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    Lira sinaliza ser contra incluir carne na cesta básica: “Preço pesado para todos os brasileiros”

    Relatório da regulamentação da reforma tributária vai ser apresentado nesta quinta (4); previsão é que seja votado na semana que vem

    Luciana Amaralda CNN , Brasília

    O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou, nesta quarta-feira (3), ser contra incluir a carne na cesta básica de alimentos do país. A possibilidade está sendo discutida pelos deputados federais nas negociações da regulamentação da reforma tributária.

    Embora não tenha se posicionado explicitamente a favor ou contra a iniciativa, Lira disse que a eventual inclusão da proteína poderia aumentar a alíquota geral em quase 0,57 ponto percentual, o que seria um “preço pesado para todos os brasileiros”.

    “A gente tem que entender quais são as prioridades”, declarou, ao ser lembrado por um jornalista de que a inclusão de carnes – ainda que com diferenciações entre elas – na cesta básica é defendida pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

    Não tem polêmica com relação à carne. Nunca houve proteína na cesta básica. Nunca houve. Se couber, a gente vai ter que ver quanto a inclusão representa na alíquota que todo mundo vai pagar

    Arthur Lira

    Reunião

    Lira se reuniu por cerca de sete horas nesta quarta com membros do grupo de trabalho responsável pelo relatório da regulamentação da reforma tributária.

    O parecer vai ser apresentado na quinta (4) e a votação está prevista para a semana que vem. Enquanto isso, vão conversando e alinhando detalhes com as bancadas partidárias.

    O presidente preferiu não adiantar eventuais mudanças, disse também que não dá para ter “800 mil mudanças no texto como apareceram sugestões”.

    “[Tudo] está sendo meticulosamente estudado”.

    Ele reforçou que, de maior importância, é manter e aumentar o cashback para as pessoas do CadÚnico perante serviços essenciais, como água e energia elétrica. Afirmou que teria efeito “muito maior” do que incluir a carne na cesta básica, por exemplo.

    O segundo projeto sobre a regulamentação da reforma tributária deve ficar para o segundo semestre, a partir de agosto, informou.

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