Benji Price acaba de lançar “40 oz. freestyle”, primeiro single com o selo da Think Music. A produção ficou a cargo de GHXST.
Depois de YUZI e Prettieboy Johnson, Benji é a nova coqueluche da editora criada por ProfJam. Tal como os outros novos talentos, o MC é um newcomer totalmente desconhecido. A personagem artística sobrepõe-se à necessidade de soltar pormenores da vida pessoal, revelando apenas que ouve hip hop desde a infância, afastou-de durante um período e recuperou o interesse em 2012. As primeiras rimas viriam dois anos depois.
O nome Benji Price tem as suas particularidades, até porque remete para uma personagem da anime Captain Tsubasa. O artista conta-nos mais sobre o nome: “Captain Tsubasa era uma das minhas animes favoritas enquanto criança. Curiosamente, a personagem do Benji Price sempre foi a que me apelou mais”, acrescentando: “O meu nome começou por ser simplesmente Benji, apenas mais tarde anexei o ‘Price’ por sugestão do ProfJam, a quem agradeço o baptismo. Não só no apelido, mas também na incursão no mundo do rap.”
Benji foi um nome recorrente na conversa com YUZI ou Prettieboy Johnson, servindo como elo de ligação entre a editora e os artistas. O “Zidane Lusitano” conta-nos como é que tudo aconteceu: “Eu, o Nélson e o Profjam já tínhamos tido contacto algumas vezes, até antes da criação da Think Music, mas o primeiro interesse em trabalharmos juntos veio numa actuação nas Caldas da Rainha, no ano passado. Formalizámos o matrimónio algures no verão e desde então temos vindo a trabalhar enquanto label para preparar 2017. O que tem saído para a rua nos últimos tempos são os frutos desse labor de alguns meses. O nosso objectivo é trazer a cultura hip hop portuguesa para novas dimensões.”
Apesar de estar agora no começo, um dos pontos que sobressai no primeiro single é o desafio a alguns dos MCs mais “quentes” da nossa praça, uma forma de abanar o rap nacional. Sam The Kid, Slow J, Gson, Piruka, Dillaz, L-Ali, ProfJam, Holly Hood, Bispo, Kappa Jotta e Mike El Nite são os nomes citados. “Eu menciono esses artistas exactamente por achar que esse abanão é preciso. É um convite em forma de provocação para convidá-los a elevar o jogo. Aliás, não só a eles, isto aplica-se a todos que se queiram chegar à frente para revolucionar o rap português. Gostaria também de deixar claro que isto não é um diss, é só desporto. Sou fã de todos os artistas que mencionei e alguns deles tenho a felicidade de contar como meus amigos.”
A promessa de novos temas soltos nos próximos tempos e de um projecto completo até ao final do ano são as estocadas finais na conversa com Benji. O desafio está feito e as cartas estão na mesa. Estará o rap nacional pronto para elevar o jogo?
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