Kremlin diz que ataque a Belgorod foi realizado com veículos dos EUA
Território russo tem sido alvo de ataques desde o último domingo, resultando em um morto e nove feridos; porta-voz russo disse que apoio de países ocidentais “não é segredo”
O Kremlin disse que “não é segredo” que quantidades crescentes de equipamentos militares ocidentais estão sendo usadas pelas forças armadas ucranianas, após relatos de que veículos militares fabricados nos Estados Unidos foram utilizados no ataque transfronteiriço na noite de domingo (21) e manhã de segunda-feira (22) por cidadãos russos anti-Putin.
“Não é segredo para nós que o envolvimento direto e indireto desses países ocidentais neste conflito está crescendo a cada dia”, disse o porta-voz russo Dmitry Peskov a repórteres na quarta-feira (24).
“Não é segredo para nós que cada vez mais equipamentos estão entrando em serviço com as Forças Armadas da Ucrânia, do regime de Kiev. Também não é segredo que essa técnica é usada contra nossos militares”, disse Peskov. “Nós tiramos as conclusões apropriadas.”
Seus comentários seguem relatos que circulam nas mídias sociais de que vários veículos usados por grupos russos que se opõem ao presidente Vladimir Putin em seu ataque transfronteiriço na região de Belgorod foram fabricados nos EUA.
A CNN identificou pelo menos três veículos MaxxPro MRAP diferentes fabricados nos EUA em vídeos supostamente da incursão, geolocalizando e analisando marcações nos veículos, bem como comparando-os com imagens oficiais dos veículos. A CNN não pode verificar a data exata dos vídeos, mas confirmou que foram publicados após a incursão.
Brigadeiro da Aeronáutica O general Patrick Ryder, secretário de imprensa do Pentágono, disse na terça-feira: “Vimos esses relatórios, algo que obviamente continuamos monitorando muito de perto”.
“Direi que podemos confirmar que o governo dos EUA não aprovou nenhuma transferência de equipamentos de terceiros para organizações paramilitares fora das Forças Armadas ucranianas, nem o governo ucraniano solicitou tais transferências. Então, novamente, é algo que vamos ficar de olho”, disse Ryder.
Kiev negou repetidamente que os combatentes russos que cruzaram a fronteira na segunda-feira estivessem sob o comando da Ucrânia.