m a nt C< se m a nt e n d o a es m a a d o r a maiori a das terra s a r2col a s com o res erv a de valor! total m e n t e impro d u tiv a s ou com uso simbGlico atrav C s da cha m a d a pecu D ri a ext e n siv a0 . relat Grio das )a>e s (nidas sobr e o des e n v olvi m e n t o hum a n o ! dan d o um exe m pl o das aberr a > e s da conc e n t r a o de rend a na AmCrica Katina lem br a "ue no 8rasil "os 2R de m aior e s propriet D rio s de terra s control a m 40R da terrD arDv el! en" u a n t o 50R de ;amilias rurais est o se m terra ou "ua s e se m terra"0 . Jxod o rural explod e nos centro s urb a n o s ! e se ma ni;es t a em particul ar nas nova s peri;eria s! "ue cresc e m com ritmo extre m a m e n t e elev a d o < tax a s sup erior e s a 90R so ;re"u e n t e s < se m "ue as
locais ten h a m possibilida d e de lhes ar a n tir san e a m e n t o ! escol a s e outra s N bom lem br a r a pot J n ci a dest e movi m e n t o 0 Midad e Hirad e n t e s ! por ex e m pl o! um Kest e de ?o /aulo cresc e com um a tax a de cerc a de 5R ao ano0 Hem 970 mil "uais 920 mil em idad e ativa0 (m cen s o dos em pr e o s exist e n t e s conto u ape n a s trab al h o0
Esta urba niz a o violent a e caGtic a! ass oci a d a a um a ran d e misCri a "ue result a da conc e n t r a o de rend a! coloc a a ad mi ni str a o municip al na linha de ;rent e da nova er a o de probl e m a s econG m i c o s e sociais "ue se avolu m a m nos pais e s em des e n v olvi m e n t o 0 Esta pres s o explod e nos munic2pios! en" u a n t o os esc al> e s sup erior e s continu a m com a sua dra m D ti c a inoper % n ci a! e os m ec a ni s m o s de ;inanci a m e n t o se u e m ritmos e burocr a ci a s com pl e t a m e n t e abs ur d o s 0 Apro;un d a < se assi m a contr a di o entr e os probl e m a s "ue tem o s de en;re n t a r! e a estrut ur a centr aliz a d a de Esta d o "ue herd a m o s 0 A realid a d e C "ue est a m o s ! nos pais e s em des e n v olvi m e n t o ! dan d o os prim eiro s pass o s nest a Dre a ess e n ci al do des e n v olvi m e n t o local0 )a 6enez u el a! por exe m pl o! C em 978 7 "ue pela prim eira vez pass a r a m a ser eleitos os pre;eit os municip ai s0 A part e do ora m e n t o destin a d a aos pod e r e s locais atin e 97!3R na 6enez u el a ! 92!1R na rep$ blic a Pominica n a ! 7!8R na Most a =ica! 4!3R no /ara u a O! -!8R no /er$! 3!2R no /an a m D 0 )o 8rasil! C com a constit ui o de 9788 "ue com e a m o s timida m e n t e a dar al u n s pass o s ! m as continu a m o s com n2veis de ;inanci a m e n t o aos munic2pios carac t e r2 stico s de pais pobr e! in;eriore s aos 9-R0 )os paise s des e n v ol vido s a propor o mud a radic al m e n t e ! atin in d o 44R dos ast o s p$blicos no Japo! --R na ?uCci a! 32R nos Esta d o s (nidos0 Pe ;orm a eral! a orde m de ra n d e z a C "ue os munic2pios dos paise s em des e n v ol vi m e n t o control a m al o em torno de 90R do ora m e n t o ! e cerc a de met a d e do ora m e n t o nos pais e s des e n v olvido s0 En"u a n t o nos pais e s des e n v olvido s cresc e n t e m e n t e o cidad o resolve os assu n t o s no prGprio munic2pio! nos pais e s pobr e s os respo n s D v e i s do munic2pio adot a m o sist e m a de per e ri n a e m ! via#an d o at C a capit al para cad a aut oriz a o de ;inanci a m e n t o ! com toda s as de;or m a > e s no uso dos recurs o s "ue isto si ni;ica0 .s munic2pios est o pres o s em arca b o u o s #ur2dicos "ue torn a m a sua ad mi ni str a o um verd a d ei r o pes a d el o0 A pret e x t o de existire m m e n o s tCcnicos a n2vel local! ima in a< se "ue os recurso s no ser o be m aplicad o s se a sua trans; e r J n ci a no ;or cerc a d a de um a selva de leis e re ul a m e n t o s 0 A verd a d e C "ue "ua n t o m ais centr aliz a d a a decis o! mais tCcnicos exist e m ! porC m m e n or C o control e por part e da pop ul a o 0 A ad mi nistr a o local se vJ port a n t o es m a a d a entr e as nec e s si d a d e s explosiva s "ue sur e m no munic2pio! e a inoper % n ci a das outra s inst % n ci a s! e ;az um trab al h o de cont e n o de pres s > e s se m os meios corres p o n d e n t e s 0 )a prDtic a! a ad mi nistr a o local se vJ na linha de ;rent e das pres s > e s ! m as no $ltim o esc al o do ace s s o aos recurso s0 Esta situ a o se a r av a rapid a m e n t e pelo tipo de interv e n > e s "ue a socied a d e exi e0 .s dois eixos princip ais de en;re n t a m e n t o da pobr ez a e das sua s ma ni;es t a > e s situ a m < se na linha da articul a o cidad eW c a m p o ! por um lado! e na respo s t a aos probl e m a s das nova s peri;eria s por outro0 Estes dois eixos de a o exi e m milhar e s de pe" u e n a s iniciativa s de m elhori a! tant o de racion aliz a o da pe" u e n a e mC di a a ricult ur a e dos "cintur> e s verd e s" das cida d e s ! com o de in;rae s t r u t u r a s e servios sociais nas peri;eria s urba n a s 0 Esse s milhar e s de pe" u e n o s pro#et o s exi e m um a es;oro ato miz a d o de or a niz a o e control e "ue so viDveis ap e n a s com a particip a o das com u ni d a d e s inter e s s a d a s 0 Em outros ter m o s ! hD um a contr a di o cresc e n t e entr e as ;orm a s centr aliz a d a s "ue te m o s de elab or a r! imple m e n t a r e
control ar os pro#et o s! e o ;ato das nec e s si d a d e s m ais pre m e n t e s do des e n v olvi m e n t o exi ire m um ran d e n$m e r o de a> e s de lG ica local0 Em cons e " u J n ci a ! a racion alid a d e econ G m i c a exi e "ue as a> e s se apoi e m nos m ec a ni s m o s locais e particip ativos0 N cara ct e r2 stico nest e sentido "ue a con;er J n ci a das )a>e s (nida s sobr e os munic2pios e o meio am bi e n t e ten h a che a d o F conclus o "ue as pol2ticas am bi e n t ai s som e n t e ser o e;etiv a m e n t e imple m e n t a d a s "ua n d o as popul a > e s inter e s s a d a s ! munic2pio por munic2pio! decid a m de;e n d e r a sua "ualida d e de vida0 (ma vez m ais! no se trat a de invert er os proc e s s o s ! substit uin d o o pod e r centr al pelo pod e r local! ma s de e"uilibrar os divers o s n2veis do proc e s s o decisGrio0 A racion alid a d e das a> e s de des e n v olvi m e n t o exi e assi m cad a vez m ais "ue se impon h a aos pro#et o s o control e no n2vel do pont o de impa ct o! atrav C s da com u ni d a d e or a niz a d a ! e no m ais ap e n a s no n2vel das institui> e s ;inanci a d o r a s centr ai s0 Esta com pr e e n s o tem leva d o a um con#unt o de iniciativa s "ue apo nt a m ca mi n h o s muito positivos0 :etodolo i a s com o AE?/A= (Aest o /articipa tiv a) des e n v ol vid a por H%nia Yap a t a ! PKS? (Pes e n v olvi m e n t o Kocal Snte r a d o e ?ust e n t D v e l) com Au ust o de Branco! iniciativa s de Arran#os /rodutivo s Kocais do ?ebr a e ! ;ora m constr ui n d o um ac$ m ul o de exp e ri J n ci a s na linha do apoio ao des e n v olvi m e n t o local! da or a niz a o da participa o da com u ni d a d e 0 :ais rec e n t e m e n t e ! com a iniciativa s do ov er n o na linha do pro r a m a HerritGrios da Midad a ni a! "ue dev e r D atin ir cerc a de 2 mil munic2pios! dina miz a n d o Momit C s Aest or e s locais e re ion ai s! o proc e s s o dev e atin ir esc al a "ualit ativ a m e n t e sup e rior0 A pes " ui s a do Snstitut o Midad ni a! Poltica acional de !poio ao "es e n v ol vi m e n t o #ocal sist e m a t iz a as de m a n d a s e nec e s si d a d e s de apoio das prGpria s com u ni d a d e s 0 Pest a ;orm a! a ao local! apoi a d a por outr a s inst % n ci a s ! est D des p o n t a n d o com o um com pl e m e n t o ess e n ci al das pol2ticas de ree" uilibra m e n t o "ue o pa2s precis a dina miz ar0 En;im e sobre t u d o ! o esp a o local per mit e um a de m o cr a tiz a o das decis> e s ! na m e di d a em "ue o cida d o pod e intervir com muito mais clarez a e ;acilidad e em ass u n t o s da sua prGpria vizinh a n a ! e dos "uais tem conh e ci m e n t o direto0 Mom o volum e de probl e m a s "ue se apre s e n t a ! a ad mi nistr a o municip al #D no pod e mais ser vista! port a n t o! com o um n2vel de decis o "ue se limita F constr u o de pra a s ! recolhi m e n t o de lixo e outra s ativida d e s de cos m C ti c a urba n a 0 Hrat a< se de um eixo estr a t C i c o de trans;or m a o da ;orm a com o tom a m o s as decis> e s "ue conc e r n e m ao noss o des e n v ol vi m e n t o econ G m i c o e social! ao pot e n ci aliz ar m o s o pap el articul a d or do con#unt o das iniciativa s e a e n t e s econI m i c o s e sociais "ue a e m no territGrio0 A preoc u p a o com o peri o da pol2tica local ser muito "bairrist a"! de #usti;ica0 ExperiJ n ci a s rece n t e s com o dos consGrcios inter< municip ai s! das des e n v ol vi m e n t o no /aran D ! dos Mons el h o s =e ion ai s de Pese n v olvi m e n t o BGru m do Arand e A8M nas vizinh a n a s de ?o /aulo! mostr a m "ue hD trab al h o na coord e n a o inter< municip al! "ue per mit e pol2ticas am pl a s respo n d e n d o diret a m e n t e aos ans ei o s da popul a o 0 viso estr eit a! no se a J n ci a s re ion ai s de em ?ant a Matarin a! de um imen s o ca m p o de e coord e n a d a s ! m as
)a realid a d e C o con#unt o do proc e s s o de tom a d a de decis o "ue precis a ser de m o cr a tiz a d o ! aproxi m a d o da popul a o ! com um a revis o pro;un d a da hierar " ui a de com p e t J n ci a s 0 /recis a m o s de um inten s o es;oro de abert ur a de esp a o s ! de aut o n o m i a local! de renov a o tecnolG ic a! #ur2dica e social0
. esp a o local est D em plen a tran s;or m a o 0 ?ur e com a in;orm D ti c a e a intern e t um a nova er a o de inova> e s no plano das tCcnic a s de est o municip al0 /ela prim eir a vez torn a< se relativ a m e n t e bara t o ter e ma n t e r sist e m a s de in;orm a o atu aliz a d o s0 As ;otos de sat Clit e nos per mit e m ass e u r a r um se ui m e n t o mais so;istica d o por ex e m pl o na Dre a am bi e n t al0 . custo de ter mi n ai s de com p u t a d o r! "ue te m caido verti ino s a m e n t e ! per mit e sist e m a s de in;orm a o ao cida d o nos prGprios bairros e um a nova tran s p a r J n ci a ad mi ni str a tiv a! com tudo o "ue isto pod e repre s e n t a r em ter m o s de de m o c r a tiz a o 0 )a Dre a da limp ez a p$blica est D i ual m e n t e des p o n t a n d o um a nova er a o de tecn olo i a s! envolve n d o a particip a o do cidad o na sep ar a o do lixo limpo! e as divers a s ;orm a s de recicla e m "ue isto per mit eE com p o s t a e m ! prod u o de ener i a! rea pro v eit a m e n t o de divers o s produ t o s 0 A prGpria ;orm a de en;oc a r as ;inan a s municip ai s est D evoluind o! levan d o a novos sist e m a s #ur2dicos orient a d o s para um a pol2tica ativa de redistribui o de rend a ! com o S/H( pro r e s siv o! "ue enco n t r a ;orte resist J n ci a por part e da pop ul a o mais rica! ma s "ue C vital par a ir rad u al m e n t e rest a b e l e c e n d o o e"uil2brio! nest a QMas a Arand e e ?enz al a & "ue so as noss a s m et rG p ol e s! com dra m D ti c o s des e " uil2brios entr e centro e peri;eri a0 :ais import a n t e aind a C a bat al h a pel a tran s p a r J n ci a das cont a s municip ai s! "ue ho#e pod e m ser dispo ni bilizad a s online par a a cida d e 0 A sub< pre;eit ur a de Masa 6erde! em ?o /aulo! or a niz o u um sist e m a de in;orm a o desc e n t r aliz a d o per mitind o um er e n ci a m e n t o e;etivo do seu territGrio0 . prGprio ora m e n t o particip a tivo! "ue #D se torno u re;er J n ci a no pa2s! est D sen d o replica d o em divers a s part e s do mun d o0 A pre;eit ur a de /intad a s ! no interior da 8ahia! ;oi con" ui st a d a por um a red e de or a niz a > e s da socie d a d e civil0 Em repr e s Dli a! o over n o do Esta d o m a n d o u ;ech a r a $nica a J n ci a banc D ri a "ue existia no local0 Aproveit a n d o a exist J n ci a de um a coop e r a ti v a de crCdito em brion D ri a! a cidad e pass o u a ad mi nistr a r as sua s prGpria s poup a n a s ! ;inanci a n d o um con#unt o de in;rae s t r u t u r a s locais0 Monst a t o u< se "ue a anti a a J n ci a banc D ri a na realida d e pass a v a um aspira d or nas pou p a n a s locais! para aplicD< las em re i> e s m ais ricas ou na esp e c ul a o ;inanc eir a0 Mom a re< capit aliza o do munic2pio! os trab al h a d o r e s "ue ant e s sa2a m todo ano para cort ar can a no Estad o de ?o /aulo pass a r a m a trab al h a r no ava n o da sua prGpri a re i o0 (ma parc e ri a com a (niversid a d e Beder al da 8ahia per mitiu elabor a r um plano de san e a m e n t o e de recu p e r a o de terra s da re i o0 . curriculo escol ar ;oi modi;ica d o par a incluir o est u d o do se mi< Drido! visan d o ;orm ar um a nova er a o cap a z de ent e n d e r a sua prGpria realida d e 0 Em de de servir de tra m p oli m para o #Gve m esc a p a r da sua realid a d e ! o est u d o pass a a ;orm ar ent e "ue a#ud a a tran s;or m D < la0 )est e caso de /intad a s ! const a t a < se a "ue pont o C viDvel dina miz ar um a re i o pobr e atrav C s de pol2ticas inte r a d a s 0 :uitas re i> e s est o bat al h a n d o a ;lexibiliza o da Kei 80444 de Kicita> e s0 Uo#e! com o result a d o de um a iniciativa bat al h a d a em particul ar pelo ?ebr a e ! um munic2pio #D pod e contr a t a r um con#unt o de a> e s privile i a n d o as micro e pe" u e n a s em pr e s a s locais0 A contr a t a o local da m er e n d a escol ar! em particul ar! per mit e dina m iz a r a pe" u e n a prod u o horti< ;ruti< ra n# eir a local! esc a p a n d o da ra n d e red e de atrav e s s a d o r e s "ue enc a r e c e os produ t o s e reduz a "ualida d e 0 Monst a t a m o s i ual m e n t e um a nova era o de solu> e s e propo s t a s na Dre a dos probl e m a s am bi e n t ai s urb a n o s ! particul ar m e n t e das ra n d e s cidad e s ! ond e Muritiba apr e s e n t a um a sCrie de rum o s0 .s limites da pol2tica local tam b C m se apr e s e n t a m ! por exe m pl o! no caso dos munic2pios da re i o am az I ni c a ond e em pr e s a s pod e r o s a s nos setor e s de ro s! de ma n d ei r a e de ado se al2am com pol2ticos locais para des e n v olv er ativida d e s ;re"u e n t e m e n t e destru tiv a s 0 .utros exe m pl o s! com o do Amap D ! mostr a m com o se pod e tran s;or m a r a econ o m i a da cast a n h a ao extrair ess J n ci a s e aba s t e c e r a ind$stri a ;ranc e s a de per;u m a ri a! com alto valor a r e a d o ! e de m a n eir a sust e n t D v e l0 En;im! solu> e s no ;alta m ! ;alta C vont a d e pol2tica! e a or a niz a o
ad e " u a d a de proc e s s o s decisGrios0 . movi m e n t o )oss a ?o /aulo "ue vimos aci m a! alC m de des e n v ol v e r um sist e m a de in;orm a o "ue possibilita um in2cio de control e pelo cidad o ! er a um esp a o de particip a o con#unt a de cent e n a s de or a niz a > e s da socied a d e civil0 A obri a o le al do pre;eit o se com pr o m e t e r com result a d o s "ua n ti;ica d o s #D ;oi aprov a d a tam b C m em cidad e s com o Slha 8ela e Heres G p olis0 UD inova> e s na Dre a de trans p o rt e s ! de trat a m e n t o de es o t o s! de se u r a n a municip al! e um ran d e n$ m e r o de outros setor e s0 E const a t a < se i ual m e n t e um a exp a n s o das prGpri a s atribui> e s das ad mi nistr a > e s municip ai s! com o C o caso do apoio F pe" u e n a e mC di a em pr e s a ! articul a o cidad eW c a m p o com a prom o o dos "cintur> e s verd e s " em torno dos centro s urb a n o s 0 Em outros term o s! o esp a o local C um esp a o em plen a revaloriz a o ! e em plen a tran s;or m a o 0 E dev e m o s dot ar< nos dos instru m e n t o s corres p o n d e n t e s 0
)o caso do m erc a d o ! C preciso ultrap a s s a r a atitu d e ideolG ic a de ser a ;avor ou contr a! e pas s a r a ent e n d e r o seu impa ct o di;ere n ci a d o em divers o s set or e s e sub< setor e s! alC m de ent e n d e r as sua s ;un> e s relativa m e n t e a outros mec a ni s m o s de re ul a o 0 . merc a d o no sentido ori inal ho#e ;uncion a em se m e n t o s delimit a d o s da econ o m i a0 6e#am o s por exe m pl o o caso da ?ouz a Mruz e dos produ t or e s de ;umoE a em pr e s a det C m 8-R do m erc a d o ! e constit ui se m d$vid a um mono p Glio! ma s repro d u z ativa m e n t e o merc a d o par a "ue os produ t or e s de ;umo ex er a m a "livre com p e t i o" entr e s20 =eprod uz< se a assi m a com p e t i o entr e os pe" u e n o s ! e o m erc a d o no "des a p a r e c e " ! m as se desloc a par a um bols o de ativida d e s econG m i c a s 0 A viso simpli;ica d or a do capit alis m o mono p olist a torna< se assi m insu;icient e! com o C insu;icient e a teori a do meio< ter m o! da "concorr J n ci a mon o p ol2stic a"E no se trat a de um m eio ter m o! m as de um a articul a o de m ec a ni s m o s di;ere n t e s 0 ?ur e com ;ora um a sCrie de ativid a d e s mod e r n a s e de pont a ond e a tecnolo i a per mit e a produ o ;lex2vel! com sCries curt a s e ;acilm e n t e ad a p t a d a s Fs ;lutua > e s de m erc a d o 0 A"ui! o m erc a d o est D recup e r a n d o esp a o0 N o caso da m ec % ni c a ! por exe m pl o! ond e as m D " ui n a s in;orm a tiz a d a s per mit e m respo n d e r a nec e s si d a d e s individu aliz a d a s se m au m e n t a r si ni;icativ a m e n t e os cust o s0 Em torno das ra n d e s multin a cio n ai s prod ut or a s de bens de cons u m o ;inal! ;orm a< se o "merc a d o induzido"! em "ue o m erc a d o C mold a d o atrav C s de i a n t e s c a s ca m p a n h a s publicitDri a s! sen d o
m ais inter e s s a n t e par a est a s em pr e s a s ada p t a r o cons u m i d or ao produ t o #D lan a d o em outros pa2se s! do "ue respo n d e r a nec e s si d a d e s e n2veis de rend a di;ere n ci a d o s 0 )a Dre a dos bens de capit al < produ o de m D " ui n a s e e"uip a m e n t o pes a d o < trat a< se de "merc a d o ad mi nistr a d o " (m an a e d mar, e t )0 )in u C m vai produzir por ex e m pl o mais ou me n o s turbin a s de ra n d e port e se u n d o ;lutua > e s de m erc a d o 0 Abrir "merc a d o " nest a Dre a se ;az em er al atrav C s de pres s > e s pol2ticas de em pr eit eir a s! de acordo s inter< em pr e s a ri ai s! e de proc e s s o s de conc e rt a o 0 Esta m o s lon e de Adam ?mith0 )os paise s em des e n v ol vi m e n t o ! o se m e n t o "nobr e" das ativida d e s industri ai s e de servios produz para o "merc a d o solve nt e "! ou se#a! os ricos0 Momo os dois tero s das popul a > e s dest e s paise s vive m em est a d o de misCri a! e no enco n t r a m resp o s t a Fs sua s nec e s si d a d e s no setor ;orm al < ne m todo mun d o pod e com pr a r video< cass e t e e Pano nin h o! ou m a nt e r um "beb J Johnson" < des e n v olv e< se de ;orm a muito dinD mi c a o "merc a d o in;orm al"! "ue ho#e repr e s e n t a no 8rasil -9R do em pr e o 0 En cons e " u J n c i a ! #D no se pod e ;alar de m erc a d o com o de um a coisa sG0 N sum a m e n t e $til! ho#e! an aliz ar m o s com ;riez a o "ue C real m e n t e o "m erc a d o" "ue conh e c e m o s ! partind o do "merc a d o " de m o de obra! do "merc a d o " de capit ais etc0! para redi m e n si o n a r m o s o pap el dest e mec a ni s m o de re ul a o ! e di;ere n ci ar as realida d e s "ue o conc eit o reco br e 0 /or outro lado! o plan e# a m e n t o centr al! ap e s a r das decl ar a > e s liber ais! no ;oi par a o con el a d o r0 Hodos ho#e const a t a m o s a nec e s si d a d e do plan e# a m e n t o centr al! ma s no com o mec a ni s m o univer s al0 .s ra n d e s eixos de in;ra e s t r u t u r a s ! li ad o s F pol2tica en er C t i c a! de teleco m u n i c a > e s ! de trans p o rt e s ! de control e de D u a s ! por ex e m pl o! implica m viso de con#unt o! enor m e s investi m e n t o s ! e tJ m de obe d e c e r Fs nec e s si d a d e s de des e n v olvi m e n t o e"uilibra d o e de lon o prazo de cad a pa2s! "ua n d o no de um con#unt o de paise s0 Peixar o des e n v ol vi m e n t o dest e s setor e s a um a re ul a o de m erc a d o te m pouco senti do0 .s m aior e s ;luxos de investi m e n t o s ho#e! com o o pro r a m a de in;ra e s t r u t u r a s para os anos 9770 na Mom u ni d a d e Europ ei a! com cent e n a s de bilh> e s de dGlar e s! so re ul a d o s por plan e# a m e n t o centr aliz a d o0 Ao est u d a r in;ra e s t r u t u r a s nos pa2s e s em des e n v olvi m e n t o ! o 8anco :undial const a t o u ape n a s 5R de pres e n a de capit al privad o0 )a prGpria Dre a indust ri al! as ra n d e s op> e s tecn olG ic a s do Japo na Dre a da micro< eletrG nic a! por ex e m pl o! ou da ?uCci a na Dre a da m ec D ni c a de precis o! result a m de decis> e s pol2ticas e de estr a t C i a econ G m i c a dos ov er n o s! bas e a d a s em pro#e> e s de lon o praz o! e no hD nen h u m a desr e ul a o F vista nest a Dre a0 . Japo! aliDs! constit ui um exe m pl o impre s si o n a n t e de articul a o de m ec a ni s m o s de m erc a d o com sGlido plan e# a m e n t o centr al0 Esta nec e s si d a d e do plan e# a m e n t o ;oi red e s c o b e r t a e se des e n v ol v e ho#e de ma n eir a en e r aliz a d a nas ran d e s corpor a > e s ! atrav C s do plan e# a m e n t o em pr e s a ri al! "ue har m o niz a as rela> e s intra e inter< em pr e s a ri ai s! per mitin d o "ue as inevit Dv ei s com pl e m e n t a ri e d a d e s de um proc e s s o mod e r n o de prod u o se#a m or a niz a d a s de m a n eir a ;lex2vel e pelos prGprios inter e s s a d o s ! e ass e u r a n d o ao m es m o tem p o a est a bilid a d e "ue um a prod u o com pro;un d a diviso social exi e0 Em term o s prDticos! isto si ni;ica "ue ho#e as ra n d e s em pr e s a s trab al h a m em esp a o "or a niz a d o "E ra n d e s em pr e s a s auto m o bil2stic a s! por exe m pl o! simpl e s m e n t e mont a m produ t o s "ue so prod uzi do s se u n d o contr a t o s plurian u ai s! ;re"u e n t e m e n t e em re i m e de subco n t r a t a o da totalida d e da produ o ! com condi> e s com e r ci ai s e tCcnic a s prC< de;inida s! utilizan d o tCcnic a s so;istica d a s de plan e# a m e n t o inter< setori al0 As corpor a > e s coord e n a m assi m am pl os esp a o s econ G m i c o s se u n d o as sua s nec e s si d a d e s de lon o praz o! e ad mi nistr a m as sua s "pir% mi d e s " prod utiv a s! "ue ho#e as )a>e s (nidas "uali;ica m de " alaxi a s" econ G m i c a s 0 Estas " al Dxi a s"! articul a d a s atrav C s de um a sCrie de m ec a ni s m o s de dep e n d J n ci a ! "ue tran s; er e m prod ut o s entr e m at riz e ;ilial ou entr e ;iliais se u n d o preo s
ad mi nistr a tivo s! e "ue realiz a m ;re"u e n t e m e n t e um produ t o sup e rior ao valor do /S8 da maior part e dos pais e s! contin u a m a ;alar de merc a d o com o se nad a tivess e mud a d o 0 )a realid a d e ! trat a< se de m ec a ni s m o s de plan e# a m e n t o em pr e s a ri al (ve#a< se os est u d o s do 8anco :undi al sobr e o "Morpor a t e /lannin ") "ue C melhor est u d a r com o mec a ni s m o novo! aind a "ue articul a d o com m ec a ni s m o s de m erc a d o 0 (m excel e n t e docu m e n t D ri o cient2;ico sobr e o ;uncion a m e n t o dest a s corpor a > e s pod e ser enco n t r a d o no P6P The $orporation. (ma imen s a Dre a de ativida d e s esc a p a aos mec a ni s m o s de merc a d o e constit ui ho#e um instru m e n t o ess e n ci al de pol2tica econG m i c a dos over n o s E a pol2tica de rend a ! aind a cha m a d a de pol2tica de con#unt ur a ou pol2tica de curto praz o0 A sua import % n ci a ho#e abs olut a m e n t e ;und a m e n t a l result a da nec e s si d a d e de se busc a r os e"uil2brios m acro< econ G m i c o s da econ o m i a ! nu m mun d o em "ue os mec a ni s m o s ;inanc eiro s an h a r a m vida prGpria0 =esult a i ual m e n t e do ;ato "ue o m erc a d o pod e ass e u r a r a coer J n ci a da produ o em nu m e r o s a s Dre a s! m as constit ui recon h e ci d a m e n t e um m ec a ni s m o muito de;icient e de distribui o0 En lob a m o s a"ui particul ar m e n t e a pol2tica salarial! a pol2tica de preo s! a pol2tica ;iscal< ora m e n t D ri a ! a pol2tica de crCdito e a pol2tica cam bi al0 Estes diverso s m ec a ni s m o s ! par a o m a n e# o dos "uais muitos ov er n o s est o ho#e se dot a n d o de pod e r o s o s instru m e n t o s de interv e n o ! tJ m em com u m o ;ato de a ire m sobr e o n2vel de rem u n e r a o dos ;atore s! se u n d o os di;ere n t e s rup o s de a e n t e s econ I m i c o s! aind a "ue no assu m a m ;orm al m e n t e est a ;un o0 N um a pol2tica de rend a de;inida "ue leva a "ue! no 8rasil! ;azer inter m e d i a o ;inanc eir a se#a muito m ais rem u n e r a d o r do "ue por ex e m pl o produzir ;ei#o0 Ao ;inanci ar subs2dios para al un s setor e s Fs cust a s de emiss o mon e t D ri a e atrav C s da in;la o! pro m ov e< se simpl e s m e n t e a tran s; e r J n ci a da rend a de um a part e da socied a d e par a outr a0 Juros elev a d o s si ni;ica m "ue se#a m ais lucrativo ;azer aplica > e s ;inanc eir a s e esp e c ul a r com as pou p a n a s de terc eiro s do "ue produzir0 A trans p a r J n ci a dos mec a ni s m o s mon e t D ri o s e dos instru m e n t o s ;inanc eiros sen d o "ua s e nula par a o ra n d e p$blico! ;orm a m < se a2 i a n t e s c a s trans;r J n ci a s de recurs o s da pop ul a o m ais pobr e para a popul a o m ais rica! ou de paise s pobr e s par a paise s ricos! ori in a n d o um a am pl a "mais< valia social"E o trab al h a d o r "ue vJ o seu salDrio diminuido por mec a ni s m o s com o a in;la o ou a tax a de #uros! so;re um a se u n d a explor a o "ue C di;ere n t e da m ais< valia extr aid a na em pr e s a ! ma s ne m por isso m e n o s pod e r o s a ! e nunc a sab e "ue m lhe tirou dinh eiro do bolso0 ?o os m ec a ni s m o s mod e r n o s "ue repro d u z e m ho#e a conc e n t r a o de rend a e a desi u al d a d e "ue herd a m o s do pas s a d o 0 N dizer "ue a dim e n s o nacion al da pol2tica local de des e n v olvi m e n t o C import a n t e 0 /recisa m o s de pol2ticas nacion ai s "ue leve m em cont a as nec e s si d a d e s locais0 )os Esta d o s (nidos! par a dar um exe m pl o! a lei Mom m u ni t O =einve s t m e n t Act (Kei do =einv e s ti m e n t o Mom u nit D rio) obri a as a J n c ai s banc D ri a s a investir local m e n t e as pou p a n a s "ue os habit a n t e s de um a re i o nelas depo sit a m 0 Momo no n2vel local no hD sist e m a s de es p e c ul a o ne m merc a d o de ;uturos! as a J n ci a s se vJe m obri a d a s a identi;icar investi m e n t o s produ tivos "ue dina m iz a m a econo m i a ! er a m em pr e o s prom o v e m o des e n v olvi m e n t o 0 (m outro con#unt o de m ec a ni s m o s en a ti n h a ! m as C ess e n ci alE trat a< se do sist e m a de conc er t a o intern a ci o n al0 UD uns "uinz e ano s ?amir Amin publicou vDrios trab al h o s sobr e um a contr a di o m aior dest e ;im de sCc uloE a econ o m i a se intern a ci o n alizo u! en" u a n t o os m ec a ni s m o s de pol2tica econ G m i c a continu a m sen d o nacion ai s0 As )a>e s (nida s tJ m o pJso "ue tem a boa vont a d e ! o Aatt ;oi absorvi do pela .:M! o B:S tran s;or m o u < se em simpl e s instru m e n t o de pres s o sobre os paise s pobr e s! o 8anco :undial no cons e u e cort ar o seu cord o um bilical nort e< am e ric a n o 0 . result a d o C! por um lado! "ue o mun d o vive em reuni> e s de presid e n t e s ! de ministros de ;inan a s ! de ministros da en er i a! de mec a ni s m o s "ad hoc" para respo n d e r a probl e m a s "ue des p o n t a m e "ue exi e m conc e rt a o intern a ci o n al! busc a n d o respo s t a s pont u ai s no A8! e outros QAs& "ue se multiplica m 0 0
Hodos se preoc u p a m ho#e sobr e est a dim e n s o mun di al do noss o des e n v olvi m e n t o ! )as )a> e s (nidas! est e probl e m a de cap a ci d a d e de over n o mun di al C est u d a d o com o "inter n a ci o n al over n a n c e "! cap a ci d a d e nec e s s D ri a par a en;re n t a r os "m ec a ni s m o s nacion ai s tradicion ai s e obsol et o s de re ul a o "0 A realid a d e C "ue! ;rent e a mun di aliz a o da econo m i a ! contin u a m o s aind a se m os com p e t e n t e s instru m e n t o s de est o0 Assim! o control e de ;ato dos proc e s s o s de com er ci aliz a o mun di al ;ica nas m o s das em pr e s a s tran s n a ci o n ai s! "ue tira m prov eito das di;ere n a s econ G m i c a s ! #ur2dicas e pol2tica s entr e pa2s e s! e ho#e control a m os m ec a ni s m o s concr e t o s de orde n a m e n t o dos ;luxos intern a ci o n ai s! atrav C s das sua s rJd e s mun di ai s de servios ;inanc eiros! com e r ci ais e de com u nic a o 0 A verd a d e C "ue nin u C m < e muito m e n o s o m erc a d o < control a o caos intern a ci o n al "ue pro r e s siv a m e n t e se inst al a! e do "ual a d2vida ext er n a ! a esp e c ul a o ;inanc eir a! a conc e n t r a o de rend a ! o com C r cio da dro a! a prod u o e com er ci aliz a o de arm a s e a dest rui o do m eio am bi e n t e lob al constit u e m ape n a s al un s exe m pl o s0 N ;rent e a est a s trans;or m a > e s "ue o instru m e n t o bDsico do pod er local! a particip a o com u nit Dri a! ad" uir e um a import % n ci a de prim eiro plano! aind a "ue com o com pl e m e n t o de outr a s tran s;or m a > e s conco mi t a n t e s 0 /or"u e em $ltim a inst % n ci a toda ativid a d e est D localizad a em al u m lu ar! e se as com u ni d a d e s ! ho#e ess e n ci al m e n t e nas cidad e s ! se or a niz a m em torno do result a d o ;inal "ue nos inter e s s a ' a "ualid a d e das noss a s vidas ' o con#unt o do proc e s s o pass a a ter um a %ncor a ! e pas s a a ;azer sentido0 Hrat a< se da desc e n t r aliz a o ! do plan e# a m e n t o municip al! dos diverso s sist e m a s de particip a o das com u ni d a d e s nas decis> e s do esp a o de vida do cida d o! e "ue do corpo ao cha m a d o "pod e r local"0 A participa o com u ni t D ri a constit ui ho#e clara m e n t e o m ec a ni s m o mais racion al de re ul a o das princip ais ativid a d e s da Dre a social! da urb a niz a o ! da pe" u e n a e mC di a produ o ! alC m de constit uir um "lastro" indisp e n s D v e l para o e"uil2brio do con#unt o das ativid a d e s no n2vel m acro< econG m i c o0 )os pa2se s em des e n v ol vi m e n t o ! ess e s mec a ni s m o s aind a so relativa m e n t e ;rD ei s0 .s pa2s e s capit alist a s des e n v ol vido s! e particul ar m e n t e os pais e s esc a n di n a v o s ! tJ m muito a nos ensin ar sobre o peso da or a niz a o com u ni t D ri a! e em particul ar das or a niz a > e s da socie d a d e civil! com o ;orm a de ass e u r a r "ue as ativida d e s econG m i c a s e sociais respo n d a m em $ltim a inst % n ci a Fs noss a s nec e s si d a d e s 0 A;inal! par a "ue C "ue trab al h a m o s L 8ast a olhar m o s par a os pa2se s com o m elhor SPU (Xndice de Pese n v olvi m e n t o Uum a n o) do plan e t a E a2 enco n t r a m o s os pa2se s esc a n di n a v o s ! o Man a d D e outros "ue se carac t e riz a m por sist e m a s de de m o cr a ci a inten s a m e n t e particip ativ a0 Hemo s "ue rever em particul ar! sob est a pers p e c tiv a! as ativid a d e s da pe" u e n a e m C di a em pr e s a ! be m com o do setor in;orm al! "ue des e m p e n h a m um pap el ;und a m e n t a l com o contr a p e s o das ativida d e s das ran d e s corpor a > e s Z a or a niz a o dos sist e m a s particip a tivo s da pop ul a o ! par a "ue o cidad o poss a e;etiv a m e n t e ex erc a r a sua cida d a ni a e in;luir sobr e as sua s condi> e s concr e t a s de vida no esp a o localZ a cria o de um a nova cultur a urb a n a "ue per mit a F popul a o viver e no ape n a s se prot e e r e sobr eviv er0 Esta m o s na era das trans;or m a > e s tecnolG ic a s pro;un d a s ! da "aldCi a lob al"! "ue outros cha m a m de "esp a o< nav e terra"! para ace n t u a r o noss o destino com u m e interd e p e n d J n c i a 0 N a era dos proc e s s o s econ G m i c o s e sociais articul a d o s! da diversi;ica o e com pl exi d a d e lobais "ue exi e m particip a o consci e n t e e contribui o or a niz a d a de todos0 )o so coisa s "ue se resolv e m com a "mo invis2vel" de Adam ?mith! ou com um n$cl eo tecn ocr D tico de plan e# a m e n t o ! o "Aospl a n" univers al0 =esolve m < se com a articul a o de divers o s m ec a ni s m o s ! e com muito pra m a t i s m o na busc a de solu> e s 0
pot e n ci al sub utilizad o em ter m o s de ace s s o a D u a pot Dv el! pro m o o de irri a o! des e n v ol vi m e n t o de piscicultur a e recu p e r a o de terra s por dren a e m de vDrz e a s 0 . des e n v ol vi m e n t o de in;ra< estrut u r a s para o cintur o verd e das cida d e s ! com horticult ur a inten siv a em pe" u e n a s propri e d a d e s ! per mit e absorv e r o des e m p r e o ou ass e u r a r a ativid a d e da m o< de< obra subu tilizad a dura n t e certos per2odo s do ano! sobr e t u d o no caso de munic2pios com ;orte propor o de mon oc ult ur a! be m com o prom o v e r a a o produ tiv a dos idosos atrav C s da #ardin a e m recr e a ti v a ou lucrativa0 A D u a C um recurs o social e o seu uso racion al no munic2pio dev e ser plan e# a d o E dev e m ser est u d a d a s as divers a s ;ont e s! con;ront a d a s com os divers o s usos0 Kembr e m o s "ue um a boa utiliza o de D u a pot Dv el constit ui muit a s vez e s a ;orm a m ais rDpid a e mais bar at a de elimin ar as princip ais doe n a s ! e "ue o orde n a m e n t o racion al do uso da D u a pod e dina miz ar ;orte m e n t e tant o a a ricultur a com o a ind$stri a0 A ;alta de control e do uso da D u a ! por outro lado! leva em er al a probl e m a s am bi e n t ai s di;icilm e n t e rever s2v ei s! e a probl e m a s dra m D ti c o s da "ualid a d e de vida0 Uo#e se sab e "ue um real investi do em san e a m e n t e o bDsico econ o m iz a entr e 3 e - reais de ast o s com doe n a s 0 (m outro recurso! er al m e n t e pouco est u d a d o e subu tilizad o! C o m at e ri al de constru o 0 Hrat a< se de m at e ri al pes a d o ! e o no aprov ei t a m e n t o de recurs o s locais si ni;ica custo s de trans p o rt e elev a d o s de prod ut o s de outr a s re i> e s0 N preciso realiz ar o bal an o de m at e ri ais de const ru o e conh e c e r a ;undo os recurs o s locaisE pedr a! ar ila! ma d eir a ! ;ibras! etc0 Esse conh e ci m e n t o per mitirD ao munic2pio! por sua vez! adot ar um a pol2tica tecn olG ic a de constr u o ;rent e Fs em pr ei t eir a s ! privile i a n d o as em pr e s a s dispos t a s a utilizar mat e ri ais de const ru o locais! reduzin d o os cust o s0 )o Esta d o de :inas! por exe m pl o! se u n d o in;orm a > e s do seu ?ecr et D ri o do /lan e# a m e n t o ! ape n a s um tero dos munic2pios realizou al u m a prosp e c o do sub< solo par a conh e c e r o pot e n ci al0 . uso racion al dos recurs o s no pod e a u a r d a r ape n a s a "mo invis2vel"0 .s recurso s nat ur ai s! em particul ar! so no renov D v ei s! ou renov D v ei s a lon o praz o (caso das ;lorest a s ) ou aind a com cust o s elev a d2 s si m o s (caso da D u a polu2d a ou da terra es o t a d a )0 A dest rui o da ;aun a ou dos recurso s pes " u e ir o s C ta m b C m em eral de;initiva! e ho#e um se m n$m e r o de munic2pios vJ um a bas e import a n t e de produ o da sua ri"uez a sim pl e s m e n t e dest rui d a 0 Ssso result a dos mec a ni s m o s de merc a d o nes s a Dre a da econo m i a 0 )um ero s a s em pr e s a s pes " u e ir a s! por ex e m pl o! pratic a m a sobr e p e s c a ! ou se#a! a pesc a exce s si v a "ue no per mit e a reprod u o do peix e e aca b a destrui n d o os recurs o s0 As em pr e s a s desloc a m < se ent o para outra s re i> e s! continu a n d o a dest rui o0 Essas em pr e s a s se #usti;ica m de ;orm a sim pl e sE se no recorr er e m a ess a prDtica! outra s o ;aro! leva n d o assi m o lucro0 Pest a ;orm a! a concorr J n ci a nest e s caso s leva a um a destr ui o da bas e de reprod u o de ri"uez a da popul a o ! o capit al nat ur al0 Moloca< se assi m o probl e m a m ais am plo! de se ultra p a s s a r a op o abs ur d a entr e a sub utiliza o dos recurs o s! ou o seu uso pre d a t G ri o0 )o Japo C proibid a a pesc a ! para as ra n d e s em pr e s a s ! no litoral ond e exist e m munic2pios com com u ni d a d e s de pesc a d o r e s E os barco s de pesc a indust ri al dev e m busc a r o peix e em alto mar! ou ;irm ar contr a t o s no ext erior0 Ssto ;oi obtido por m eio de or a niz a o dos munic2pios e das com u ni d a d e s 0 As em pr e s a s de pesc a! de ma d ei r a! de explor a o de petrGl eo e outr a s "ue se apro pri a m de recurso s nat ur ai s apre s e n t a m as sua s ativid a d e s com o Qprod u o & ! "ua n d o na realid a d e se apro pri a m do "ue a nat ur e z a nos le ou! se m repor o "ue extr e a e m 0 A Dre a dos recurs o s nat ur ai s exi e assi m um control e e;etivo da com u ni d a d e am e a a d a ! no sG par a prot e J < los! com o par a as s e u r a r a sua explor a o racion al0 Ssso! por sua vez! exi e um a trans;or m a o do e"uil2brio de decis o pol2tica! entr e as em pr e s a s
"ue explor a m os recurs o s e a com u ni d a d e E trat a< se de de m o cr a tiz a r a decis o econ I m i c a do munic2pio0 . 8rasil C! nest e sentido! um pa2s carac t e r2 stic a m e n t e subd e s e n v ol vi do! e as em pr e s a s consid e r a m "ue no tJm satis;a o a dar Fs com u ni d a d e s ond e se inst al a m ! en" u a n t o "ue as pre;eit ur a s se limita m a as;alt ar ruas e orna m e n t a r pra a s0 . result a d o C o n2vel impre s si o n a n t e "ue atin iu no 8rasil o es ot a m e n t o de solos! a destr ui o de ;lorest a s < com as pert ur b a > e s de chuv a s e de des e rti;ica o "ue result a m < a polui o do litoral de nort e a sul do pa2s! o des a p a r e ci m e n t o da ;aun a ! do recurso pes " u e ir o! a poluio dos rios e do ar! din% m i c a s cu#o impa ct o sentirD a prGxim a er a o ! m as de m a n ei r a irrever s2v el se no inten si;icar m o s as provid J n ci a s ho#e0 S ual m e n t e si ni;icativ a C a subu tiliza o dos recurs o s hum a n o s no pa2s0 Mad a munic2pio disp> e de um a det e r mi n a d a ;ora de trab al h o0 )o 8rasil! por ex e m pl o! te m o s em 2004 cerc a de 970 milh> e s de habit a n t e s 0 Pess e s ! cerc a de 92- milh> e s! entr e 94 e 43 ano s! constit u e m a /SA! pop ul a o em idad e ativa! se u n d o critCrios intern a ci o n ai s0 Merca de 78 milh> e s trab al h a m ou est o dispos t o s a trab al h a r! o "ue constit ui a popul a o econ o m i c a m e n t e ativa! a /EA0 /esso a s ;orm al m e n t e em pr e a d a s no set or privad o so cerc a de 19 milh> e s0 ?e acre s c e n t a r m o s o em pr e o p$blico! che a m o s a cerca de 30 milh>e s de pes s o a s ! "ua n d o a /EA atin e "ua s e 900 milh> e s0 Pa2 result a a elev a d2 s s m i a ci;ra de trab al h o in;orm al! esti m a d a no relat Grio . Esta d o da )a o do S/EA de 2004 em -9R da popul a o ativa0 ?e acre s c e n t a r m o s a est a ci;ra os milh> e s de des e m p r e a d o s e sub e m p r e a d o s "ue ;aze m part e da popul a o ativa! os set or e s "ta m p o " do em pr e o com o dom C s t ic a s ! etc0! be m com o os setor e s "ue apr e s e n t a m baix a prod utivid a d e por ;alta de ;orm a o ! or a niz a o e e"uip a m e n t o minim a m e n t e ad e " u a d o s ! tere m o s um a idCia da imen s a subu tiliza o do noss o princip al recursoE a ;ora de trab al h o0 Hemo s dez e n a s de milh> e s de pess o a s subu tilizad a s ou sim pl e s m e n t e no utilizad a s par a e;eitos de des e n v olvi m e n t o econ I m i c o0 A subu tiliza o da m o< de< obra constit ui se ur a m e n t e um dos princip ai s en;re n t a m o s ! e a sua raiz se enco n t r a em situ a > e s concr e t a s a n2vel local0 probl e m a s "ue
. cruz a m e n t o dos dad o s de sub utiliza o dos recurs o s hu m a n o s com os dad o s de sub utiliza o de recurso s nat ur ai s < terra! m at e ri ai s de constru o ou outros < apon t a ! ;re"[ e n t e m e n t e ! para solu> e s prDtica s "ue pod e m ser coloca d a s para discus s o da com u ni d a d e ! visan d o a pro m o o do des e n v olvi m e n t o do con#unt o dos recurs o s0 Eliminar o anal;a b e ti s m o ! univer s aliz ar o ensino ;orm al! melhor a r a ;orm a o dos pro;es s or e s ! ad e " u a r o ensi no pro;ission al F din% mi c a econ I m i c a local! envolver as em pr e s a s e os m eios de com u nic a o de ma s s a na elev a o do n2vel de ;orm a o da m o< de< obra! tudo isso exi e viso de con#unt o e um orde n a m e n t o de a> e s de lon o! mC dio e curto praz o! "ue no pod e evid e n t e m e n t e ser deixa d o para a "mo invis2vel"! #D "ue o m erc a d o e a "livre iniciativa" so! recon h e ci d a m e n t e ! inoper a n t e s nos investi m e n t o s sociais de lon o praz o0 Pe ;orm a er al! o munic2pio no 8rasil cara ct e riz a< se pel a convivJ n ci a de set or e s adian t a d o s e setor e s muito atra s a d o s 0 Ssto result a do pro r e s s o tecn olG ico de tipo "vertic al" "ue ;az ava n a r muito al u n s set or e s e deix a outros est a n a d o s ! leva n d o F constit ui o de ilhas tecn olG ic a s "ue no cons e u e m dina miz ar o con#unt o de tecido econI m i c o da re i o0 Bre"[ e n t e m e n t e ! inclusiv e! est a s "ilhas" tJ m m ais vincul a > e s com a Dre a intern a ci o n al ou com as m et rG p ol e s do pa2s do "ue propria m e n t e com a econo m i a local0 Este tipo de des e n v olvi m e n t o result a! obvia m e n t e ! na sub utiliza o dos recurs o s hu m a n o s 0 A mono c ul t ur a ou exc e s si v a esp e ci aliz a o do munic2pio < "ue aca b a dep e n d e n d o de um sG ou de al un s produ t o s ap e n a s < leva a nec e s si d a d e s muito elev a d a s de m o< de< obra no per2odo do plantio ou da sa;ra! e a um vazio dura n t e o rest o do ano0 Ssso dD ori e m ao nom a di s m o rural e F
;orm a o de peri;eri as miser D v ei s e inst Dv ei s em torno dos centro s urb a n o s 0 . sub< em pr e o ! a mono c ul t ur a < com a er a o do sub< em pr e o sazo n al < e o ;ato dos set or e s mod e r n o s no respo d e r e m sen o de ;orm a muito parci al Fs nec e s si d a d e s da part e pobr e da pop ul a o ! leva m por sua vez ao des e n v olvi m e n t o do set or in;orm al0 . balan o da situ a o social do plan e t a ;eito pela s )a>e s (nida s em 200 4! The Inequ ality Predica m e n t , const a t a "ue Qo em pr e o in;orm al respo n d e por entr e a m et a d e e tres "uart o s do em pr e o no< a r2col a na m aior part e dos pa2s e s em des e n v olvi m e n t o 0 A part e in;orm al dos trab al h a d o r e s na ;ora de trab al h o no a r2col a varia entr e 38R na \r;ica do )orte e -9R na AmCrica Katina e o Maribe! ati ind o 4-R na \sia e 58R na \;rica sub< sah a ri a n a 0 & .s ov er n o s dura n t e lon o te m p o i nor ar a m o setor in;orm al! m as isto est D com e a n d o a mud a r0 Mom e a< se a ent e n d e r "ue o setor in;orm al nec e s sit a apoio pol2tico e econ G m i c o ativo0 A;inal! est D absorv e n d o a maior part e dos novos trab al h a d o r e s ! particul ar m e n t e de mulh er e s ! #oven s e pobr e s 0 (m bom exe m pl o de dina miz a o e bom uso do setor in;orm al C a exp e ri J n ci a de 6illa El ?alvad o r! no /er$! ond e um munic2pio< dor mit Grio se apro prio u de um a zona vazia destin a d a a um a Dre a industri al < e para ond e a ind$stri a no ;oi < e des e n v olv e u ativida d e s prod utiv a s em pe" u e n a esc al a0 A exp eri J n ci a ho#e constit ui um exe m pl o de aut o< resolu o de probl e m a s 0 A iniciativa ;oi estrit a m e n t e local! nin u C m esp e r o u verb a s do over n o centr al! e se bas e o u nas or a niz a > e s com u nit Dri a s0 A har m o niz a o intern a! no esp a o do munic2pio! entr e ativid a d e s indust ri ais! a r2col as e de diverso s servios! a elev a o do n2vel tecnolG ico do con#unt o! visan d o tant o a plen a utiliza o dos recurs o s hum a n o s com o a hom o e n e i d a d e tecn olG ic a! exi e m evid e n t e m e n t e um esp a o de particip a o am pl a nas decis> e s e um a rupt ur a com ;orm a s centr aliz a d a s em "ue al u m a s ;am2lias ou al u m a s em pr e s a s orde n a m o esp a o municip al em ;un o dos seus inter e s s e s ou de inter e s s e s ext er n o s ! e de um ou dois produ t o s 0 Pesc e n t r aliz a o e de m o cr a tiz a o so nest e sentido insep a r D v ei s! e as ;ora s pol2ticas retrG r a d a s ter o de ad a p t a r< se! abrindo esp a o par a ;orm a s mod e r n a s de des e n v olvi m e n t o 0 Em ter m o s er ai s! a pol2tica de recurs o s hu m a n o s ! a sua mod e r niz a o ! melhor utiliza o! melhor ;orm a o e n2vel mais #usto de rem u n e r a o dev e m constit uir um eixo ess e n ci al de preoc u p a o do plan e# a m e n t o local0 A ;ort e estrut u r a dos movi m e n t o s locais particip a tivo s! em particul ar dos divers o s tipos de or a niz a > e s da socied a d e civil! ao lado de outra s estrut ur a s tradicion ai s com o os sindic at o s! C indisp e n s D v e l para "ue inter e s s e s m ais am plo s constit u a m um "contr a p e s o " de m o cr D tic o Fs estrut u r a s escl ero s a d a s das elites tradicion ai s e das corpor a > e s 0 As pol2ticas sociais constit u e m outro eixo "ue pot e n ci aliz a o des e n v ol vi m e n t o local0 Assim! a sub utiliza o dos recurs o s nat ur ai s e dos recurso s hu m a n o s "ue vimos aci m a result a em boa part e das ;ra ilida d e do investi m e n t o nas pes s o a s ! na sa$ d e ! na educ a o ! esport e! cultura! in;orm a o ! lazer ' Dre a s "ue #D ;ora m des pr e z a d a s no 8rasil na linha do Q;az er cresc e r o bolo prim eiro! para dep ois distribuir&! viso estr eit a "ue nos levou a acu m ul a r i a n t e s c o s atra s o s 0 Hrat a< se! se m d$vid a! de um a Dre a de interv e n o particul ar m e n t e ad e " u a d a aos m ec a ni s m o s locais de re ul a o 0 N o munic2pio "ue pod e! m elhor do "ue ran d e s em pr e s a s privad a s ou burocr a ci a s dist a n t e s ! ass e u r a r "ue cad a com u ni d a d e ! cad a bairro! tenh a m o seu post o de sa$ d e ! a sua escol a! o seu cine m a ! se ur a n a ade " u a d a 0 )ada com o o habit a n t e de um bairro par a sab e r ond e hD lam a "ua n d o chove! ond e o at e n di m e n t o m C dico C insu;icient e! e no hD tCcnico ne m com p u t a d o r "ue substit u a est e conh e ci m e n t o 0 . deb a t e das com u ni d a d e s de vDrios bairros! con;ront a n d o as sua s nec e s si d a d e s ! tem dad o m elhor e s result a d o s do "ue a avalia o de pro#et o s por institui> e s ;inanc eir a s dist a n t e s < se#a m
est a t ai s ou privad a s < ou a sub mi s s o da din% mi c a F voracid a d e das em pr eit eir a s! "ue tJm tant o m ais ;acilidad e de intervir sobr e as decis> e s "ua n t o est a s so m ais centr aliz a d a s 0 )ada imp e d e um munic2pio de tom ar em sua s mo s a dina m iz a o das prGpri a s ativida d e s produ tiv a s 0 N import a n t e not ar "ue o ritm o de %uncion a m e n t o no dia< a< dia do apar el h o produ tivo dep e n d e em ra n d e part e de m ec a ni s m o s de m erc a d o ! dos preo s de ;atore s e dos preo s de ven d a ao cons u m i d or0 :as a prGpria cria&o e estrut ura& o do apar el h o produ tivo e das in;ra< estrut u r a s dep e n d e m em ra n d e part e de um a interv e n o consci e n t e e de plan e# a m e n t o ! envolve n d o um a viso de lon o praz o e a har m o niz a o das decis> e s dos a e n t e s econ I m i c o s! privad o s ou no! "ue o m erc a d o por si sG no pod e ass e u r a r0 . munic2pio tem "ue ter est a cap a ci d a d e de est u d a r os "nichos" de ativid a d e s m ais viDvei s e prom o v e r < atrav C s de crCdit os! isen > e s ! prom o o etc0 < os investi m e n t o s com pl e m e n t a r e s "ue as s e u r e m a melhor inte r a o entr e a ricult ur a! ind$st ri a e servios! e a m elhor articul a o entr e as em pr e s a s exist e n t e s 0 Uo#e #D no C poss2v el ter um a atitud e passiv a ;rent e F estrut u r a o do ap ar el h o produ tivo do munic2pio! pois os cha m a d o s m ec a ni s m o s de m erc a d o no ass e u r a m su;icen t e m e n t e as com pl e m e n t a ri e d a d e s locais0 (m munic2pio pas sivo pod e se torn ar um a sim pl e s peri;eria de um a ran d e em pr e s a ! prod uzi n d o m at C ri a< prim a par a um a trans;or m a o cu#os ;rutos no retorn a m ao munic2pio! levan d o a um a desv al oriz a o pro r e s siv a tant o dos recurso s nat ur ai s com o hu m a n o s 0 Em outro n2vel! o ap ar el h o prod utivo! tant o a r2col a com o indust ri al! nec e s sit a par a o seu ;uncion a m e n t o de um con#unt o de in;ra< estrut ur a s econ I m i c a s "ue tam p o u c o se constit ui es po n t a n e a m e n t e ! por in;luJn ci a da "mo invis2vel"E trat a< se da red e de estr a d a s e outr a s in;ra< estrut u r a s de tran s p o r t e e arm a z e n a e m Z da red e de teleco m u n i c a > e s ! per mitin d o a circul a o da in;orm a o Z da red e en er C ti c a ! per mitin d o a produ o e distribui o da ener i aZ da red e de can aliz a o de D u a e es o t o s0 (m munic2pio be m dot a d o em in;ra< estrut ur a s ass e u r a "ue novos em pr e e n d i m e n t o s e as em pr e s a s exist e n t e s enco n t r a r o um a sCrie de condi> e s bDsic a s para ;uncion a r de ma n eir a m ais e;icient e! er a n d o o "ue os econo m i s t a s cha m a m de Qeco n o m i a s ext er n a s &0 ?o ext er n a s F em pr e s a ! ma s m elhor a m a prod utivid a d e sist J mi c a de todo o territGrio0 As in;ra< estrut ur a s econI m i c a s constit u e m um a Dre a privile i a d a do a o municip al0 Hrat a< se de investi m e n t o s p$blicos! atrav C s dos "uais a com u ni d a d e ;inanci a melhor e s condi> e s de ;uncion a m e n t o par a a em pr e s a 0 N ;und a m e n t a l ! port a n t o! "ue ess e s investi m e n t o s se#a m or a niz a d o s de ;orm a "ue as divers a s red e s se com pl e m e n t e m e per mit a m o cresci m e n t o har m o ni o s o da cidad e e das ativida d e s rurais0 N import a n t e lem br ar "ue! aind a "ue a const ru o das red e s de in;ra< estrut ur a s econI m i c o s poss a dep e n d e r de ad mi nistr a > e s supr a< municip ai s ou de aut a r " ui a s! com o no caso da en er i a ou das teleco m u n i c a > e s ! a lG ica inte r a d o r a do con#unt o das red e s dep e n d e da in;luJn ci a da pre;eit ur a e da particip a o com u ni t D ri a sobre as ;orm a s de sua estrut ur a o local0 /or outro lado! com o a cria o das in;ra< estrut u r a s valoriz a as propri e d a d e s ond e so introd uzi d a s ou melhor a d a s ! o seu plan e# a m e n t o e ;re"u e n t e m e n t e a realiza o per mit e m am pl a particip a o das com u ni d a d e s or a niz a d a s 0 . plan e# a m e n t o municip al tem de ass e u r a r o e"uil2brio das red e s de in;ra< estrut u r a s com er ci ais! de ;orm a "ue cad a bairro! cad a com u ni d a d e do munic2pio! tenh a m um ace s s o ;Dcil aos produ t o s bDsico s0 A or a niz a o das ;eiras livres! a cria o de circuitos direto s de cont a t o prod ut or< cons u m i d o r! a prGpria de;es a do cons u m i d o r! cad a vez mais es m a a d o pela ;ora da ra n d e em pr e s a com e r ci al! de;in e m um a am pl a Dre a de interv e n o re ul a d o r a municip al0
A mono p oliz a o e esp e c ul a o sobr e produ t o s bDsico s constit ui um a pra a muito a en e r aliz a d a em toda part e0 )os pa2s e s em des e n v olvi m e n t o ! o probl e m a C simpl e s m e n t e m ais rav e! com o impr e s si o n a n t e n2vel de cart eliza o tant o do com C r cio com o da inter m e d i a o ;inanc eir a! ;re"u e n t e m e n t e di;icult a n d o a produ o e circula o de ben s e servios! ao invCs de ;acilitD< las0 Uo#e no 8rasil os cart Cis de inter m e di a o er a m lucros de um n2vel "ue os torn a aut J n tic o s Qped D i o s & sobr e as ativid a d e s prod utiv a s0 . ex e m pl o de a ricultor e s do /aran D dest rui n d o caixa s de tom a t e por no cons e uir e m 3 reais por caixa de trint a "uilos! "ua n d o o consu m i d o r pa a no m erc a d o 9!- real! port a n t o o e"uiv al e n t e a 3- reais por caix a! C cara ct e r2 stico0 Hirar ess e s tipos de ped D i o s! desint e r m e d i a n d o os proc e s s o s produ tivos! pod e constit uir um a bas e import a n t e de dina miz a o econ I m i c a e social0 ?air dos cart Cis da mer e n d a escol ar (a ;am o s a ind$st ri a da m er e n d a )! dos sist e m a s de atrav e s s a d o r e s de horti< ;ruti< ra n# eiro s e outos! ou pelo m e n o s o;erec e r alter n a ti v a s ao consu m i d o r (sacol> e s e outra s solu> e s ) pod e constit uir boa pol2tica0 . munic2pio precis a criar a sua "identid a d e com e r ci al" e deix ar de ser sim pl e s m e n t e um pont o de cruz a m e n t o de inter e s s e s ;eder ai s! est a d u ai s e de ran d e s rupo s privad o s0 )o 8rasil est e probl e m a C particul ar m e n t e a u d o! na me di d a em "ue ;re"[ e n t e m e n t e a mon o p oliz a o ! no n2vel de circul a o ! C m ais elev a d a < som o s o pa2s dos inter m e di D ri os < do "ue no n2vel da prGpri a produ o 0 .utra Dre a ess e n ci al "ue dev e ser avalia d a C a da inter m e di a o ;inanc eir a0 . 8rasil herd o u do re i m e militar um a mD " ui n a ;inanc eir extr e m a m e n t e centr aliz a d a ! per mitind o um elev a d o rau de cart eliz a o do ace s s o aos recurso s ;inanc eiro s0 . ;uncion a m e n t o de milhar e s de a J n ci a s < ho#e um munic2pio com me n o s de -000 0 0 habit a n t e s ;re"[ e n t e m e n t e te m entr e 90 e 9- a J n ci a s banc D ri a s < constit ui um custo para a socied a d e 0 .s banc o s ;inanci a m ess e s custo s e os seu s lucros atrav C s dos #uros elev a d o s ! "ue tJ m de ser pa o s pela s em pr e s a s 0 Estas por sua vez inclue m os cust os ;inanc eiro s no cust o de produ o ! au m e n t a n d o os preo s de ven d a ! e C ;inal m e n t e o consu m i d o r "ue m pa a ! no preo m ais elev a d o do produ t o! os custo s e lucros da inter m e d i a o ! cad a a J n ci a const ru2 d a ! cad a minut o de publicid a d e ! os com p u t a d o r e s inst al a d o s ! aind a "ue no se#a client e de nen h u m banco0 . sist e m a de inter m e di a o ;inanc eir a cobr a assi m um tipo de impost o privad o! #D "ue o cons u m i d o r pa a os seus custo s de ;uncion a m e n t o ! "uer o utilize ou no0 Esta C a raz o por "ue nos mais diverso s pa2s e s o sist e m a ;inanc eiro C control a d o pelo banc o centr al! "ue conc e d e cart a pat e n t e par a "ue um a em pr e s a trab al h e com recurso s "ue so da popul a o 0 )o con#unt o! sen d o ;inanci a d o por cad a um de nGs atrav C s dos #uros e tari;as "ue pa a m o s ! e trat a n d o< se das noss a s pou p a n a s ! e no do banco! C nat ur al "ue est e set or dev a ser pres sio n a d o par a respo n d e r a nec e s si d a d e s da socie d a d e "ue o ;inanci a0 6imos aci m a com o os Esta d o s (nidos! atrav C s da lei do reinv e s ti m e n t o com u ni t D rio (M=A na si a em in lJs)! ex erc e m um control e "ue entr e nGs aind a no ;oi institu2do 0 . ;uncion a m e n t o do banco sen d o um custo par a o bolso de cad a um de nGs! dev e m o s exi ir "ue os cust o s da inter m e d i a o ;inanc eir a tenh a m contr a p a r ti d a na sua contribui o e;etiv a par a o des e n v ol vi m e n t o 0 )o 8rasil!o control e local sobr e os recurso s ;inanc eiro s leva nt a d o s no munic2pio e dep o sit a d o s nos banc o s C muito limitad o0 As a J n ci a s! pert e n c e n t e s em er al a ran d e s rup o s de ?o /aulo! obe d e c e m F lG ica econ I m i c a des s e s rup o s e se orient a m par a as ativida d e s mais lucrativa s! aind a "ue isto si ni;i"u e desvi ar recurs o s do munic2pio m ais pobr e par a o m ais rico0 N bom lem br a r "ue nos Esta d o s (nidos os cida d o s de um munic2pio sab e m recla m a r se o banc o local us a as sua s poup a n a s par a criar em pr e o s em outros munic2pios! e no par a os seus ;ilhos0 AlCm disso! criara m ! com o vimos! um a lei "ue o ass e u r e 0
A prGpri a orient a o setori al do uso dos recurso s obe d e c e ao inter e s s e dos ra n d e s rup o s de ?o /aulo! ou Fs orient a > e s lob ai s do over n o ;eder al0 . munic2pio ;ica! nest a s condi> e s ! com cap a ci d a d e limitad a de det er m i n a r a orient a o dos recurso s ;inanc eiro s se u n d o as priorida d e s reais sentid a s ao n2vel localE priorida d e F a ricult ur a alim e n t a r ou a F roind u s t ri a! aos investi m e n t o s sociais ou in;ra< estrut u r a s econ I m i c a s ! e assi m por diant e0 A virtual inexist J n ci a! no 8rasil! do sist e m a local de inter m e d i a o ;inanc eir a! e a exce s siv a centr aliz a o prom o vi d a nos $ltim os 2- anos! leva m a "ue ha# a ;inanci a m e n t o par a ra n d e s em pr e e n d i m e n t o s ! en" u a n t o ;ica dra m a ti c a m e n t e sub;in a n ci a d a a pe" u e n a e m C di a em pr e s a ! tant o indust ri al! com o a a r2cola e de servios0 Ssso! por sua vez! re;or a o pro;un d o des e " uil2brio do pa2s entr e o circuito sup e rior e o circuito in;erior da econ o m i a ! um di;iculta n d o a din% mi c a do outro0 Este setor exi e! port a n t o! um a articul a o de vDrios n2veis de interv e n o E ;inanci a m e n t o dos ran d e s em pr e e n d i m e n t o s econI m i c o s atrav C s de or a ni s m o s ;inanc eiro s est at ai s! em ;un o de priorida d e s de;inid a s pelo aov e r n o Z ;inanci a m e n t o de ra n d e s investi m e n t o s em pr e s a ri ai s atrav C s do reinv e s ti m e n t o e do merc a d o de a> e s ! capt a n d o recurs o s "ue o p$blico consci e n t e m e n t e des e# a aplicar na ativid a d e em pr e s a ri alZ ;inanci a m e n t o dos pe" u e n o s e m C di os em pr e e n d i m e n t o s econI m i c o s atrav C s de control e local e com u ni t D ri o! ao n2vel do banco munic2p alZ e control e do volum e er al de ;inanci a m e n t o s atrav C s da pol2tica econ I m i c a do Esta d o! "ue in;lui sobr e a tax a eral de #uros e pol2tica s de crCdit o em n2vel nacion al0 A nec e s si d a d e des s e s vDrios n2veis de re ul a o dos m ec a ni s m o s ;inanc eiros result a dos vDrios tipos de ativida d e s econ I m i c a s "ue nec e s sit a m de ;inanci a m e n t o 0 )o se coloca! port a n t o! a idCia de um a municip aliz a o en e r aliz a d a da ativida d e de inter m e di a o ;inanc eir a0 :as no pod e m o s deix ar de const a t a r "ue o n2vel de ;inanci a m e n t o local e com u nit Drio sim pl e s m e n t e no exist e no m a p a ;inanc eiro do 8rasil! e torn a< se indisp e n s D v e l ! par a a prGpria racion alid a d e das ativida d e s econI m i c a s ! criar e des e n v ol v e r est a Dre a de ativid a d e 0 Kem br e m o s "ue Esta d o s (nidos! Bran a! Alem a n h a e outros pa2s e s tJm todos sGlidos sist e m a s locais e desc e n t r aliz a d o s de ;inanci a m e n t o par a pe" u e n a s iniciativa s! cu#a est o C nec e s s a ri a m e n t e local! pel a prGpria esc al a da ativid a d e 0 )o hD d$vid a "ue ho#e as pre;eit ur a s tJ m ran d e s nec e s si d a d e s de interv e n o nest a Dre aE C um a Dre a "ue est D ma d u r a para alter a > e s pro;un d a s 0 . te m a te m voltad o rep e ti d a m e n t e F tona! com os "banc o s municip ai s"! "caixa s econI m i c a s municip ai s" e outra s propo s t a s 0 . atra s o na sua m at e ri aliz a o result a! se m d$vid a! da ;ora dos ra n d e s rup o s econI m i c o s priva d o s e multin a ci on ai s! "ue tJ m a an h a r com a centr aliz a o ;inanc eir a0 N um esp a o aind a muito limitad o de a o0 :as a desc e n t r aliz a o no exist e se m recurs o s locais0 E est e s so muito m ais do "ue simpl e s m e n t e os recurs o s do ora m e n t o da pre;eit ur a0 Hrat a< se a"ui de mais um a ;rent e de luta pela desc e n t r aliz a o e pela mod e r niz a o 0 Uo#e! com as iniciativa s de micro< crCdito! de a J n ci a s locais de ar a n ti a de crCdito! de .?MS/s de crCdit o! ou at C de emiss o de moe d a local no n2vel municip al! ve m o s as ad mi nistr a > e s locais enco n t r a r e m ;orm a s divers a s de esc a p a r do cart el dos ran d e s rupo s de inter m e di a o ;inanc eir a0 . n2vel de #uros pratica d o ' e "ue ho#e trav a o des e n v olvi m e n t o de ativida d e s prod utiv a s ' pod e ser aco m p a n h a d o no site ***0Ane;a c0c o m 0 b r 0
Ainda "ue as solu> e s se#a m relativa m e n t e com pl ex a s ! o probl e m a "ue en;re n t a m o s C simpl e sE trat a< se de ass e u r a r o uso de recurs o s "ue per mit a m axi miz ar o des e n v olvi m e n t o 0 . des e n v ol vi m e n t o dev e ser ent e n di d o no senti do mod e r n o ! incluindo no sG o au m e n t o da produ o com o o e"uil2brio social no ace s s o aos ben e;2cios! e a pres e r v a o dos recurs o s no renov D v ei s0 Pe pouco adia nt a const ruir usina s e ma n s > e s de luxo! "ue tJm de ser uar d a d a s por
es " u a d r > e s da mort e e #a un o s ! ;azen d o o pa2s re r e dir F Sdad e :Cdia0 E no pod e m o s viver Fs cust a s das era > e s ;utura s0 6olta m o s a insistirE um a ad mi nistr a o municip al "ue se cont e n t e em tap ar bura c o s de rua e orna m e n t a r as pra a s no nec e s si t a de pod e r local ne m de desc e n t r aliz a o ! e as propo s t a s "ue a"ui des e n v olv e m o s so par a um a viso mais am bicios a! com pr o m e t i d a com o be m< est ar da pop ul a o ! e com um a viso pol2tica do habit a n t e< cida d o0
Organiza r a participao
A participa o da com u ni d a d e implica um a proc e s s o sist e m D t i c o e trab al h o s o 0 tran s;or m a o da cultur a ad mi ni str a tiv a! e um
Em outros term o s! a cap a ci d a d e de desc e n t r aliz a o se des e n v olv e pro r e s siv a m e n t e ! e as exi J n ci a s dev e m corres p o n d e r F cap a ci d a d e real de exec u o 0 A inutilidad e dos plano s com pl e x o s elab or a d o s por em pr e s a s de consultori a! "ue as ad mi nistr a > e s utiliza m para busc ar recurso s! ma s no par a orde n a r as sua s ativid a d e s ! C nest e senti do carac t e r2 stic a0 . pod e r local! com o sist e m a or a niz a d o de cons e n s o s da socie d a d e civil nu m esp a o limitad o! implica! port a n t o! alter a > e s no sist e m a de or a niz a o da in;orm a o ! re;oro da cap a ci d a d e ad mi nistr a tiv a! e um am plo trab al h o de ;orm a o tant o na com u ni d a d e com o na prGpria m D " ui n a ad mi nistr a tiv a0 Hrat a< se! port a n t o! de um es;oro do municipio sobr e si m es m o 0 Antes de tudo! C preciso dizer "ue no hD mod el o par a a or a niz a o da particip a o com u nit Dri a0 Essa serD di;ere n t e se u n d o o munic2pio se#a domin a n t e m e n t e urb a n o ou rural! industri al ou a r2col a! relativ a m e n t e isolado ou situa d o perto de um ran d e centro0 ?erD di;ere n t e ta m b C m se u n d o os e"uil2brios pol2ticos locais e o n2vel de consci e n tiz a o #D atin ido s pela popul a o 0 N import a n t e i ual m e n t e deix ar m o s claro "ue C ;also o pro;un d o dilem a "ue muitos se coloc a m ! em term o s de "ue o apoio das ad mi ni str a > e s locais aos movi m e n t o s com u nit Drio s constit ui um a ;orm a de coopt D< losE nest e plano! no ;uncion a m ne m o espo n t a n e i s m o total! ne m o autorit aris m o0 N preciso "ue se #o u e simpl e s m e n t e com as cart a s na me s a ! a ad mi ni str a o traz e n d o as suas propo s t a s com o pod e r constit ui do! a com u ni d a d e ne o ci a n d o os seus inter e s s e s com clarez a0 E no hD ;Grm ul a pred e t e r m i n a d a 0 . "ue irem o s deline a r a"ui so! port a n t o! pont o s de re;er J n ci a par a um a ao or a niz a tiv a0 Esta dev e se ad a p t a r F realida d e local e respo n d e r a um pro;un d o conh e ci m e n t o da din% mi c a pol2tica do munic2pio0 6olte m o s ao pont o chav eE som o s um pa2s "ue aind a cont a com dez e n a s de milh>e s de sub n u t rid o s! um setor in;orm al "ue repr e s e n t a a met a d e da popul a o ativa! imen s o s atra s o s no n2vel de ;orm a o da m o de obra0 /or trDs das ;orm a s or a niz a tiv a s deline a< se! port a n t o! um ran d e ob#etivoE reins erir de ;orm a di n a! no des e n v ol vi m e n t o econ I m i c o e pol2tico! a popul a o es m a a d a pelos mod el o s econ I m i c o s elitist a s0 )o hD mod e r niz a o poss2v el se m est e ob#etivo! e se trat a! rosso modo! de sGlida met a d e da noss a popul a o ! e no de "bols> e s" d e pobr ez a! com o tJ m sido cara ct e riz a d o s 0 Puran t e anos! os m es m o s inter e s s e s "ue criara m os noss o s des e " uil2brios or a niz ar a m a centr aliz a o das decis> e s! re;orar a m a conc e n t r a o de rend a! e ho#e pre a m a privatiz a o! com o se a particip a o ou no do Esta d o ;osse o ess e n ci al do probl e m a ! e no as de;or m a > e s "ue as elites nele introd uzir a m 0 . ess e n ci al do probl e m a C a de m o cr a tiz a o das decis> e s ! par a "ue poss a m corre s p o n d e r Fs nec e s si d a d e s da pop ul a o ! e isto implica um a pro;un d a
desc e n t r aliz a o 0 .s "ue ma n t J m a centr aliz a o no so ap e n a s os inter e s s e s priva d o s0 ?o tam b C m os m e m b r o s da tecno cr a ci a p$blica "ue se apoi a m no ar u m e n t o de "ue a ad mi nistr a o local no tem as "cap a ci d a d e s tCcnic a s" de erir os seu s inter e s s e s 0 )a realida d e ! os $ltim os vinte anos troux er a m dua s revolu> e s pro;un d a s na socied a d e brasileira! "ue so a urba niz a o e a particip a o da mulh e r nas ativid a d e s econ G m i c a s e sociais0 A urba niz a o con;or m e vimos levou F ;orm a o de milhar e s de centr e s m C dio s e ra n d e s no pa2s! "ue disp> e m per;eit a m e n t e da cap a ci d a d e tCcnic a de ass e u r a r e m a est o local! e "ue tJ m a vant a e m de conh e c e r e m a situa oE #D no est a m o s na idad e do interior de popul a o domin a n t e m e n t e rural e disp er s a 0 E a participa o da mulh er abre rDpid a m e n t e esp a o para um a preoc u p a o m aior com a dim e n s o hum a n a do nosso des e n v ol vi m e n t o ! ;avore c e n d o o ultra p a s s a r das vis>e s estrit a m e n t e econ I m i c a s 0 A verd a d e C "ue o "ue te m impa ct o social tem de ter control e social0 Atividad e s "ue tran s;or m a m as condi> e s de vida da com u ni d a d e tJm de ser consid e r a d a s de m a n eir a am pl a! recoloc a n d o < se a econ o m i a no lu ar "ue C o seu < ativid a d e meio < e restituind o< se a priorid a d e F "ualida d e de vida "ue C o nosso ob#etivo real0 Assim! a hum a niz a o do noss o des e n v olvi m e n t o econ I m i c o e social! e a ra d u al civiliza o das noss a s class e s diri e n t e s pass a m pel a particip a o popul ar nas decis> e s econ I m i c a s 0 Esta! por sua vez! exi e um sist e m a de in;orm a o e;etiv a do cida d o e instru m e n t o s prDtico s de sua particip a o nas decis> e s 0 A cria o de instru m e n t o s particip a tivos ao n2vel municip al en;re n t a no 8rasil di;iculda d e s particul ar e s E o prGprio des e n v olvi m e n t o caGtico da ativida d e em pr e s a ri al criou um nom a di s m o econI m i c o "ue C dos m ais altos do mun d o 0 Monst a t a m o s no $ltim o cens o "ue cerc a de 30R dos domic2lios brasileiros so habit a d o s por pes s o a s "ue nele s resid e m hD m e n o s de dois ano s0 Esta rot ativid a d e domiciliar pre#udic a! evid e n t e m e n t e ! a cria o de um a consci J n ci a com u ni t D ri a e re;or a a indi;ere n a pelo "ue acont e c e com a rua! o bairro! o munic2pio0 N preciso rom p e r est e c2rculo vicioso0 (m instru m e n t o chav e dest a particip a o C o plan e# a m e n t o desc e n t r aliz a d oE propo s t a s orde n a d a s e sub m e ti d a s F com u ni d a d e si ni;ica m a possibilida d e dos indiv2duo s se pron u n ci ar e m ant e s das decis> e s sere m tom a d a s ! em vez de se limitar e m a prot e s t a r diant e de ;atos #D consu m a d o s 0 Ssto sim si ni;ica resp eit o F liberd a d e individu al! e no a livre decis o de um a em pr e s a inst al ar um a ;Dbrica de celulos e nos sub $r bio s de /orto Ale re! de um a em pr e s a rural mono p oliz ar as terra s de um munic2pio e trans;or m D < lo em plant a o ou em reserv a de terra s ocios a s! de con lo m e r a d o s des m a t a r e m a Amazo ni a0 (m ava n o si ni;icativo da particip a o pod e se dar atrav C s do meios cient2;icos e educ a ci o n ai s0 Pe ;orm a er al! pod e< se pen s a r nu m centro de est u d o s municip ai s ou e"uiv al nt e ! "ue per mit a mobilizar as cap a ci d a d e s cient2;ica s locais em torno da resolu o dos probl e m a s bDsicos en;re n t a d o s pelo munic2pio e pel a re i o0 Este n2vel de or a niz a o per mit e des e n v ol v e r pes " ui s a de ;undoE est u d o s de m o r D;ico s! est u d o s da poss e e uso do solo! est u d o s da prGpri a histGria do munic2pio! criand o ra d u al m e n t e um n$cl eo cap az de conh e c e r o munic2pio e os seus probl e m a s m ais si ni;icativos! e trans m i tir est e s conh e ci m e n t o s Fs ;oras pol2ticas locais0 Este trab al h o pod e ser capit aliz a d o atrav C s de divers a s iniciativa s0 /or um lado! pod e< se dar as sist J n ci a Fs escol a s prim Dri a s e secu n d D ri a s! de ;orm a "ue os aluno s poss a m trab al h a r e realizar pes " ui s a s sobre a realida d e concr e t a do prGprio munic2pio0 N per;eit a m e n t e viDvel! por
exe m pl o! introd uzir no se u n d o ra u um a m at C ri a esp e c2;ica sobre o des e n v ol vi m e n t o do munic2pio! para "ue os ;uturos cida d o s ad" uira m um a outr a viso "ue no a dos discurs o s o;iciais0 (m centro de est u d o s municip ai s pod eri a! entr e outros! elab or a r mat e ri al didDtico sobr e o munic2pio0 . Estad o de ?ant a Matarin a! com o pro r a m a :inha Escola < :eu Ku ar constit ui um bom exe m pl o dest e pot e n ci al0 /or outro lado! pod e< se prom o v e r um a reorien t a o parcial dos eve n t u ai s est u d o s universit Drios! incluindo no curr2culo das divers a s ;aculd a d e s am pl a pes " ui s a da realid a d e local0 Ssto per mit e ;orm ar ent e inter e s s a d a na realid a d e do seu munic2pio! reduzin d o a ten d J n ci a para a emi r a o de "ua d r o s din% m i co s! na me di d a em "ue um a pes " ui s a voltad a para o est u d o do pot e n ci al econI m i c o concr e t o do munic2pio ;az ap ar e c e r oport u ni d a d e s de interv e n o e trans;or m a o ! rom p e n d o o clim a de imobilism o "ue ;re"[ e n t e m e n t e prev al e c e em munic2pios do interior0 . ?en a c de ?o /aulo est D des e n v ol v e n d o est e proc e s s o participa tivo das s u a s unida d e s de ;orm a o em divers a s re i> e s do Esta d o0 Hrat a< se! se m d$vid a! de um investi m e n t o de lon o prazo! ma s "ue no dev e ser sub e s ti m a d o E a ;orm a o de um a er a o de #oven s! conh e c e d o r e s do pot e n ci al da sua re i o e do seu munic2pio! pod e constit uir um a alav a n c a pod er o s a para a trans;or m a o local0 /ode i ual m e n t e ter um e;eito si ni;icativo a inte r a o da in;orm a o prod uzi d a pel as aut a r " ui a s do Esta d oE o S8AE local! as em pr e s a s de tele;on e e de en er i a! as dele a > e s minist eri ais com o a de a ricultur a e outra s! produz e m in;orm a > e s si ni;icativ a s sobr e a re i o e o munic2pio0 Estas in;orm a > e s so er al m e n t e utilizad a s par a prep a r a r publica > e s e est u d o s de %m bit o nacion al! e no est o sen d o su;icient e m e n t e utilizad a s par a pro m ov e r a com pr e e n s o dos probl e m a s locais de des e n v olvi m e n t o pela prGpri a com u ni d a d e 0 (m outro n2vel de or a niz a o da particip a o se bas ei a nu m a corret a diviso esp a ci al do munic2pio0 N preciso orde n a r o esp a o municip al de acordo com a sua lG ica de m o r D;ic a! condi> e s de vida! elos com u ni t D rio s0 )est e sentido! C nec e s s D ri o rep e n s a r a diviso por bairros e por zona s rurais! de ;orm a a or a niz ar a particip a o se u n d o o senti m e n t o real de identid a d e local da pop ul a o 0 8airros esp e c2;icos tJ m probl e m a s esp e c2;icosE hD os "ue no tJm as;alto! os "ue so care n t e s de D u a! e assi m por diant e0 Este n2vel or a niz a cio n al per mit e a particip a o em torno dos probl e m a s de urb a niz a o ! de in;ra< estrut ur a social e outros "ue tJ m inten s a vincul a o ao local de mor a di a0 N import a n t e criar instru m e n t o s de repr e s e n t a o por bairro e ass e u r a r um esp a o de reuni o e deb a t e "ue per mit a discutir a atribui o de verb a s! de;inir as priorida d e s ! deb a t e r as prGpria s ;orm a s de particip a o nas decis> e s0 /articul ar cuida d o dev e ser dado F repr e s e n t a o das Dre a s rurais! #D "ue hD um a tend J n ci a eral par a exa e r a r o pes o do set or urb a n o0 (ma das di;iculd a d e s enco n t r a d a s no trab al h o com os comit J s do bairro C a exa e r a d a localiza o das reivindic a > e s E busc a< se a pra a! o as;alto! o es o t o! a ilumin a o ! ma s se m viso dos investi m e n t o s mais am pl os e das nec e s si d a d e s de mais lon o praz o do munic2pio com o um todo0 Hrat a< se! se m d$vid a! de um probl e m a de mat uri d a d e pol2ticaE som o s um pa2s de incipient e cultura particip a tiv a e a tran s;or m a o do n2vel de consci J n ci a se m p r e leva tem p o 0 (m outro n2vel de particip a o C o dos corpos or a niz a d o s no munic2pioE os sindica t o s! as repre s e n t a > e s pro;ission ai s! as asso ci a > e s 0 Pe um a ;orm a ou de outra! trat a< se de rup o s de pres s o "ue #D tJm tradi o particip a tiv a ou reivindic a t Gri a0 Hrat a< se de orde n a r rad u al m e n t e est a particip a o ! criand o can ai s re ul ar e s de expr e s s o e consult a sobr e probl e m a s relev a n t e s do munic2pio0 N preciso levar em cont a "ue a particip a o pod e se dar de ;orm a setori alE os m C dico s e
en;er m ei r o s do munic2pio! por exe m pl o! pod e m or a niz ar um a cam p a n h a de esclar e ci m e n t o sanit Drio! e constit uir! atrav C s dos posto s de sa$ d e desc e n t r aliz a d o s ! um can al relativa m e n t e per m a n e n t e de in;orm a o aos cidad o s sobr e det er m i n a d a s op> e s da Dre a sanit Dri a0 .s divers o s or a ni s m o s de particip a o municip al pod e m ser coord e n a d o s atrav C s de um tipo de cons el h o de des e n v ol vi m e n t o municip al! "ue reuniria os rupo s or a niz a d o s repr e s e n t a t i v o s0 . corpo de vere a d o r e s ! por sua exce s siv a vincul a o pol2tico< corpor a tiv a! di;icilm e n t e cons e u e pre e n c h e r est a ;un o de um or a ni s m o am pl o destin a d o a busc a r cons e n s o s sobr e as orient a > e s de mC dio e lon o praz o do munic2pio0 A tend J n ci a em tais tipos de or a ni s m o s C! nat ur al m e n t e ! de um rupo pol2tico busc a r he e m o ni a 0 N di;2cil evitar a ten d J n ci a ! ma s C ;und a m e n t a l busc a r se m p r e um a repr e s e n t a o am pl a! "ue per mit a cruz a m e n t o de inter e s s e s e dJ aos particip a n t e s a dim e n s o social dos probl e m a s "ue o munic2pio te m de en;re n t a r0 As iniciativa s do BGrum de Pes e n v olvi m e n t o do Aran d e A8M! as A Jnci a s =e ion ai s de Pes e n v olvi m e n t o do /aran D ! os Mons el h o s =e ion ai s de ?ant a Matarin a ' so num e r o s a s as inciativa s nest e senti do! e a =H? ' =ede de Hecnolo i a s ?ociais ' repr e s e n t a um bom instru m e n t o de nav e a o entr e as exp e ri J n ci a s 0 A tradi o do caci"u e ou do coron el! ho#e vestind o rav a t a e dot a d o de pod e r o s o s apoios de rup o s ;inanc eiro s! C sim pl e s m e n t e um a realida d e 0 A idCia de ma n t e r a econ o m i a centr aliz a d a par a evit ar o re;oro do caci"uis m o! entr e t a n t o ! i nora em er al um dad o bDsicoE as princip ais ;ora s econI m i c a s locais so #ust a m e n t e as "ue tJm pod e r o s a s rami;ica> e s em dire o aos centro s econI m i c o s do pa2s e ao ext erior0 Em outros term o s ! os cha m a d o s caci"u e s so os "ue m a nt J m o munic2pio subordi n a d o Fs pol2tica s centr aliz a d or a s tant o do Estad o com o dos ra n d e s rup o s priva d o s nacion ai s e multina cio n ai s0 Em cons e " [ J n c i a ! a atribui o de maior e s recurso s ao munic2pio e a or a niz a o da particip a o da com u ni d a d e nas decis> e s sobr e as ;orm a s de sua utiliza o! constit u e m a m elhor pol2tica par a limitar o pod e r centr aliz a d or dos ran d e s rup o s econ I m i c o s! e par a ad e " u a r o des e n v ol vi m e n t o Fs nec e s si d a d e s da popul a o ! era n d o proc e s s o s locais mais de m o cr D tic o s0 6imos aci m a al u m a s possibilida d e s de or a niz a o de um a particip a o sist e m D t i c a E o centro de est u d o s municip ai s! os comit J s de bairro! as asso ci a > e s de Dre a s pro;ission ai s! a possibilida d e da ;orm a o de um cons el h o de des e n v ol vi m e n t o municip al! o prGprio aprov ei t a m e n t o m ais racion a o dos diverso s cons el h o s municip ai s set ori ais (educ a o etc0)0 A or a niz a o da particip a o ! entr e t a n t o ! num pa2s "ue no te m tradi> e s de pol2tica particip a tiv a! exi e muit a ;lexibilidad e e o aprov ei t a m e n t o de tod a s as oport u ni d a d e s de mobiliza o 0 (m ex e m pl o C a exp e ri J n ci a da discu s s o p$blica dos ora m e n t o s municip ai s ho#e re ul ar m e n t e utilizad a em num e r o s o s munic2pios do pa2s0 N import a n t e not ar "ue o est u d o de cent e n a s de exp e ri J n ci a s exitos a s de est o local no pa2s apo nt a para a import % n ci a de se or a niz ar parc e ri a s entr e os divers o s ator e s do munic2pio! busc a n d o a conv er J n ci a de es;oro s0 . proc e s s o ne o ci a d o C m ais lento! se m d$vid a! ma s "ua n d o se che a a um a decis o C um a decis o "ue envolve e;etiva m e n t e "ue m decid e na Dre a! coisa "ue no acont e c e com "plano s" de ori e m tCcnic a! "ue dor m e m na paz nas av e t a s 0 Esta ;orm a de trab al h o! e os bons result a d o s apr e s e n t a d o s ! de m o n s t r a m a "ue pont o a socie d a d e carec e de sist e m a s or a niz a d o s de elabor a o de cons e n s o s ! deix a n d o "ue se polarize m posi> e s em torno a probl e m a s ;re"u e n t e m e n t e irreais0 /ode m ser or a niz a d a s ! de ;orm a se m el h a n t e ! reuni> e s par a deb a t e s por bairro! ou deb a t e s m ais am pl os sobr e as op> e s m ais si ni;icativ a s do munic2pio0 A cons ult a F com u ni d a d e < sob ;orm a inclusive de pe" u e n o s plebiscito s < C utilizad a em muitos pa2se s com o ;orm a de ass e u r a r
decis> e s m ais racion ai s e tam b C m de provoc a r a discus s o e consci e n tiz a o da popul a o 0 Em outros term o s! hD um a a m a de intru m e n t o s "ue pod e m ser utilizado s! visan d o a ;orm a o de um a cultur a de plan e# a m e n t o e de particip a o E C um a ;orm a lent a! se m d$vid a! m as pro;un d a ! de ass e u r a r m o s a utilidad e social dos recurso s! e a aut orid a d e do cida d o sobre a ativida d e econI m i c a "ue! a;inal das cont a s ! C o result a d o do es;oro de todos0 )o hD d$vid a de "ue o clim a pol2tico do pa2s est D mud a n d o 0 UD cad a vez me n o s pes s o a s dispo st a s a aceit ar as barb a ri d a d e s "ue se pratic a m em nom e da liberd a d e da corpor a o 0 A at e n o est D se voltan d o par a a busc a de instru m e n t o s concr e t o s de control e social! diversi;ica d o e ;lex2vel! sobr e o des e n v ol vi m e n t o caGtico "ue te m o s vivido0 @ue o m erc a d o #D no constit ui um mec a ni s m o su;icient e par a pIr orde m na noss a econo m i a C um a evidJ n ci a0 A interv e n o do Esta d o! se#a atrav C s de plan e# a m e n t o ou diverso s mec a ni s m o s de ;inanci a m e n t o ! C nec e s s D ri a! m as no respo n d e F nec e s si d a d e de implan t a o de milhar e s de iniciativa s disp er s a s em -0-4 2 munic2pios do pa2s0 . pod e r local! com os seus instru m e n t o s bDsicos "ue so a particip a o com u nit Dri a e o plan e# a m e n t o desc e n t r aliz a d o ! constit u e m ! nest e senti do! um mec a ni s m o de orde n a m e n t o pol2tico e econ I m i c o "ue #D deu as sua s prova s! e C se m d$vid a o ran d e recurs o sub utiliza do no pa2s0
&obre o autor
Kadisla u Po*bor nasc e u na Bran a em 9739! ;ilho de polon e s e s "ue! com o ;inal da ?e u n d a Auerr a! emi r ar a m par a o 8rasil0 :ora em ?o /aulo des d e 97- 30 Exilado pela ditad u r a militar em 975 0! ;icou 90 anos no ext erior! ond e ;ez o me st r a d o e o dout or a d o em econo m i a (Escola Mentr al de /lan e# a m e n t o e Estat2stic a! 6arsGvia)0 Mom a "revolu o dos cravo s" de 9753! em /ortu al! pass o u a ensin ar econo m i a do des e n v ol vi m e n t o na (niversid a d e de Moimbr a0 A partir de 9755 pass o u a trab al h a r na mont a e m de sist e m a s de or a niz a o econG m i c a ! em particul ar na AuinC< 8issa u! AuinC E"uat ori al! )icara u a e E"ua d or! no "ua dr o das )a> e s (nida s0 Atual m e n t e C pro;e s s o r titular nas pGs< ra d u a > e s de econ o m i a e de ad mi nistr a o da /(M de ?o /aulo0 N autor de Q"emocracia .con7mica3, Q! 1eprodu&o 4ocial* propostas para uma gesto descentrali5ada &!! QTecnologias do $onhecimento* os "esa%ios da .duca&o &! todos pela editora 6ozes0 /ela editora ?enac publicou Q' que !contece com o Trabalho8& e as colet%neas Q.conomia 4ocial no 9rasil Q e Q!dministrando a :gua como se %osse importante3 (ed0 ?enac)0 Hem vDrios livros publica d o s pela Editora 8rasilien s e ! entr e os "uai s ' que ) $apital (Mole o /rim eiros /asso s)! +orma& o do Terceiro ,undo (Mole o Hudo C UistGria)! +orma& o do $apitalis m o "epe n d e n t e no 9rasil 0 ?eus numerosos trabalhos sobre plane#amento econImico e social esto dispon2veis no site httpEWWdo*bor0or ' Montato ladislau]do*bor0or