Seguros
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Por Carin Petti — Para o Valor, de São Paulo


Na esteira da pandemia de covid-19 e de mudanças regulatórias, os microsseguros, caracterizados pela flexibilidade maior e parcelas menores, registraram aumento de 195% na arrecadação entre 2019 e 2022, com vendas de R$ 1,05 bilhão no ano passado. No caso específico dos seguros de pessoas, como os de vida ou indenização por acidentes, o avanço alcançou 388%. Na cobertura contra danos, como roubos e estragos em aparelhos domésticos, a alta ficou em 30%.

Nos primeiros sete meses deste ano, a arrecadação total do segmento continuou subindo, com crescimento de 26% na comparação com o mesmo período de 2022. Os números são da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg). O desempenho é em parte resultado do novo marco regulatório dos microsseguros, que entrou em vigor no início de 2021.

“Até então existiam muitas amarras em relação a aspectos como a importância segurada, o escopo dos produtos, a cobertura e a renda máxima dos clientes”, observa Luciana Dall’Agnol, superintendente de relações de consumo e sustentabilidade na CNseg. “Com as novas normas, os microsseguros, antes restritos a pessoas de baixa renda, passaram a também incluir no público-alvo os microempreendedores individuais (MEI) e as micro e pequenas empresas”, ressalta o presidente da Associação Nacional das Microsseguradoras (ANM), Edson Calheiros.

Entre os novos usuários estão seis prestadores de serviços da empresa de construção civil carioca RGW, especializada na manutenção e reforma de imóveis. “Já tínhamos seguro coletivo convencional para os nossos 20 funcionários e a partir deste ano passamos a contratar microsseguros para os profissionais autônomos que fazem serviços esporádicos de pintura, serralheria e colocação de ladrilhos para nós”, diz o proprietário do negócio, Gustavo Moreira.

Segundo Moreira, a empresa paga mensalmente cerca de R$ 25 por profissional autônomo em apólices individuais com indenização de R$ 20 mil para morte, R$ 4 para auxílio funeral, além de um valor variável em caso de acidentes. “O seguro pode ajudar as famílias num momento difícil”, afirma o proprietário da RGW. O grupo também tem um seguro para atendimento de telemedicina, com mensalidades em torno de R$ 20.

A pandemia de covid-19 foi outro fator responsável pelo crescimento dos microsseguros, afirma Calheiros. “As pessoas passaram a conviver mais com a morte. E morrer é caro”, diz. “Um funeral barato custa R$ 4 mil no Rio de Janeiro e R$ 8 mil em Curitiba”, exemplifica. Nas suas contas, com prestações a partir de R$ 10, é possível contratar cobertura a partir de R$ 10 mil para o caso de morte - mensalidade que pode cair para R$ 5 se a contratação for feita por micro ou pequenas empresas.

Varejo é um canal de inclusão forte para microsseguros, pois tem grande capilaridade”
— Luciana Dall’Agnol

Segundo Calheiros, nos microsseguros, também conhecidos como seguros inclusivos, as seguradoras dão mais flexibilidade na escolha dos itens cobertos, sem necessidade de grande cobertura básica. Também é mais fácil conseguir uma apólice sem prazo mínimo de vigência, com o pagamento mensal e a possibilidade de cancelamento a qualquer momento.

Outro fator responsável pelo avanço do setor são as vendas por meio de parceiros comerciais com lojas de eletrodomésticos ou de departamento. “O varejo é um canal de inclusão muito forte para os microsseguros, pois tem grande capilaridade no país”, afirma Dall’Agnol.

No caso, os clientes são apresentados às apólices na hora da compra e, se aderirem, têm as parcelas descontadas diretamente do cartão de crédito da loja. Foi o que ocorreu com a paulistana Fabíola dos Santos Silva. Em 2019, depois de perder o emprego como caixa de um restaurante, Silva recorreu ao seguro, atualmente com prestações de R$ 9,90, que havia feito na Riachuelo para pagar a fatura aberta do cartão de crédito.

“Eles cobriram os cerca de R$ 500 que eu havia gasto no cartão com o supermercado e outras coisas”, diz. “Se eu tivesse continuado desempregada, também teria direito a cesta básica”, conta. Ela conta que o seguro também prevê indenização em torno de R$ 1 mil em caso de roubo de sua bolsa ou celular.

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