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Por Danylo Martins — Para o Valor, de São Paulo


A necessidade de diversificação do portfólio tem atraído cada vez mais recursos para os fundos de investimento no exterior. Essas carteiras somam até 1º de abril R$ 735 bilhões em patrimônio líquido (PL), um incremento de 40% em 12 meses, conforme dados da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Negociados no mercado local, esses fundos possibilitam ao investidor acessar papéis de renda fixa e ações de empresas nos EUA, na Europa ou na Ásia, por exemplo, sem precisar abrir conta no exterior. Para investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão em aplicações) e profissionais, essa família de fundos precisa ter no mínimo 67% do PL aplicado no exterior.

Já os produtos voltados ao varejo devem respeitar o limite de 20% para alocação no exterior. Mas isso pode mudar, já que no fim do ano passado a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) colocou em audiência pública proposta para investidores de varejo terem acesso a fundos com carteira 100% aplicada no exterior. O prazo para recebimento de sugestões e comentários termina nesta quinta-feira.

Com dois fundos entre os destaques, a Bradesco Asset Management (Bram) multiplicou por cinco seu patrimônio na estratégia de investimento no exterior, diz Ricardo Eleutério, superintendente executivo da gestora. Entre os produtos está o renda fixa Dívida Crédito Soberano, que compra dívida soberana brasileira no exterior, com exposição cambial.

“É um produto dolarizado, para quem tem objetivo de investir para a educação dos filhos no médio e longo prazo, por exemplo”, aponta Eleutério. Este ano, a carteira rendeu 4,13% até 6 de abril.

Já o multimercado Santander Select Global Equities, com patrimônio de R$ 1,6 bilhão, tem como mandato alocar os recursos em 10 a 15 gestores de fundos que operam ações globais. O benchmark da carteira é o índice MSCI World, que abrange ativos de 23 mercados emergentes e 23 países desenvolvidos.

“O desempenho do fundo inclui a performance das ações no exterior mais a variação da moeda, porque não tem hedge cambial”, explica Renato Santaniello, head de soluções de investimentos e multimercados do Santander. Este ano, até 6 de abril, o fundo tem ganho de 15,48%, contra 14,65% do índice de referência.

Também oferecido ao público com mais de R$ 1 milhão em aplicações, o fundo de ações Absoluto Global Equities USD, da gestora do BTG Pactual, aloca os recursos normalmente em dez ações, que costumam compor de 70% a 80% do portfólio. São empresas americanas em setores como consumo, tecnologia e serviços financeiros. “Buscamos diferencial competitivo, barreira de entrada, potencial de crescimento, marca e diversificação de cliente”, diz Pedro Maia, sócio do BTG Pactual e gestor da estratégia Absoluto.

Com cerca de US$ 250 milhões de patrimônio, a estratégia rendeu 40% em 2020. Este ano, até 6 de abril, acumula retorno de 10,79%.

Com patrimônio de R$ 82 milhões, o multimercado Neuberger Berman US Multi Cap, gerido pela XP Vista Asset Management, traz a estratégia da americana Neuberger Berman, criada em 1939 e com mais de US$ 350 bilhões sob seu guarda-chuva. “Eles avaliam mais de 2 mil ações, e vão passando por vários filtros, até chegar a um portfolio de 30 a 40 empresas”, diz Fabiano Cintra, especialista em fundos internacionais da XP.

O fundo está disponível para investidores qualificados na plataforma da XP e não tem hedge cambial, portanto, a variação do dólar tem efeito no desempenho. Este ano, até 6 de abril, a estratégia está rendendo 17,32%, versus 16,73% de retorno do S&P 500, índice de referência.

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