A Quatro Cinco Um selecionou alguns livros de autoras travestis brasileiras publicados nos últimos quinze anos
Primeiro livro publicado no Brasil por uma travesti, em 2007. A célebre autora e atriz, que ficou famosa por ser cabeleireira no Rio de Janeiro, morreu em 2021, aos 77 anos. O livro reúne suas memórias e anedotas do mundo artístico, com passagens por Nova York e Paris, e traz 80 imagens da sua vida.
“Me veem como travesti e já me imaginam puta, e qual seu preço, se sou ativa, assédio como nunca vi antes, coisa de enlouquecer”, escreve a escritora e crítica literária, ao dissecar como a sociedade a vê quando se percebe travesti. O livro traz ainda tirinhas de Laerte.
Uma composição de contos, ensaios, poemas e a transcrição de uma cena da aclamada performance teatral “Manifesto Trav (Eco)-Ciborgue”.
Com prefácio de Jean Willys, o livro da cantora, atriz, DJ, performer, escritora e artista plástica reúne crônicas que falam da sua luta contra o racismo, a transfobia e um câncer, cujo tratamento foi bem-sucedido.
O livro da travesti que se tornou um fenômeno após ter um vídeo viralizado no YouTube conta a sua história, com a ajuda da jornalista Nana Queiroz, marcada pela morte da maioria de suas amigas para a prostituição, as cafetinas, o preconceito, as drogas, a aids e o suicídio.
A poeta e slammer alagoana, que vive em Brasília, publicou uma coletânea de poemas que escancara o corpo travesti e preto como político e que vive em disputa por seus direitos e espaços.
A partir de suas vivências como mulher negra travesti, a autora vale-se de uma abordagem feminista negra, interseccionando gênero, raça, classe e sexualidade.
Partindo da própria história, a autora descreve sua infância como criança trans, questionando o que é considerado “natural” a partir do olhar cisgênero, entremeando cultura virtual contemporânea e a literatura científica e vinculando estudos sobre infância.
A autora se debruça sobre a criança e adolescente LGBTQIA+ e sua relação com o sistema educacional e o ambiente escolar.
Nem tão bela, nem tão louca
Ruddy Pinho
Nova Razão Cultural
Bricolagem travesti
Maria Léo Araruna
Padê Editorial
E se eu fosse puta
Amara Moira
Hoo
Periférica
Kika Sena
Padê Editorial
Eu, travesti: memórias de Luísa Marilac
Luísa Marilac e Nana Queiroz
Record
Transradioativa: você me conhece porque tem medo ou tem medo porque me conhece?
Valéria Barcellos
Arole Cultural
O diabo em forma de gente: (r)existências de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação
Megg Rayara
Devires
Crianças trans: infâncias possíveis
Sofia Favero
Devires
Pedagogia da desobediência: travestilizando a educação
Thiffany Odara
Devires
Produção e textos:
Quatro cinco um