Religiões na Grécia e Roma Antigas: Contatos, Encontros e Trocas
Religions in Ancient Greece and Rome: Contacts, Encounters, and Exchanges
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Reitor
Ricardo Marcelo Fonseca
Vice-Reitora
Graciela Inês Bolzón de Muniz
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação
Francisco de Assis Mendonça
Pró-Reitor de Extensão e Cultura
Leandro Franklin Gorsdorf
História: Questões & Debates, ano 38, volume 69, n. 1, jan./jun. 2021
Publicação semestral do Programa de Pós-Graduação em História da UFPR e da
Associação Paranaense de História (APAH)
Editora
Priscila Piazentini Vieira
Conselho Editorial
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(Universidade Federal de Ouro Preto), Ana Paula Vosne Martins (Universidade Federal do Paraná),
Ana Silvia Volpi Scott (Universidade Estadual de Campinas), Angelo Priori (Universidade Estadual de
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Coordenação de Processos Técnicos de Bibliotecas, UFPR
HISTÓRIA: Questões & Debates. Curitiba, PR: Ed. UFPR, — ano 1, n. 1,
1980.
Volume 69, n. 1, jan./jun. 2021
ISSN 0100-6932
e-ISSN 2447-8261
1. História – Periódicos
Samira Elias Simões CRB-9/755
PUBLICADA NO BRASIL
PUBLISHED IN BRAZIL
Curitiba, 2021
VOLUME 69 – N. 1 – JANEIRO A JUNHO DE 2021
Curitiba – Paraná – Brasil
SUMÁRIO
7 Introdução
Religião na Grécia e Roma Antigas: contatos, encontros e trocas
Erica Angliker e Lorena Lopes da Costa
12 Introduction
Religion in Ancient Greece and Rome: contacts, encounters and exchanges
Erica Angliker e Lorena Lopes da Costa
DOSSIÊ – Religião na Grécia e Roma Antigas:
contatos, encontros e trocas
Religion in Ancient Greece and Rome:
contacts, encounters and exchanges
18
Despótiko: Escavações e restauração de um Santuário de Apolo
Excavation and Restoration of the Sanctuary of Apollo
Yannos Kourayos e Kornilia Daifa
47
Myths and cults of ancient Tenea
Mitos e cultos na antiga Tenea
Elena Korka, Aspasia Gioka, Antonio Corso, Konstantinos Lagos, Ioannis
Christidis e Argyro Pissa
81
121
Of Human Sacrifice and Barbarity: A Case Study of the Late Archaic
Tumulus XVII at Istros
Sobre o sacrifício humano e a barbárie: Um estudo de caso do Tumulus
XVII da Era Arcaica Tardia em Istros
Michael Anthony Fowler
The Cult of Poseidon Helikonios: From Helike of Achaea to Asia Minor and
the Black Sea
O culto de Poseidon Helikonios. Da Helike da Acaia à Ásia Menor e ao
Mar Negro
Dora Katsonopoulou
136
Crotona e suas conexões religiosas e políticas com Olímpia nos séculos VI, V
e IV a.C.: As evidências das imagens monetárias de águias e raios
Crotone and its religious and political connections with Olympia in the sixth, fifth
and fourth centuries BC: the coin types evidences of eagles and thunderbolts
Lilian de Angelo Laky
163
Enlèvements de statues divines en bord de mer : de l’Artémis Taurique à Héra Reine
Abduction of divine statues on the sea-shore: from Taurian Artemis to Hera
the Queen
Pierre Ellinger
183
Héraclès et les Scythes dans la mémoire des Grecs de la mer Noire. Quelques
réflexions sur Hérodote, IV, 8-10
Herakles and the Scythians in the Greek memories on the Black Sea region.
Thoughts about Herodotus, IV, 8-10
Lucio Maria Valletta
212
Os deuses no exílio: rituais religiosos e cultos romanos na poesia de Ovídio
The Gods in Exile: Religious Rituals and Roman Cults in Ovid’s Poetry
Júlia Batista Castilho de Avellar
241
Archiloque et Dionysos autour de l’Égée: Le dithyrambe archaïque, le festival
et le komos
Arquíloco e Dioniso em torno do Egeu: o ditirambo arcaico, o festival e o komos
Rafael Guimarães Tavares da Silva e Teodoro Rennó Assunção
Artigos
272
Movimentos de luta pela terra no norte do RS: o acampamento Capão da
Cascavel na Fazenda Sarandi (1960/62)
Land fighting movements in northern RS: Capão da Cascavel camp at
Fazenda Sarandi - 1960-62
João Carlos Tedesco e Joel João Carini
302
Memórias Coletivas, Traumas Individuais: as memórias dos desastres
socioambientais no sul de Santa Catarina (1974-2004)
Collective Memories, Individual Traumas: memories of social and
environmental disasters in the south of Santa Catarina (1974-2004)
Alfredo Ricardo Silva Lopes
332
Cidade, natureza e urbanização: proposições para uma história ambiental da
Região Metropolitana de Porto Alegre/RS
City, nature and urbanization:
propositions for an environmental history of the Metropolitan Region of Porto
Alegre/RS
Danielle Heberle Viegas, Eduardo Relly e Cleusa Maria Gomes Graebin
ARCHILOQUE ET DIONYSOS AUTOUR DE
L’ÉGÉE: LE DITHYRAMBE ARCHAÏQUE, LE
FESTIVAL ET LE KOMOS
Arquíloco e Dioniso em torno do Egeu: o ditirambo
arcaico, o festival e o komos
Rafael Guimarães Tavares da Silva1
Teodoro Rennó Assunção2
RÉSUMÉ
À partir d’un célèbre fragment dithyrambique attribué à Archiloque (fr.
120 W, fr. 96 Lasserre), nous développons une série de considérations sur
les rapports entre le culte de Dionysos et la dissémination du dithyrambe
par les voies du commerce maritime – liées aussi à l’exportation de
vin et de céramique – autour de l’Égée. Sans mépriser les témoignages
épigraphiques et pictographiques, la lecture proposée ici s’efforce
d’esquisser les réseaux culturels créés à cette époque afin de les
comprendre comme des moyens incontournables pour le développement
de la culture hellénique postérieure. Archiloque devient le centre d’une
interprétation ample de quelques aspects de l’Antiquité archaïque à la
lumière de ses rapports avec Dionysos, ce dieu venu toujours d’ailleurs.
Mots-clé : Archiloque ; Dionysos ; Dithyrambe.
ABSTRACT
Departing from a famous dithyrambic fragment attributed to Archilochus
(fr. 120 W, fr. 96 Lasserre), we develop a series of considerations about
the relationship between the cult of Dionysus and the dissemination of the
dithyramb by means of the maritime trade – also linked to the export of
wine and ceramics – around the Aegean. Without despising the epigraphic
and pictographic testimonies, the reading proposed here endeavors to
sketch the cultural networks created at this time in order to understand
them as essential means for the development of later Hellenic culture.
Archilochus becomes the center of a broad interpretation of some aspects
of archaic Antiquity in the light of his relationships with Dionysus, the
god who always comes from elsewhere.
Keywords: Archilochus; Dionysus; Dithyramb.
1 PHD researcher at Federal University of Minas Gerais. E-mail:
[email protected]
2 Professor of Ancient Greek Literature at Federal University of Minas Gerais. E-mail:
[email protected]
SILVA, Rafael da; ASSUNÇÃO, Teodoro. Archiloque et Dionysos autour de l’Égée...
242
Des représentations pictographiques de choréographies circulaires
existent depuis les périodes les plus réculées de l’histoire hellénique. Une
fois qu’il est difficile à les identifier assurément afin de les mettre en rapport
avec des possibles performances archaïques des choeurs dithyrambiques
en cercles, on doit se garder de dépasser certaines limites herméneutiques
dans nos interprétations.3 Pourtant, on trouve l’un des plus importants
témoignages sur la performance d’un dithyrambe archaïque dans la vaste
oeuvre d’Athénée de Naucratis (14.24 Kaibel ; 628a-b Gulick), avec le
célèbre fr. 120 W (fr. 96 Lasserre) d’Archiloque :
ὡς Διωνύσοι᾽ ἄνακτος καλὸν ἐξάρξαι μέλος
οἶδα διθύραμβον, οἴνωι συγκεραυνωθεὶς φρένας.
Car je sais entonner le beau chant du seigneur Dionysos, le
dithyrambe, quand le vin a frappé mon esprit de sa foudre.
(Traduction par André Bonnard).4
Composés en tétramètres trochaïques, les deux vers d’Archiloque
constituent la plus ancienne mention au nom du genre poétique dithyrambe
– absent comme il est des grandes « encyclopédies » qui sont les poèmes
homériques et hésiodiques5 – et sont un témoignage de valeur inestimable
3 Pour en savoir plus: HEDREEN, 2013; SMITH, 2014; SMITH, 2016.
4 Le contexte de ce fragment est d’un certain intérêt pour notre argument et il convient de le citer ici :
Φιλόχορος δέ φησιν ὡς οἱ παλαιοὶ σπένδοντες οὐκ αἰεὶ διθυραμβοῦσιν, ἀλλ᾽ ὅταν σπένδωσι, τὸν μὲν
Διόνυσον ἐν οἴνωι καὶ μέθηι, τὸν δ᾽ Ἀπόλλωνα μεθ᾽ ἡσυχίας καὶ τάξεως μέλποντες. Ἀρχίλοχος γοῦν
φησιν· ὡς Διωνύσοι᾽ ἄνακτος καλὸν ἐξάρξαι μέλος / οἶδα διθύραμβον, οἴνωι συγκεραυνωθεὶς φρένας. / καὶ
Ἐπίχαρμος δ᾽ ἐν Φιλοκτήτηι ἔφη· οὐκ ἔστι διθύραμβος ὅκχ᾽ ὕδωρ πίηις. Dans notre traduction : « Philochore
dit que les anciens faisant des libations ne chantent pas toujours le dithyrambe, mais que quand ils font
des libations à Dionysos c’est avec du vin et de l’ivresse qu’ils chantent, tandis qu’à Apollon c’est avec du
calme et de l’ordre. Au moins, Archiloque dit : ‘Car je sais conduire le beau chant du seigneur Dionysos, le
dithyrambe, quand le vin a foudroyé mes viscères’. Et Épicharme dit dans son Philoctète : ‘Il n’y a pas de
dithyrambe où l’on ne boit que de l’eau’. »
5 Selon la formulation d’un helléniste français: « Outre l’hymne, le péan et le thrène, l’épos connaît en
effet un genre lyrique essentiel, l’hyménée. En revanche, on n’y trouve aucune mention du dithyrambe dont
l’absence est peut-être due aux hasards de la tradition. Sa dénomination apparaît cependant chez Archiloque,
par conséquent dans les années qui suivent immédiatement la fixation par écrit des poèmes homériques. »
(CALAME, 1974, p. 117). Quand on prend en compte l’effacement presque total de Dionysos des poèmes
homériques, il faut peut-être supposer quelque chose de plus que les « hasards de la tradition » comme cause
de l’absence des mentions du dithyrambe chez Homère. Pour en savoir plus : DABDAB TRABULSI, 1990,
p. 41-47; SEAFORD, 2006, p. 27.
História: Questões & Debates. Curitiba, v. 69, n. 1, p. 241-270, jan./jun. 2021.
Universidade Federal do Paraná. ISSN: 0100-6932. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/his.v00i0.000000
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pour la compréhension du genre. Bien que le fragment soit court, quelques
informations de base peuvent être découvertes à partir de lui et de son contexte
de performance : d’abord il faut souligner la relation entre le dithyrambe et la
consommation exagérée du vin, en quantité suffisante pour mener à l’ivresse
– à la « fulmination des viscères » – afin d’ouvrir les portes de la conscience
pour la manifestation de Dionysos, divinité habituellement honorée par le
dithyrambe. Le renforcement obtenu par la citation d’un vers du Philoctète
d’Epicharme à la suite de celle d’Archiloque, extrait d’une pièce écrite au
moins un siècle et demi après Archiloque, intensifie l’association, puisqu’il
suggère sa permanence au long d’un considérable laps de temps.
Ensuite, on doit considérer les termes « comment conduire... je sais »
[ὡς ... ἐξάρξαι... οἶδα], puisqu’ils offrent une compréhension de base de la
performance elle-même à partir de ce qui est appelé « chanson » [μέλος]. On
y suggère qu’un meneur – un ἐξάρχων, comme ceux que mentionne Aristote
(Poet. 4.1448b15) – sait comment conduire un chant choral dans une
occasion de culte ou même à la suite d’un symposion (probablement pendant
un vagabondage nocturne). Pickard-Cambridge (1962 [1927], p. 9) croit que
la matière du chant pourrait même être improvisée par l’ἐξάρχων, pendant
qu’un refrain traditionnel serait chanté par le groupe de fêtards. Par contre,
Zimmermann (1999, p. 487), bien qu’en comprenant ce distique comme
un témoignage pré-littéraire, suggère un possible degré de complexité dans
l’exécution de cette modalité traditionnelle de chant, une fois que le poète
y affirme fièrement savoir exécuter le rôle d’un ἐξάρχων, c’est-à-dire, d’un
maître de choeur.6
Sur le mot ἐξάρχων, si important pour les interprétations du susdit
fragment, il convient de rappeler qu’il apparaît littéralement dans un autre
fragment du poète de Paros. Il s’agit du fr. 121 W (fr. 88 Lasserre), où
Archiloque affirme que : αὐτὸς ἐξάρχων πρὸς αὐλὸν έσβιον παιήονα. Dans
la traduction d’André Bonnard : « ... entonnant moi-même le péan, au son de
la flûte de Lesbos... » Bien qu’il s’agisse ici d’un autre genre mélique choral
– c’est-à-dire, le péan, chant en action de grâce ou célébrant le triomphe dû
à Apollon et, parfois aussi, à Artémis –, l’imaginaire archaïque autour de lui
n’est pas tout à fait étranger à celui du dithyrambe : on pourrait le démontrer
à partir d’une lecture comparative des mythes étiologiques de chacun d’eux
6 Calame (1997 [1977], p. 79, n. 214) est de ce même avis.
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tels qu’ils sont présents, respectivement, dans les Hymnes homériques à
Apollon et à Dionysos (H. hom. 3 et 7).7 De plus, il est bien possible que ce
péan ait été exécuté dans une occasion de performance comparable à celle du
dithyrambe, lors d’une festivité publique en honneur d’une divinité spécifique
par des chants et des musiques (comme la mention à l’aulos l’indique bien).8
Quoique ces genres méliques choraux ne se soient pas gardés comme une
exclusivité d’Apollon et de Dionysos au long de toute l’Antiquité, il semble
qu’ils étaient relativement exclusifs d’eux dans les périodes les plus reculées
de l’histoire hellénique. Certainement, le péan a des spécificités qui diffèrent
des caractéristiques d’une exécution du dithyrambe, mais il vaut la peine de
faire attention aussi aux similitudes entre eux.9
Dans les deux fragments, on constate l’existence de la première
personne du singulier, c’est-à-dire, de la persona poétique qui met en évidence
sa propre capacité de mener la performance du poème. Un éminent érudit
de la poésie grecque archaïque, John Herington, éclaircit l’utilisation de la
première personne en plusieurs poèmes de cette époque et – tout en évitant
les pièges du subjectivisme caractéristique des approches romantiques de
la poésie hellénique, telles que les propositions de Wilamowitz et Snell10
– ébauche quelques développements fort intéressants. Herington part
de la constatation que, malgré leur composition à un moment antérieur à
l’ample diffusion de l’écriture en Grèce, plusieurs poèmes archaïques de
composition orale auraient survécu dans la mémoire populaire jusqu’à en
parvenir à leur forme plus ou moins « définitive » par écrit (dans la période
classique ou, plus certainement, dans la période hellénistique sous les efforts
des philologues alexandrins). Selon l’auteur, cela n’aurait été possible que
par l’exercice de plusieurs performances en répétition (ce qu’on pourrait
appeler des « re-performances ») de ces mêmes poèmes au long de ce laps
7 Cet exercice de comparaison a été avancé par Cecilia Nobili (2009, p. 25-26). Hedreen (2013, p. 187)
développe l’idée d’une épiphanie divine dans ces Hymnes homériques avec celle des performances chorales
et choréographiques du péan et du dithyrambe. Le caractère religieux de ces performances est trop connu et
évident pour qu’on doive s’y arrêter.
8 Pour une suggestion du rôle paradigmatique que les performances du péan auraient pu avoir pour le
développement de la tragédie, cf. NAGY, 2013, p. 250-5.
9 Pour en avoir des détails : CALAME, 1997 [1977], p. 77.
10 Pour en avoir des exemples, cf. WILAMOWITZ, 1913; SNELL, 1946. Pour une critique de ce genre d’approche
herméneutique d’inspiration intentionaliste (ou subjectiviste), typique de la philologie classique depuis le XIXème
siècle jusqu’à la moitié du XXème, cf. RÖSLER, 1985; BOWIE, 1986; IRWIN, 2005, p. 161-2; PUCCI, 2006, p.
23-5; BUDELMANN, 2009, p. 16-7; CORRÊA, 2009 [1998], p. 31-71; RAGUSA, 2014, p. 13-7.
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de temps : la mémoire orale de cette culture de la chanson aurait donc gardé
ces compositions toujours vivantes, quoique perpétuellement en différence.11
L’argument de l’auteur avance d’avantage quand il considère la
présence constante de la première personne dans la plupart de ces poèmes
repris en « re-performances » – ce qui était déjà le cas pour Les travaux et les
jours d’Hésiode – et ce fait suggère nécessairement un degré de dramatisation
initiale qui, par la suite, dans les « re-performances » consécutives exécutées
par une personne autre que le poète « lui-même », devient un degré de
personnification. Autrement dit, l’exécution de ces poèmes finit par mener
à une certaine identification entre la persona poétique et la personne des
chanteurs responsables pour leurs « re-performances ». L’appartenance
d’Hésiode et d’Archiloque au répertoire traditionnel d’un rhapsode à
la fin du Vème siècle av. J.-C. (tel que l’on constate chez l’Ion de Platon,
531a1-2 ; 531c2 ; 532a5-6) indique la longue carrière de leurs poèmes : la
première personne du singulier y adoptée forcément exigerait un certain
degré de dramatisation de la part des rhapsodes au moment de la nouvelle
performance (principalement quand il y a de l’autonomination du poète dans
le propre poème, comme il arrive au début de la Théogonie d’Hésiode et
dans d’autres poèmes méliques archaïques).12 Cela peut être affirmé même
si l’on part de la prémisse hypothétique – et hautement questionnable du
point de vue des recherches contemporaines sur la composition orale – que
des individus appelés Hésiode et Archiloque auraient composé leurs poèmes
pour s’exprimer à partir de leurs expériences personnelles. La conséquence
inévitable de ces idées c’est que les rhapsodes certainement dramatisaient
jusqu’à un certain point la persona d’Hésiode et d’Archiloque lors des « reperformances » de leurs poèmes traditionnels et cela pouvait inclure même
l’idée commune à eux d’une initiation dans le « don aimable des Muses »
[ ουσέων ἐρατὸν δῶρον] (Archiloque, fr. 1 W, fr. 8 Lasserre) ou encore
dans le « bon art de chanter » [καλὴν ... ἀοιδήν] (Hésiode, Théogonie 22).13
Sur la présence de la persona poétique d’Archiloque dans sa poésie,
on peut offrir ici quelques exemples :
11 Pour en avoir des détails : HERINGTON, 1985, p. 41-50.
12 Pour des considérations sur l’utilisation poétique de l’automination, cf. HORNBLOWER, 2009, p. 44-5.
13 Pour en savoir plus : COMPTON, 2006; CORRÊA, 2009 [1998], p. 86-93. Quelque chose d’analogue,
quoiqu’en référence à d’autres poètes aussi, tels qu’Anacréon et Théognis, est dévelopée par Hobden
(2013, p. 22-65).
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ἐν δορὶ μέν μοι μᾶζα μεμαγμένη, ἐν δορὶ δ᾽ οἶνος
Ἰσμαρικός, πίνω δ᾽ ἐν δορὶ κεκλιμένος.
(Archil. fr. 2 W, fr. 7 Lasserre).
De ma lance dépend ma ration de pain d’orge, de ma lance mon
vin d’Ismaros, et je le bois, appuyé sur ma lance. (Traduction par
André Bonnard).
ἀλλ᾽ ἄγε σὺν κώθωνι θοῆς διὰ σέλματα νηός
φοίτα καὶ κοΐλων πώματ᾽ ἄφελκε κάδων,
ἄγρει δ᾽ οἶνον ἐρυθρὸν ἀπὸ τρυγός· οὐδὲ γὰρ ἡμεῖς
νήφειν ἐν φυλακῆι τῆιδε δυνησόμεθα.
(Archil. fr. 4 W, fr. 12 Lasserre, v. 6-9).
... Allons, passe avec la coupe entre les bancs du vaisseau rapide.
Des jarres profondes tire-nous de quoi boire. Prends le vin rouge
sans remuer la lie. Car rester sobres à ce poste-là, non, nous ne le
pourrons pas. (Traduction par André Bonnard).
Dans les deux cas, on trouve la présence d’une première personne –
bien qu’au singulier dans le fr. 2 W (fr. 7 Lasserre) et au pluriel dans le fr. 4
W (fr. 12 Lasserre) – qui renforce l’association déjà suggerée entre le vin et la
poésie en Grèce archaïque. D’ailleurs, d’après les propositions de Herington,
on pourrait défendre que plusieurs rhapsodes certainement s’incorporaient
à la persona poétique guerrière d’Archiloque – dont le nom, « meneur
[arkhi-] de compagnie [-lokhos] », promeut des associations belliques
indéniablement aristocratiques (COMPTON, 2006, §9)14 –, tout en évoquant
la dramatisation d’une situation de guerre au milieu de l’atmosphère plutôt
joyeuse et symposiaque de ces chansons.15 Bien que ces poèmes donnent une
14 Il est possible de prendre en compte aussi le sens de lokhos comme « embuscade », notion dont les
réverbérations sur un type spécifique de combat restent indéniables dans l’œuvre d’Archiloque. Les valeurs
« anti-héroïques » de ce type de combat font l’objet du chapitre 2 (« The Poetics of Ambush ») du livre de
Casey Dué et Mary Ebbott (2010, p. 31-87).
15 Selon la proposition de Corrêa (2009 [1998], p. 111), il serait hors de doute que les soldats buvaient
des grandes quantités de vin lors des campagnes de guerre, quoique sa consommation pendant les veillées
évidemment n’ait pas été bien vue et n’aurait jamais été menée par un héros épique. Dans ce sens, l’exhortation
à la boisson (si fréquente dans les banquets) n’aurait pas lieu dans une veillée effective. Par contre, il ne faut
jamais oublier les rapports entre consommation alcoolique et militarisme : MURRAY, 1991; IRWIN, 2005,
p. 43-6; MEIER, 2012, p. 151.
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idée de base du type d’occasion où les chants archiloquéens auraient pu être
exécutés – et il n’est pas à déconsidérer même la possibilité de célébrations
soudaines au milieu des moments de repos pendant une campagne militaire,
par exemple16 –, il convient de reprendre ce que défendait Herington à propos
du sens des « re-performances » de ce genre de poème :
Si Archiloque se sentait – et avait le dessein de se faire sentir
par son audience – comme s’il incorporait un autre personnage
ou simplement comme le poète Archiloque, quand il exécutait
un poème où le « moi » n’était pas identifié, c’est une question
difficile : ces poèmes devraient être considérés comme des
marques autobiographiques, un genre de Confessions vraies du
VIIème siècle av. J.-C. ? Cette question, et peu importe la façon dont
chacun veuille la répondre, probablement est insoluble d’après une
méthode stricte. Pourtant, il est certain que toute performance de ce
poème exécutée par quelqu’un d’autre qu’Archiloque en personne
(comme les performances rhapsodiques apparemment référées
par Héraclite et Platon plus d’un ou deux siècles respectivement
après la mort du poète) sera nécessairement une personnification
dramatique. (HERINGTON, 1985, p. 54, notre traduction).
On ne prétend pas offrir ici une interprétation de toute l’œuvre
d’Archiloque – ni même une interprétation approfondie de ces poèmes
que l’on vient de citer17 –, une fois que l’intérêt de cette argumentation se
concentre sur le rapport entre Archiloque et le dithyrambe archaïque, du
point de vue du degré de dramatisation développée dans sa poésie. De ce
que l’on a proposé jusqu’ici, il faut retenir qu’un tel genre poétique – et cela
pourrait se confirmer avec les fragments des dithyrambes postérieurs (tel que
celui de Pindare, fr. 70b Snell) – est la manifestation d’un chant énergique
16 Selon la suggestion de Bowra (1960, p. 8) et de Carey (2009a, p. 33).
17 À titre d’exemple, sur le fr. 2 W (fr. 7 Lasserre), cf. BOWRA, 1960, p. 8; CORRÊA, 2009 [1998], p. 95-103;
HOBDEN, 2013, p. 36-8; sur le fr. 4 W (fr. 12 Lasserre), cf. BOWRA, 1960, p. 9; CORRÊA, 2009 [1998], p.
103-12. Le livre de Paula da Cunha Corrêa présente un panorama de la part « bellique » de l’oeuvre du poète.
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et extatique, certainement exécuté depuis au moins le VIIème siècle av. J.-C.18
Dans ce sens, le dithyrambe – et de façon générale, la poésie mélique – se
révèle, en combinaison avec le vin, une forme spécialement efficace d’altérer
les états de conscience du public et de l’éloigner d’une certaine façon du hic
et nunc de leurs vies quotidiennes.19
De retour au fr. 120 W (fr. 96 Lasserre), il convient d’expliciter
qu’une autre expression importante pour une compréhension approfondie de
ses enjeux est : « les viscères foudroyées par le vin » [οἴνωι συγκεραυνωθεὶς
φρένας]. Le fragment, en employant le participe d’un verbe qui dérive du
mot « foudre » [κεραυνός], fait référence à un événement mythique lié à la
naissance de Dionysos, lequel serait, d’une certaine façon, implicite dans
le propre nom du genre poétique dithyrambique.20 L’évènement est repéré
en plusieurs poèmes qui ont des rapports au dieu, comme dans un fragment
dithyrambique de Pindare (fr. 70b Snell), dans un passage de la Bibliothèque
de Pseudo-Apollodore (3.4.3), dans la Bibliothèque Historique de Diodore
de Sicile (4.2.3), parmi beaucoup d’autres, mais il est significatif qu’il soit
mentionné dans l’ouverture de la tragédie d’Euripide, Les Bacchantes (1-9) :
Διόνυσος
ἥκω Διὸς παῖς τήνδε Θηβαίων χθόνα
Διόνυσος, ὃν τίκτει ποθ᾽ ἡ άδμου κόρη
Σεμέλη λοχευθεῖσ᾽ ἀστραπηφόρῳ πυρί·
μορφὴν δ᾽ ἀμείψας ἐκ θεοῦ βροτησίαν
18 La tradition poétique formée autour de la figure d’Archiloque commence déjà au VIIème siècle av. J.-C., une
fois que le floruit de ce poète semble avoir été plus ou moins en 648 (moment d’une éclipse du soleil mentionnée
par l’un de ses poèmes). Selon Carey (2009b, p. 152) : “We can date Archilochus securely to the seventh century
BCE on the basis of a fragment of his poetry which alludes to an eclipse of the sun (122.1-4 W).” Dans ce
fragment (122 W, 82 Lasserre), on lit que: Χρημάτων ἄελπτον οὐδέν ἐστιν οὐδ᾽ ἀπώμοτον / οὐδὲ θαυμάσιον,
ἐπειδὴ Ζεὺς πατὴρ Ὀλυμπίων / ἐκ μεσημβρίης ἔθηκε νύκτ᾽, ἀποκρύψας φάος / ἡλίου λάμποντος. ὑγρὸν δ᾽ ἦλθ᾽
ἐπ᾽ ἀνθρώπους δέος. Dans la traduction d’André Bonnard : « Point d’événement qui ne puisse pas dépasser
l’attente, craindre le démenti ou forcer la surprise, puisque Zeus, père des Olympiens, a fait la nuit en plein
midi, obscurcissant l’éclat d’un brillant soleil – et la peur humide a saisi les hommes. » Le même érudit affirme
que: “There is no reason to doubt that this alludes to a specific event, probably the total eclipse of 648 BCE.”
(CAREY, 2009b, p. 152). Pour en savoir plus, avec la suggestion d’autres années où l’éclipse totale aurait pu se
passer : PODLECKI, 1974, p. 6-5. Pour une interprétation du fragment : CORRÊA, 2010, p. 236-54.
19 Au-delà des propositions de Griffith (2009, p. 93) sur ce sujet, le travail d’Yulia Ustinova (2017, p. 265279) se révèle ici fondamental.
20 Selon l’entrée dithyrambos de l’Etymologicum Magnum, en plus d’être l’épithète de Dionysos, le nom de
« dithyrambe » désigne l’hymne en honneur de ce dieu, soit parce qu’il entre par deux portes [ἀπὸ τοῦ δύο
θύρας βαίνειν], soit parce qu’il est né une deuxième fois, comme celui qui est passé deux fois par la porte [ὁ
δὶς θύραζε βεβηκώς], c’est-à-dire, à partir de sa mère, Sémélé, et de la cuisse de son père, Zeus.
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πάρειμι Δίρκης νάματ᾽ Ἰσμηνοῦ θ᾽ ὕδωρ.
ὁρῶ δὲ μητρὸς μνῆμα τῆς κεραυνίας
τόδ᾽ ἐγγὺς οἴκων καὶ δόμων ἐρείπια
τυφόμενα Δίου πυρὸς ἔτι ζῶσαν φλόγα,
ἀθάνατον Ἥρας μητέρ᾽ εἰς ἐμὴν ὕβριν.
Dionysos
Me voici, fils de Zeus, sur la terre thébaine, Dionysos, celui que
jadis enfanta la fille de Kadmos, Sémélé, par le feu de la foudre
accouchée. J’ai pris la forme humaine pour venir aux sources de
Dirké, aux eaux de l’Ismènos. Je vois près du palais la tombe de
ma mère, la foudroyée, et les débris de sa demeure, fumants du
feu de Zeus, attestant à jamais la vengeance d’Héra, son insulte
à ma Mère. (Traduction par Henri Grégoire et Jules Meunier).
D’autres passages de cette tragédie pourraient être cités afin de
renforcer l’importance de l’idée selon laquelle la naissance de Dionysos par
la fulmination de sa mère, Sémélé, sous les splendeurs foudroyantes de Zeus,
en conformité avec le plan astucieux d’Héra, demeure fondamentale pour
qu’on comprenne la puissance de cette divinité et la propre expérience de
contact avec elle (comme, par exemple, Bacch. 88-98 ; 242-4 ; 519-29).21
L’acte d’être « foudroyé », dans son mimétisme de ce qui se serait passé
avec Dionysos lui-même (à sa naissance), peut être compris comme une
partie inhérente à la performance du dithyrambe – c’est-à-dire, à l’arrivée
de l’inspiration poétique nécessaire pour qu’on conduise le chant en honneur
de cette divinité extatique. On pourrait même suggérer des implications
mystiques de l’idée d’être « foudroyé », dans un contexte rituel, mais il
n’est pas nécessaire d’approfondir ces suggestions ici.22 De ce qu’on extrait
à partir des témoignages relatifs à Dionysos, au dithyrambe, à la foudre et à
l’ivresse – au-delà des implications socioéconomiques et commerciales qui
ont quelque rapport à la diffusion du culte dionysiaque et des performances
dithyrambiques à cette époque (KOWALZIG, 2013, p. 32) –, s’insinue
un motif traditionnel de résistance aux changements menés par et dans ce
répertoire d’associations dionysiaques.
21 Pour d’autres références aux sources, avec des analyses du mythe : OTTO, 1965 [1933], p. 65-73 ;
LAVECCHIA, 2013, p. 60-63 ; USTINOVA, 2018, p. 174-180.
22 Pour en avoir des détails : LAVECCHIA, 2013, p. 60-3 ; USTINOVA, 2018, p. 169-216. D’autres
développements de cette même thématique sont proposés aussi par Dodds (1963 [1944], p. xii-xx).
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L’exemple paradigmatique de ces résistances à Dionysos pourrait
venir aussi de la tragédie Les Bacchantes, où Euripide représente le destin
brutal qui guette Penthée et Agavé – membres de la famille royale thébaine
(comme cousin et tante de Dionysos respectivement) – à cause de leur
opposition si impie et intransigeante à l’avènement du culte dionysiaque à
Thèbes. Malgré les arguments à propos des traits délibérément archaïsants
employés par ce tragédien ici (DODDS, 1963 [1944], p. xxxvi) – afin peutêtre de remonter lui-même aux origines de la tragédie telles qu’il les entendait
–, il convient de noter l’ampleur de la dissémination de ces mythes de
résistance à Dionysos, de la période hellénistique jusqu’aux racines les plus
profondes de l’histoire hellénique : dans le récit sur Icarios et l’introduction
de la vigne en Attique ([Apollod.] 2.191-2; Ael. N.A. 7.28); dans le propre
mythe sur Penthée et Agavé, en opposition au dieu (Eur. Bacch.); dans le
rapport d’Hérodote sur Arion et les pirates (Hdt. 1.23-4); dans l’Hymne
Homérique à Dionysos, où des pirates essaient de résister aux pouvoirs de
la divinité (H. hom. 7); dans le mythe que Diomède raconte à Glaucos sur
le roi Lycurgue de Thrace, qui aurait persécuté Dionysos et ses bacchantes,
dans l’Illiade (6.128-44).23 Sans mentionner d’innombrables représentations
pictographiques, il est nécessaire d’ajouter encore un dernier récit à cette
brève liste (qui pourrait inclure beaucoup d’autres aussi) : inscrit en marbre
au IIIème siècle av. J.-C., le mythe nomme le poète Archiloque comme le
responsable pour l’introduction d’un culte dionysiaque dans son île natale,
Paros, en s’opposant à la résistance initiale de ses concitoyens.24
Le monument de Mnésiepés, dont la localisation originelle ne peut
pas être définie avec une précision absolue,25 possiblement a été placé d’abord
dans l’Archilocheion de Paros, c’est-à-dire, dans le tombeau monumental
de culte héroïque [ἡρῷον], où Archiloque était honoré comme héros peutêtre depuis le VIème siècle av. J.-C.26 Les textes de ce monument ont été
originellement publiés par Kontoleon en 1952. Malgré l’état lamentablement
fragmentaire des inscriptions, il est possible de lire dans la deuxième colonne
23 Pour une référence à d’autres sources sur l’histoire de Lycurgue: DODDS, 1963 [1944], p. xxv.
24 Selon l’un des premiers à avoir étudié ce monument: “The style of the lettering, similar to that of the
Marmor Parium, dates the inscription, and therefore the responses and the institution of the shrine, to about
the mid-third century B.C.” (PARKE, 1958, p. 90).
25 Pour une discussion de ce genre de question, cf. CLAY, 2004 ; NAGY, 2008 ; OHNESORG, 2008 ;
CORRÊA, 2009 [1998] ; KOURAYOS, ANGLIKER, DAIFA, TULLY, 2018.
26 Les arguments d’une telle suggestion ont été réunis par Oliveira (2012, p. 22, n. 45).
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du monument (E1II) quelques oracles donnés à Mnésiepés, en sanctionnant
la construction du temple avec des prescriptions cultuelles spécifiques, bien
comme quelques informations « biographiques ». Parmi celles-ci, on trouve
un récit mythique assez intéressant sur l’initiation poétique d’Archiloque (à
partir de sa rencontre avec les Muses) dont la structure évoque un événement
pareil raconté par Hésiode au début de la Théogonie (22-34).27
En tout cas, ce qui intéresse le plus à la discussion proposée ici c’est le
contenu de la troisième colonne (E1III), dont le texte ne devient partiellement
lisible qu’à partir du vers 14, avec ces mots (dans notre traduction)28 :
lyre
[15] Archilo[que
au débu[t
pendant la festi[vité
près de nous[
disaient qu’Ar[chiloque
[20] improvis[ant
quelques c[itoyens
en enseignant[
ce qui avait été lég[ué
en ordonnan[t
[25] héraut jusqu’à P[aros
[ ?]
et accompag[ne
et d’autres [... prépar-]
en ayant chanté les[
[30] les compagnon[s
Dionysos[
des épis d’orge
des raisins verts[
des figues miel[lés
[35] au lubrique[
Dits [ces mots
27 Pour une interprétation de ce récit mythique sur la vie d’Archiloque et ses possibles allusions poétiques,
cf. PARKE, 1958; CLAY, 2004 ; COMPTON, 2006 ; CORRÊA, 2009 [1998].
28 Dans les témoignages rassemblés par François Lasserre sur la vie et l’œuvre d’Archiloque, celui-ci est le
fragment 12 (De Archilochi vita et operibus). Il ne se fait pas accompagner par une traduction, mais par un
bref commentaire en latin.
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comme les réçurent mal ceux qui les éc[outaient
plus iambique[
en ne pas compren[ant
[40] il y avait des fruits[
ce qui a été dit pour la[
dans le jugement [... non pas après beaucoup de]
temps ils sont devenu[s ... des hommes infirmes]
dans leurs organes génitaux. [... avoir envoyé]
[45] la ville quelques [messagers pour consulter l’oracle sur ces]
choses, le dieu [avoir dit ceci :]
« Porquoi avec des sentences inj[ustes
vous êtes venus à Py[thô
il n’y a pas de [médicament] avant que[
[50] à Archil[oque, serveur des Muses, des honneurs soient
offerts.]
Proclam[és ces mots
en se souve[nant ... des]
di[ts] de celui[
en beaucoup se trom[pant[55] Dion[ysos29
À partir de ce que l’on reconstitue de ce récit fragmentaire, il est
possible d’affirmer qu’Archiloque – le « plus iambique » « serveur des
Muses » – promeut une performance improvisée (peut-être selon le modèle
de ce qui a été suggéré en Archil. fr. 120 W, fr. 96 Lasserre), dans laquelle
il organiserait un chœur pour Dionysos, « le lubrique ». Cette divinité serait
cultuée avec des épis d’orge, des raisins verts et des figues miellés : en jugeant
d’après l’emploi de l’adjectif comparatif « plus iambique » [ἰαμβικώτερο̣ν]
29 L’originel grec : λ̣ύραν / Ἀρχιλο[χ / ζ Ἐν ἀρχε[ῖ μὲν... / τεῖ δ’ ἑορ[τεῖ... / παρ’ ἡμῖν[ / φασὶν
Ἀρ[χίλοχον ca. 18 letters αὐτο-] / σχεδιάσ̣[αντα... / τινὰς τῶν π[ολιτῶν / διδάξαντα[ / παραδεδομ[ένα... /
κεκοσμημέ[ν- ca. 20 letters κή-] / ρυκος εἰς Π[άρον /
Ε ΗΣΕ Ω / καὶ συνακολο[υθ- / των καὶ ἄλλων
[ ca. 17 letters κατασκευ-] / ασθέντων τὰ μ[ ca. 23 letters πα-] /
ρὰ τοὺς ἑταίρου[ς / Ὁ Διόνυσος σ̣[/
οὐλὰς ΤΥΑΖ / ὄμφακες α[ / σῦκα μελ[ιχρὰ / οἰφολίωι ερ[ /
εχθέντων [δὲ τούτων ... / ὡς κακῶς ἀκ[ούσαντες /
ἰαμβικώτερο̣[ν / οὐ κατανοήσ[αντες / καρπῶν ἦν τα̣[ / ῥηθέντα εἰς τὴ[ν / ἐν τεῖ κρίσει[⋮] [-------------μετ’
οὐ πολὺν] / χρόνον γίνεσθ[αι------------τοὺς ἄνδρας ἀσθενεῖς] / εἰς τὰ αἰδοῖα. [--------------------ἀποπέμψαι] /
τὴν πόλιν τινὰς [θεοπρόπους χρησομένους περὶ τού-] / των, τὸν δὲ θεὸν [εἰπεῖν τὸν χρησμὸν τόνδε·] / Τίπτε
δίκαις ἀν[όμοις / ἤλθετε πρὸς Π[υθῶ / οὐκ ἔστιν πρὶν[ ἄκεσμα / εἰς ὅ κεν Ἀρχίλ[οχον ουσῶν θεράποντα
τίητε.] / Ἀναγγελθ[έντων δὲ τούτων / μιμνησκό[μενοι-------------------------τῶν ἐ-] / κείνου ῥη̣[μάτων...
διημα[ρτημέν- / Διον[υσ-
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(probablement attribué à Archiloque lui-même), les citoyens de Paros n’ont
pas bien reçu le type de poésie qu’ils écoutaient et il faut se méfier que ces
mentions des fruits impliquaient métonymiquement la fertilité en général et,
à la fois, des métaphores sexuelles obscènes. La décision de le punir aurait
été guidée par une interprétation dans ce sens-ci. Mais le poète a bientôt reçu
une réparation par l’injustice commise contre lui : les citoyens de Paros ont
été affligés par une infirmité des organes sexuels et, après une consultation
à l’oracle de Delphes, ils se sont trouvés contraints à rétablir les chants
d’Archiloque et le culte à Dionysos.30
Selon la reconstruction obtenue directement à partir de ces
fragments, Archiloque semble assumer un rôle convenable à celui qui
entraîne et exécute une performance chorale, plus ou moins improvisée,
dans un contexte cultuel en l’honneur de Dionysos. Ces idées renforcent
l’image déjà ébauchée du poète de Paros à partir de la lecture du fr. 120 W
(fr. 96 Lasserre). En plus, il est important d’observer que ce récit sur une
forme de résistance à la poésie iambique du poète s’inscrit dans le même
lignage des figures dionysiaques réprimées par une moralité trop stricte –
dont la rétribution est accomplie par une manifestation divine violente. Ces
considérations initiales, devenues possibles à partir de la lecture du récit
fragmentaire de la troisième colonne du monument de Mnésiepés (E1III), ne
sont pas dépourvues d’intérêt pour ceux qui veuillent mieux comprendre les
rapports entre Archiloque, Dionysos, le développement du dithyrambe et les
performances méliques chorales – même pour la période archaïque, puisque,
malgré la postérité de la source directe (IIIème siècle av. J.-C.), il se peut qu’elle
remonte à des traditions populaires de l’île de Paros considérablement plus
anciennes (PARKE, 1958, p. 94).
Il est possible d’approfondir encore un peu ces idées, tout en
considérant les éventuelles connexions entre le dithyrambe et les performances
mimétiques telles qu’elles sont représentées sur la céramique du VIIème et
30 Ce récit a été reconstruit en des termes pareils par Parke (1958, p. 93), Podlecki (1974, p. 13), West (1974,
p. 24), Compton (2006), Nagy (2008, p. 63-4), Corrêa (2009 [1998], p. 199) et Oliveira (2012, p. 22-3).
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surtout du VIème siècles, où la présence des silènes est fort remarquable.31
La plupart de ces images vient de Corinthe ou d’Athènes, et non pas de
Paros, où la production céramique connaîtra un développement considérable
aussi, quoique non pas comparable à celui des officines corinthiennes et
athéniennes,32 mais on commence à ébaucher des grands traits d’une culture
relativement commune autour de l’Égée : le dithyrambe et ses performances
y jouent un rôle important dans la dissémination de cette nouvelle culture
où l’exportation maritime du vin et de la céramique se fait accompagner par
l’expansion du culte à Dionysos et, par conséquent, des chœurs consacrés en
son honneur.33 Dans ce sens :
Le dithyrambe semble devenir une forme de performance
« globale », un moyen musical « transculturel » à l’intérieur
du monde hellénique, en dépassant la connexion civique d’un
monde de la performance dans sa connectivité maritime. Loin
d’être lié à une communauté particulière, il a supplanté des
formes chorales de culture musicale dans une région ou polis
individuelle et peut-être il convient de le considérer comme
la première forme de performance délibérément hellénique.
(KOWALZIG, 2013, p. 32, notre traduction).
La légende d’Arion, artiste responsable pour développer
techniquement le dithyrambe au VIème siècle av. J.-C., renforcerait bien
ces suggestions. Hérodote (1.23-24) raconte comment ce citharède a été le
premier à faire, nommer et enseigner le dithyrambe à Corinthe, dans la cour
31 Quelques exemples de ces images en céramique seraient: des figures noires sur une cratère de colonne,
c. 600-590, de Corinthe et atribuées au peintre d’Ophelandros. Paris, Musée du Louvre E 632; des figures
noires sur une coupe pour mélanger du vin, c. 590-575, de Corinthe. Paris, Musée du Louvre CA 3004; des
figures noires sur une coupe, c. 550, d’Athènes et atribuées au peintre Oakeshott. Boston, Museum of Fine
Arts 69.1052 (BAPD 210); des figures noires sur une amphore athénienne, c. 550-500, d’Athènes. Berlin,
Antikensammlung F1697 (BAPD 320396).
32 Paros produisait la céramique depuis l’époque archaïque et l’exportait autour de l’Égée : telle était la
provenance de la célèbre céramique de Mélos, par exemple (BOARDMAN, 1998, p. 47 ; p. 111). Il est sûr
que l’île importait la céramique athénienne aussi (PALEOTHODOROS, 2018), mais cela ne diminue en rien
l’importance de sa propre production à l’égard de ce qu’on suggère ici (KOUTSOUMPOU, 2017).
33 D’ailleurs, selon la suggestion convaincante d’Erica Angliker (2019), malgré l’absence de sanctuaire
consacré à Dionysos à Paros, quelques découvertes archéologiques récentes indiquent la présence et
l’importance de ce dieu dans les Cyclades en général et aussi dans cette île spécifique.
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de Periandre, et avec une telle maîtrise que ses services ont été requis aussi
en Grande-Grèce. Quoique les détails de ce récit enrichiraient encore nos
suggestions – une fois que les échos dionysiaques de tout l’incident avec les
pirates et le rôle du dauphin confirmeraient l’idée d’une expansion maritime
de cette culture dithyrambique à l’époque –, on ne se concentrera ici que sur
le rôle d’Archiloque, antérieur à celui d’Arion, dans ces développements.
Devant les images de performances mimétiques de silènes sur la
céramique, telles que l’on vient de les nommer, un érudit spécule que :
Une autre affinité possible entre le dithyrambe archaïque et les
images de silènes est l’obscénité. Dans la biographie hellénistique
qui s’est liée à Archiloque – à partir du sanctuaire du poète à
Paros –, il y a des traits d’un poème d’Archiloque qui a été jugée
« trop iambique » par les citoyens de Paros. Seulement le début
de chaque vers du poème offensif a été conservé sur la pierre,
mais ce qui y demeure lisible semble presque certainement être
obscène. (HEDREEN, 2007, p. 186, notre traduction).
La suggestion ici est que le dithyrambe archaïque pourrait aussi
avoir des traits obscènes. Selon une telle hypothèse, ce genre de performance
improvisée et ludique – telle qu’elle est présente dans le fr. 120 W (fr. 96
Lasserre) – constituerait le type d’ambiance parfaite pour des excès sexuels
et des abus alcooliques : malgré leur impropriété à l’égard d’une moralité trop
stricte, ces traits se révéleraient, ainsi, indispensables pour le développement
de la société archaïque (comme, d’ailleurs, pour la plupart des sociétés au
long de l’histoire humaine). Dans ce sens, il serait possible d’imaginer que
l’occasion de performance de ces chants exécutés en l’honneur de Dionysos
– depuis au moins la période où Archiloque a vécu, mais probablement avant
cela aussi – aurait des éléments typiques des processions et des vagabondages
nocturnes qui recevaient le nom de komos.
Selon la définition d’un érudit de la poésie mélique archaïque :
[Le] komos était généralement un type informel de célébration,
fréquemment (mais non pas exclusivement) associé avec les
groupes de fêtards qui allaient, sous l’influence de l’alcool, visiter
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des symposia ou chanter des êtres aimés (des deux sexes). Il y a
de l’évidence interne que ces chansons étaient (fréquemment)
chantées en banquets de célébration. (CAREY, 2009a, p. 31,
notre traduction).
Le concept de komos est assez multiforme et – selon Steinhart (2007,
p. 212) – pourrait compter, parmi ses signifiés, aussi celui de « dithyrambe ».
La suggestion advient d’une considération développée à partir de la première
ligne des Fasti athéniens – une inscription listant les vainqueurs des disputes
musicales des Dionysies, dont les informations entre les années 473 et 328
av. J.-C. survivent encore (I.G. ii2. 2318) – où l’on affirme que « d’abord il y a
eu des komoi pour Dionysos, ensuite des tragédies... ». L’inscription indique
non seulement la précédence des chœurs dithyrambiques par rapport aux
autres genres poétiques, dans la réalisation du festival en honneur à Dionysos
en 473, mais elle démontre aussi que ces chœurs pouvaient recevoir le nom
de komoi. Selon Steinhart (2007, p. 212), le substantif komos serait un nom
archaïsant pour le dithyrambe : dans ce même sens, on pourrait lire le mot
« Komios », inscrit sur un vase corinthien représentant des « komastes » (au
début du VIème siècle av. J.-C.),34 afin de renforcer la liaison déjà suggéré
entre le dithyrambe et les performances mimétiques représentées sur la
céramique archaïque (bien que les « komastes » et les danseurs rembourrés
de cette céramique ne coïncident pas strictement avec les silènes, tout en
appartenant à une même ambiance dionysiaque).
Le schéma des représentations des performances processionnelles
dionysiaques qui se sont développées à partir de la fin de la période archaïque
– où quelques mythes de Dionysos étaient communément employés –
renforce le caractère processionnel que le dithyrambe d’Archiloque avait
déjà et, du même coup, suggère encore des rapports avec des « komastes » et
des danseurs embourrés jouant dans les festivals pour ce dieu, comme celui
qui aurait pu être établi aussi à Paros. Ces associations – entre Dionysos,
le dithyrambe et les dauphins – sont renforcées par la poésie d’Archiloque
quand on prend en compte un autre monument, source lui-même de quelques
vers du poète : le monument de Sosthénès. Ces inscriptions probablement
34 Des figures noires sur une coupe corinthienne pour mélanger du vin, c. 590-575. Paris, Musée du Louvre
CA 3004.
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ont été dédiées à Archiloque, elles aussi, dans l’Archilocheion à Paros par
un gymnasiarque du début du Ier siècle ap. J.-C. appelé Sosthénès. Elles
portent des informations basées sur les rapports historiques d’un chroniqueur
local, Démeas, dont l’œuvre précède l’inscription en environ deux siècles
(PODLECKI, 1974, p. 6). Les péripéties autour de la découverte et la
publication de ces inscriptions sont pleines de détails remarquables,35 mais il
convient de nous limiter ici à son texte initial – celui qui précède le vers d’un
intéressant épode d’Archiloque (dans notre traduction)36 :
Démeas, donc, [a enregistré] non seulement à propos de Pa[ros,
mais]
[aussi à propos de ce qui a été] exécuté par Archiloque et la pitié
[envers]
[tous les dieux] d’Archiloque et le [zèle] à l’égard de la pa[-trie. Il rappell]e toutes les choses exécutées par [le poè-]
[5] [-te], beaucoup de biens et grandes
[...] propagateur de cela pour[
[... enre]gistre Démeas chacune [de ces choses exécuté-]
[-es] et écrites par Archiloque selon [l’archontat]
chacun et débute depuis la première fois que l’archonte était
Eur[...]
[10] il dit qu’un pentécontère des milésiens portant des
ambassadeurs [à Paros,] de retour à Milet a été détrui[t dans le
détroit]
de Naxos et un parmi eux s’est sauvé, celui dont [le nom est
Koira-]
-nos, porté sur le dos par un dauphin ; après débarqu[er au]
[li]tto[ral] des syriens, il s’est enfui par une cavern[e et]
[15] en est re[venu] chez lui ; mais cette c[averne]
existe encore aujourd’hui et [à cause de lu]i elle a été appelée
Koiraneion
[et Poséidon Hip]pios y habite, tel [que]
35 Pour en savoir plus, cf. CORRÊA, 2009 [1998], p. 211-3.
36 Encore une fois, dans les témoignages sur la vie et l’oeuvre d’Archiloque, rassemblés par François
Lasserre, celui-ci est le fragment 31 et il ne se fait pas accompagner d’une traduction en français, mais d’un
commentaire en latin.
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[le poète a composé de l]ui un souveni[r disant ain-]
[si] : « de c[inquante hommes, seulement Koiranos a été laissé par]
[20] Hip[pios Poséidon.] » 37
Malgré l’état fragmentaire des inscriptions qui couvrent ce
monument, il est possible de connaître un peu sur Démeas, ses motivations
pour enregistrer la vie et l’œuvre d’Archiloque, bien comme quelques détails
du premier évènement « public » mentionné par sa poésie (au moins selon
les informations du propre Démeas). Ce chroniqueur local explicite qu’il
désire enregistrer la piété religieuse et le zèle patriotique d’Archiloque, en
racontant ses actions et ses œuvres en ordre chronologique (selon une liste
d’archontes), et il commence par le récit sur un évènement de grand intérêt
pour les associations suggérées ici : un certain Koiranos – au bord d’un
« pentécontère », c’est-à-dire, un bateau à cinquante rameurs, qui portait
des ambassadeurs de Milet à Paros et, en son retour, s’est fait détruit dans le
détroit de Naxos – a été sauvé sur le dos d’un dauphin ; ensuite il est arrivé au
littoral des syriens, d’où son retour chez lui a été possible. Le récit présente
des parallèles avec ce qu’Hérodote raconte sur la vie d’Arion – encore plus
si l’on pense à ce que le dithyrambe représente et pour l’un et pour l’autre –,
mais avant d’en proposer une interprétation il convient de consulter quelques
lectures déjà proposées à ce passage des inscriptions de Sosthénès.
Quelques érudits du début du XXème siècle, comme Hiller von
Gärtringen et Amédée Hauvette, se sont souciés surtout de la critique
historique des sources du récit de Koiranos, sans considérer ses échos
intertextuels. D’après la constatation selon laquelle d’autres sources
anciennes mentionnaient (de façon peut-être indépendante) ce même
37 L’originel grec: [ἀναγέγραφεν] γὰρ [Δ]ημέας οὐ μόνον περὶ Πά[ρου, ἀλλὰ καὶ] /[περὶ ὧν πέπ]ρα̣κ̣ται
ὑπὸ Ἀρχιλό̣χ̣ου καὶ τῆς Ἀρχιλόχ[ου περὶ πάν-] / [τας τοὺς θεοὺς] εὐσ̣<ε>βείας καὶ τῆς περὶ τὴν π̣α̣τ[ρίδα
σπου-] / [δῆς· ἀνέμνησ]ε̣ γὰρ τῶν πεπραγμένων ὑ[πὸ τοῦ ποι-] / [ητοῦ] πολλῶν καὶ μεγάλων ἀγαθῶν / [..]
ς τοῦ ἀνηγαγωχότος ταῦτα εἰς αὐ[ / [.......ἀν]αγέγραφεν δὲ ὁ Δημέας ἕκαστα [τῶν τε πεπραγμέ-] / [ν]ων καὶ
γεγραμμένων ὑπὸ Ἀρχιλόχου κατ̣[’ ἄρχοντα] / ἕ̣καστον καὶ ἦρκται ἀπὸ ἄρχοντος πρῶτον Εὐρ[….. ἐφ’ οὗ] /
λεγεῖ πεντηκόντορο<ν> ιλησίων πρέσβεις ἄγ[ουσα<ν> εἰς Πάρον] / καὶ ἀνακομιζομένη<ν> ἐγ ιλήτου
διαφθαρῆνα[ι ἐν <τῶι> πορθμῶι] / τῶι αξιακῶι καὶ σωθῆναι ἕνα τινὰ αὐτῶν, ὧι ὄ[νομα οίρα-] / νος, ὑπὸ
δελφῖνος ἀναλημφθέντα, καὶ ἐκπεσόν[τα εἰς τὸν] / τ[ῶ]ν Συρίων [αἰ]γι[αλὸ]ν εἴς τι σ[π]ήλαιον συνφυ[γεῖν
καὶ] / ἐκεῖθεν αὖτ[ις ἐλθεῖν εἰς] τὴν ἰδίαν· τὸ δὲ σπ[ήλαιον] / ἔτι νῦν ὑ[πάρχει καὶ ἀπ’ ἐκεί]νου οιράνει[ον
καλεῖ- / [τ]αι, κ[αὶ ναίει Ποσειδῶν ὁ ἵ]π̣πιος ἔντ[οσθε, καθ]- / άπ[ερ ὁ ποιητὴς ποιεῖται αὐτο]ῦ μνήμη[ν, λέγων
οὕ]- / τ[ω] · π[εντήκοντ’ ἀνδρῶν λίπε οίρα]ν[ο]ν ἵππ[ιος Ποσει- / [δῶν].
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évènement,38 ces érudits concluaient que Démeas probablement aurait
employé le vers d’Archiloque pour développer les traits généraux de ce
récit fantastique, dont la dimension historique serait fortement douteuse
(HAUVETTE, 1905, p. 9-11).39
Des travaux plus récents, par contre, ont souligné les coïncidences
entre le récit du monument de Sosthénès et celui d’Hérodote (1.23-4) sur
Arion, en suggérant des considérations sur le contexte historique qui entourait
les traditions poétiques en question. Anthony Podlecki, par exemple, suggère
– d’après quelques réflexions historiques sur la politique externe de Paros,
Naxos et Corinthe à l’époque d’Archiloque – que le poète n’aurait pas eu
de rapports étroits avec les sanctuaires apolliniens : sa poésie s’opposerait
de manière ouverte non seulement à l’île de Naxos (voisine et ennemie de
Paros), responsable d’appuyer le sanctuaire d’Apollon dans l’île de Délos,
mais aussi à Corinthe, responsable d’appuyer le sanctuaire d’Apollon à
Delphes.40 L’opposition entre Paros et Corinthe, selon Podlecki (1974, p.
16), serait sous-jacente aux « coïncidences » entre le récit sur Archiloque et
celui, plus tardif, d’Hérodote sur Arion, dont la motivation serait plutôt liée
à un sentiment de compétition entre Paros et Corinthe qu’à n’importe quelle
possible idée de coopération.
Devant l’impossibilité de définir la date du surgissement du rapport
sur le sauvetage miraculeux de Koiranos par le dauphin – puisque le vers
préservé d’Archiloque n’incide pas directement sur ce point –, il vaut la
peine de restreindre les considérations seulement à ce que l’on peut établir
avec sûreté à partir du jeu intertextuel entre le récit d’Hérodote sur Arion
38 Plutarque (sol. anim. 36), qui est le seul à citer le vers d’Archiloque (fr. 192 W), en plus de Philarque (81
F 26) et Elian (H.A. 8.3), dont l’intérêt semble se tourner vers l’aspect fabuleux de l’histoire (CORRÊA, 2009
[1998], p. 216, n. 17; CORRÊA 2010, p. 211-24).
39 Les conclusions d’Amédée Hauvette reprennent l’argumentation de Hiller von Gärtringen dans son
attitude scéptique caractéristique de la philologie classique du XIXème siècle : « Comment ne pas se défier
d’ailleurs d’un historien qui enregistrait avec une égale assurance des faits historiques et l’aventure de
Koiranos ? Et pourtant, la découverte de M. Hiller von Gärtringen apporte quelques données nouvelles au
problème chronologique et biographique qui nous occupe : désormais une saine critique ne saurait affirmer,
ce semble, que les chronographes de l’antiquité n’ont fondé leurs calculs, en ce qui concerne Archiloque,
que sur des concordances vagues et des combinaisons arbitraires ; une tradition, mêlée sans doute d’erreurs
et de légendes, s’est de bonne heure fixée dans la patrie même du poète, et il n’est pas juste de soutenir que
l’érudition alexandrine ait eu tout à faire pour reconstituer, ou mieux pour imaginer de toutes pièces, une
biographie chronologique d’Archiloque. » (HAUVETTE, 1905, p. 11).
40 Ces idées de Podlecki contrarient l’opinion de Parke (1958, p. 94) dans ce qui concerne une coopération
entre Archiloque et la Pythie de Delphes.
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et les inscriptions de Sosthénès (apuyées sur ce que Démeas avait écrit)
dans son récit sur Koiranos. D’abord il faut noter l’évidente convergence de
signifié entre chacun des sauvetages pendant un voyage maritime à partir de
l’intervention d’un dauphin. La valeur que ces représentations avaient pour
l’imaginaire hellénique archaïque et classique a été suffisamment soulignée
par les témoignages poétiques, historiques et pictographiques de l’époque et
il convient d’en extraire quelques déploiements pour le contexte en question :
l’expansion géographique à travers les voyages maritimes, avec leurs frictions
et leurs nouvelles relations ; l’incrément du contact commercial, avec ses
risques et ses possibilités ; le développement d’un mouvement culturel, avec
ses chocs et ses émerveillements. Les implications de telles représentations
sont spécialement significatives – quand on considère la dissémination de
produits si caractéristiques de la civilisation hellénique de l’époque, comme
la céramique et le vin –, pour les cultes qui se popularisaient (comme ceux de
Dionysos et Apollon) et les genres poétiques liés à eux (comme le dithyrambe
et le péan).
Dans ce sens, il n’est pas à ignorer le fait qu’un ambassadeur
de Milet, appelé Koiranos – après avoir embarqué à Paros, une île où le
dithyrambe d’Archiloque probablement était déjà exécuté en performances
dont les traits généraux devaient coïncider avec ce que l’on voit dans certaines
représentations sur la céramique de cette époque – ait souffert un naufrage
dans le détroit de Naxos – une île dont les relations avec Délos indiquent son
probable contact avec les péans exécutés en l’honneur d’Apollon41 – et, après
son sauvetage miraculeux par un dauphin (animal en rapport et à Dionysos
et à Apollon, comme indiquent les H. hom. 7 et 3, respectivement), ait été
conduit jusqu’au littoral des syriens, en Palestine, pour en retourner à Milet.
La mention du sanctuaire de Poséidon Hippios encore en activité dans cette
région (au moins jusqu’à l’époque de Démeas, au IIIème siècle av. J.-C.), à
l’intérieur de la caverne qui aurait abrité Koiranos après le sauvetage par le
dauphin – et qui était donc appelé Koiraneion à cause de lui – renforce les
41 Il n’est pas à ignorer l’importance du culte à Dionysos dans l’île de Naxos aussi. Pour en savoir plus :
ANGLIKER, 2019.
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implications religieuses de l’évènement.42 En tout cas, ce que cet important
récit légué par les inscriptions du monument de Sosthénès semble indiquer est
l’existence d’un réseau de contacts culturels – diplomatiques, commerciaux,
religieux et poétiques – au long de tout l’Égée : de Milet à Paros et Naxos
jusqu’en Palestine.
On peut noter que les « coïncidences » entre les rapports sur les
sauvetages miraculeux par des dauphins, et d’Arion et de Koiranos, en plus
des rivalités possibles entre les villes de Corinthe et de Paros, indiquent un
mouvement culturel plus large qui implique des domaines différents de la
vie dans la société archaïque parmi les habitants de régions aussi éloignées
que l’Attique (Athènes), le Péloponnèse (Sicyone, Corinthe et Sparte), la
Grand-Grèce (Syracuse et Tarente), les îles de la mer Égée (Paros, Naxos et
Lesbos), l’Ionia (Milet) jusqu’à la côte des syriens, en Palestine. Et toutes
ces régions sont reliées à travers des raports qui traitent de la diffusion d’un
produit culturel, le dithyrambe, à partir de ses associations religieuses (avec
Dionysos), commerciales (avec du vin et de la céramique) et poétiques
(avec d’autres performances chorales, comme le péan). Le résultat de ce
réseau d’associations culturelles à travers ces vastes régions géographiques
suppose nécessairement la mobilité de poètes – tels qu’Arion de Méthymne,
Archiloque de Paros et (pourquoi pas?) Koiranos de Milet –, bien comme la
création de festivals de musique et de sanctuaires sacrés afin que ces poètes
et leurs communautés se manifestent et entrent en contact les uns avec les
autres. Tous ces facteurs ont certainement contribué, depuis au moins le
milieu du VIIème siècle av. J.-C., pour former une sorte de koinè poétique, qui
a développé une diction poétique de moins en moins locale et de plus en plus
panhellénique.43
On voudrait démarquer dans les considérations proposées ici, à partir
de ce que l’on a déjà vu, les multiples associations entre les performances
musicales chorales (certainement mimétiques, au sens large, et probablement
aussi au sens strict), les cultes populaires, l’expansion des activités
42 Usener (1899, p. 149) emploie la localisation de la grotte du Koiraneion donnée par Plutarque (Mor.
985a), sur l’île de Sikinos, pour proposer sa relation avec un ancien culte à Dionysos dans une grotte à Naxos
(Porph. De antro 9). Selon lui, le dieu y cultué ne serait pas Poséidon mais Dionysos (dans sa manifestation
hivernale). Pourtant, Corrêa (2010, p. 220, n. 22) affirme que Stebbins a bien critiqué cette interprétation à la
page 63 du livre The Dolphin in the Literature and Art of Greece and Rome (1929), mais nous n’avons pas
eu accès à ce livre ici.
43 Cette idée d’une koinè poétique a été avancée par D’Alessio (2009, p. 127).
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commerciales, l’ascension de nouvelles couches sociales, le changement
de régimes politiques, l’ouverture à de nouvelles manifestations culturelles,
sans oublier les larges mouvements de résistance en réaction à tous ces
changements. Ce n’est pas un hasard si, dans d’innombrables témoignages
anciens, ces mouvements d’ouverture et d’élargissement des frontières
culturelles traditionnelles se sont faits accompagner de manifestations
déclarées d’opposition à eux. La dynamique des développements culturels
se déroule fréquemment de manière dialectique entre les forces opposées
de la tradition et de l’innovation, de sorte que la tension perçue au sein de
beaucoup de ces témoignages – dans leurs manifestations à la fois poétiques
et textuelles ainsi que pictographiques et monumentales – est due en bonne
partie à la logique même du contact entre différentes cultures qui, en
coopérant entre elles ou en se combattant, essaient de se développer et de
s’affirmer.44
Au-delà de ces raisons sociologiques, la fréquence avec laquelle
l’opposition se manifeste sur de nombreux points liés au mouvement esquissé
ici, notamment dans ses différents rapports avec Dionysos, s’explique aussi
par des motivations morales et psychologiques. Les mythes de résistance à
Dionysos semblent travailler la difficile tension qui demeure implicite aux
phénomènes douteux de la compétence de ce dieu – l’ivresse (conduisant
à la sociabilité ou à la dissension sociale), la sexualité (comme promotion
de fertilité ou d’immoralité) et l’extase (comme manifestation de piété
religieuse ou de manque irrationnel de contrôle), parmi d’autres. En ce sens,
ces mythes offriraient des représentations paradoxales de quelque chose
d’inhérent à la mentalité divisée et hésitante des membres de cette société
dans son ensemble.45 Cela expliquerait probablement aussi le caractère
étranger de Dionysos, dans la mesure où ce statut s’avère être une condition
importante pour les mythes représentant la résistance à un culte aussi étrange
– et pourtant aussi essentiel – que celui de ce dieu venu toujours d’ailleurs.46
L’histoire d’une divinité étrangère, introduite dans toute région
44 D’Angour (1997, p, 337, n. 42) suggère une idée pareille à partir du développement de la musique grecque
ancienne.
45 Ces suggestions ont été développées par Dodds (1963 [1944], p. xvi) et reprises par Ustinova (2018, p.
192-197).
46 Pour avoir des détails sur ce caractère ambigu de Dionysos, cf. OTTO, 1965 [1933] ; DODDS, 1963
[1944], p. xl-l ; OSBORNE, 1987, p. 189-192 ; SEAFORD, 1994, p. 251-7 ; CSAPO, 1997, p. 255 ; p. 264 ;
SOURVINOU-INWOOD, 2003, p. 152-4 ; USTINOVA, 2018, p. 172-174.
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contre la volonté de ses habitants, sera trouvée dans d’innombrables récits
liés à Dionysos, à son culte et à ses personnages. Cela, cependant, ne signifie
pas, comme certains savants modernes l’ont suggéré, que cette divinité serait
nécessairement étrangère – d’origine thrace ou orientale47 –, mais que son
culte « indigène » se serait développé en opposition à la résistance présentée
par ceux qui n’avaient pas d’intérêt à sa diffusion et à la croissance de son
influence. Les questions posées par Dabdab Trabulsi au début de son étude
sur le phénomène du dionysisme chez les peuples helléniques peuvent être
reprises ici avec profit:
[E]st-ce que vouloir rejeter Dionysos du côté du barbare serait
une volonté d’écarter, de la part de la polis, un quelconque côté
irrationnel ? Ou encore : Dionysos aurait-il forcé son chemin
dans le monde divin qui se (re)organisait pendant l’archaïsme
à travers la lutte des paysans qui sauvant leurs croyances de la
chute du côté du « barbare » se sauveraient simultanément euxmêmes de tomber dans le camp (en formation) des étrangersbarbares-esclaves, résistant ainsi à la tentative des aristoi de
les écarter de la citoyenneté ? De quelle façon et dans quelle
mesure le dionysisme a-t-il pu fonctionner comme une religion
populaire ? (DABDAB TRABULSI, 1990, p. 39).
Devant la série d’associations décrites ici, tout indique la direction
que la réponse à ces questions devrait prendre afin d’articuler bien les
sources anciennes et leurs interprétations modernes. Le principal intérêt de
la présente enquête concerne le développement d’une forme poétique en
connection avec Dionysos, le dithyrambe, genre dont le caractère mimétique
a été bien démontré (même avant l’institution des compétitions dramatiques
à Athènes), et, dans ce but, la visite à la tradition des représentations
chorales et des connections commerciales autour de l’Égée s’est révélée très
importante : la culture hellénique s’est développée internement à partir des
47 Le principal défenseur de cette idée, encore au XIXème siècle, a été Erwin Rohde (1894, p. 295-326),
quoiqu’elle ait survécu jusqu’à aujourd’hui, présente dans d’œuvres aussi différentes que celles de Ridgeway
(1910, p. 24-5), Dodds (1963 [1944], p. xx-xxv), Jeanmaire (1970, p. 22-56), Eudoro de Souza (1986, p. 74)
et Oliveira (2012, p. 19).
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riches contacts entre ses propres régions mais aussi externement à partir des
contacts encore plus riches avec d’autres peuples et civilisations autour de la
Méditéranée. La compréhension de ces contacts constitue la voie privilégiée
d’accès à une compréhension plus complète de notre passé et, par conséquent,
aussi de notre présent et de notre futur.
À partir du célèbre fragment dithyrambique attribué à Archiloque – fr.
120 W, fr. 96 Lasserre –, nous avons développé ici une série de considérations
sur les rapports entre le culte de Dionysos et la dissémination du dithyrambe
par les voies du commerce maritime, liés aussi à l’exportation de vin et de
céramique, autour de l’Égée. En considération encore aux témoignages
épigraphiques et pictographiques, notre interprétation des sources historiques
s’efforce d’esquisser les réseaux culturels créés à cette époque afin de les
comprendre comme des moyens incontournables pour le développement de
la culture hellénique en général. Archiloque devient ainsi le centre d’une
interprétation ample de quelques aspects de l’Antiquité archaïque à la lumière
de ses rapports avec Dionysos, ce dieu venu toujours d’ailleurs.48
Références bibliographiques
ANGLIKER, Erica. “Images of Dionysos, Images for Dionysos : The God’s
Terracottas at Cycladic Sanctuaries.” In: MORAIS, Rui; LEÃO, Delfim;
RODRÍGUEZ PÉREZ, Diana (eds.). Greek Art in Motion: Studies in
honour of Sir John Boardman on the occasion of his 90th birthday. London:
Archaeopress Archaeology, 2019, p. 115-126.
ARCHILOQUE. Fragments. Texte établi par François Lasserre, traduit et
commenté par André Bonnard. Paris : Les Belles Lettres, 1968.
48 Ce texte fait partie d’une dissertation présentée en 2018, pour l’obtention du diplôme de master en Lettres :
Littératures Classiques, par nous, Rafael Silva, sous la direction de Teodoro Rennó Assunção. Dans ce travail
nous développons plus profondément des considérations autour d’une « archéologie du drame en Grèce
ancienne » (SILVA, 2018).
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