SXSW 2024
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Por — O Globo, de Austin (EUA)


Vishal Sharma, vice-presidente de IA da Amazon, diz que novos modelos permitirão criar assistentes virtuais hiperpersonalizadas — Foto: Samantha Burkardt/Getty Images
Vishal Sharma, vice-presidente de IA da Amazon, diz que novos modelos permitirão criar assistentes virtuais hiperpersonalizadas — Foto: Samantha Burkardt/Getty Images

Máquinas tão inteligentes quantos seres humanos, sistemas com habilidade de aprendizagem própria e ferramentas com todo o tipo de conhecimento criativo. Essas são algumas das promessas sobre o que será possível com a Inteligência Artificial Geral (AGI, na sigla em inglês), uma aposta que está no radar de empresas como Amazon, Google e OpenAI. O novo passo da IA, em tese, poderia reproduzir as capacidades cognitivas humanas em máquinas.

Durante o SXSW, executivos e pesquisadores trouxeram as previsões de que, ainda nesta década, a AGI será uma realidade. Na Amazon, o foco é ter aplicações “extremamente focadas no cliente”, o que inclui a criação de assistentes virtuais que possam ser hiperpersonalizadas, segundo indicou Vishal Sharma, vice-presidente de IA da empresa, durante o evento de inovação.

“A noção inerente sobre AGI é a de que esses modelos se tornarão cada vez mais generalizados, capazes de criarem cada vez mais em um nível próximo da expertise humana. Definitivamente faz sentido que a AGI seja capaz de personalizar muito mais e manter o contexto pessoal sobre você”, disse.

Para o executivo, a AGI vai permitir o desenvolvimento de modelos de inteligência artificial que se adaptam a cada usuário, com interações moldadas para cada interlocutor. Sharma citou a possibilidade de aplicação da AGI na base de produtos da Amazon - da Alexa aos robôs desenvolvidos pela companhia. O resultado, afirmou, será uma “explosão de inteligência”, comparável a “uma nova Revolução Industrial”.

No início desde ano, pesquisadores da Amazon AGI, área dedicada a criar ao tema, publicaram um artigo em que alegavam que o modelo da empresa havia demonstrado ter habilidades linguísticas para as quais não havia sido treinado. A pesquisa não passou por revisão de pares.

Uma das vozes mais eloquentes sobre a iminência desse ponto de virada para a IA é a de Ray Kurzweil, ex-diretor de engenharia do Google. No SXSW, ele reafirmou sua aposta de que essa IA superpotente será uma realidade até 2029.

“O que é mais importante é que a inteligência artificial geral (AGI) poderá emular qualquer ser humano e poderá fazer tudo o que qualquer ser humano pode fazer”, disse.

Futurista conhecido por antecipar avanços da tecnologia que se tornaram realidade nos últimos anos, Kurzweil prevê que todos os atributos humanos poderão ser alcançados pela IA. Para o tecnólogo, que hoje atua como pesquisador sênior e visionário em IA do Google, esse próximo passo gerará máquinas que superaram “qualquer outra forma de criatividade”.

Na OpenAI, criadora do ChatGPT, o tema é visto como prioridade pelo CEO e fundador da companhia, Sam Altman. Ele costuma dizer que essa será a ferramenta “mais poderosa que a humanidade terá inventado”. A previsão do executivo é que a AGI se torne uma realidade até o fim desta década, também em 2029.

Em uma das mesas mais concorridas do SXSW, Peter Deng, executivo que comanda a divisão do ChatGPT na empresa, não comentou sobre a AGI, mas defendeu que todos os avanços recentes da IA têm ajudado a impulsionar as capacidades humanas. No fim do evento, ele disse que era impossível saber exatamente o que virá no futuro, mas sugeriu que as pessoas “se mantenham curiosas”.

Mesmo o pesquisador Shane Legg, o criador do termo “Inteligência Artificial Geral”, diz ser difícil prever o que significará esse mundo com uma AGI amplamente disponível. Cientista-chefe que lidera essa área de estudos do DeepMind, laboratório de pesquisas do Google, Legg diz que esses sistemas poderão “fazer todos os tipos de coisas cognitivas que as pessoas normalmente fazem”, mas que não é possível calcular qual será o impacto desse novo passo da IA.

No SXSW, o pesquisador afirmou que há “uma boa chance” de que a AGI seja alcançada até 2028, o que geraria “mudanças profundas” na sociedade. Ele comparou a criação da AGI como a Revolução Industrial, que “afetou praticamente tudo” - das leis trabalhistas ao comércio internacional, passando pelas roupas e estruturas familiares. Sobre o futuro que espera ver com a tecnologia, Legg não citou riscos econômicos e sociais.

“ [O que eu gostaria] é de um mundo onde há uma produtividade incrível na economia e em que as máquinas são capazes de gerar uma quantidade enorme de riqueza. As pessoas, de forma ampla, têm acesso a essa riqueza e todo o tipo de problemas médicos e científicos que foram intratáveis por muito tempo passam a ser resolvidos”, afirmou.

A jornalista viajou a convite do Itaú Unibanco

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