O Banco Central está iniciando neste mês a segunda fase do Piloto Drex, etapa de testes para operações com a moeda digital brasileira, o Drex, anteriormente chamado de Real Digital. Ainda não há data para o lançamento oficial da moeda digital brasileira, que poderá ocorrer somente a partir de 2025 ou mesmo 2026. O mercado comenta que o BC perdeu para a iniciativa privada muitos talentos, um êxodo já apelidado de Drexit, uma analogia ao Brexit, saída do Reino Unido da União Europeia.
Pelo cronograma atual, os participantes da primeira fase e os novos players deveriam enviar, em 1º de julho, sugestões para testes com novos casos de uso. Segundo Clarissa Souza, coordenadora de tecnologia do BC, os novos casos de uso serão testados com as soluções de privacidade que já vinham sendo avaliados. O desafio é conciliar a transparência inerente à tecnologia blockchain com o sigilo bancário e as proteções à privacidade garantidas pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD).
A EY fornece uma das três soluções de privacidade testadas pelo BC, a Starlight SwapEscrow, que compete com a Rayls, da Parfin, e a Nova ZKP, da Microsoft. “Criamos uma aplicação com metodologia criptográfica chamada “prova de conhecimento zero” para encriptar as informações que não podem ficar disponíveis na rede”, explica Thamilla Talarico, sócia-líder de blockchain e ativos digitais da EY.
No Piloto Drex, o BC avaliao os benefícios da capacidade de programação da Plataforma Drex, um ecossistema de tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Tecnology - DLT), a base do blockchain. Na plataforma, baseada no DLT open source Hyperledger Bezu, são simuladas operações com ativos digitais liquidadas no atacado - apenas entre bancos e com autoridades regulatórias -, com o Drex emitido pelo BC.