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Por Ricardo Ivanov — Para o Valor, de São Paulo


Cedo ou tarde o bichinho da automação pega. E sim, a casa inteira pode ser transformada em um ajudante digital prestativo ininterrupto. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 9,9 milhões das moradias com internet no Brasil já contam com algum aparelho “inteligente”, na linha assistente virtual. Nos Estados Unidos, são 146 milhões de pessoas, segundo a Insider Intelligence. Na China, alcançará 555 milhões em 2024, conforme a Juniper Research.

A ideia é simples: tudo que usa energia elétrica pode ser comandado pela voz, bastam um assistente virtual, alguns aplicativos e acessórios ou adaptações, isso caso o lar não tenha sido construído por um tecnólatra. E o grande aprimoramento e novidade para 2024 será justamente resolver o calcanhar de Aquiles desses assistentes, que é ter uma conversa mais natural, suave e humana com ele.

Para os que não usam um assistente assim ainda, o celular é a primeira experiência. Basta ativar o assistente de voz de seu smartphone e, por exemplo, perguntar a hora ou como vai ser o tempo durante o dia que ele responde, mesmo com a tela “apagada”. “O brasileiro adota a tecnologia de um jeito muito entusiasmado”, diz Felipe Senise, head de estratégia da consultoria de data science Ilumeo, que fez uma pesquisa detalhada sobre esse mercado no país, levantando que 87% dos entrevistados já haviam usado um assistente virtual comandado por voz.

O entusiasmo vem dos três assistentes líderes de vendas no mundo e que têm seus dispositivos físicos em formato de “bolas falantes” ou telas de vídeo - nos EUA, o Google Assistant, da Alphabet, tem 85,4 milhões de usuários; a Siri, da Apple, tem 81,1 milhões; e a Alexa, da Amazon, 73,7 milhões. No Brasil não há números sobre a quantidade desses aplicativos em uso.

Conectar outros aparelhos, para alguém sagaz com tecnologia, é intuitivo - para os que não são, basta contratar um especialista para avaliar o que é necessário e instalar. É um vício: assim que se entende o que pode ser automatizado em uma casa, não há grupo de apoio para essa dependência. Para pular o técnico, é preciso o celular com o app do assistente de voz, o app dos acessórios, o falante/ouvinte físico no ambiente e uma rede wi-fi.

As luzes da casa, por exemplo, são comandadas por lâmpadas inteligentes. Todo eletrodoméstico que tem botão de liga e desliga pode ser deixado no primeiro status e com uma tomada inteligente, que parece um benjamin, você pode falar “faça o café” e ele liga a cafeteira, que previamente já foi deixada com pó e água. Luzes da árvore de Natal, ventilador, uma câmera compatível para ver quando está longe de casa ou um aparelho de som: basta pedir. Os que funcionam com controle remoto por infravermelho, como TVs e ar-condicionados, precisam de um aparelho centralizador universal. Configure, e você fala com eles ao invés de procurar o controle perdido.

Os usos diretos mais comuns, sem expandir para a casa inteligente, são o de sugerir uma música, pedir uma informação e ouvir a resposta, programar agenda ou lembretes organizacionais com alarme. “Brasileiros adoram dar bom dia, boa noite e perguntar ‘tudo bem?’ e se surpreender com as respostas”, diz Talita Taliberti, country manager da Alexa no Brasil. E os assistentes falam português. “A Alexa está inserido no contexto cultural brasileiro, não é uma tradução de uma experiência de fora. Ela entende sotaques nacionais e sabe o que está acontecendo em nossos esportes, TV, redes sociais. Tudo o que ela faz é baseado em inteligência artificial e evolui constantemente”, completa.

Já o Google Assistant leva a vantagem de estar integrado ao Google. Os algoritmos de busca dão respostas melhores e ao afinar mais ainda o que se quer, ele acerta em cheio. Até te espera caso hesite no meio de uma frase. A Alexa e o Google Assistant são compatíveis com a maioria dos aplicativos, especialmente os de música.

O mercado de assistentes virtuais por voz tem grande potencial. Propulsionado pela Inteligência Artificial, que dará a impressão de entender cada vez mais o usuário, ele tem o prognóstico de alcançar em 2029 a cifra global de US$ 50 bilhões, um salto e tanto quando comparado ao número de 2021: US$ 10 bilhões.

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