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    França: Ultradireita não terá maioria absoluta no Parlamento, indicam pesquisas

    Partidos divergentes fazem acordo para isolar o Reunião Eleitoral, de Marine Le Pen

    Manifestantes se reúnem na Place de la Republique, para protestar contra o crescente movimento de direita após a vitória do Reunião Nacional no primeiro turno das eleições gerais antecipadas em Paris, França, em 30 de junho de 2024
    Manifestantes se reúnem na Place de la Republique, para protestar contra o crescente movimento de direita após a vitória do Reunião Nacional no primeiro turno das eleições gerais antecipadas em Paris, França, em 30 de junho de 2024 Mohamad Salaheldin Abdelg Alsayed/Anadolu via Getty Images

    Dominique Vidalonda Reuters

    Paris

    O partido de ultradireita Reunião Nacional (RN) da França não alcançará maioria absoluta nas eleições parlamentares, mostraram pesquisas recentes publicadas nesta sexta-feira (5), último dia de campanha, embora alguns políticos e pesquisadores tenham pedido cautela.

    Uma pesquisa OpinionWay para o diário empresarial Les Echos mostrou que o RN conquistaria 205 a 230 assentos na votação de domingo (7), à frente da Nova Frente Popular de esquerda, com 145 a 175 assentos, e do bloco centrista do presidente Emmanuel Macron, com 130 a 162 assentos. As descobertas estão em grande parte alinhadas com outras pesquisas divulgadas na quinta-feira (4).

    Para obter uma maioria governante, são necessários 289 assentos na Assembleia Nacional.

    O legislador europeu Raphael Glucksmann, um dos líderes políticos da esquerdista Nova Frente Popular (NPF), disse à rádio RTL que não se deve tomar como certo que o RN não alcançará a maioria absoluta.

    “Comentaristas e políticos já falam como se o RN não tivesse maioria absoluta e se parabenizam pelos seus esforços para bloqueá-lo… Acho que isso poderia desmobilizar os eleitores e estou preocupado”. disse.

    Mais de 200 candidatos de todo o espectro político retiraram suas candidaturas para abrir caminho para quem estivesse em melhor posição para derrotar o candidato do RN em seu distrito, processo conhecido como “frente republicana”.

    No entanto, permanece muita incerteza, incluindo se os eleitores concordarão com estes esforços para bloquear o RN.

    A importante figura do RN, Marine Le Pen, disse à BFM TV que ainda acreditava que seu partido poderia obter a maioria absoluta, apesar de a maior parte do cenário político se unir contra seu movimento.

    “Tenho a impressão de que tudo isto foi concebido para desmotivar os nossos eleitores. Felizmente, conheço-os e sei que estão altamente motivados, por isso realmente digo: vão e votem”, disse Le Pen, acrescentando: “Acho que temos uma séria chance de obter maioria absoluta na Assembleia Nacional”.

    O pesquisador do IFOP, Jerome Fourquet, que na quinta-feira previu 210-240 assentos para a extrema direita e 170-200 para a esquerda, disse à rádio RMC que não se pode sequer descartar a possibilidade de a aliança de esquerda ultrapassar o RN no final.

    “A grande incógnita é o tamanho da frente republicana… Será que um eleitor de esquerda votará em um candidato de direita ou em um candidato do campo de Macron?”

    Pelo menos 51 candidatos e seus apoiadores foram feridos fisicamente no final de quatro semanas tensas desde que o presidente Macron dissolveu a Assembleia Nacional, disse o ministro do Interior, Gerald Darmanin.

    “Os surtos de violência devem ser uma preocupação no domingo”, disse ele à BFM TV, firmando que decidiu intensificar a presença policial e proibir uma manifestação planejada de ultraesquerda na Assembleia Nacional no dia da votação.