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José Carlos torce pelo Belenenses... mas só se o filho jogar

ANTIGO defesa DO BENFICA É PAI dE FILIPE FERREIRa

José Carlos torce pelo Belenenses... mas só se o filho jogar
José Carlos torce pelo Belenenses... mas só se o filho jogar • Foto: Vítor Chi

José Carlos, antigo jogador do Benfica e internacional português, pode viver no sábado um dia atípico caso seja "obrigado" a torcer contra o seu clube de sempre. A confirmar-se, esta alteração na sua rotina de adepto durará só uma hora e meia e apenas se o Belenenses contar no onze com o defesa Filipe Ferreira, filho do ex-lateral-direito. O ideal para José Carlos seria os encarnados sagrarem-se campeões e os azuis irem à Europa e sem dependerem deste jogo.

"Em termos de futebol profissional, uma situação assim aconteceu na época passada pela primeira vez. O Belenenses foi à Luz, o Filipe foi titular e dei por mim a puxar pelo Belenenses. Foi esquisito porque sempre fui à Luz torcer pelo Benfica. Foi um misto de emoções, algo novo e ao mesmo tempo estranho. Mas penso que é normal os laços familiares sobreporem-se, as pessoas compreendem, com certeza. Vou torcer pelo Belenenses mas só se o Filipe jogar", resumiu José Carlos a Record.

O antigo defesa-direito recorda os primeiros passos do filho no futebol e garante que não forçou, de forma alguma, a sua carreira. "Sempre lhe proporcionei a possibilidade de estar no futebol mas encarando-o com um desporto. Ele próprio só terá começado a pensar numa carreira profissional quando passou para os seniores, no Atlético. Até então jogava apenas por gosto", recorda.

Filipe Ferreira ia aos jogos do pai quando era criança, mas mais para brincar com os filhos dos outros jogadores. Nunca foi a treinos ou ao balneário. "Ele gostava de jogar mas penso que sempre andou lá mais para estar com os amigos. Aliás, quando esteve no Sporting, e esteve quase para ir para o Benfica, ficou um pouco desiludido, mas acho que gostou mais do ambiente familiar do CAC ou do Atlético."

Aos 24 anos, Filipe Ferreira representa o Belenenses, clube com o qual tem contrato por mais uma época. José Carlos segue a carreira do filho com orgulho, vai ver os jogos sempre que pode e torce por vitórias do herdeiro, mesmo quando é contra o seu clube do coração. Felizmente, na perspetiva do antigo internacional, isso só pode acontecer duas vezes por ano na Liga.

O FUTEBOL NA FAMÍLIA FERREIRA

"Quando o Filipe era muito pequeno reparei que rematava bem com o pé esquerdo. Tinha receio de estar a ver apenas com olhos de pai. Quando o Rui Águas e o Rui Costa o viram e me disseram que o iam levar para o Benfica, concluí que podia ser jogador."

"A minha mulher, Luísa, não gosta de futebol. Nunca ligou, nem quando eu jogava, mas agora interessa-se mais por causa do Filipe. Está sempre com medo que se lesione e também se preocupa com o seu futuro, o que é normal em qualquer mãe."

"Eu e a mãe sempre dissemos ao Filipe para não deixar os estudos. Ele conciliou o futebol e está quase a acabar Gestão, faltam-lhe duas ou três cadeiras. Agora que é profissional é mais difícil, mas sempre foi responsável."

"Pede-me conselhos em relação aos contratos, no fundo, coisas normais entre filho e pai. Sobre o jogo não me pergunta, aliás, nem quer ouvir porque diz que eu só critico, só falo do que ele faz mal."

"O meu filho não se lembra de me ver jogar. Há tempos viu um jogo gravado e no final disse-me: tu, tecnicamente eras fraquinho e fizeste mal alguns cruzamentos. Respondi-lhe: era por ser fraco tecnicamente e por ter noção disso que corria mais do que os outros."

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