Pacheco defende autonomia do Banco Central e pede “cautela” no debate sobre o tema
Presidente do Senado pede que discussão sobre o tema seja mais profunda
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta terça-feira (9) que são necessárias mais “cautela e prudência” na discussão sobre a autonomia do Banco Central, tema que divide opiniões entre o governo federal e o BC.
“Eu teria um pouco mais de cautela e prudência em relação a esse tema, ampliando o debate para os servidores do BC, sobre os agentes regulados pelo BC e o próprio governo federal”, afirmou Pacheco.
Na declaração, em entrevista em frente ao Senado na manhã desta terça, Pacheco também reconheceu as críticas feitas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Banco Central, mas reafirmou que defende um ambiente de “divergência respeitosa e civilizada”.
“Eu considero que o mérito é bem razoável. Temos que avaliar apenas a questão de circunstâncias de momento. A autonomia do BC, concebida pelo Senado Federal, esse tema ainda tem sido muito bem debatido e, por alguns, criticado. O próprio presidente Lula tem críticas à autonomia do BC”, comentou o presidente do Senado.
“Eu, naturalmente, já defendi, como defendo hoje, esse ambiente de divergência respeitosa e civilizada. A gente tem que preservar”, disse.
Pacheco também argumentou que o tema ainda está sendo “decantado” pela própria sociedade, que ainda não teria se decidido a respeito da discussão.
“A autonomia que concebemos com um projeto de lei complementar ainda está em discussão, ainda está sendo decantado, até pela própria sociedade, que não conseguiu se decidir, aferir se autonomia foi positiva, se gerou bons frutos”, afirmou.
“Acho recomendável que seja um debate feito mais profundamente, de uma maneira mais alongada.”
Também nesta terça-feira, o senador participou de um evento da Confederação Nacional do Transporte (CNT), em Brasília, durante o qual falou sobre temas como a regulamentação da inteligência artificial no Brasil.
*Sob supervisão de Marcelo Freire