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Por Suzana Liskauskas — Do Rio


Durante uma viagem à Itália com a família, há cerca de seis anos, o empresário Jaime de Toledo ficou intrigado ao verificar que o restaurante onde teve uma das melhores experiências gastronômicas da temporada estava muito mal avaliado nas redes sociais. Ao pesquisar os textos, constatou que a maioria dos depoimentos era de consumidores que buscavam fast food, e o restaurante em questão oferecia uma experiência oposta.

As opiniões pouco palatáveis foram o ingrediente básico para Toledo criar a receita de um novo negócio, com sócio, Daniel Pisano. A partir de recursos de inteligência artificial e gamificação - processos que envolvem dinâmicas semelhantes a jogos - focados em aumentar o engajamento dos consumidores com as avaliações de produtos e serviços, criaram a Vurdere, uma plataforma baseada no conceito de “social commerce”.

Na prática, isso significa transformar a experiência de compra em momentos de interação social. No último ano, a Vurdere tem utilizado inteligência artificial generativa para analisar informações de produtos com mais profundidade, destacando características que influenciam a decisão de compra. A IA também favorece, segundo Pisano, a verificação dos perfis sociais. “O uso de perfis sociais verificados não só fortalece a conexão entre os consumidores e as marcas, criando o “match perfeito”, mas também estabelece uma atmosfera de transparência e autenticidade. Isso é essencial em um mercado tão competitivo como ocorre no e-commerce global”, diz Pisano.

Usuária da ferramenta da Vurdere há dois anos, Ana Carla Cavalcante, analista de marketing na Suvinil Glasu, diz que a plataforma da startup apresenta uma lógica de interação social que coincide com a visão de engajamento do público na Suvinil. “Fizemos a aposta de que essa abordagem poderia trazer bons resultados e engajar ainda mais os consumidores.”

A gamificação também é uma aliada para o consumidor estabelecer novas conexões ao lidar com marcas globais. Pisano cita o exemplo de um consumidor brasileiro que navega na loja de uma marca francesa. Além da tradução fidedigna, esse consumidor quer encontrar experiências compartilhadas por pessoas de mesma nacionalidade ou perfil social.

Empresa brasileira que faz parte do Grupo Stefanini e apresenta plataforma colaborativa para criação de comunidades que apoiam as marcas no engajamento de seus consumidores, a Ecglobal também é adepta da gamificação. Adriana Rocha, Co-CEO e fundadora da empresa, diz que, há quase duas décadas, utiliza a gamificação e o conceito de comunidades digitais para engajar e criar conexões entre marcas e consumidores.

No dia a dia, a integração promovida pela gamificação em plataformas de e-commerce incentiva os usuários a compartilharem suas experiências e opiniões sobre produtos. Rocha ressalta que o conceito de ‘prova social’ está no centro dessa integração. “Essa abordagem é especialmente eficaz porque alavanca a confiança e a credibilidade inerentes aos conteúdos gerados pelos usuários. Ao mesmo tempo, a IA usa esses dados para oferecer recomendações e experiências personalizadas”, diz.

Fabrício Macias, co-CEO da Macfor, agência de marketing digital, ressalta que o “social commerce” tem se tornado fundamental para estabelecer conexões autênticas e aumentar a lealdade dos clientes. A cultura dos “reviews”, análises feitas por consumidores, está crescendo nas redes. “A Amazon está se tornando cada vez mais um site de reviews. Os consumidores já a procuram pensando nisso”, diz. “Essa prática transforma o ato de comprar em uma jornada coletiva, onde transparência e autenticidade se tornam os pilares de uma experiência.”

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