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Um ano da quebra da FTX, uma fake news e uma esperança para o Bitcoin

Criptomoeda bateu os US$ 35 mil, maior nível desde maio de 2022, impulsionada pela perspectiva de um ETF da BlackRock. Entenda o caso.

Por Sofia Kercher
Atualizado em 26 abr 2024, 14h17 - Publicado em 10 nov 2023, 07h00
 (Tamires Mazzo/Fotos: Getty Images/VOCÊ S/A)
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Faz um ano que uma das maiores corretoras de cripto do mundo, a FTX, declarou falência nos EUA. O fundador, Sam Bankman-Fried, usava o dinheiro dos clientes para comprar sua própria criptomoeda, a FTT (criando demanda falsa para valorizá-la). Quando o mercado percebeu a falcatrua, o FTT derreteu, levando junto a grana da clientela (que estava, veja só, na forma de FTTs). Sobrou um rombo de US$ 8 bilhões, uma das maiores fraudes financeiras da
história americana.

Logo após a quebra, Bankman-Fried foi indiciado, e seu julgamento está chegando ao fim agora em novembro. Mas a tramitação judicial do maior engodo do setor não foi suficiente para tirar o ânimo dos criptoentusiastas – e eles voltaram a sorrir. Cortesia da BlackRock.

US$ 8 bilhões é o tamanho do rombo causado pela quebra da FTX.

A maior gestora de investimentos do mundo protocolou na Nasdaq o pedido para lançar um fundo de índice (ETF) de Bitcoin nos EUA. Era só o registro do ticker, caso a aprovação da SEC (a CVM deles) saia, mas bastou para causar euforia, e a cripto subiu 15% e bateu os US$ 35 mil, um feito que não atingia desde maio de 2022.

No fim de outubro, o ativo continuava rodando a casa dos US$ 34 mil (aumento considerável desde o estouro da FTX, quando chegou aos US$ 16 mil, mas bem menos que sua máxima de dois anos atrás, a US$ 69 mil). Os otimistas esperam que a chancela da maior gestora de ativos do mundo seja o empurrão que setor precisa para
adentrar novamente um tão sonhado bull market. Mas ainda não é garantido que a SEC aprovará o fundo – afinal, o
órgão tem negado pedidos similares nos últimos 10 anos, alegando que os ativos não oferecem segurança suficiente para os investidores.

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E um rumor – ou fake news – sobre os ETFs ilustram os motivos de preocupação da SEC. Em meados de outubro, o Bitcoin já havia dado um salto de 10% num único dia. Isso porque se espalhou a notícia de que a aprovação havia saído. Logo depois, a BlackRock negou e o preço retrocedeu. Só que aquele repique deixou um prejuízo de US$ 85 milhões para quem apostava na queda no Bitcoin. Isso enquanto reguladores tentam impor regras de Wall Street ao setor, para evitar que o caso FTX se repita.

O mercado permanece similar a como Bankman-Fried o deixou, há um ano. Muito volátil, pouco regulamentado, movido a hypes e burburinhos vazios. A não ser que haja um avanço na legislação, os investidores cripto seguem vulneráveis a maracutaias à lá FTX, com ETF da BlackRock ou não.

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