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Por Para o Valor — São Paulo

Os efeitos climáticos são piores para países emergentes. O alerta foi dado por Esther Duflo, vencedora do Prêmio Nobre de Economia 2019, durante o Febraban Tech 2024. “Um dos principais progressos que a humanidade viu desde o século XX até o início da década de 2020, que foi a redução pela metade da quantidade de pessoas vivendo em extrema pobreza, pode estar em risco por conta dos efeitos das mudanças climáticas, especialmente em países pobres”, afirma.

Segundo ela, a desigualdade entre países avançados e emergentes quanto aos níveis de emissão de gases responsáveis pelo efeito estufa precisa ser compensada. “Os 10% dos americanos mais ricos emitem 122 vezes mais gases de efeito estufa do que um africano médio”, diz. “O Brasil, na presidência do G20, mobilizou-se para ver o que fazer com o problema, e isso está ajudando a criar soluções sobre onde o dinheiro poderá ser encontrado para compensar financeiramente os emergentes por conta dos efeitos das mudanças climáticas”.

Duflo enfatizou que o aumento da temperatura impede as crianças de se concentrarem, o que prejudica o aprendizado. “O Brasil vivenciou os efeitos da mudança climática, que impactou o Rio Grande do Sul”, afirma. “As enchentes forçaram o fechamento das escolas por muito tempo”. Segundo a Secretaria Estadual de Educação, um mês após os principais efeitos da tragédia climática, 6,9 mil estudantes ainda estavam sem aula.

Para Tatiana Monteiro de Barros, fundadora do Movimento União BR – que atua como ponte entre quem quer ajudar e quem precisa de ajuda –, a transformação da realidade virá com o trabalho em rede. Com mais de 4 mil voluntários, o movimento já apoiou mais de 28 milhões de pessoas e 3 mil ONGs e secretarias com fornecimento de equipamentos para 500 hospitais, 11 milhões de EPIs, 40 mil toneladas de alimentos.

“Para o Rio Grande do Sul, arrecadamos cerca de R$ 8 milhões de empresas e pessoas físicas, que foram transformados em mais de 200 mil itens entregues, entre refeições desidratadas, kits de higiene pessoal e filtros purificadores de água”, diz. “Agora, estamos trabalhando na reconstrução, com o envio de carretas de saúde com atendimento feito por médicos do SUS, reformando cozinhas de 188 escolas de 55 municípios e erguendo 500 casas”.

Trabalhar de maneira estratégica, atendendo as necessidades de cada etapa, do início da tragédia à reconstrução, é o que faz a Central Única das Favelas (Cufa) que atua em mais de 5 mil comunidades no Brasil e em 41 países. “A Cufa consegue se conectar com uma rede plural e promove ações coordenadas para levar ajuda”, afirma Kalyne Lima. Segundo ela, o maior desafio é fazer com que as pessoas abracem a proposta, é firmar parcerias. “A Cufa quebrou barreiras a partir da criação de uma metodologia de trabalho eficaz, boa reputação, prestação de contas e transparência”, diz. “O fato de ser apartidária, nos garante a entrada em todos os territórios com o propósito de gerar impacto positivo”.

Fundadora do Nações Valquírias, organização social que trabalha para transformar a vida de meninas e mulheres em situação de vulnerabilidade social e emocional, Amanda de Oliveira afirma que quando se fala de parceria, se fala de avanço coletivo, porque sozinho ninguém faz nada. Amanda foi moradora de favela e teve a vida transformada por um projeto social. Há 15 anos, decidiu criar a Nações Valquírias, que já impactou mais de 365 mil mulheres, mapeou ONGs de lideranças femininas em todo o país e investiu na capacitação das empreendedoras sociais. “Mais de 90% das mulheres participantes fazem renda por meio do empreendedorismo, e mais de 47 empresas parceiras atuam na formação com foco no mercado de trabalho”, revela.

As Valquírias estão à frente da execução do projeto Favela 3D, em parceria com a Gerando Falcões, na comunidade Marte, em São José do Rio Preto, envolvendo 730 pessoas. “Desde que iniciamos o processo de melhoria dos indicadores sociais, com ações de qualificação profissional, empregabilidade, acesso a microcrédito e oportunidade de geração de renda, o desemprego na comunidade caiu de 60% para 5% e 100% das mulheres hoje têm conta bancária, CEP, e acesso à energia elétrica e saneamento básico”, conta Amanda Oliveira.

Integrante da Rede Mulher Empreendedora, Luciana Xarim destaca a importância de se trabalhar de maneira estruturada e fazer a comunicação de forma escalonada. “Os números do terceiro setor não são pequenos, é importante compartilhar o impacto que conseguimos gerar”, diz. Segundo ela, no futuro próximo, o domínio tecnológico formal é que quebrará barreiras. “O que muda o jogo é o conhecimento e as mulheres ainda são minoria na área. Daí a importância de trabalharmos nessa direção”, afirma.

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