Telecomunicações
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Por Rose Crespo, Para o Valor — São Paulo


O mercado de cloud avança no Brasil e provocou uma verdadeira revolução ao facilitar o acesso a soluções e serviços disruptivos. “Nos próximos dez anos, 80% dos dados devem estar na nuvem e, desde 2020, a capacidade computacional da nuvem superou os datacenters”, disse Marlísio Campos, sócio da Deloitte, em painel do Futurecom. Em constante ebulição, o mercado caminha para a evolução com aplicações diferenciadas, que coletam dados desde a ponta até produtos complexos que prometem gerenciar a completa infraestrutura com nuvem pública, privada, dispositivos IoT (sigla de internet das coisas), inteligência artificial e conexão via 5G.

É o conceito de meta cloud, que permite criar uma camada de abstração para reduzir a complexidade e facilitar o acesso às informações. “O usuário interage com essa camada de orquestração que contribui para aprimorar o gerenciamento do complexo ambiente das empresas”, disse Diuliana França, diretora de serviços cloud B2B da Embratel . Segundo a executiva, o produto já existente no portfólio, passa por uma atualização para inserir o conceito de meta cloud e será lançado em breve.

Apesar do amadurecimento do mercado, especialistas apostam que a adoção da nuvem tende a crescer ainda mais, principalmente na esfera governamental. “O governo ainda é um pouco reativo e a vanguarda tecnológica é maior no setor privado. Em médio prazo, o cenário tende a mudar e o Brasil terá um grande papel em iniciativas para minimizar o impacto no meio ambiente, por exemplo”, afirmou o sócio da Deloitte. “A burocracia impede que as coisas aconteçam de forma mais rápida”, argumentou a diretora da Embratel, que apontou iniciativas bem sucedidas, como as urnas eletrônicas.

A sofisticação dos sistemas de edge computing já são uma realidade. Em parceria com o Complexo Industrial Portuário de Suape, em Recife (PE), a Embratel instalou uma solução de vídeo analytics conectada à rede 5G da Claro, para otimizar a logística de veículos em pátio do porto. O projeto prevê o monitoramento de entrada e saída do alto fluxo e a localização exata dos veículos durante o deslocamento. Câmeras conectadas fazem a leitura, por meio de IA, da tag de cada um dos carros, coletando o número do chassi. O dado é registrado em uma plataforma, que guarda informações como horário de chegada, vaga onde ficou parado etc.

Para Fernando Penna, gerente de desenvolvimento de negócios em nuvem da Huawei Brasil , as tecnologias de computação caminham para a inteligência cognitiva, segurança intrínseca, computação ecológica e integrada, entre outras, que favorecem a evolução de “Tudo na Nuvem”. “É a melhor alternativa para armazenar e monitorar dados em escala. O modelo de negócios do ‘everything as a service’ está na essência da computação em cloud”, disse o gerente.

O executivo da Huawei contou que são usadas soluções de nuvem da empresa em diferentes indústrias. No Porto de Santos, em São Paulo, ela lidera um projeto para automatizar a logística, a exemplo do Porto de Tianjin, na China. A ideia é controlar de maneira inteligente a entrada e saída de caminhões, que poderá aumentar em cinco vezes a capacidade de atuação dos portos.

A comunicação em tempo real na ponta é fundamental para determinadas aplicações, como carros autônomos. “Se o dispositivo perde a comunicação com a nuvem, por exemplo, e precisa virar à direita, um acidente pode acontecer se ele não tiver autonomia”, disse o sócio da Deloitte.

A importância dos contínuos investimentos em camadas de segurança e cibersegurança nos sistemas multicloud foi um ponto destacado pelos participantes do painel. Para a diretora da Embratel, os fornecedores gastam bilhões de dólares para proteger os dados. “A responsabilidade deve ser compartilhada. O cliente, por exemplo, não pode esquecer de configurar um firewall numa máquina, criando uma brecha.”

A sensação de estar seguro no ambiente é perigosa, colocando em risco a segurança. “É o maior erro que se pode cometer. As empresas precisam se preparar para o pior e traçar estratégias de ação em caso de invasão”, ressaltou Edson Stein, executivo de contas especialista em telecom da VM Ware.

Em expansão no Brasil, a Huawei Cloud já tem mais de 300 clientes e 40 parceiros localmente. Como exemplo de projeto desafiador de processamento em nuvem, o gerente mencionou o maior banco da China, com mais de 500 milhões de correntistas, o dobro da população brasileira. “O desafio é atender à alta necessidade de processamento com segurança e eficiência. O banco mantém um ecossistema de parceiros para oferecer serviços personalizados aos clientes”, disse o gerente da Huawe

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