O que é volatilidade e qual a sua relação com a Bolsa de Valores?

Por:
Caio Fasanella
22/10/2024
|
Atualizado em
21/10/2024
15 min de leitura

A Bolsa de Valores tem seu funcionamento atrelado ao comportamento dos investidores, que decidem comprar e vender ativos e derivativos. No entanto, existem situações em que esse equilíbrio de compra e venda é alterado — o que leva a um aumento de volatilidade.

Esse termo se refere à variação dos preços dos ativos. Embora essa característica aumente os riscos financeiros, ela também pode trazer oportunidades. Por isso, é importante entender o que é volatilidade, como ela funciona e de que forma é possível aproveitá-la ou evitá-la ao investir. 

Neste artigo, você compreenderá qual é a relação da volatilidade com a Bolsa de Valores e como investir considerando essa condição. Confira!

O que é a volatilidade?

Definida como uma medida estatística da dispersão de um conjunto de dados em relação à sua média, a volatilidade, no âmbito do mercado financeiro, mede a intensidade e a frequência das oscilações nos preços de ativos e derivativos em determinado período. Quanto maior ou mais frequente for a variação do preço, maior é a instabilidade dos valores e a incerteza em relação àquele título específico.

Em geral, se associa a volatilidade nos investimentos à renda variável — e, em especial, à Bolsa de Valores e ao mercado de ações. Mas na verdade ela atinge a precificação de todos os tipos de ativos, em maior ou menor nível. Na renda fixa de curtíssimo prazo, a volatilidade é quase nula.

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A relação entre risco e volatilidade

A relação entre risco e volatilidade se dá pelo fato de a segunda ser uma medida estatística do primeiro. Em outras palavras, a oscilação do preço dos ativos mostra quão arriscado eles são, já que quanto maior for a variação, maior é a chance de você perder dinheiro.

Ao mesmo tempo, a volatilidade também aumenta o potencial de rentabilidade, isto é, os ganhos também podem ser mais elevados do que o esperado. O que importa, portanto, é entender que você arrisca mais quando os preços oscilam com maior frequência.

Na prática, risco e volatilidade têm uma relação proporcional. Quanto maior for o primeiro, maior é o segundo.

Para saber lidar com a volatilidade, é essencial conhecer  o seu perfil de investidor. Se você tem uma posição conservadora nos investimentos, tolera poucos riscos, então, produtos menos volátes, como a renda fixa de curto prazo, podem fazer mais sentido para compor a maior parte da sua carteira. Se tiver um perfil arrojado e aceita perdas no curto prazo em busca de maiores retornos, significa que lida bem com a volatilidade e pode partir para ativos mais arriscados em uma parcela da sua carteira.

Esse é o motivo pelo qual esse conceito é tão importante. Ao entendê-lo, você toma decisões de investimento mais conscientes e pode usar a variação de preços a seu favor, comprando na baixa e vendendo na alta.

O que é um ativo volátil?

Um ativo volátil é aquele que apresenta elevada variação de preços em curto período de tempo. Em questão de minutos ou segundos, seu valor pode diminuir ou aumentar, o que aumenta as incertezas daquele produto financeiro no mercado. Essa instabilidade gera mais oportunidades de lucro e chances de prejuízo, principalmente no curto prazo.

Esse é o caso do ativo volátil. Ao optar por esse produto financeiro na hora de investir, você sabe que tem maior chance de retorno, mas também um elevado potencial de perdas.

Por que e como a volatilidade ocorre?

A ocorrência da volatilidade está associada a diversos fatores — tanto no mercado interno quanto no ambiente internacional. O risco é um deles. Na prática, quanto mais arriscado é se expor a um mercado ou ativo, maior tende a ser a volatilidade envolvida. 

Na prática, a volatilidade se consolida pela variação de preços de ações, cotas de fundos de investimento, derivativos e outros instrumentos financeiros e valores mobiliários. Assim, ela está presente tanto na B3 — a Bolsa de Valores brasileira — quanto em bolsas internacionais, como a NYSE e a Nasdaq, nos Estados Unidos.

Isso significa que, se você quer investir em dólar, precisa entender o que é volatilidade. Ainda existem outros motivos pelos quais um ativo, derivativo ou o mercado em si se torna mais ou menos volátil. A seguir, veja quais fatores podem interferir nessa medida!

Política e economia

As questões políticas e econômicas têm grande influência no comportamento dos mercados e no nível de volatilidade. A realização de eleições nacionais é um evento que costuma afetar o cenário brasileiro, por exemplo, pois há mais incertezas sobre o rumo do país e as futuras políticas econômicas.

Internacionalmente, isso também acontece. Um gatilho que costuma gerar volatilidade no mercado norte-americano, por exemplo, são eventuais mudanças nas taxas de juros da economia dos Estados Unidos.

Questões setoriais

A volatilidade do mercado também pode aumentar diante de decisões ou acontecimentos relacionados a uma indústria ou setor. Se uma ocorrência afeta um segmento econômico específico, as ações daquele setor tendem a ficar mais voláteis.

Um exemplo é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia e os impactos no segmento de petróleo e de outras commodities. Com o aumento da incerteza global e a elevação dos preços desses produtos, as ações de empresas relacionadas a eles também se tornaram mais voláteis.

Crises generalizadas

Outro cenário que afeta a volatilidade é a consolidação de uma crise generalizada, já que diversos mercados tendem a ser envolvidos. Em 2008, por exemplo, a queda dos índices das bolsas americanas afetou o ambiente global, gerando uma crise econômica e elevando a volatilidade em boa parte das bolsas mundiais.

Em 2020, a declaração de pandemia por parte da Organização Mundial de Saúde (OMS) causou temores em investidores de todo o mundo. Com isso, as bolsas americanas e brasileira, e diversos outros mercados sofreram grandes flutuações nos preços dos ativos. Logo, a volatilidade aumentou.

Como investir diante da volatilidade do mercado?

Para investir diante da volatilidade do mercado, você deve identificar seu perfil de investidor, avaliar seus objetivos e escolher ativos diversificados para aplicar seu dinheiro. Todos esses fatores precisam ser considerados para que você tome a decisão mais adequada de alocação de capital.

Como você viu, o aumento da volatilidade nos mercados também eleva os riscos. O potencial de ganhos, porém, se torna maior devido à relação entre risco e retorno. Isso significa que você terá maior exposição aos riscos, mas tem mais chances de ter melhores rendimentos a partir dessa decisão.

Em um cenário de alta volatilidade é possível encontrar oportunidades que não existiriam diante de um movimento de equilíbrio — como você verá adiante. Por esse motivo, pode ser interessante investir em um período de grande oscilação de preços com o objetivo de aproveitar as possíveis condições desse movimento.

A seguir, confira quais são os principais pontos de atenção para fazer aportes diante de instabilidades!

1. Identifique seu perfil de investidor

Antes de considerar qualquer investimento em um contexto de volatilidade, é essencial começar analisando seu perfil de investidor. Dependendo do seu nível de tolerância ao risco, você terá uma capacidade maior ou menor de se expor a essa condição.

Isso é importante para conseguir manter as operações, de acordo com a sua estratégia. Ainda, o alinhamento ao seu perfil permite que você fique mais confortável diante da volatilidade financeira.

2. Avalie seus objetivos financeiros

Caso seu perfil de investidor esteja alinhado à volatilidade, é necessário identificar suas metas para definir o que faz mais sentido ao atuar no mercado. Se o seu objetivo for de longo prazo, por exemplo, é possível aproveitar um cenário de grandes oscilações para encontrar oportunidades.

Pense no mercado de ações. Se o preço de um papel estiver passando por altas e baixas com maior frequência, existe a chance de aproveitar o momento em que ele seja negociado abaixo do que realmente vale, especialmente se houver motivos para acreditar que, no longo prazo, aquela ação deve valorizar. 

Nesse contexto, você pode adotar a estratégia de value investing, que é utilizada por Warren Buffett. No caso, a intenção é comprar uma ação que esteja descontada por uma distorção de mercado. Como a tendência é que o preço retorne ao valor justo, você pode aproveitar essa valorização.

Já se o seu objetivo for de curto ou curtíssimo prazo, pode fazer sentido especular. Nesse caso, a ideia é comprar e vender ativos ou derivativos em um curto período para obter lucro com a oscilação de preços.

3. Escolha o mercado no qual pretende atuar

Como você viu até aqui, a volatilidade é uma condição que afeta tanto o mercado brasileiro quanto o cenário internacional. Para investir diante dessas condições, há como aproveitar tanto a Bolsa de Valores brasileira quanto as bolsas de outros países.

É o caso, por exemplo, de fazer investimento em uma Bolsa de Valores dos Estados Unidos. Nesse contexto, você pode explorar a volatilidade do mercado e, ao mesmo tempo, internacionalizar parte do seu portfólio — o que colabora com a diversificação da carteira

Para isso ser possível é preciso ter conta americana em uma instituição regulamentada. Ao fazer a remessa de câmbio para essa conta, você terá o dinheiro disponível para investir na Bolsa dos Estados Unidos.

Antes de realizar as operações, no entanto, é interessante estabelecer uma estratégia. A ideia é definir quando vale a pena comprar ou vender ativos ou derivativos, escolhendo a melhor maneira de aproveitar a volatilidade — considerando suas necessidades pessoais e seus objetivos.

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Neste artigo, você descobriu o que é a volatilidade e como ela se relaciona com a Bolsa de Valores — brasileira ou internacional. Na hora de operar em condições voláteis, considere suas características e sua estratégia para tomar decisões alinhadas ao que faz sentido para a sua realidade e seu perfil de investidor.

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