Tragédia em Petrópolis: número de mortos sobe para 186 e 71 seguem desaparecidos
Ao menos 186 pessoas morreram por causa das fortes chuvas que caíram em Petrópolis (RJ), na região Serrana do Rio, segundo a Polícia Civil, e 71 ainda estão desaparecidas
As enchentes e deslizamentos na noite do dia 15 de fevereiro já são a maior tragédia da história da cidade - nas chuvas de 1988, morreram 171 pessoas.
De acordo com a Prefeitura, 811 estão desabrigadas e sendo atendidas em 13 pontos de apoio criados em escolas municipais.
A cidade decretou estado de calamidade pública após o temporal. Nos últimos dias, as buscas chegaram a ser suspensas em algum período em decorrência de novas chuvas na região.
Equipes de resgate trabalham na região desde a noite do dia 15, ajudando famílias e buscando corpos em meio a escombros.
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Diversas ruas da cidade ficaram intransitáveis após o temporal, algumas ruas do Centro Histórico de Petrópolis perderam o asfalto e inúmeras casas foram destruídas em diferentes trechos do município.
Uma das áreas mais devastadas foi o Morro da Oficina, no bairro Alto da Serra. Ali, segundo estimativas de autoridades locais, ao menos 80 casas foram atingidas por uma barreira que caiu na região.
"A Prefeitura de Petrópolis está com todas as equipes mobilizadas para o atendimento às ocorrências. As pessoas estão acolhidas nos pontos de apoio que funcionam em escolas da cidade", informou o governo municipal em seu site no Facebook logo após o temporal.
Na semana passada, a Secretaria de Defesa Civil havia colocado a cidade em Estágio Operacional de Atenção devido à previsão de fortes chuvas. No entanto, como não houve o volume esperado, o governo municipal retornou a cidade para o Estágio Operacional de Observação na segunda-feira (14/2).
Mas na terça-feira o volume de chuvas aumentou muito, provocando grandes estragos pela cidade.
Autoridades no local
O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, e o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, André Ceciliano, se deslocaram para o município para acompanhar os trabalhos de resgate na manhã de quarta-feira.
"As imagens são muito fortes e, provavelmente, vamos amanhecer com imagens tão ou mais fortes. É realmente uma tragédia grande. [...] O que nós vimos é uma cena muito triste, cena praticamente de guerra", disse o governador na noite de terça-feira à TV Globonews.
Segundo o governador, o volume de chuvas "é praticamente como nunca foi visto na cidade" antes.
O presidente Jair Bolsonaro, que estava em visita oficial à Rússia, tuitou logo após a tragédia para afirmar que fez telefonemas a ministros para envio de auxílio às vítimas.
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Medidas do Município
De acordo com a Prefeitura de Petrópolis, equipes da Defesa Civil têm trabalhado no atendimento a ocorrências e têm apoiado o Corpo de Bombeiros em áreas onde há suspeita de vítimas.
Segundo o prefeito da cidade, Rubens Bomtempo, todas as pastas do município estão "empenhadas no atendimento a ocorrências e ações de recuperação da cidade".
Conforme a gestão local, a Defesa Civil tem feito vistorias em locais onde há deslizamentos e avaliado riscos estruturais em ruas e imóveis, "além de vistorias preventivas e rondas pela cidade".
A Defesa Civil, segundo a gestão local, também tem dado suporte para a população por meio de orientações de segurança, avaliação das estruturas e apoiando com a destinação de suprimentos que têm sido doados para os moradores da região.
As aulas estão suspensas e as escolas da rede pública se tornaram pontos de apoio e atendimento às famílias por profissionais da Assistência Social, Saúde, Educação e Agentes Comunitários.
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