CartaCapital
Iconografia sob disputa
Um ensaio sobre Debret e a reedição de Rugendas e o Brasil procuram tirar dos pintores viajantes a pecha de racistas
Passada mais de uma década da Lei das Cotas, fruto da luta dos movimentos negros e sociais pelo acesso ao ensino superior e propulsora da produção de outros saberes e representações na universidade, as críticas à iconografia colonial brasileira foram não apenas absorvidas por artistas e instituições museológicas do País, como também se tornaram um discurso dominante nos meios culturais.
Não chega a surpreender, portanto, que passem a surgir também estudos voltados a matizar as críticas feitas aos artistas viajantes do século XIX e, em especial, aos dois mais destacados dentre eles: o francês Jean-Baptist Debret (1768-1848) e o alemão Johann Moritz Rugendas (1802-1858).
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