Arquivos da categoria: Setor Externo

Comércio exterior do agronegócio: primeiro semestre de 2024

Por Diego Ferreira

O agronegócio brasileiro fechou o primeiro semestre com superávit acumulado de US$ 71,96 bilhões – queda de 2,7% em relação ao mesmo período do ano anterior (tabela 1). As exportações do setor somaram US$ 81,40 bilhões, enquanto as importações, US$ 9,44 bilhões – valores 1,0% abaixo e 14,4% acima, respectivamente, dos observados em 2023. Considerando os produtos de todos os setores, o saldo da balança comercial no primeiro semestre também foi superavitário em US$ 42,31 bilhões – isto é, US$ 2,31 bilhões a menos em relação ao valor registrado no mesmo período do ano anterior.

Em termos de participação, as importações do agronegócio representaram 7,5% do total importado pelo Brasil no primeiro semestre de 2024, aumento de 0,69 ponto percentual (p.p.) ante igual período anterior (tabela 1). De modo similar, a participação do setor no total exportado entre janeiro e junho deste ano apresentou ligeira queda de 1,19 p.p. em comparação com igual período anterior, chegando a 48,6%.

O período de março a maio costuma ser o mais forte para o agronegócio brasileiro, e é impactado fortemente pela colheita da soja e pelo abate de bovinos antes do período de estiagem nas principais regiões produtoras. De fato, o saldo da balança comercial do setor apresentou recuperação em março e manteve-se em patamares elevados até maio (gráfico 1).

240801_cc_64_nota_3_tabela

240801_cc_64_nota_3_grafico

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Perspectivas e riscos para as exportações brasileiras

Por Fernando J. Ribeiro

“As exportações brasileiras vêm tendo um desempenho excepcional nos últimos anos. Do final de 2020 até o início de 2024 elas acumularam um crescimento de 65% e, em que pese o fato de que parte deste crescimento representou a recuperação das perdas registradas em função da pandemia de Covid-19, o valor atual das exportações, de US$ 347 bilhões no acumulado de 12 meses até fevereiro, é cerca de 50% superior ao de 2019, representando um recorde histórico. É preciso, contudo, ter uma perspectiva bem cautelosa quanto ao desempenho futuro das exportações, em função de alguns fatores que podem limitar sua expansão nos próximos anos. Esta nota se dedica a explorar, de forma breve e concisa, quais são esses fatores e de que forma eles representam risco para o desempenho exportador no futuro.”

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Balanço de pagamentos, balança comercial e câmbio

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos e Caio Rodrigues Gomes Leite

O déficit em transações correntes em 2023 foi significativamente menor do que em 2022, principalmente devido à balança comercial. O déficit na balança de serviços ficou aproximadamente estável. O déficit na conta de rendas primárias (salários, lucros, dividendos e juros) aumentou significativamente. O investimento direto no país reduziu-se.

No primeiro trimestre de 2024, o déficit em transações correntes acumulado em quatro trimestres foi de 1,5% do PIB, um pouco maior do que no quarto trimestre de 2023. De acordo com os dados da Secex, do MDIC, o saldo da balança comercial no primeiro trimestre de 2024 foi consideravelmente maior do que no primeiro trimestre de 2023. Os termos de troca, no primeiro trimestre de 2024, estiveram 8,1% acima do primeiro trimestre do ano passado. A taxa de câmbio nominal real/dólar passou por desvalorização significativa em abril de 2024, em parte refletindo a valorização internacional do dólar, mas superando-a.

240515_cc_63_nota_11_setor_externo_graficos_1_16

Nas perspectivas, são apresentadas previsões para contas do balanço de pagamentos, em 2024, de três fontes. A taxa de câmbio nominal, de acordo com a Focus, deve ficar virtualmente estável nos próximos anos, até 2028. São ainda apresentadas projeções de crescimento de importantes parceiros comerciais, como Estados Unidos e China, e para o volume de importações mundiais.

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Comércio exterior do agronegócio: primeiro trimestre de 2024

Por Diego Ferreira

O agronegócio brasileiro fechou o primeiro trimestre com superávit acumulado de US$ 32,23 bilhões – crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações do setor somaram US$ 36,83 bilhões, enquanto as importações, US$ 4,60 bilhões – valores estes 2,9% e 3,7%, respectivamente, acima dos observados em 2023. Considerando os produtos de todos os setores, o saldo da balança comercial no primeiro trimestre também foi superavitário em US$ 19,08 bilhões – isto é, US$ 3,47 bilhões a mais em relação ao valor registrado no mesmo período do ano anterior.

O agronegócio brasileiro fechou o primeiro trimestre com superávit acumulado de US$ 32,23 bilhões – crescimento de 2,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. As exportações do setor somaram US$ 36,83 bilhões, enquanto as importações, US$ 4,60 bilhões – valores estes 2,9% e 3,7%, respectivamente, acima dos observados em 2023. Considerando os produtos de todos os setores, o saldo da balança comercial no primeiro trimestre também foi superavitário em US$ 19,08 bilhões – isto é, US$ 3,47 bilhões a mais em relação ao valor registrado no mesmo período do ano anterior.

Em termos de participação, as importações do agronegócio representaram 7,78% do total importado pelo Brasil no primeiro trimestre de 2024, mantendo-se relativamente estável ante igual período anterior. De modo similar, a participação do setor no total exportado entre janeiro e março deste ano apresentou ligeira queda de 0,13 ponto percentual (p.p.) em comparação com igual período anterior, chegando a 47,06%.

Em relação ao saldo da balança comercial do agronegócio, este apresentou expressiva recuperação em março em comparação à estabilidade observada nos dois primeiros meses do ano. Mais especificamente, enquanto o setor apresentou superávits de US$ 9,83 bilhões e US$ 9,99 bilhões em janeiro e fevereiro, respectivamente, o saldo comercial em março atingiu a marca de US$ 12,42 bilhões. Ainda que esse movimento de alta observado em março represente o início do período de maior comercialização de produtos do agronegócio durante os próximos meses, o superávit mensal auferido foi 13,3% inferior ao observado no mesmo mês de 2023.

240416_cc_63_nota_3_tabela_1

 

240416_cc_63_nota_3_graficos

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Boletim de expectativas – abril de 2024

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este Boletim de Expectativas se baseia nas projeções do Sistema Expectativas de Mercado do Banco Central, também conhecido como Focus, para dar uma visão geral das previsões feitas pelos profissionais que contribuem com a pesquisa, abordando inflação, juros, nível de atividade, finanças públicas e setor externo. Além das médias amostrais, apresentam-se também intervalos de projeção com mais e menos um desvio-padrão. Para a meta Selic recorre-se também ao mercado de DI Futuro e, para a inflação, à estrutura a termo da taxa de juros.

240408_cc_62_nota_29_grafico

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Balanço de pagamentos, balança comercial e câmbio: evolução recente e perspectivas

Por Andreza Palma e Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

O saldo da balança comercial registrado em 2023 foi o maior de toda a série histórica, totalizando US$ 98,8 bilhões, com aumento de 60% em relação ao ano anterior. Em relação ao balanço de pagamentos, considerando os três meses encerrados em novembro, o déficit em transações correntes foi de US$2,7 bilhões, em comparação com US$ 14,4 bilhões no mesmo período do ano anterior. A redução se deveu, principalmente, ao crescimento do superávit na balança comercial de bens, que, nos três meses encerrados em novembro, apresentou saldo de US$ 21,7 bilhões, comparados a US$ 8,7 bilhões no mesmo período de 2022. No que se refere à conta capital e financeira, o investimento direto no país (IDP) permanece como destaque, embora tenha havido tendência de queda no período recente. Mesmo com a redução de sua intensidade, as entradas líquidas de IDP continuam expressivas, considerando a série histórica.

A taxa de câmbio apresentou importante movimento de valorização e redução da sua volatilidade. Desde 1o de novembro de 2023, a moeda brasileira vem sendo cotada abaixo de R$ 5,00/US$. O saldo comercial forte e a diminuição do risco doméstico medidos pelo credit default swap (CDS) podem explicar a tendência mais otimista. Em contrapartida, a redução do diferencial de juros pode ter algum impacto na trajetória cambial para os próximos meses.

No cenário externo, houve importante aumento dos riscos geopolíticos. Além do conflito Rússia versus Ucrânia, a guerra no Oriente Médio pode ter impactos relevantes para a economia brasileira. A situação do Iêmen também é motivo de preocupação, pois envolve uma rota crucial para o transporte marítimo e já vem elevando os custos de frete. A inflação ainda pressionada em algumas regiões do mundo, as políticas monetárias contracionistas e a incerteza sobre o início e a intensidade do ciclo de queda das taxas de juros persistem como fatores de preocupação.

Por fim, esta nota inclui dois boxes: o primeiro explora de forma descritiva a diferença entre o valor da balança comercial calculado pelo Banco Central do Brasil (BCB) e o apurado pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex); o segundo apresenta exercício econométrico sobre as elasticidades renda e preço das exportações e importações brasileiras.​​

240125_cc_62_nota_7_setor_externo_grafico

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Comércio exterior do agronegócio em 2023

Por Diego Ferreira e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio brasileiro fechou 2023 com superávit acumulado de US$ 148,58 bilhões – crescimento de 4,9% em relação ao ano anterior (tabela 1). As exportações do setor somaram US$ 165,05 bilhões, e as importações, US$ 16,47 bilhões. No comparativo com o resultado de 2022, as exportações do agronegócio cresceram 3,9% ao passo que as importações retraíram 4,5%. Em termos de participação, as importações do agronegócio representaram 6,8% do total importado pelo Brasil em 2023, mantendo-se relativamente estáveis em comparação com o mesmo período anterior (tabela 1). De modo similar, a participação do setor no total exportado entre janeiro e dezembro do último ano apresentou ligeira alta de 1,04 ponto percentual (p.p.) em comparação com 2022, chegando a 48,6%.

240123_cc_62_nota_6_comercio_exterior_do_agronegocio_grafico_1

240123_cc_62_nota_6_comercio_exterior_do_agronegocio_tabela_1

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Comércio exterior do agronegócio: novembro de 2023

Por Diego Ferreira e José Ronaldo de C. Souza Jr.

O agronegócio brasileiro encerrou novembro de 2023 registrando superávit comercial de US$ 11,99 bilhões. Ainda que suas exportações tenham aumentado 9,7% em comparação com o mesmo mês de 2022, atingindo o montante de US$ 13,33 bilhões exportados, o aumento de 12,4% registrado no saldo da balança comercial do setor é também reflexo da queda de 9,6% nas importações de produtos agropecuários pelo Brasil, que atingiu a marca de US$ 1,34 bilhão no último mês. Embora o expressivo superávit comercial do agronegócio continue a compensar o déficit enfrentado pelos demais setores, a contínua queda no volume importado pela economia brasileira tem beneficiado expressivamente a balança comercial do país.

No acumulado dos últimos doze meses, o superávit comercial do agronegócio somou US$ 146,41 bilhões, valor 4,4% maior do que no período dos doze meses anteriores, resultado de US$ 162,93 bilhões de exportações (crescimento de 3,4% ante igual período anterior) e US$ 16,53 bilhões de importações (queda de 4,1%).

Em termos de participação, as importações do agronegócio representaram 6,80% do total importado pelo Brasil nos últimos doze meses, aumento de 0,45 ponto percentual (p.p.) em comparação com igual período anterior. Já a participação do setor no total exportado entre dezembro de 2022 e novembro de 2023 subiu 0,92 p.p. em comparação com o mesmo período anterior, chegando a 48,33%.

231229_cc_61_nota_32_comex_agro_grafico_1

231229_cc_61_nota_32_comex_agro_tabela_1

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Boletim de expectativas – Dezembro de 2023

Por Estêvão Kopschitz Xavier Bastos

Este número do Boletim de Expectativas aborda a economia mundial. De maneira geral, inflação, juros e crescimento devem ser menores em 2024, em relação a 2023. Uma exceção é o PIB na Área do Euro, que deve crescer um pouco mais em 2024 do que neste ano. As projeções do Banco Mundial apontam para estabilidade dos preços das commodities, quando considerados índices de preços gerais e setoriais. Previsões coletadas junto a analistas de mercado indicam que os preços da soja e do minério de ferro, muito relevantes nas exportações brasileiras, devem cair, embora ainda fiquem em níveis superiores aos de antes da pandemia, especialmente no caso da soja. Por outro lado, para os preços de fertilizantes, importação relevante para a agricultura, a expectativa é também de queda, de acordo com o Banco Mundial.

231214_cc_61_nota_22_boletim_expectativas_graficos_4_e_12

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Comércio exterior do agronegócio: outubro de 2023

Por Diego Ferreira e José Ronaldo de C. Souza Jr

A balança comercial do agronegócio encerrou outubro com um superávit de US$ 11,85 bilhões, queda de 3,3% ante o mesmo mês de 2022. O valor das exportações do setor atingiu o patamar de US$ 13,21 bilhões pari passu aos US$ 1,36 bilhão importados por este. Ainda no comparativo interanual, o fluxo comercial das exportações desacelerou 3,5%, enquanto as importações apresentaram queda mais acentuada no mesmo período, de 4,9%.

Ao analisar o valor acumulado nos últimos doze meses, Saldo da balança comercial: total, agronegócio e demais o superávit do agronegócio brasileiro atingiu a cifra de US$ 145,06 bilhões, indicando um crescimento de 6,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Essa melhora decorre do aumento de 5,2% nas exportações acumuladas, aliado à queda de 3,1% nas importações acumuladas do setor.

231116_cc_61_nota_14_tabela

231116_cc_61_nota_14_grafico

Acesse o texto completo



------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------