O setor de energia elétrica deverá receber, nos próximos dez anos, investimentos de R$ 530 bilhões em geração e transmissão, conforme estimativas da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O valor é quase o dobro dos R$ 269 milhões previstos pela empresa em seu plano decenal relativo ao período encerrado em 2021. As mudanças de cenário, entretanto, não se limitam às dimensões superlativas do novo ciclo de investimento, mas, sobretudo, à origem de recursos para financiar a expansão de 37% do potencial de geração, que adicionará 75 GW à matriz elétrica. Nesse novo modelo, os mercados de capital e de crédito privados ampliam gradualmente a oferta de recursos, enquanto os bancos de fomento reduzem sua participação, abrindo espaço para diversificação de fontes e de instrumentos de captação.
Debêntures e mercado de capitais têm mais fôlego
Bancos públicos perdem espaço no crédito ao setor
Por Mônica Magnavita — Para o Valor, do Rio